quinta-feira, 17 de março de 2011

O fã do animê. Parte dois...

No outro dia estávamos a tomar café e eis que se vira o diogo:
- Já viste marco, olha tu aqui a tomar café com os metaleiros todos. - Referindo-se ao facto de eu estar na companhia dos três únicos rapazes de cabelo comprido de toda a empresa. E a maior razão que leva os rapazes a deixarem crescer o cabelo é a música pesada.
- Ná, ele não é metaleiro, é de animê. - Disse eu apontando para o estagiário.
- Ele tem cabelo comprido porque viu o yamcha, ou assim. E pensou “aquele ali tem imenso estilo”. Até porque era naquela altura em que o yamcha andava com a bulma, e a bulma tem cabelo azul.

Faço uma pequena pausa para acrescentar que todá gente sabe que os fãs de animê têm um fraquinho por miúdas de cabelo azul. Eu por acaso não, porque comecei a ver animê com a navegante da lua e fiquei com um fraquinho foi por totós.
- E aquela cena dos reactores lá do japão, estão assim… - continua o diogo.
- Não estão nada assim! - Interrompe o fã de anime ofendido - Estão mazé assado.
- Estás a ver marco, uma pessoa não pode fazer um comentário parvo, vêm logo estas pessoas informadas a corrigir.
- Oh, ele está informado porque é no japão. Está com medo que eles deixem de produzir animê. Se fosse na china queria ele bem saber!

O fã do animê. Parte um...

Agora temos lá um estagiário que é de animê. E a cena fixe dos fãs e animê é que eu, sendo um, consigo fazer graçolas privadas fixes. Logo no primeiro dia, organizaram um almoço, para integrar a turma e ele meteu-se para lá a falar em japonês:
- Aía uma do naruto! - Comentei logo.
- Ah, mas oh marco? Fã do naruto porquê? - Perguntam vocês muito fora de contexto.

Passo a explicar. Não conheço ninguém que aprenda japonês sem ser para ver animê, e mesmo estes, para se darem ao trabalho de aprender japonês é porque são mesmo daqueles armados em eruditos. E o naruto é assim considerado como que um dos maiores exemplos do pior que a indústria do animê consegue produzir. É uma história fraquinha, interminável e enfadonha de heróis que lutam e ficam mais fortes e voltam a lutar e a ficar mais fortes...

Ele recusou logo, assim meio ofendido como quem está a ser incompreendido ou confundido, foi mesmo giro! Ainda não me conhece.

O cunhinha e a sua amiga...

Aqui há um mês encontrei o cunhinha quando ia a sair do atrium, ele agora está a trabalhar ali em picoas portanto cruzamo-nos de vez em quando. Estava à espera da boleia do amor fiquei ali a falar um pouco com ele:
- Então que fazes? - Perguntei.
- Blá blá blá cisne negro. - Respondeu ele.

Como não percebi patavina comecei a pensar que ele provavelmente ainda andava com aquela malta do animê e aquilo deveria ser a alcunha de alguém. Mas não, era o nome de um filme que até foi assim famoso e tal na altura e acho que foi aos óscares:
- Então e vais ver o filme sozinho? - Perguntei a fazer conversa.
- Não, tenho companhia.
- É uma menina, tens aí uma cena, estás-me a esconder.
- Não, é uma amiga.
- Pois é, pois é. – Digo eu no meu tom muito sarcástico - É claro que é uma amiga. Os amigos de sexos opostos até vão ao cinema juntos no dia dos namorados e tudo. É por ser segunda que é mais barato.

O cunhinha devia estar a pensar que eu tinha nascido no dia anterior

O treino do fábio…

Esta semana tenho treinado todos os dias à hora do almoço. O está aproveitar a sua semana grátis e também conseguimos arrastar fábio, o estagiário… só para amparar, e mandar uns bitaites. E a experiência tem sido extremamente agradável. Há muito tempo que não tinha assim companhia de nível para treinar, dá para fazer imensos picos:
- Quanto é que vais pôr?
- 9.
- 9? Para por 9 ponho 10!
- Então eu ponho 11!

E lá andamos nós nessa brincadeira de miúdos que me tem feito descobrir músculos e forças que nem sabia que tinha. Nunca menosprezem a motivação de não querer dar parte fraca. Dia após dia me custa mais levantar da cama. Engraçado também tem sido andar a treinar fábio, o estagiário. E o que ele sofre connosco. No início da semana era:
- Hoje é que o fábio vai aprender a treinar como um homem!

A meio da semana era:
- Olha o fábio parece outro. Tem um andar novo. É assim uma mistura, meio coxo meio jingão.

Agora para o final da semana já era:
- Fábio, estás grande! Tens andado aí a treinar bem forte!

A meio da semana ainda houve tempo para engendrarmos magnífico plano de obrigar o fábio a meter o mesmo peso que a instrutora. Porque ele estava armado em esperto a dizer, após a sua primeira aula de pump, que aquilo até era fácil. Depois não fomos para a frente porque a instrutora é magrinha, assim a dar pró anoréctica, mas mete peso a sério. E hoje estava cheia de energia, a dar assim uns gritos de esforço como gente grande.

terça-feira, 15 de março de 2011

O tó e a minha amiga consultora...

Desde que fiquei com o horário de sair às sete que comecei a entrar mais cedo para treinar na hora do almoço. Prefiro treinar ao fim do dia mas aulas depois das sete e já chego muito tarde a casa. Um dia destes ia a sair quando o perguntou-me:
- Posso ir? Também quero ir! Pergunta-lhes se posso ir treinar contigo.

Normalmente a malta olha para mim como um extra terrestre, nunca ninguém tinha pedido para vir comigo. Estranha coincidência e encontrei a minha amiga consultora na recepção à saída e ela deu-me um magnífico vale de uma semana de treino.

A minha amiga consultora que à semelhança de muitas das pessoas que conheço e que trabalham para o oulemes peleice, anda à procura de uma alternativa. Também foi ela que me contou uma história muito interessante. Ela contou que assim na noite, encontra um cara e começa rolando um clima e ela pergunta:
- Você treina? - Que ela diz que acontece quase inconscientemente. Como se fosse o outro eu, mas neste caso dela, vendedor a falar.

Continuando a história ela diz que a partir desse momento, qualquer clima que estivesse rolando, morre! Na altura ainda tentei perguntar-lhe para ver se ela me conseguia dar a opinião dela sobre o assunto. Mas depois a conversa avançou…

E então eu estive a pensar e cheguei a uma conclusão. Aquilo na noite é só malta cheia de si. Imaginando que ela apanha um daqueles malucos dos batidos, o mais provável é ele pensar ofendidotantas horas de treino por semana e ela ainda tem de perguntar?!” Imaginando que não, vai ficar triste a pensar “eu estou mesmo a em má forma, sabia que já se notava”.

Analisando assim acho que pode ser uma pergunta bastante ofensiva. Ainda hei-de experimentar isto em almoços de aniversário ou assim, daqueles chatos e com malta desinteressante mas que goste de se fazer, só a ver o efeito…

domingo, 13 de março de 2011

O amor volta aos treinos...

A actividade física preferida do amor, o setépe, tem saltos e assim que ela, nesta fase não pode fazer. Então ela sendo a única a fazer a opção sente-se um pouco extra terrestre e a actividade em si sem o alto impacto também perde a pouca piada. Então ela suspendeu os treinos e até a inscrição no clube. Agora, depois de passados os primeiros três meses e descontente com as formas que o seu corpo está a tomar o amor começou a arrastar-me para novas experiências

A semana passada foi o érrepêéme. Assim que acabou ela disse-me:
- Não fiquei nada convencida!
E ainda bem. Que eu nem desgosto daquilo mas se puder evitar as jingas no mesmo sítio também evito que aquilo não é muito a minha onda. No entanto é discutivelmente melhor que a experiência desta semana, a hidroginástica.

Assim que cheguei à piscina encontrei a instrutora, uma cota de cabelo curto descolorado.
- Vens fazer a aula? - pergunta-me ela com um tom desconfiado.
- Sim - respondi.
- Coitadinho! - termina ela a rir.
Este pequeno incidente fez com que eu me tivesse sentido ainda mais integrado dentro da piscina e no meio dos velhinhos todos…

terça-feira, 8 de março de 2011

O primeiro jogo de treino da época 2011…

Após três anos a morar aqui neste belo condomínio, consegui reunir um grupo de dez para marcar um jogo da bola. A receita era simples, sete elementos da melhor equipa de futebol do mundo e três de fora, daqueles que jogam tão mal ou pior que nós, para nivelar tudo por baixo. E isto de nivelar por baixo é fixe porque assim até parece que eu jogo imenso.

O que não é bem realidade, os meus colegas de equipa é que ainda jogam pior. O fixe disso é que assim eu arrisco umas jogadas e umas fintas e até dei alguns nós e isso para mim é sonho tornado realidade. Parece que aquelas horas passadas a melhorar o meu toque de bola estão a fazer algum efeito. Ainda tenho muitos anos de toda uma juventude perdida em casa a jogar computador para recuperar, mas acho que estou no bom caminho.

O tozé, o david e eu formámos uma boa equipa e fomos marcando até aos 6 a 0. Nessa altura o passou-se e marcou um golo do outro mundo. Coincidiu também com a altura em que os outros dois elementos da nossa equipa morreram. Jogos de solteiros com casados têm sempre lesionados, isto é mesmo malta que não está muito habituada a mexer-se. Assim a jogar apenas com três levámos uma tareia até acabarmos por perder por 9 a 8.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O quarto jogo da época 2011...

O jogo começou a correr mal quando os nossos dois guarda-redes arranjaram algo melhor para fazer que jogar. O que nos obrigou a procurar uma alternativa para a baliza de igual maneira a toda e qualquer equipa de futebol por esse mundo fora em semelhante situação “és o elo mais fraco, adeus!” E foi assim que acabámos com o tó matos na baliza, o que é muito mau. O faz lembrar aqueles bonecos que se metem à frente da baliza, a fazer de barreira, para treinar os livres e assim, não se mexe.

Em termos ofensivos não entrámos mal, eu assisti o pitacho para mais um magnífico golo da nossa equipa e ao intervalo perdíamos por 9 a 1. Irritado com a situação, os nossos adversários eram uns frustrados da bola com a mania que estavam na liga dos campeões, com as suas tácticas e a transparente ideia de nos golear para melhorar a sua diferença de golos (um dos critérios de desempate), que não jogavam tão bem como isso, e eu sou o capitão, decidi-me a fazer algo.

Então lá fui para a baliza na segunda parte, decidido a evitar a humilhação de deixar aqueles falhados marcar-nos mais de 13. O problema é que um guarda-redes na nossa equipa não tem apenas de ser bom, tem de fazer milagres porque ninguém defende. E eu sinceramente não consegui e infelizmente vim-me embora a maldizer algumas jogadas em que acho que podia ter feito muito mais.

Perto do final, já a aproximar-nos do resultado final de 15 a 2, desejei muito não estar na baliza e poder jogar à defesa porque me apetecia era distribuir fruta naqueles falhados. O david mandou uma tesourada num adversário, ele voou a um metro de altura e eu celebrei como se tivéssemos marcado um golo. Assim atingimos a nossa sexta falta (pela primeira vez no torneio) e eles tiveram direito a um livre directo que acabou por ser desperdiçado

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O campeonato de karts da minha mãe…

- Oh mami, o grupo desportivo lá do teu emprego não tem um campeonato de karts?
- Tem.
- E eu posso participar?

Pelos vistos posso, mas eles foram logo avisando que aquilo não é muito de competição e que é mais para se divertirem. A mensagem que se lê nas entrelinhas é claramente “não venhas tu aqui provocar acidentes ainda antes da primeira curva”. O que é compreensível, mas no meu caso inútil. Porque eu quero derrotar os meus adversários na sua melhor forma, e isso inclui mantê-los na pista.

O campeonato de karts, '10 e '11. Parte dois...

Infelizmente a minha manga era logo a primeira, a começar às 10h da manhã em Évora o que significou acordar de madrugada ao sábado. E logo no final de uma semana horrível e em que tive imenso trabalho. Lá me tentei motivar novamente pelo meu regresso a um dos mais belos kartódromos do país, mas o meu espírito continuou muito como o tempo, frouxo.

A qualificação foi muito mediazinha, ainda tenho imenso a aprender naquela pista e havia muitas zonas húmidas. Passei o tempo todo a fazer experiências, incluindo com uma trajectória interior e desvantajosa naquela curva piorzinha (tinha uma poça mesmo no início da travagem), como que a antecipar uma manobra que eventualmente iria tentar efectuar em plena corrida.

Enquanto esperava ser chamado para a grelha, e ao partir da décima quinta posição ainda tive de esperar muito, tirei as luvas. Estavam a escorregar imenso durante a qualificação, e isso tirava-me toda a pouca confiança que ainda tinha a abordar as curvas. Tudo isso foi efémero porque mandei um espeta de frente no meu némesis, Aníbal, o cota (foi parar 3 metros fora da pista), ainda antes da primeira curva.

Um acidente muito esquisito. Só vi fumo e karts a derrapar, procurei uma alternativa, travei a fundo e fiquei com a corrida perdida. Daí para a frente concentrei-me em aperfeiçoar as minhas trajectórias. Ainda apanhei e ultrapassei alguns karts mais lentos e eventualmente arrisquei uma ultrapassagem naquela curva, e acabei por lá ficar. Tinha a noção que era uma manobra muito difícil, aquela travagem com o piso todo húmido. Mas já estava perdido…

Terminei em 18º (23º da geral) com uma melhor volta em 54,817 um segundo e três décimas melhor que o meu tempo do ano passado. Estou na 18ª posição, enquanto me mantiver nos lugares de qualificação para a final estou bem e ainda vem aí mais uma prova em Palmela. Na qual já estarei magnéziozado...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Treinar sem magnésio...

O treino de hoje foi um pouco esquisito, porque o saber que estou desmagnésiozado deixa-me, assim a meio de uma série de umas doze repetições, a pensar se estou mesmo a ficar sem forças ou se estou mentalmente condicionado a pensar que estou a ficar sem forças porque sei que estou desmagnésiozado e não quero consumir o pouco magnésio que me resta porque é um ião importante nas contracções musculares e depois pode dar-me jeito para subir escadas ou assim.

O engraçado nesta história toda é que antes de saber que estava desmagnésiozado andava por aí a matar-me todo, que é o que eu gosto de fazer, nos mais variados desportos. Até houve aquele atraso para o guarda-redes, o vítor, que ficou assim meio curto, ou pelo menos foi o que eu achei. E disparei para a bola a pensar “ah é minha! Estou em grande forma! Sou muito rápido!”. Mas afinal parece que me sobrestimei e o vítor chegou lá naquela fracção de segundo antes e tirou a bola. E eu já não consegui travar

E agora aposto que a apanhava se eu não estivesse desmagnésiozado…

O Marco está desmagnésiozado...

A semana passada atingi um pico de forma monumental com todos os diversos treinos que tenho efectuado, com alguns jogos de futebol, umas aulas de power jump à hora do almoço e também voltei a ir surfar. Estava até já a pensar que finalmente tinha recuperado a minha magnífica forma física aqui no pós-ilha e pós-natal quando eis que me telefona o médico com as análises:
- As suas análises estão muito bem, o colesterol, só há é aqui um problema.
- E qual é?
- O magnésio, o normal é andar no 2. O mínimo é 1.8 e você tem 1.5. Não sente assim cãibras e dores musculares de vez em quando?

E a resposta é negativa. De vez em quando fico com os músculos dormentes, mas isso é quando estou a dormir todo torcido no sofá, dificilmente o iria relacionar com a falta de um ião no corpo.

Lá me receitou o doutor um suplemento de magnésio para tomar juntamente com a minha droga dos próximos meses. Também comecei a comer bananas, que estupidamente nos últimos tempos não tenho comido muito. E logo a banana que é uma fruta que eu gosto tanto, como aliás todos os macacos gostam