terça-feira, 29 de setembro de 2009

o último érri pótére: parte um

acabei finalmente de ler o último livro do érri pótére, tentei ao máximo ler aquilo o mais desprovido de preconceitos que consegui, mas mesmo assim não curti... aquilo é muito mau! diz aqui atrás que é aclamado pela crítica e fãs como o melhor da saga... o melhor?! assim como, não há melhor que isto? puxa...

a minha relação com o érri pótére nunca foi muito boa... li os primeiros quatro livros ainda antes dos filmes e já aí não tinha gostado... personagens bi-dimensionais e mal aproveitadas, demasiados clichés, um herói detestável e uma colagem de feitiçaria que não acho piada nenhuma... peguei no quinto livro, o primeiro com mais de oitocentas páginas, após o primeiro filme e admito que morri de tédio ao fim de poucos capítulos...

nas férias peguei neste último livro, que dizem que vai dar dois filmes para ver o grande final, que me tinham prometido ser bombástico... mas de bombástico não tem nada... é até bastante banal... miúdo mata mau, salva mundo, vive feliz para sempre... mas qual seria a minha surpresa tendo em conta que toda a saga nunca, na minha modesta opinião, subiu acima do banal? nenhuma...

comecemos então pelo princípio... primeiro livro, mau! arriscaria mesmo a chamá-lo de "medíocre"... um magrela de óculos que descobre que afinal é super estrela num mundo escondido? feiticeiros que voam em vassouras e mandam feitiços a agitar varinhas de pau na mão? com uma fotocópia como melhor amigo e um cartaz como rival, a história nunca me chega a convencer... ao menos a espertalhona era fácil de personalizar, e odiar também...

segundo livro continuou no mesmo registo... não sei se o pior é o livro ou o filme, no qual o basilisco, que é um iguanídeo, aparace como uma cobra gigante... as iguanas têm pernas! depois o érri saca da espada do guerífindóre, que tem assim um nome de imponente cavaleiro cristão que rebenta adversários estilo sauróne no início do senhor dos anéis, e abana-a feito parvo estilo espanador... e na realidade é o que aquilo parece... e os elfos domésticos?

o terceiro livro já ah e tal sim senhora... para mim é o melhorzinho de todos, e porquê? porque é o primeiro em que uma pessoa pensa "afinal a roulíngue não estava a inventar isto à pressão"... e parece que há assim alto grande plano por trás de toda a história... mais profundo e interessante do que o magrela de óculos que faz feitiços e vai à escolinha dos feiticeiros, que nos inpingiram durante dois livros... também introduz o cédrique que já é um rival à altura do magrela...

o quarto livro já desce um degrau retorna ao registo medíocre do início... deixa lá matar o cédrique porque senão eles ainda gostam mais dele que do érri... e como já vou no quarto é melhor fazer finalmente aparecer o mauzão que senão a editora corta-me o financiamento e depois tenho de me dedicar à faina... do atum! e ainda bem que o mauzão aparece que as aulinhas e o torneio dos feiticeiros já se preparavam para me enviar uma maldição de morte por aborrecimento...

como já tinha dito o quinto arrumou-me logo de início e daí saltei para o sétimo... pelo meio perdi o desenrolar da relação entre o magrela dos óculos e o velhadas da barba branca que assumo algo promíscua e consequentemente ilegal... nesta altura a roulíngue já tinha descoberto que fixe mesmo fixe, era matar uma personagem por livro... à falta de melhor imaginação para finais bombásticos para os livros... e o érri quando é que lhe fazem a folha a ele? esperei em vão... morrem personagens terciárias...

o sétimo livro demora uma eternindade a arrancar... muita página da tendinha a magicar planos idiotas, mas aguentei-me heróicamente porque o final prometeria... do meio prá frente nota-se alguma ansiedade para chegar ao fim e desvendar aqueles mistérios... isto é mesmo pra crianças... e por último como disse a irmã do amor... eles acabam por vencer o mau graças a um conjunto extremamente afortunado de acontecimentos... não é nada épico isso... e o órecruce medalhão estilo o anel que tenta corromper? que imitação desesperada...

domingo, 27 de setembro de 2009

do iú sepíque ínguelíshe?

na próxima semana vou recomeçar as aulas de inglês, este ano no último nível "avançado"... ainda me lembro do final do ano passado, no nível "intermédio alto"... "ah e tal tiveste oitenta e muitos marco" diz a professora, "e isso é bom?" pergunto eu... ela revira os olhos e faz uma careta, como quem diz "estás a gozar comigo", eu respondi com um sorriso e alguma surpresa que dizia "ah, é muito bom!"...

e faço aqui um intervalo nesta história para explicar que o meu objectivo quando entrei naquele... teste... era ter mais de oitenta por cento... menos do que isso consideraria uma derrota pessoal, para tamanho especialista como je suis... a cena é que eu ter atingido os mais de oitenta seria inútil, se o resto do mundo tivesse tido mais de noventa... daí a minha pergunta... mas percebi que não...

"tiveste trinta e cinco na composição" acrescenta a professora... e eu acrescento, aqui entre nós, que a composição valia quarenta e que lá pelo meio falei de angola, do japão e da segunda guerra mundial... o tópico da composição era o microcrédito pró desenvolvimento dos pequeninos que é uma cena que até nem me diz muito... mas parece que no final até acabei por fazer algum sentido...

sábado, 19 de setembro de 2009

o euromilhões

ontem tive a minha primeira simpática experiência de euromilhões... foi mais ou menos assim... ouve-se a iva pamela, que passou a domingues e eu também passaria se tivesse tido uns pais tão cruéis ao ponto de me chamarem "iva pamela", a dizer: "o primeiro número é o trinta"... "ora, trinta, trinta temos, estamos bem"...

"o segundo número é o dezasseis", "dezasseis, dezasseis, temos... e o dezasseis e o trinta? temos, ah! também temos, estamos bem"... "a terceira bola é o quarenta e um", "quarenta e um? quarenta e um? nãaaaaao! quarenta e um nãaaaao! piiiiii, piiiiipipipiiiii, piiiriipiriiipipipi, pi, pi, pi, pi"... e assim terminou a minha primeira interessante experiência de euromilhões...

e digo primeira experiência porque já apostei no euromilhões inúmeras vezes, mas nunca tinha estado a conferir os números em directo... é engraçado mas não é lá muito emocionante... presumo que não seja, porque eu na realidade não quero ganhar o euromilhões... porque acho que anda prái malta que precisa muito mais do que eu... eu junto-me à malta do emprego e aposto...

mas sinto que faço-o só para participar na festa com o pessoal e dar um dinheirito à santa casa que após a sua comissão, que presumo enormíssima, ainda faz depois alguma cena pelos pequeninos e assim... e eu sou daqueles que acha que nós, como humanidade, não devíamos permitir que haja filhos e entiados... filhos mais velhos e mais novos ainda vá que não vá, agora entiados é que não...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

zangaram-se as comadres

a meio da tarde o sujeito à estava a querer trabalhar, mas o sujeito bê não o estava a deixar trabalhar, e quando assim é o sujeito à, que ferve em lume brando, começa a ficar vermelho que nem o equipamento do benfica... nisto eis que junta-se à festa o sujeito cê, que é o responsável pelo sujeito bê e praticamente o culpado por o sujeito bê não deixar o sujeito à trabalhar...

ora o sujeito cê é um tipo que... vamos lá a ver... um dia disse que a psicóloga tinha dito que ele era... renhenhéu... já não me lembro bem do que era renhenhéu porque eu também sou um tipo que quer trabalhar... e na altura lembro-me que o sujeito cê contou essa história, numa das suas longas conversas com a responsável da base de dados que mora na beloura, que me perturbavam bastante a concentração...

portanto não prestei muita atenção mas fiquei com uma noção que ser renhenhéu era parecido com ser autista... obviamente não tão pronunciado porque os autistas são assim, né? e o sujeito cê é um tipo que, vá-lá, ainda diz os números e as letras e isso... mas isto para ficarem sabedores que quando duas pessoas nestas condições entram em conflito torna-se muito difícil de gerir...

e é então que entra em cena o sujeito dê para apaziguar, o presidente da câmarada do burgo... manda uma água para a fervura e senta-os ao seu lado, como se faz com os meninos na primária, para que eles acertem as suas diferenças... e conseguiu, mas não sem antes eles trocarem alguns dedos de conversa que, na minha opinião, deveriam ter ficado imortalizados... mas achei que filmar a cena com o telemóvel era demais...

momento um: começa o sujeito à "eu peço desculpa, e tu devias pedir desculpa também", "eu não peço desculpa", "não pedes desculpa sei eu porquê! porque tu és mais do que eu" o sujeito à exaltado, refere-se à condição hierárquica superior do sujeito cê "mas para mim, as pessoas são todas iguais e trato-as todas da mesma forma e peço desculpa a qualquer um!"...

momento dois: "tu andas um bocado acelerado" começa o sujeito cê o sermão, "tens de travar um pouco", "eu, travar? eu por mim podes crer que travo" responde o sujeito à exaltado "passo a trabalhar menos e podes crer que tenho menos chatices"... aproveitando para fazer a insinuação que o sujeito cê não faz nada... mas eu acho que ele não percebeu...

e aqui neste segundo momento de ânimos exaltados aproveito para louvar a atitude moderada do sujeito à... isto porque acredito que eu, numa situação idêntica com o sujeito cê a crescer de peito para mim, não seria tão comedido nas palavras... porque essa malta que fala fala, mas eu não os vejo a fazer nada, dá-me vómitos horríveis... e fico chateado, concerteza que fico chateado...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

marco, o herói da guitarra

um dia estávamos na fenáque e encontrei um "herói da guitarra metalica" para a minha consola... como nunca tinha encontrado um "herói da guitarra", que não fosse para a consola da última geração, fiquei todo feliz... peguei naquilo e fui procurar o amor... quando cheguei ao pé dela gritei "compra!", enquanto começava uma birra... "compra tu! ganhas mais que eu" respondeu ela... "mau" pensei "este argumento estraga-me sempre os planos" mas não me dei por derrotado "-!"...

o amor não cedia e o segurança já estava a olhar de lado como quem pensa "aquilo é a sério?", achei melhor desistir... comprar eu é que estava completamente fora de questão, custava tanto como a consola e metade do que paguei por ela há uns aninhos... vão mazé roubar prá estrada! e assim fiquei incógnito e miserável até ao dia de ontem em que encontrei o "herói da guitarra", com guitarra, por um preço minimamente aceitável...

ia a entrar com aquilo pelo jumbo "pipipipipipipipi", "desculpe" diz a segurança... voltei atrás e mostrei-lhe as compras todas... "deixe-me meter aqui uma etiqueta na sua viola" diz ela... "o quê? qual viola qual quê!" pensei eu "é uma guitarra!", "com uma viola dava-te o el cabong na cabeça se aqui tivesse"... para além disso a minha... guitarra, tinha uma fita à volta a dizer "fnáquefnáquefnáquefnáque" era preciso alguém muito estúpido para, à saída, achar que eu a teria roubado ali... mas olhando prá amostra daquela segurança...

ao chegar a casa montei logo o brinquedo e toquei umas musiquinhas... escolhi obviamente o punk com uma guitarra rabo-de-bacalhau, curto bués as guitarras rabo-de-bacalhau! e adorei o jogo, é muito divertido e vale bem todo o dinheiro que paguei por ele... aliás, é tão giro que me faz ver que o trambolho branco dos comandos que se agitam foi uma compra muito miserável... uma boa consola da sóni cheia de apetrechos abafa aquela porcaria que tem uma capacidade de processamento comparável à do sepéquetrum! está à venda se interessar a alguém...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

a prestação de serviços no seu melhor

aqui há uns meses fui apresentado ao novo gerente do meu projecto... o anterior gerente ficou uma pessoa tão importante, inclusivé foi promovido a sócio, que ficou sem tempo para tratar dos projectos menores, como o meu... e então decidiu-se a recuperar um antigo miúdo com o qual já tinha trabalhado e deu-lhe uma posição de responsabilidade e liderança...

o novo gerente não viu muitas mais primaveras que eu, mas já tem uma barriga enorme e uma filha... a primeira impressão é que não tem lá muita experiência, e pode ter convencido o agora sócio a contratá-lo, mas a mim ainda tem de mostrar provas da sua capacidade para vestir a camisola... e hoje passou-se uma situação que não contribuiu para me convencer...

recebi uma mensagem de correio electrónico na qual ele me pedia, e a outro colaborador, para descobrirmos o que se passava com as facturas, em anexo, que ainda não tinham sido pagas... e houve aqui dois problemas que eu considero algo graves... primeiro eu fiquei a saber quanto é que a empresa cliente paga por cada mês da minha fortíssima prestação... e é muito...

e segundo, as facturas que ele me pedia para descobrir o paradeiro tinham data... de ontem! primeiro dia do mês... respondi-lhe suavemente que as facturas ainda não tinham chegado e que assim que chegassem que o avisava... pouco depois ele envia-me nova mensagem, e ao outro colaborador, a dizer para ignorarmos porque as facturas tinham sido emitidas ontem... oh, a sério?!

o miúdo é que ficou surpreendido pelo rácio entre a quantidade enorme de dinheiro que a consultora cobra por ele o pouco que lhe acaba por cair na conta... mas qual cristiano ronaldo ele apontou o número num póstíte e colou-o ao monitor para se motivar assim naqueles momentos mais agrestes... e oh depois a menina das facturas olhou práquilo e disse que os valores estavam errados... que eram muito baixos...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

tão marco?! já devias saber melhor...

aqui há umas semanas tive uma discussão muito estúpida com uns ex-colegas da faculdade... fez-me por vezes lembrar o tipo de discussões estúpidas e subjectivas que tinha quando andava era um miúdo estúpido e andava no secundário, como aquelas em que debatíamos que estilo de música tocava cada banda...

mas isto tudo começou quando eu afirmei que a aceleração do meu novo bólide me tinha surpreendido pela negativa... a primeira resposta que recebi insinuou que eu já devia estar à espera que a aceleração do meu bólide fosse , partindo da minha experiência passada de condução bem como dos números oficiais dos tempos de aceleração que são fornecidos pela marca...

e foi logo aqui que a cena correu mal... porque eu fiquei um pouco ofendido pelo tom "isso não me acontecia a mim porque eu tenho cara de miúdo mas já sou muito rodado" do discurso... e respondi à letra afirmando que era ridículo presumir a experiência de aceleração de uma viatura lendo meia-dúzia de númerozinhos numa folha de papel...

a partir daqui discussão azedou bastante e penso mesmo que ponto mais baixo foi quando eu lhes contei a comparação que o hugo tinha feito aqui há uns anos atrás, que é mais ou menos assim: "não preciso de fazer amor com a menina porque já vi neste filme pornográfico o que ela é capaz de fazer"... terminou obviamente com uma sempre agradável troca de insultos...

e eu aqui admito a minha culpa, o ruim sou mesmo eu... porque eu já devia saber que é inútil discutir a receita das gambas à braz, com quem não gosta de marisco! e isto foi um argumento que tive de me contorcer todo, naquelas alturas mais quentes da discussão, para não o utilizar... porque é um pouco como as armas biológicas, matava o meu adversário, mas a minha consciência não ia gostar...

porque a mim, ninguém me convence que se aqueles dois realmente gostassem de carros, assim mesmo quando uma pessoa gosta muito muito muito... muito tempo que ambos tinham um carro! quando na realidade um deles anda de éledoze... e o outro comprou recentemente um carro, aos vinte e nove anos e por necessidade, que é praticamente idêntico ao carro dos pais! vá ao menos é uma versão mais desportiva...

e também ninguém me convence que, se eles tivessem comprado um carro mais cedo e por capricho, como eu e todas as pessoas que conheço que gostam de carros... e até é uma boa amostra, dos meus tempos dos picanços e do clube pejou... talvez aí nunca tivéssemos chegado a discutir...