segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

áime sou équessáitâde

saí da cave como de costume e rumei ao ginásio, já tava a descer as escadas quando me lembrei que me tinha esquecido da toalha... "ah! já não é a primeira vez!" pensei... quando cheguei lá dentro a susana cumprimenta-me "alô!", "olá", respondo...

"as duas aulas?" pergunta ela, ", as do costume" respondo... e ela passa-me a chave do cacifo e uma toalha... daquelas brancas com o logotipo do central bordado num canto... que fixe! ás vezes tenho mesmo buéda sorte... uma estrelinha!

secalhar deus todo poderoso lá em cima pensou "que tótó! sempre a esquecer-se da toalha" e decidiu dar-me um desconto... ou então a conversa toda que andei a dar à susana no sábado serviu prálguma coisa... talvez o vípe estudante inclua toalhas agora, sei lá!

aparece lá a tânia no combate, a correr, atrasada como de costume e eu digo-lhe "olha já vi o teu carro novo, é um cêtrês né?", "ah eu também te vi", diz ela a dez centímetros de mim "ainda buzinei mas tu não me viste!", "eu vi-te no semáforo, na marginal" respondi...

conversa de carros é má onda decidi mudar logo de assunto "olha lá, o qué tu me chamaste no sábado?", "eu sou o quê do professor?"... "menino! és o menino do professor" responde ela... nesta altura ela já andava a passar a mão nos meus braços...

depois entre duas músicas encostou-se em mim e o ponto alto da aula toda foi quando ela puxou as calças mesmo à minha frente a mostrar-me as cuequinhas tanga... ao qual eu só consegui dizer "aía tens uma granda ferida!"... foi buéda fixe!

depois disso ela mostrou-me o carro dela enquanto mandou a deixa extremamente subtil e dentro de contexto, em como é divorciada... acho que me estava a testar...

domingo, 29 de janeiro de 2006

tá a nevar!

vi distintamente uns floquinhos de neve a cair... não foi grande coisa mas acho que por aqui não nos podemos dar a muitos mais luxos... pergunto-me se o facto de não haver neve há mais de cinquenta anos não irá ter repercussões a nível psicológico nas pessoas... assim um síndroma qualquer que fizesse as pessoas agir de forma parva... era giro!

os prófes enganam-se bem

eu não sou contra os professores darem um ou outo valor para a participação nas aulas, mas acho que a participação não devia valer pontos por si ... vejamos um exemplo concreto... aulas de história da ciência no último ano da faculdade...

o rumbafum discutia a vida do pópâre (não confundir com pópeie) com a professora, aquela com ar de fufa... agora vocês perguntam "quem raio é o pópâre?!", exactamente! por outro lado andava lá um bacano que se sentava na última fila...

que sempre que abria a boca só dizia disparates, e abria a boca muitas vezes... ainda me lembro da sua douta opinião sobre a segunda guerra mundial "pá, as bombas nucleares são muita más, andar a matar pessoas pá? tá mál!"...

ora no final do semestre o rumbafum e este nosso amigo tiveram exactamente a mesma nota de participação, eu não acho isto nada justo... tudo bem, podemos argumentar que em termos participativos ambos demonstram interesse pelos assuntos leccionados...

mas a participação daquele cuja fala é mais rápida que o pensamento ter o mesmo valor que a participação de quem chega a questionar a sabedoria da própria professora? isso pra mim já é totalmente descabido e professor que faz isso, é parvo!

sábado, 28 de janeiro de 2006

o queridinho do professor

depois de ver o episódeo da químe póssibâle comecei a traçar o plano para a manhã... ficar em casa agarrado ao pêcê ou à televisão, mau... estudar cenas pró ífí, mau... ir ao ginásio, bom! e assim também estudo umas cenas do ífí, musculação, anatomia... prática prática!

tive a fazer um treino de musculação, a brincar com umas maquininhas e uns pesos e depois fui fazer a aula de abdominais... aparece lá um bacano de calças de licra com aspecto muita mariquinhas, mas aquilo foi brutal... seiscentos abdominais quase sem descanço...

é claro que eu perdi um monte deles pelo caminho, e eu até sou cromo em abdominais, imagino o resto da malta! depois veio o gordo dar a aula de combate, já tá uma beca melhor... a voz já não me irrita tanto e passou a dizer "bora lá turma" em vez de "meninas"...

na segunda faixa ele diz "oh, agora esqueci-me da coreografia desta música", "oh joana anda cá ajudar-me", e a joana (é a filha da família fítenâsse) já a cortar-se... "oh tânia anda cá tu" tenta o gordo, "eu? eu não sei, só sei o tai", "mas aquele menino ali é o queridinho do professor"...

estavam mais "meninos" na aula, mas é óbvio que vocês já perceberam a quem é que ela se estava a referir... "é professor?" pergunta o gordo, "queridinho! do professor" corrige a tânia, "então anda cá!"... e eu não me fiz rogado, subi lá pra cima pró palco, bora lá fazer esta faixa em sombra...

foi bem fixe! dei o meu primeiro passo para professor de bódi combáte! era o gordo "perna direita à frente" e eu a meter a direita, depois olhei pró gajo e troquei... aquilo de fazer em espelho afinal não tem nada que se lhe diga! e no final o gordo até me elogiou...

mas ainda ando naquela de perceber se era só ele àrrastar a asa...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

mnemónicas

no passado sábado a minha namorada deu-me um sermão enorme porque supostamente eu não lhe dou atenção nenhuma... escrevi "supostamente" mas é mesmo verdade... ando sempre tão atarefado no trabalho, no ginásio e a escrever aqui, que por vezes esqueço-me que tenho namorada... no entanto ultimamente tenho-me lembrado frequentemente... é mais ou menos naquelas alturas em que penso "aaahh a tânia... não! eu tenho namorada! eu tenho namorada!"...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

o jantar do fítenâsse

no passado sábado houve um jantar especial organizado pelo gíme para... celebrar o lançamento de uma mão cheia de novas coreografias dos bódi tereiníngue sístâmes da mânze... eu fui, como parte do projecto malhação...

o jantar foi fixe, gostei especialmente da família fítenâsse, o papá, a mamã e a filhota, todos do fítenâsse... mas também vos digo, deve ter sido a primeira vez em que gostei mais de uma mãe, que da filha da minha faixa etária...

de resto foi engraçado, ver o betinho da recepção bêbado que nem um cacho... a mandar-me pra cima da filha do fítenâsse... "e ela gostou?" perguntam vocês... bem, se gostou ou não, não sei, mas como diz o meu irmão, se não disse "não" é porque é "sim"!

a entrada na discoteca jezabéle, no casino estoril, também foi fixe... era só betos das quintas e nós a passarmos à frente da fila toda porque estava incluído no jantar... aqueles olhares de "deixam entrar a mitra toda hoje em dia" foram impagáveis...

os iogurtes líquidos

à hora do almoço o gostavinho e o luquinha descobriram uns iogurtes perdidos no frigorífico lá da cave... o prazo de validade desses iogurtes tinha passado em setembro do ano passado... então eles propuseram-se a deitá-los fora...

eu impedi-os afirmando que ia ver seles ainda tavam bons na hora do lanche... na hora do lanche abri um e ficou tudo na expectativa... todá gente quis cheirar, se bem que um iogurte de aloé vera, nunca vai ter um cheiro lá muito apetitoso...

afinal, sou só eu, ou há alguém que costuma beber champô? mas cheirámos e nada de especial, o tigre decidido deu um gole... "não me parece mal" responde... olha tive de abrir outro pra mim... e ainda aqui tou...

mais que isso à tarde fiquei cheio de energia no gíme... mas aí, talvez o facto da tânia ter aparecido de tótós também tenha algo a ver... isso dos prazos de validade é cena pra enganar as criancinhas... tão verídico como o pai-natal...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

temos muita pena

num dos últimos semestres da faculdade, a minha irmã decidiu ir erasmar para madrid... passou um monte de tempo a planear a viagem... foi pra lá num fim-de-semana com os meus dois pais, eles voltaram no dia seguinte, ela voltou quatro dias depois...

na altura ficámos todos um pouco desapontados... a minha irmã sempre teve a reputação de menina bonita e decidida que fazia tudo o que lhe apetecia, não dava satisfações a ninguém e passava por cima de todos os obstáculos... não era habitual vê-la em semelhante situação...

eu por acaso fui um dos que, acima de tudo, estranhei o sucedido... nunca tinha visto a minha irmã com medo de nada, mas por alguma razão ela não se sentiu bem e fez o que achou melhor... ela explicou por alto as suas razões, não quisso fosse necessário, porque a afectada era ela...

obviamente que já compreenderam a analogia que faço pela situação recente na minha própria vida... sei que existem pessoas que esperavam mais de mim... mas também sei que se é preciso maturidade para encarar os problemas, é também secalhar até precisa mais, para se assumir um erro...

e dar o braço a torcer... no entanto as desculpas, que até já as dei a quem de direito, não se pedem, evitam-se... e nesse aspecto existe uma pessoa que acima de todas as outras decepcionei e isso deixa-me triste... o meu pai consegue ser muito chato, mas não merecia tanta expectativa deitada por terra...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

o desporto é rei

o jónicax queria cortar-se ao famoso jogo de futebol semanal da cave porque tinha outro jogo de futebol marcado pró mesmo dia... eu lá o acabei por convencer a ir, e colei-me para ir jogar no outro jogo também, em loures...

pelo caminho acabámos por arrebanhar o anágua... íamos todos já na segunda-circular quando eu pergunto "olha lá óh jóni... isso em loures"... e é então que ele se lembra "ah pois é! os tipos com quem vamos jogar são uma beca brutos"...

"dão porrada" continua ele "especialmente se tiverem a perder", "se vocês levarem dizem é falta é falta mas não insistam, porque senão levamos porrada, a sério!"... era o jóni a dizer isto e o anágua a ficar bué preocupado e cheio de medo... e arrisca-se ele "óh jóni, prondé que nos levas?"...

"vamos aquecer, vamos aquecer" tenta lá o jóni puxar por nós, "isto é buéda competitivo"... eu olho prós nossos adversários, eram assim a puxar pró mitra, brinquinho na orelha... mas eu também não tou habituado a futebol com faltas...

aquilo começou bem, começámos a levar uma tareia (desportivamente falando) de meia-noite, mas isso foi bom... porque assim eles ficaram contentes por tarem a ganhar e quando eu caí em cima do de um deles com o peso todo do corpo e os ténis com picos, ele não se chateou...

eu ia-me mantendo pela defesa, em jogos competitivos é onde me humilho menos, e como tava cansado já não dava pra grandes aventuras... às tantas acho que interceptei um passe ou assim e fiquei no meio-campo com dois gajos e o guarda-redes pela frente...

e grita alguém "leva! leva!" e eu a hesitar bués porque jogo buéda mal mas fui avançando até ficar à frente dum bacano e pensei "olha, vou fuçar!"... arranco acertamos os dois na bola e ele cai... eu saio a jogar e encho logo o !

o guarda-redes defende mas a bola sobra pra mim, fujo prá linha de fundo e remato de pé esquerdo pra dentro da baliza! epá... fiquei logo todo contente e saí de campo, antes de fazer uma asneira... acabámos por perder, bués a dois...

cheguei a casa já muito passava da meia-noite... fui procurar qualquer coisa pra jantar que vinha com uma larica imensa... e encontrei... um cozido à portuguesa! fui prá cama de barriga cheia... talvez, cheia demais...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

lidar com a mudança

na entrada "o primeiro dia na torre" deixei uma dica nada subtil sobre um livro intitulado "quem mexeu no meu queijo?"... naquela parte em que experiencio algumas das primeiras mudanças desagradáveis entre a cave e a torre... que ninguém apanhou...

"quem mexeu no meu queijo?" é um livro que um bacano qualquer escreveu sobre lidar com a mudança... uma cena cheia de metáforazinhas idiotas sobre ratos, queijos e estações para explicar conceitos como "zonas de conforto"... dizem que é uma cena brilhante...

eu nunca o li mas já me contaram o final... basicamente manda uns moralismos estilo os discursos motivacionais do meu pai, diz que não nos devemos prender em marasmos, é preciso é traçar objectivos e segui-los... acho que lá pelo meio também fala uma beca em "processos dor-prazer" e tal...

aquela cena batida que os humanos fazem mais pra evitar a dor do que pra ter prazer, o que provoca os marasmos... quando saímos de uma zona de conforto, chamemos-lhe "cave", sentimos "dor"... e temos de penar uma beca até transformarmos a nossa nova zona, chamemos-lhe "torre", em zona de conforto... mas é um processo necessário no caminho prá superação...

eu discordo uma beca desta opinião... acho que existem mudanças que apesar de algum desconforto não geram "dor" nenhuma, e por outro lado também não acho que esse princípio mazoquista de andar atrás da "dor" seja assim tão bonito e louvável... se um tipo quer marasmiar, que marasmie! não é preciso chegarmos todos ao topo...

mas eu também não li o livro... secalhar devia... tentei convencer o meu pai a comprar, mas o livro é conhecido e o meu pai desconfia dessas cenas sociais... disse-lhe que até tinha a ver com ele e estive pra mencionar a palavra "marasmo"... mas não resultou, alguém me manda vir?

de vento em popa

távamos a sair do gíme e comenta o titi "epá, hoje aquela gajinha tava toda maluca", "iá", respondi "eu dei-lhe alta conversa quando entrei... não reparaste quela sabia o meu nome?"... estávamos a falar sobre a gajinha da recepção, chama-se "isabel" acho, não tenho a certeza...

isto para dizer que o "projecto malhação" tá-lhe a dar bués e hoje marcou pontos à grande... o titi teve a falar com um bacano e com alguma sorte chovem uns projectozinhos de ferílance... e eu disse à tânia que as cuequinhas cor-de-rosa dela eram giras...

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

o princípio do fim

tava pra lá perdido como já se torna hábito, quando reparei que a fitinha que tinha no pulso esquerdo, aquela que já tava toda nojenta e torta, da convenção de fitenâsse da mânze, tinha caído...

eu até nem sou supersticioso, mas acredito que é um sinal... interpretei-o como uma mensagem apocalíptica, estilo: "os teus dias do fítenâsse acabaram!", "vais ser pico quer queiras quer não queiras!"...

tendo em conta que daí prá frente o dia foi de mal a pior a prlau, culminando comigo a passar na via-verde sem sinalizador... diria que já devo estar com os pés prá cova...

e sé pra isso que venha rápido, pode ser que assim evite ter de vestir aquele malfadado fato e assistir à formação de cóbóle...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

a decisão

em apenas um dia acabei por chegar à conclusão que a decisão difícil que tomei correu mal... em bom português diria que "meti o na poça"... a definição de estar arrependido é que se uma pessoa voltasse atrás, não tomava a mesma decisão, né?

queria ver o mundo e jogar na primeira liga, o problema é que na verdade a primeira liga não tem lá muita piada... e pior do que isso tudo, não faz nada o meu género, e não tem os meus amigos que considero tão importantes!

andava sempre a repetir que não queria passar a minha vida a programar, agora acho que vou passar a dizer que não quero passar a minha vida de fato e gravata... não é... eu! não faz o meu estilo! porque raio é preciso um fato pra bater código?!

um gajo bate melhor código se tiver dificuldades em respirar e os tomates apertados? uma das cenas que mais confusão me fez hoje, foi ser a segunda pessoa mais bem vestida no comboio... isto porque o pica tem uma gravata com o logotipo da cêpê, não dá pra competir com isso...

mas agora também não vou dar o braço a torcer... há que olhar prá frente e traçar objectivos e trabalhar para os atingir... ah pois! tava-me a esquecer de mencionar que desde que falei na áquesséntechure ao meu pai ando a gramar com discursos motivacionais todos os dias...

ao menos ainda vou a tempo de cortar nas perdas... abandonei a cave mas não abandono o futebol e muito menos o gíme... é que perder a companhia do titi custou... a do rumbafum então, nem imaginam as saudades que tenho dele, no bom sentido... mas perder a tânia, isso era o mesmo que dar um tiro no !

quero dizer... outro tiro no outro pé!

o primeiro dia na torre

antecipando a pergunta que todá gente me vai fazer, apresso-me a escrever aqui a resposta para depois só ter de vos encaminhar para terem o enquadramento completo... o meu primeiro dia começou mal, passou pra pior, continuou mau, e terminou excelente!

o meu pai deixou-me meia-hora antes das nove nas amoreiras... como não tomo café e já tinha tomado o pequeno-almoço andei a engonhar e àpanhar frio enquanto pensava em coisas como "podia estar a dormir a esta hora?"... ou "quem mexeu no meu queijo?"...

mas tentei não me deixar levar pelos pensamentos nefastos que sempre acompanham uma decisão difícil e complicada como a que tomei... tentei mentalizar-me que tinha feito o que era necessário, "és um dos escolhidos!", "tens uma carreira promissora à tua frente!"...

quando entrei na sala reparei que éramos prái uns vinte cinco "escolhidos"... piorou quando descobri que a maior parte eram obesos dóculos, digo a maior parte porque havia um que era um metaleiro magro de fato e gravata... mas havia lá quatro garinas, e uma delas, com jeitinho e o sol a bater...

piorou ainda mais quando eu descobri que daquela amostra de "escolhidos", todos vêm de informáticas de gestão, ou engenharias informáticas... em faculdades da treta! e ainda por cima, há uns quantos que só têm bacharelato, e até alguns que nem sequer acabaram o curso... oh, claro! um plano que funcionou, promoções...

de resto houve pra lá uns formadores, falaram algumas cenas mas não prestei muita atenção... no início tentei, mas aquilo era extremamente chato... andei sempre ali no limiar entre o consciente e o inconsciente... tenho a certeza que alguma coisa de importante vou ficar a saber, mais tarde...

houve uma altura em que um deles disse "o vosso superior põe carga em vocês"... e eu saltei logo da cadeira, "ele disse carga?", "técnicas de ajuda?", "que exercício será? poliarticular?"... depois é que me apercebi que era uma metáfora... voltei-me pró lado e adormeci de novo...

fiz questão dir almoçar sozinho pra evitar conversas de picos que sinceramente não tava mesmo com pachorra nenhuma... quando estava a voltar tive o azar de me cruzar com um grupinho... o primeiro comentário que ouvi foi "as gajas desde que tenham compras pra fazer e dinheiro prás fazer, tão bem"...

nesse momento torturei-me por dentro por ter deixado a cave... e congratulei-me por ter tomado a decisão de almoçar sozinho, e em paz... a tarde não continuou muito melhor, houve ali assuntos que me interessaram como a equipa de básquéte e de futebol, mas foi frouxo na mesma...

a parte mesmo porreira foi quando a garina dos recursos humanos disse "então por hoje é tudo" e saí a correr porta fora... cheguei a casa e a minha mãe põe-se a fazer perguntas, respondi monossilabicamente e saí disparado novamente... só conseguia pensar numa coisa: "ginásio!"...

domingo, 15 de janeiro de 2006

promoções para todos

quando entrei prá cave, apesar dos meus mais preocupantes objectivos serem de conseguir pagar pela bomba!, eu tinha um plano a mais longo prazo... por acaso nunca esperei muito desse plano, mas funcionou...

provavelmente foi o primeiro plano pensado por mim, que funcionou... "um dos teus planos? funcionar? deve ser deve!" pensam já os mais maldosos... parece inacreditável, eu próprio também só me lembrei ontem...

ora como eu era um estudante fanhoso na faculdade que preferia namorar e praticar quiquebóquessíngue que estudar, a minha média ficou, fanhosa... não passou do treze... o meu plano ao entrar prá cave era compensá-la, com experiência...

para que quando chegasse a altura de acabar o curso e assinar pela microsófete... eles olhassem pra mim e dissessem: "epá, você é mesmo um mau aluno... ah, mas pelo menos andou a esfolar-se numa cave já sabe o que a casa gasta"...

e tirando o pequeno pormenor de não ter entrado prá microsófete, a verdade é que arrisco-me a assinar o contrato com a equipa da primeira liga com que tanto sonhei... será que este plano também funciona no fítenâsse? vamos exprimentar...

sábado, 14 de janeiro de 2006

da cave prá torre!

ontem foi o meu último dia de trabalho na médialógue e a partir de segunda-feira vou ingressar numa formação de seis semanas para entrar prá aquesséntchure... depois desse tempo a aprender metodologias de trabalho e umas linguagenzinhas...

e se tiver tido aproveitamento, assino um contratozinho de um ano e supostamente recebo o título de "programador júnior"... daí prá frente no prazo de largos anos finalmente atinjo o meu objectivo, o bêémedêbeliu pago pela empresa, e a casa na beloura...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

sou mesmo parvo

existem três tipos de putos: os putos que bebem coca-cola pela primeira vez e gostam... os que bebem pela primeira vez e não gostam, mas ao fim duns anos e devido a pressão social passam a gostar...

e os que bebem e não gostam e nunca na vida acabam por gostar... como já o afirmei várias vezes, eu faço parte deste último grupo de putos... não posso com a coca-cola nem que oferecessem jogos de peleiseteichiâne por cada golo...

no entanto anda uma garrafa perdida no frigorífico cá de casa... é impressionante como quando volto do ginásio às dez e meia da noite e venho cheio de sede, exprimento sempre beber uma beca...

aquilo cai-me no estômago vazio volta a subir e fico com a língua dormente durante uns segundos enquanto faço umas caretas... no dia seguinte volto a fazer o mesmo, é uma experiência engraçada...

o confiável do marco

é engraçado que ultimamente quando ando na rua atraio sempre a atenção de pessoas perdidas, não faço bem ideia porquê mas já acho que é gente a mais pra ser coincidência... vejamos:

em viana-do-castelo apanhei um bacano a perguntar onde se entrava pró estacionamento do centro comercial e uma mulher à procura à procura dum mâquedónáldes... no dia seguinte no porto um tipo à procura dum sítio prápanhar o metro...

na semana passada apanhei um bacano num corsa à procura do fórum picoas, um velhote a querer ir pró rossio que tive de perseguir escadas abaixo pra evitar quele fosse parar àmadora... e um francês a tirar dúvidas sobre a compra de bilhetes de comboio...

hoje que apanhei uma senhora a querer ir prá baixa... e decidi-me a deixar aqui o assunto para debate... será que isto acontece com todas as pessoas, ou sou só eu que tenho um ar de menino bonito e inofensivo que não come as papas na cabeça a ninguém?

é que se fôr esta última hipótese, afinal até sou capaz de ter talento a mais prós morangos com açúcar! bah, e logo agora que já não há ana luísa nem soraia...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

hidratos, preciso didratos

o anágua criou recentemente um belógue no seu espaço do émeésseéne, onde a primeira entrada tem o nome "menino jesus vs pai-natal"... o titi mencionou que essa entrada era muito gira e que tipicamente esperava algo semelhante, da minha pessoa...

respondi-lhe que embora gira a entrada era obviamente carregada de fanatismos religiosos e que não entro nessas brincadeiras nem pra exprimentar a sensação... mas pra lhe fazer a vontade decidi então fazer um frente-a-frente mais terra-á-térra...

massa vs arroz! esse assunto apareceu durante o almoço de hoje em que decidimos do grupo dos cereais da roda dos alimentos qual dos dois é o mais fixe... eu defendo que o esparguete domina completamente!

gosto imenso de arroz, e modéstias à parte até cozinho um arroz especialidade que é uma delícia, inclusivé vem mencionado no último roteiro turístico europeu... mas a verdade é que o arroz é acompanhamento menor, pra comidas de desenrasca, como: arroz datum...

o esparguete é muito mais fixe... dá pra fazer altas badalhoquices a comer, e modéstias à parte também cozinho um esparguete que é um mimo, especialidade do mestre marco... no entanto o esparguete também acompanha comidas de desenrasca, como: macarrão datum...

mas como o macarrão datum leva cogumelos e natas e sabe melhor que o arroz datum... o esparguete é melhor...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

a rádio cave!

depois de inventar o programa "a meia-hora do coração" onde só passo música lamecha e extremamente mariquinhas... o chou mí da míníngue dos béque setríte bóis é um bom exemplo, ou o la isla bonita da madona...

criei um novo programa "a metalora!", uma hora totalmente dedicada ao metal... a primeira edição foi um verdadeiro sucesso! eu gostei imenso e o rumbafum até chegou a lacrimejar um poucochinho quando acabou...

mas secalhar as lentes tavam a fazer-lhe comichão, fiquem sem perceber... de qualquer dos modos vou aprender a bombar um sinal pela rede prós meus amigos lá nas vidas tristes deles se animarem um bocadinho...

hoje a cave, amanhã... o mundo!

o titi tem uma amiguinha!

num dia normal o facto do titi ter arranjado uma amiguinha não constituiría conteúdo suficiente para uma entrada completa num belógue tão erudito como este... mas como já devem ter reparado, tamos num dia fraco de notícias...

se o virem por aí comentem o facto com ele... dêm-lhe os parabéns, não mencionem o meu nome e se o fizerem completem com "mas não fiques chateado com ele"... e se o ambiente ainda tiver bom, deixem-lhe uma sugestão pró dia dos namorados...

diferente

távamos a ter aula de musculação e eu digo prá luciana, "olha que giro, há bocado quando tive essa máquina de calcular na mão não encontrei o botão de desligar", "mas agora que olho pra ela vejo que o botão é enorme!", "como é que não o vi?"...

ela olhou pra mim e respondeu "tu és mesmo estranho!", ao qual eu respondi ", um bocado!"... e ela corrigiu, "não é bem estranho... é... diferente!"... o que se traduz no melhor elogio que já ouvi, destronando o "psicopata" do rolo dá um ano...

o problema é que confirmou que os meus esforços para ser comum e igual a todá gente falharam redondamente e não estão a ter o efeito desejado... se as coisas continuam assim ainda alguém descobre onde estacionei a nave... e isso é que não pode acontecer...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

comprei uns fâzi dáice!

para quem não sabe, são uns dados muita grandes e com aspecto fofinho, que se metem no retrovisor do pópó... eu sempre quis ter uns e já tava pra ir comprar ao cárrefúre há imenso tempo, passei lá à bocadinho...

tentei convencer o jónicax a comprar uns também pró tuíngo dele na tentativa de começar uma moda... ele respondeu que pra pertencer a essa moda já íamos uns aninhos atrasados... mas eu lembrei-o que vivemos numa época de revivalismos...

as calças à boca-de-sino e os corsários também não voltaram à moda? o retro está a dar cartas! temos de andar para trás para inovar, ou qualquer coisa assim... acabei depois foi por me esquecer de lhe dar O argumento... é queles deitam cheiro!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

ífe ái uâre íu

saí da cave e fui pró gíme sozinho porque o titi teve de ficar a trabalhar até tarde... tipicamente não gosto de ir ao ginásio à terça ou à quinta por duas razões muito simples... não há nem tânia nem cátá!

aparece lá o bacano (ai que saudades da cátá) para dar a aula de combate e lembrei-me que já o tinha visto em qualquer lado... era... "oh não!" pensei, "o gordo com voz e aspecto maricas!"... pensei em fugir, mas acabei por ficar...

o gordo passou a aula toda a gritar na sua estridente e consequentemente irritante voz, para piorar dizia cenas como "bora lá meninas!"... mas nem tudo foi mau, que em sete músicas conseguiu meter três que gosto bastante...

tava no balneário aparece lá o gordo (que agora por acaso até tá mais magro) "treinas combatemuito tempo?" pergunta... "mau!" pensei, "tá-se a fazer a mim?", "não se pode dizer que é há muito tempo, desde março" respondo...

"tens muito boa técnica" diz ele, "ai tenho?" penso eu... "já alguma vez treinaste artes marciais?" continua ele interessado, "treinei kung-fu durante muitos anos" respondo... os olhos dele iluminam-se "pois! eu sabia!"...

"dá para reparar, nos teus movimentos, especialmente no modo como dás os pontapés", "ai ?" pensei... "então e deixaste porquê?", pensei em responder "porque me fartei", mas não lhe quis partir o coração...

então dei umas desculpas da vida, assim cena filosófica... e concluí "e desde que entrei práqui fiquei mais fitenâsse e menos artes marciais"... ao que ele responde "sim, mas as bases tão lá, o modo como dás os pontapés não é nada fitenâsse!"...

"mau!" pensei, "isto foi uma linha de engate, ou foi só impressão minha?"... sem chegar a nenhuma conclusão achei que o melhor era dar de fuga, rapidamente... "ah e tal, té loguinho, tenho dir" e pus-me àndar em passo de corrida a caminho de casa...

assim que entrei em casa senti logo aquele cheiro característico, "amburguéres!" pensei... fui logo prá cozinha e descobri que eram prái uns cinco ou seis... só comi dois, porque a sobremesa foi pudim que sobrou do fimdano... pra repor as energias...

a tânia, atenção: entrada séria!

a maior parte dos meus amigos já reparou que ultimamente tenho andado um bocadinho obececado com a tânia, ultimamente praticamente todas as minhas entradas têm lá parado de uma maneira ou da outra...

confesso que já pensei muito no assunto inclusivé fez-me ponderar certos aspectos da minha relação com a minha namorada que há muito tempo tinha aceite como pontos assentes...

sempre considerei a minha namorada como perfeita para mim, numa asserção mais simplista da palavra na medida em que duas pessoas podem, de facto, ser perfeitas uma para a outra...

significando neste caso a perfeição que a relação entre elas funciona bem em que ambas se entendem, tirem prazer e façam alguns sacrifícios uma pela outra sem que ninguém saia a ganhar...

porque do ponto de vista mais minimalista é isto que uma relação é... duas pessoas que se associam para tirar algum proveito, e é bom que nenhuma delas tire mais gozo do que a outra, é sinal que algo está mal...

o que isto quer dizer é que considero que a minha relação com a minha namorada é algo que, para mim, apresenta todos os sinais de durar uma eternidade... e isso torna-a algo muito importante e que não devo negligenciar...

mas! não quer isso dizer que se eu começasse uma relação com a tânia, ela também não pudesse evoluir para uma relação perfeita no sentido que anteriormente dei à palavra... o que nos leva à conclusão...

não irei dispender energia na procura de uma relação que mais seja do que amizade com a tânia, continuando com o meu ocasional sonho, que muito sinceramente é divertido e laroco e não o considero nada ofensioso à minha relação...

e se porventura alguma coisa acontecer ou estiver na eminência de acontecer o que com todos estes entraves que já coloquei acredito que será bastante difícil... nessa altura logo se vê...

sametíngue fóre ióre máinde

tava tudo já a salivar para o grande jogo de futebol e chega lá o joãozinho paulinho para avisar que afinal não ia haver, porque ele à última da hora tentou marcar o campo e supresa das surpresas já tava ocupado...

não posso pôr-me com muitas críticas porque se dependesse de mim a história ia passar-se exactamente da mesma maneira portanto decidi meter o plano bê em prática... há sempre um plano bê... marco prevenido, vale por dois!

lá fui eu pró gíme (secalhar devia passar a dizer élthe quelâbe) apesar de me doer o joelho esquerdo desde aquela entrada de carrinho na semana passada... só que eu não gosto de andar carregado portanto não tinha metade das cenas que precisava...

estava lá sentado no balneário a lembrar-me daquela vez em que me esqueci da tishârte e fui em tronco nu pra casa... e da outra vez em que me esqueci das calças e fui de boxers pra casa... e reparei que desta vez o caso até era simples...

não tinha toalha, nem meias, nem boxers, nem tishârte... mas à última da hora encontrei umas meias perdidas na mochila, e vesti as calças e a camisola sem tishârte e sem boxers... rapei uma beca de frio, mas foi uma experiência gira...

obrigado titi, pela toalha...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

o roteiro turístico do marco (rtdm) (3): viana do castelo

viana do castelo é uma cidadezinha situada a uns setenta quilómetros a norte do porto mesmo junto ao litoral seguindo pela secúte A vinte e oito aproveitando que ainda não se paga...

tem uma grande atracção, a bela igreja de santa luzia no cimo do monte sobre a cidade com um aspecto muito bonito que dá pra tirar fotografias... também dá para subir até lá a cima a ... é um passeio fofinho mas cansativo, recomendo especialmente se a vossa namorada tiver o rabo grande demais...

tem uma praia com aspecto bem fixe e apetecível, fiz promessa de lá voltar no verão, e um engraçado centro comercial construído na estação de comboios... a pousada da juventude é confortável, construção recente, à beira-rio...

o pão do pequeno-almoço vinha quente a sugerir que não era do dia... mas os quartos eram limpos todos os dias e a senhora foi simpática até me dobrou a roupa que estava espalhada no chão...

as camas são magrinhas e o aquecimento só funciona à noite... durante o dia parece a era glaciar, mas ao menos há sempre àgua quente... na ceia de fim dano tivémos direito a um chocolate quente muita bom...

criar afinidade, sai no exame

numa entrada recente o jacaré voador perguntou-me o que se tinha passado após a tânia ter vindo pró de mim naquele dia no central... respondi-lhe em discurso falado que não havia muito mais para contar...

que tivémos uma pequena troca de impressões enfadonha e banal que sinceramente não interessa ao menino jesus... o jacaré respondeu que não lhe interessa o que foi dito, mas sim o modo como foi dito...

esta distinção é extremamente importante, eu sei porque tive um módulo de gestão e márquetingue pessoal no ífi que explicou isto... fizeram um estudo, sei lá quem, sobre o que marcava pontos numa conversa de criação de afinidade...

e chegaram à conclusão que as palavras, o conteúdo e significado cognitivo do que uma pessoa diz só vale sete porcento (7%)... ou seja, imaginemos que o marco decide armar-se em inteligente e começa a declamar descartes prá tânia...

tempo perdido, mais valia falar do benfica! é que sete porcento não é nada... é estilo aquela parte da nota cos prófes deixam de lado para componentes sócio-afectivas que incluem assiduidade e participação... não vale nada...

o que é que marca pontos então? perguntam vocês... as qualidades vocais, o timbre, o volume, o tom e o ritmo da voz contam trinta e oito porcento, (38%)! ou seja, podem falar do benfica, desde que soe bem, com estilo e... confiança!

porque o que vale mesmo, é a linguagem corporal! vale os restantes cinquenta e cinco porcento (55%)... concluindo, pico magrela, atrofiado e cheio de tiques a declamar descartes vale menos que cromo burro a falar do benfica...