quarta-feira, 30 de agosto de 2006

a sexta semana

estamos na sexta semana do estágio... ao que parece, a ante-penúltima... escola dos pêtês aqui vou eu... aparece lá o meu orientador a dizer que tem uns estudos de caso pra mim, pra eu fazer um plano de treino e tal...

caso primeiro: "o ricardo era motorista e reformou-se antecipadamente por invalidez devido à espondilite anquilosante"... nesta altura parei e pensei "devido à quem?!" e tive ainda algum tempo até conseguir pronunciar as palavras...

caso segundo: "o antónio é asmático e fora o facto de ser fumador não tem mais nenhuma condicionante"... nesta altura parei e pensei "espondilite, deve ter a ver com esponjas", "ora esponjas, deve ser uma cena na coluna vertebral"...

sábado, 26 de agosto de 2006

o jacaré do setépe

hoje o meu irmão decidiu acompanhar-me ao maravilhoso mundo do fítenâsse... fomos fazer a aula de bódi setépe da cláudia, uma loirinha de olhos azuis muito gira... e posso dizer-vos que o meu irmão até tem jeito...

ele no início estava a safar-se bem, mas eu pensei "deixa vir o aquerósse da tópe quele já satrofia", e assim foi... andou ali uma beca perdido, mesmo à cliché da aeróbica, todos pra um lado e ele pró outro...

mas foi durante a primeira parte da música, que na segunda ele apanhou aquilo bem, com coreografia de braços e tudo... fiquei surpreendido! e a cláudia também que confirmou que ele tem muito boa coordenação motora...

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

a primeira multa

tive de fazer a abertura no oulemes e como é cedo pra chuchu decidi levar a neblina... deixei-a no meio do saldanha e lá fui eu... o problema é que cheguei quase uma hora mais cedo do que devia, às seis e pouco...

eram prái umas duas e meia quando saí de lá, cheguei à neblina já com ar apreensivo e... tinha lá um papelinho no vidro... só tinha ouvido rumores, pensei até que eram mitos, mas parece que aquela malta da emel não dorme mesmo...

a cena parva é que... naquela zona só se pode parar o pópó durante três horas, pagando dois euros... eu deixei lá a neblina a manhã toda, e vou pagar de multa dois euros... iá, mais vale uma pessoa arriscar-se á multa que ir lá de três em três horas...

a terceira criança: parte dois

na aula de combat na segunda o dani tinha planeado fazer o muai thai do lançamento vinte e sete, se ainda se lembrasse e perguntou-me se eu queria dar a faixa... eu respondi que sim e ele passou-me o microfone...

fiz uma apresentação à faixa a mostrar a combinação, dois joelhos com a perna da frente, e um joelho em salto com a perna detrás... e quando fiz o joelho em salto a turma fez assim um "oh"...

a expressão deles era um misto de apreensão e surpresa... eu, na altura não percebi bem o que se passou e continuei com a explicação... foi durante a aula doje que me lembrei donde pode vir o espanto...

é o tecto! devo ter estado a milímetros de bater com a cabeça no tecto e com um estilo tão descontraído que deve ter ficado tudo a pensar "ou ele dá-lhe bués", "ou é completamente avariado da pinha"...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

o vídeo

depois de ser dado como apto numa formação inicial bêtêésse, dão-nos três meses para gravarmos um vídeo de uma aula, para ser avaliado lá pela comissãozinha... esse vídeo deve incluir uma aula completa, com transições em formato de quarenta e cinco ou sessenta minutos e devem ver-se uns quantos participantes...

ontem recebi uma chamada de uma menina qualquer da manz produções que me perguntou onde andava o meu vídeo de uma aula de body pump... dei-lhe a desculpa de não poder dar aulas em agosto porque a lusófona estava fechada e ela deu-me um mês, até à data do cuóretâreli para mandar o vídeo...

tracei um plano de fazer umas aulinhas em sombra lá no oulemes pra depois no início de setembro estar no ponto... assim quando a lusófona abrir de novo, peço uma ajudinha à vanessa pra gravar lá o vídeo... é engraçado que daqui a umas semanas a menina telefona-me de novo a perguntar pelo combat...

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

miami vice (2006)

uma operação de droga de uma força de intervenção interagências dá pró torto... e então um dos bacanos lá da cena decide entregar o caso ao departamento de costumes de miami que não estava envolvido na cena, e o caso vai parar aos nossos dois meninos, um loiro e um preto...

eles acabam então por infiltrar a rede de distribuição de droga de um super-mauzão cubano... o loiro envolve-se lá com uma menina chinoca e os mauzões raptam a namorada do preto... então as coisas complicam-se e passam a ser emocionais... e só se resolvem à caçadeira...

eu fiquei desiludido... não sou bem do tempo da série televisiva, lembro-me vagamente de episódeos, portanto não posso fazer comparações... mas achei... mau! o argumento é fraco, e eles tentam puxar por aquilo o máximo que conseguem, a tentar dar profundidade à história...

as personagens são mal apresentadas, eles assumem que todá gente conhece a série... depois não existe identificação com os heróis porque nem os conhecemos... depois a trama policial, que devia ser o ponto forte, é algo atabalhoada e passada à pressa para culminar num tiroteio monumental...

posso dizer-vos que é um tiroteio fenomenal... uma cena bestial de efeitos visuais e sonoros... só que acaba por não compensar grande coisa... 14*/20*...

o chamamento

foi uma brincadeira, uma graçola, que arranjámos, há mais ou menos um ano... oh! como o tempo passa... oh tempo volta pra trás! o anágua e eu... naqueles lindos dias em que íamos tomar uma banhoca à praia antes de ir trabalhar prá cave...

quer dizer, eu ia tomar uma banhoca à praia... o pedroca ficava deitado na areia a dizer que a água era fria... mas então quando o relógio batia as nove badaladas... nós sabíamos mais ou menos por instinto...

isto porque nenhum de nós tinha relógio, tínhamos de ler os sinais para saber quando chegava a hora de dar de fuga... mas até era fácil, olhávamos pró sol... topávamos a rotina das pessoas e nunca chegámos atrasados... vá, muito atrasados...

e então mais ou menos naquela hora começávamos a dizer "olha, tás sentir?", assim estilo à filme de terror... "é a cave! tá a chamar-nos", "marrrrrrrrco", "anda cáaaaaaaaa" e fazíamos assim umas vozes a gozar...

desde que tirei as minhas férias que já tive dois sonhos em que ia trabalhar de volta prá cave... o último deixou-me mais preocupado porque demonina padrão... será que "o chamamento" existe? secalhar devem-me dinheiro...

domingo, 13 de agosto de 2006

ser de informática

antes tinha uma beca de vergonha de dizer que era de informática porque está na natureza humana rotular... e se a pessoa não te conhece, dizer à entrada que és de informática é assumires a personagem do agarrado de óculos magro e branquela que passa os dias a jogar computador e ver anime...

neste momento isso já não me acontece... não faço bem ideia do que aconteceu mas as pessoas agora até ficam surpreendidas quando sou forçado a responder à pergunta delas... ficam desconfiados por momentos "a sério? és de informática?"... mas evito fazê-lo na mesma...

não por medo de as deixar a pensar que vejo anime e jogo computador, não me preocupo muito com o que pensam de mim e até porque isso é verdade... o que me deixa de pé atrás em revelar que sou de informática é aquela malta que aproveita logo a deixa pra tirar uns nabos da púcura...

aquela malta que pensa que engenheiro informático é a mesma coisa que técnico de informática... epá é uma picuísse, admito, mas aborrece-me à grande quando uma pessoa me dá um discurso enfadonho de dez minutos pra tentar que eu perceba porque raio é que a impressora dele deixou de funcionar...

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

eslava eslava eslava: parte dois

num jantar de família estava a contar a experiência quando o joão, o marido da minha irmã disse "escolheste mal o programa, devias ter escolhido o érre, serve pra tudo!"... acho que ele também não percebe lá muito...

veio a minha mãe e disse que o érre não prestava pra nada, que tinha pré-lavagem... o que quer que isso signifique... e que a água era muito quente... ah! eu sabia... e disse-me que prá roupa que eu lavo, pra usar antes o trinta graus...

lá fui eu prá expriência número dois... meti a roupa toda na máquina até encher sem atulhar... escolhi o programa trinta graus e lá vai disto... a máquina começou a remoer a fazer barulho e algum tempo depois voltei...

tirei a roupa da máquina e levei-a prá varanda prá estender... comecei, peça por peça, até que às tantas pensei "ahah! sou o maior, olha pró cheiro a lavado disto", "sniff sniff", "mm?!", "não?!", "por acaso, não cheira a lavado"...

"aaaaaaah!", "esqueci-me do detergente!", peguei na roupa toda de novo e voltei a metê-la na máquina... e da terceira vez correu bem...

eslava eslava eslava: parte um

os meus pais cada vez passam menos tempo cá em casa o que me força de vez em quando a dar uma de fada do lar... no outro dia tentei lavar roupa... não foi assim do nada! eu já percebia um pouco do assunto...

o meu irmão tinha-me dito que aquilo era sempre programa érre... e foi o que eu fiz, meti pra lá a roupa que precisava de lavar... e depois vi que não enchia a máquina... meti pra lá mais roupa até encher...

mas não até ficar atulhado, porque eu sei que depois aquilo tudo molhado faz alto momento quando o tambor começa a girar... eu até sou entendido no assunto...

só que no meio da roupa que não precisava de lavar, ia uma tíshârte azul azul azul! quando tirei a roupa da máquina tudo o que antes era branco, tinha passado a azul bébé...

mas até houve peças que ficaram mais bonitas... e ao menos ainda tava tudo do mesmo tamanho...

terça-feira, 8 de agosto de 2006

faço sorrisos por sopa

no primeiro almoço do curso de iniciação à animação juvenil, que tirei aqui há uma mão-cheia de anos, diz-me o joão, o cunhadinho: "já tive ali a ser simpático com aquela senhora para ela me encher mais o prato"...

na altura não dei muita importância àquela ideia de ser simpático pra conseguir mais paparoca visto que o que tinha no prato já me chegava... para além disso outras oportunidades para exprimentar, só se fosse na faculdade...

e na cantina ninguém tinha coragem para ser simpático com qualquer pessoa que lá trabalhasse... pelo menos eu não tinha... anos depois pus o plano em prática no oulemes, e... ao fim de quatro refeições ofereceram-me uma sopa...

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

a terceira criança: parte um

na quinta fui fazer , em inglês mémbâre interéquechiâne, o nome pomposo que a malta lá do oulemes dá ao professor que dá apoio à sala de musculação, com o mástâre tereinâre... já tinha ouvido que ele era uma pessoa muito exigente...

mas o orientadorzinho não me tinha avisado do que me esperava... ele não é exigente, é mazé irritante! é daqueles que pergunta cenas bué rebuscadas só pra te ver meter o na poça... e mesmo que acertes, ele dá-te sermão...

por uma ou outra qualquer razão à qual ele decida agarrar-se na hora pra mostrar que ele é que sabe... levei cá uma tareia! às tantas já nem me lembrava de nada só metia os pés pelas mãos... mas fiquei bué motivado...

dou-lhe razão que é a questionar-mo-nos uns aos outros que evoluímos e quando me fui embora despedi-me com um "eu vou voltar"... e desde então tenho andado sempre com o livro de anatomia atrás pra decorar os músculos todos...

guerúpe tereinâre

já ando há três semanas a fazer aulas no oulemes peleice da cinco de outubro e tenho a dizer que aquela míticamente má aula de pâmpe com o mástâre tereinâre não foi um acontecimento único...

também tive uma aula pior que essa, mas as outras também não foram muito melhores... não sei bem porquê, mas esperava que um oulemes peleice tivesse dos melhores instrutores, mas a grande maioria limita-se a passar a coreografia...

e como repete incessantemente o cerca "dar aulas é muito mais que passar coreografias gente"... fui falar com a équetívitís ménajâre tereiní que está responsável pelas aulas de grupo...

para lhe perguntar o que é que tenho de fazer pra dar aulas ali no clube... ela veio com altas burocracias que tenho de fazer o pino numamão enquanto declamo os lusíadas... e também mete fazer aulas em sombra...

o que eu considero um pouco ofensivo... até nem me importo de fazer aulas em sombra, mas sinceramente só reconheço a dois instrutores um nível superior ao meu... o que me deixa um pouco na dúvida...

devo, dizer à équetívitís ménajâre tereiní que a maioria dos instrutores do clube dela não merece estar no palco... ou, meter-me a fazer sombra com um dos bons e surpreender todá gente com o que sei fazer? ajudem-me!

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

férias!

o meu último verão após terminar a faculdade devia ter sido uma cena em grande, porque eu sabia bem que ia ser a última vez que ia ter direito a umas férias em condições... então queria aproveitar até à última todos os diazinhos enquanto procurava um emprego...

não foi o que aconteceu... já estava a trabalhar antes de acabar o curso e depois, por um conjunto de razões, o projecto final extendeu-se pra cima do verão e foi o fim da picada... portanto acho que já há mais de um ano que me estava a dever um verão azul...

por essa e por outras, ontem fui dizer um último adeus à cave, e ao contrário do que aconteceu em janeiro, desta vez não me parece que vá voltar... pelo menos tão cedo... foi uma decisão que me custou, vou ter saudades daqueles malandros, apesar deles tarem sempre com cenas...

saí de lá com cara de enjoado parecia que o almoço me tinha caído mal... mas olhei pró céu azul e pensei: "sou um irresponsável, tou de férias e é verão!", "o que é que eu posso querer mais?"... fiquei com um sorriso idiota na cara e fui apanhar o comboio pró oulemes...

terça-feira, 1 de agosto de 2006

o exame de setépe

no domingo foi o tão esperado exame de setépe... a minha apresentação correu bem, subi ao palco e fiz o que aquilo que tinha treinado... o problema foi depois no final quando fomos "falar um bocadinho" sobre aquilo tudo... o pinheiro a fazer o papel de mauzão pela última vez...

começou "marco achei a tua apresentação sem sal", "pra quem dá aulas estava á espera de melhor", "também não dou aulas há tanto tempo" interrompi, "não interessa!" continua ele ofendido, "é por isso que vais ter quinze", "porque eu sei que conseguias fazer bem melhor"...

antes de se calar o pinheiro perguntou se alguém se tinha sentido injustiçado pela nota que tinha recebido... eu fiquei calado... e fiquei calado por razões que expliquei logo a seguir a todos os interessados e que começam por... porque o setépe não serve pra nada!

o setépe está morto... no oulemes da cinco são duas horas de um mapa de aulas recheado e são dadas por pessoas com qualificações milhões de vezes superior à minha... eu não lhes tiro o lugar nem as substituo, nem mesmo se o pinheiro me tivesse dado um vinte e um...

e acima de tudo fiquei calado porque... ele tem razão! eu podia ter feito melhor... eu treinei uns quarenta minutos práquilo, o que é o mesmo que quase nada... tinha uma coreografia feita em cima do joelho cuja principal característica era, ser rápida a passar...

no final ele ainda me fez um elogio "o marco teve uma nota mais baixa", "mas eu não tenho dúvidas que ele pega numa turma e vem por aí acima"... o pinheiro arranjou uma boa desculpa e por eu não me preocupar deixo passar... mas sei bem que floreados à parte... ele não me grama...