segunda-feira, 22 de agosto de 2005

e assim termina a minha carreira de dorikin

saí para ir jantar a casa da namorada, lálálá, pela estrada fora, chego ali à rotunda da quinta da fonte a descer como quem vem do oeiras parque em direcção a porto salvo e vrrrrrrrrrrrooooooooooom... o pópó sai-me bués de traseira! "mau!" pensei, ele até tem comportamento sobrevirador de vez em quando, mas tanto...

continuei o meu caminho sem notar nada de estranho até à rotunda do amadora-sintra onde o pópó voltou a fazer das suas, vrrrrrrrrrrrooooooooooom, "mau!" pensei... e concluí que aquilo não era normal... parei na répessóle na descida antes da rotunda do chimarrão e saí pra ver aquele pneu de trás do lado direito...

e estava todo trilhado! enchi-o de ar e não parava de fazer "pchhhhhhhhhhhhhhhhhhhh", dei uma vista dolhos e vi um rasgão com prái um centímetro que tapei com o dedo e deixou de fazer "pchhhhhhhhhhhhhhhhhhhh"... lembrei-me que já tinha visto aquele rasgão a semana passada quando fui ver a pressão dos pneus antes da viagem...

e foi então que me lembrei, "é o pneu do lado direito atrás de novo"... e é então que vocês perguntam "de novo, marco?" e eu respondo, ", já vão dois", e vocês insistem "dois, marco? dás-lhes dentadas quando não almoças bem, ou quê? e o do lado direito atrás? porquê, sabe melhor?" e eu respondo "népias... é da condução desportiva!"...

é que o pneu de trás do lado direito é o que mais sofre com as derrapagens nas rotundas, o andar à caranguejo, e coincidentemente a última derrapagem que fiz foi... olha, ontem! da última vez que andei com o pópó... saí da casa da minha namorada e fui direitinho à répessóle de novo, enchei o pneu e fui-me embora que já tava lá um câpe rasteirinho a fazer punts punts...

uma beca mais à frente parei de novo, olhei pró pneu e estava nas lonas, em 100m já tinha perdido o ar todo e o rasgão estava... enorme! concluí que não valia a pena continuar assim e então... eram 2300 e tava eu em cima do viaduto da saída da IC19 do amadora-sintra a lutar com a miserável chave dos pêésseás e a gritar cenas como "ondé que andá minha cruzeta?!"...

até à altura em que aquilo começou a correr bem e aí passei a cantar, "áime rouneri! rouneri énde sédeli aloune!"... parou lá um golfe de quarta com dois bacanos e perguntaram "é preciso ajuda?", "tás na boa! já acabei de trocar o pneu" respondi... limpei as mãos à toalha de praia do anágua, meti na orbital e lá vamos nós finalmente pra casa... nenananananananaiééééééééé...

saí pró cacém e apanho a estrada de paço d'arcos como de costume até à rotunda antes do mâquedónáldes... "vá, só mais uma, a última!", vrrrrrrroooooooooomm...

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

acho que descobri, e é bem fixe

saí do bules e fui raptar a minha namorada a casa dela, não foi lá muito subtil uma vez que parei para comer um iogurte tarte-de-limão, mas o que interessa é quela veio comigo... távamos a caminho do, para ela, fim-de-semana de férias e para mim, férias inteiras de verão, quando eu vi um enorme placar da mânze produções a dizer "a indústria do fítenâsse precisa de você!" e... nasceu o meu novo projecto...

e agora vocês perguntam "oh marco, o que é a mânze produções?", e eu respondo "é a empresa que mantêm os direitos do bódi combate e do pâmpe e do jâmpe e do atáque e do bélance e de todas essas ceninhas que passam nos ginásios"... o leitor atento obviamente que já atingiu o meu novo projecto, instrutor de bodi combáte! pedi logo uma opinião à minha namorada que respondeu "tábem meu amor, se é isso que queres"...

comecei logo a imaginar-me a chegar todo vestido à camuflado do vietenâme com uma camisinha apertadinha e as miúdas todas a meter-se comigo, "oh marco, oh marco"... e eu a escolher uma música e a dizer, "faixa de aquecimento, já sabem, pontapés baixos"... fui ao saite, o curso é caro pra chuchu e demora um ano... mas tirando isso não existe nada que mo impeça de fazer, ahahahahahah...

o roteiro turístico do marco (rtdm) (1): seinte píter âve de sáuthe

seinte píter âve de sáuthe é uma bela localidade situada a vinte kilómetros de bijeu seguindo uma direcção noroeste como quem vai para vouzela ou então pela éneseis... a localidade apesar deu a ter descrito como bela não é, não tem nada pra ver, uma igrejazita, pra quem gosta disso, engraçadita que só vi de fora e uma ponte romana, sobre o vouga, onde passava o comboio mas deixou de passar quando a linha, a que ia pa bijeu, foi desactivada, e agora dá pra passar de pópó...

as termas de são pedro do sul situam-se a três kilómetros não-faço-ideia em que direcção uma vez que segui as placas e lá à volta não há nada tirando hotéis e clubes de campo que destuam bués com o característico aspecto da terrinha... também não tem nada de especial tirando as termas, montanhas de casamentos nos hóteis todos nesta altura do ano, e outra ponte romana, sobre o vouga, e que também dá prátravessar de pópó...

um pouco abaixo da ponte tinham pra lá umas gaivotas mas não aconselho ninguém a entrar no rio porque uma beca acima as termas fazem umas descargas estranhas, no entanto os patos ainda estão vivos e brancos, acho que é um bom sinal... o local é muito bonito e romântico para passear à noite e há cafés onde se podem comprar gelados, sugestão do marco: mangacenoura! para os utilizadores de eurotiquéte, como o moi méme, esqueçam, só no intermarché...

multibancos só há um à porta das termas e outro em santa cruz da trapa... e subindo em direcção seinte crósse âve de treipe e depois de lá chegar virando à esquerda numa intersecção, seguindo as placas e com o vento a favor, de preferência de jipe, damos com o poço azul que mais não é do que um sítio onde dá pra mandar uns bons mergulhos num riozinho enfiado no meio de um vale... a àgua é limpinha, gélida e os bicharocos não mordem...

também exprimentámos a piscina do clube de campo... bem, aquele da moradia bonita de aspecto antigo, assim como que moraram duques lá dentro ou assim, que fica ali na estrada depois do cemitério da trapa, aquele que tem um padrão de piratas na porta, a sério, uma caveira em fundo negro com dois ossinhos cruzados por baixo! não me tou a lembrar do nome mas a piscina tem um metro e noventa na parte mais funda e tava quase sempre vazia...

a pousada é bem fixe, tem três pinheiros tinha mais é de ser, é um prédio enorme e cheio de espaço, com uns quatro andares, todos os quartos têm varanda, acho eu, o nosso tinha uma enorme com uma vista bestial! a casa-de banho era limpinha e tinha uma banheira, algo inédito numa pousada... as camas eram as mais largas que alguma vez encontrei também e os lençóis eram brancos... não tinha era cozinha dalberguista, mas é segura, porque eu deixei o portátil no quarto e a senhora da limpeza não o levou...

quem me dera ser um puto estúpido

tava a voltar do meu fim-de-semana de férias em são pedro do sul e apanhámos uma imensa fila em bijeu porque as rotundas estavam todas ocupadas com a etapa final em contra-relógio da voltá portugal... no carro da frente, um córsa bê de três portas circulavam cinco betos, com óculos escuros e cabelos enormes, esgrenhados, provavelmente muito sapatinho de vela isso mas não dava pra ver...

os três do banco de trás, ainda putos, vinham numa galhofa de abracinhos e fotozinhas de telemóvel até que um deles decide tirar-me uma fotografia a mim! ele disfarçou assim a mexer de lado, mas tava claramente àpontar aquilo pra nós, visto que a minha querida namorada que me acompanhava partilhou da mesma opinião...

foi então que ponderei um curso de acção: o clássico do gesto obsceno, a pose à cromo do culturismo, o beijinho e o piscar de olho ou o cartaz a dizer "mãe, estou aqui!"... mas passei logo para a razão que estaria a levar o puto beto a tirar-me uma foto, seria a minha namorada? iá, ela é buéda gira, mas também, namora comigo outra coisa não seria de esperar...

mas com um telemóvel e àquela distância, prái uns três metros, e através de dois vidros e buéda sol, a foto vai ficar tão esbugalhada quele tanto podia ter tirado aquilo à minha namorada como à prima do cheréque ou à angelina que o resultado era francamente idêntico... a não ser quele tenha uma cánóne baita baita em formato de bolso... como não encontrei outra razão para tal interesse declarei o puto beto como "otário"...

e cheguei à conclusão que qualquer um dos meus cursos de acção era demasiada importância a dar a alguém que era um "otário" e portanto não fiz nada... acho que o próprio puto beto se apercebeu que estava a ser "otário" porque pousou a cena e ficou quieto a fazer cara triste...

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

ah as memórias, as memórias

ontem ao jantar a minha priminha cátá comentou que lá no andanças ela tinha feito uma cena que se chamava "abraçoterapia"... perguntei-lhe logo se isso implicava abraços assim estilo os téletâbís quando eles se juntam todos e dizem "abraço" em coro, e dão um abraço e ela respondeu que não...

teve a explicar a cena e pelo que percebi eles davam abraços a uma pessoa durante a aula toda... imaginando que um tipo vai pra lá e tem o azar de calhar com outro rapaz, a experiência além de arruinada à partida torna-se suspeitamente homosexual, não que seja homofóbico, mas preferia mesmo bués uma menina e de preferência com tótós...

e foi então que me lembrei de uma cena que inventei quando a minha vida ainda era engraçada, numa colónia de férias: "abraço de grupo!"... o "abraço de grupo" foi uma cena que inventei para chatear os meus pré-adolescentes, era uma cena estilo a dos téletâbís só que nós éramos bem mais de quatro, servia para incutir espírito de equipa...

e funcionava bués porque os meus grupos sempre tiveram buéda espírito de equipa... ainda me lembro nós a roubar no jogo da vassoura, os meus putos bem treinados só entregavam a vassoura a membros das equipas contrárias... limpámos aquilo umas três vezes seguidas! ah como era fixe eu a gritar "vamos celebrar com um abraço de grupo!" e eles todos "eh! não, não!" a fugir...

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

tava com umas saudades mesmo grandes

entrei no gíme e a aula de tópessepíne já tinha começado "estranho" pensei, "devem estar cheios de pressa"... desci até lá abaixo e reparei que tava a haver uma aula de combate, e foi então que me apercebi (sou um génio) que tinham mudado os horários...

eu que vinha cheio de pica pra fazer aula de pâmpe (ou vai ou racha) tracei um plano de contenção, a fim de evitar fazer figura de otário a entrar em aulas erradas ou a meio, decidi-me a ficar pelo ginásio até arranjar um horário à garina lá da recepção...

eu que já lá não metia os pés há mais de uma semana (é suficiente pra perder buéda ritmo) fui pra lá bombar com alma, a cansar-me pra chuchu e com montanhas de peso... às tantas passa lá o afonsinho vestido a rigor, faz-me sinal e vou lá ter com ele...

"agora é pâmpe?", pergunto, ", agora", responde ele... sei que tão a pensar "uuuuh o marco é um génio, adivinhou", e por acaso sou um génio, mas adivinhei porque a camisola dele dizia: "pâmpe"... e então segui o afonsinho lá pra dentro...

lá fui eu bombar com mais alma pra cima e pra baixo, prá frente e pra trás e quando tava pra começar a faixa de bícepce, a minha preferida, porque eu tenho um bícepe buéda bonito, mesmo redondinho... mas adiante, comecei a ver tudo torto, e desfocado...

"isto é psicológico!" pensei, peguei na barra e lá vou eu! "uma, duas, três, agora é directo, mau!" parei, recomecei, às tantas decidi que cair pró lado era capaz de ser pior do que dar ar de mariquinhas por fugir a meio da música, então fugi!