terça-feira, 19 de agosto de 2008

sex and the city (2008)

a turbulência de uma amiga na sua relação mete a carrie bradshaw, protagonizada pela sarah jessica parker, a pensar na éfemera ligação, apenas emocional, que a liga ao seu próprio homem há mais de dez anos... e é então que, como se de uma parceria de negócios se tratasse, eles decidem casar, visto que a casa de sonho já a tinham comprado...

como, até numa cidade moderna como nova iorque, o casamento de uma quarentona é notícia, a cena passa a ser toda organizada por uma revista da imprensa cor-de-rosa que transforma uma pequena cerimónia familiar num acontecimento do ano... lá para o meio andam, assim um pouco como que perdidas, as amigas da rapariga também envolvidas em complicadíssimos relacionamentos emocionais...

eu odiei o filme... só ouvi falar vagamente do sucesso da série televisiva e vi os documentários que dão conta de como era uma ideia revolucionária que mudou muitas mentalidades tacanhas na sociedade norte-americana... passaram a ser mais respeitadas as quarentonas modernas, activas e independentes, assim tipo espíritos livres... e eu aqui faço a devida vénia... qual é o problema então?

o problema é que o filme não é nada disso... bem espremidinho aquilo é uma das mais banais e piores comédias românticas que já vi... com um argumento incoerente, demasiado comprido e com demasiadas personagens para que alguma se torne minimamente credível...

para piorar é obviamente apontado ao público feminino, o que me faz passar ao lado de metade das, já de si fracas, piadas e achar, mero exemplo entre muitos, ridícula e inconcebível toda a parafernália com que as raparigas andam vestidas na rua... nem a minha esposa atingiu aquele nível de produção no nosso casamento... 1*/20*...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

o ócio...

eu respeito muito o senhor, mas acho a cena de só descansar ao sétimo dia parva... para mais acharia-a talvez minimamente adequada ao tempo dos nossos avós, em que não havia consolas nem televisores plasma... em que éramos todos muito mais religiosos e queríamos atingir o céu através da provação e do sofrimento... a verdade é que os tempos mudaram, estamos numa época de aproveitar a vida que é curta, de apenas dois dias...

a meu ver tudo começou com o clube dos poetas mortos, "aproveitem o dia rapazes" repetia o professor de inglês... e as mentalidades começaram a mudar, e para melhor... mais do que um ponto de passagem a nossa vida na terra não tem de ser um teste divino de perceber quem é material de céu e quem não é... isto agora passou a ter tudo a ver com a felicidade, em todos os aspectos... entrou a indústria norte americana a carburar a sério e até ser nadador salvador passou a ser muita giro em vez de um aborrecimento de morte...

é por algumas destas razões, e ainda outras, como por exemplo eu ser um bacano buéda inconformado, que eu decidi... para esta nova etapa da minha vida, de casado, e responsável e assim... que tenho de fazer mais pelo meu semelhante, ou por aquele parecido comigo, também humano e tal, mas menos giro e inteligente... e é por isso que estou a iniciar uma cruzada da defesa do ócio como estilo de vida... para representar aqueles iluminados que sentem que o dinheiro é um meio e não um fim...

para começar quero entrar para a história como o bacano que fez com que os feriados ao fim-de-semana, sejam passados para segunda... numa segunda fase quero entrar prá história como o bacano que fez com que as semanas tivessem só quatro dias... mas isso é só lá mais prá frente... ah! descortino já a presença de alguns incrédulos por entre os leitores... então permitam que vos deixe sabedores...

ambas estas ideias contribuiriam para que as pessoas fossem mais felizes, menos sorumbáticas e cabisbaixas, logo mais dispostas a gastar dinheiro... minoraria o pessimismo que baixa as acções e aumentaria a taxa de natalidade porque pessoas mais felizes e com mais tempo livre procriam mais... é uma progressão geométrica... para além disso, as empresas para manterem os níves de produtividade com semanas de quatro dias teriam de recrutar mais pessoas... assim reduzindo o desemprego...

é genial, não é?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

tam tam tadam...

o passado dia vinte e seis de julho vai ficar para a história como o dia em que o marco e a ana declararam o seu amor eterno perante o senhor e uma montanha enorme de convidados...

após alguns meses cheios de complicados preparativos foi com alguma satisfação que vi o dia finalmente a aproximar-se... descrevo a sensação como a sensação que tinha antes de realizar um exame de análise matemática na faculdade... "tá quase, depois tá feito e nuuuunca mais tenho de passar pelo mesmo na vida inteira!"... não poucas vezes correu mal e tive de voltar a passar pelo mesmo, esperemos que o mesmo não aconteça agora...

não estava nervoso até porque já estava casado, oficialmente pelo estado, desde o início do ano... já há muito tava fora da casa dos papás e com a alma entregue aos caprichos da classe bancária e... mais importante do que isso, a vivenciar uma vida a dois a tempo inteiro... quando muito estava com alguma apreensão para ver se tudo corria conforme planeado, mas sabia que mesmo que tal não se verificassse, seria engraçado e daria uma boa história práqui...

no entanto admito que quando a minha belíssima esposa (a menina mais linda do mundo) entrou na igreja toda vestida de branco, ou o que é que chamam àquela cor que já ninguém casa de branco, me deu assim uma cena na barriga...