segunda-feira, 27 de setembro de 2004

túningue caseiro, por marco o mecânico (parte dois)

hoje fui terminar o trabalho que comecei a semana passada... a mancha cinzenta (mais ou menos escura, dependendo da intensidade e forma da luz) andava a chatear-me... isto sem falar nas marcas da tinta escorrida ao longo de todo o lado esquerdo do carro... levei a bomba prá garagem, e tal qual médico cirurgião estético co bisturi a tirar rugas às lilicaneças, também eu "alisei" a superfície da máquina...

"aqui precisa" PSHHHH! "aqui tamãe" PSHHHH! "e aqui mais um bocadinho que ainda se nota a pintura estalada" PSHHHH! "ena pá! até ficou fixe! acho eu... aqui está um bocado escuro e não dá pra ver bem" PSHHHH! " pra ter a certeza!"... "agora a mancha cinzenta" PSHHHH! "morre! ahahahahah!" PSHHH, PSHHH, PSHHH, PSHHH, PSHHH! "?! ainda tá mauzinho... mas pelo menos já tá preto", PSHHH, PSHHH, PSHHH! "parece melhor?"...

domingo, 26 de setembro de 2004

túningue caseiro, por marco o mecânico

no outro dia quando fui ao cárrefúre comprar cenas pra fazer um macarrão de atum pró jantar, que acabou por ser a minha namorada a fazer (na minha casa), aproveitei pra comprar um seprei de tinta preta prá minha carra... isto só porque não havia aquela cena que os gajos incendiavam o cápou do carro e depois apagavam e passavam e aquilo ficava como novo...

cheguei ao pé da bomba acabada de lavar, mas seca, com o seprei de tinta preta da citroéne (não havia preto pa pêjou!) e pensei "secalhar não é boa ideia? ainda vou é mazé lixar a pintura toda... e se lixar? nojenta já ela tá! sem medos, espírito vanguardista!"... peguei no seprei e PSHHHHH! "ei! até ficou fixe!" PSHHHH e PSHHHH e mais PSHHHH, "olha ali!" PSHHHH, "já agora..." PSHHHH...

tempestade numa piscina dágua

ontem, já por volta das quatro da tarde, aparece lá pela piscina um grupo de mitras... mas mitras daqueles mesmo mauzinhos... o quim do bar descreveu-os como "a pandilha do boné", acrescentando que aquilo era tudo malta do casal de são bráz, bairro mauzinho dámadora, pra quem não sabe... um monte de putos a rondar os 16 anos, com bonés de lado com a pala pra cima e os elásticos de fora, cheios de brincos e fios douro...

começam pra lá a fazer as porcarias do costume, a falar asneiradas, a mandar mortais e bombas, a palhaçada normal... até que no meio de uma brincadeira, dois deles puxam os calções pra baixo deixando os rabos a descoberto e fazem mortais prá piscina... assim quisto acontece o quim foi aos arames... "aí ó marco vái lá! agora já foram longe demais, vai lá, vai lá!", o sentimento parecia ser partilhado pela namorada do quim e o corte...

levantei-me e dirigi-me aos dois engraçadinhos... assim que me viram ir na direcção deles deram de fuga pró outro lado da piscina... então eu, que não tava pra me chatear, fui pró meu lugar mantendo-me por perto à espera doutra oportunidade pra lhes dar... chega-se o guêtê ao pé de mim "então? não lhes vais dizer nada?", "não", "porquê?", "porque acho que não vale a pena, seles fizerem de novo...", "oh! é claro que não vão fazer!", "então melhor! tá o assunto resolvido!"...

ele não ficou convencido "tá mal, isso! devias dizer-lhes... aproveita prós lixar! chama o mendes! ele gosta deste tipo de cenas... ele tira-lhes os nomes e nunca mais voltam a entrar aqui!" isto já me tava mazéra a parecer xenofobismo de géninho... "duvido seriamente que impedissem alguém dentrar aqui, e foi apenas uma brincadeira, parva, mas não é preciso exagerar" respondo... "tá mal! chama o mendes!", "queres mesmo?" os chefões dizem-nos pra não nos chatearmos, mas a partir do momento em que existe uma queixa...

"portas está à escuta?", "transmita!" responde o mendes! "podia dar um saltinho cá abaixo? precisava de falar consigo"... daí a um bocado lá aparece o mendes, com o seu ar autoritátio habitual... chega-se ao pé de nós, dizemos-lhe o que se passou e ele chama os dois filhos de "funcionários" pra lhes dar um sermão... passado uma beca volta e conta-nos que já o tinham chamado antes, "o dantas"... ou "o quim do bar" pra ser mais directo...

considerei o que estariaeu a fazer, uma vez que o quim do bar se dá ao luxo de chamar a segurança quando lhe dá na cabeça, mas também não vale a pena confrontá-lo com a situação, uma vez quele nunca sengana... pelo menos ele acredita nisso... aparece lá ao pé de mim a lavar os chinelos na piscina, aproveito pra lhe mandar a boca "vê lá se não tenho de chamar o mendes à tua conta!"... "fui eu que chamei o mendes!" responde ele orgulhoso, "mal educados! não tenho de estar àturá-los!"...

passaram os limites do aceitável, foi uma brincadeira parva demais, até pra mentecaptos do casal de são bráz, mas foi apenas isso, uma brincadeira... num fim-de-semana com pais e filhos, poderia ser considerada um insulto, agora num dia de semana em que o pessoal é tudo jovens que sinceramente já muito devem estar habituados a otários destes... acho que não havia motivo para alarmismos, mas ei! "aproveitemos já pra lixar os gajos com ar de mitra", não vá eles sentirem-se descriminados se não o fizermos...

quinta-feira, 23 de setembro de 2004

greve de sexo

geralmente são sempre as garinas que a decidem começar, e sempre que ouvi falar disto, reparei no pensamento generalizado por entre o sexo masculino em como é uma coisa muito má... na altura tentei argumentar, mas o quociente de inteligência dos meus ouvintes não lhes permitiu dar-me abébias para expôr os meus argumentos, portanto aqui ficam...

é óbvio que uma greve de sexo é mau, mazé mau prós dois lados! também ela fica a perder com a situação e verdade seja dita não acredito que perca muito menos do que um adolescente de 18 anos com as hormonas aos saltos! essa história que os homens são mais tarados e blá blá blá, é bastante subjectiva e argumentável, dependendo imenso de caso pra caso...

e de qualquer dos modos pensemos bem na situação... quem é que está melhor preparado prá greve? por exemplo: a picalhada lá da faculdade, se agora um deles, por milagre, ou lotaria, o que seria um milagre, arranjasse uma namorada, e por qualquer motivo ela decidisse fazer greve de sexo, o pico responderia, "na boa! passei 24 anos sem comer nada, não são uns meses que me metem medo!"...

e quando se torna realmente difícil de aguentar, quem é que tem mais porno no computador? por exemplo: entre a minha namorada e eu, fica mais ou menos ela por ela, visto que ambas as nossas colecções são geridas pelos irmãos, o dela que bem podia estar em informática, e o meu que certamente dispensa apresentações... mas eu saio a ganhar porque nós temos internet!

afinal, quem é que está mais habituado a estar sozinho?

o marco de caneças

chego à estação de serviço e páro a obstruir duas bombas, é pra ser o seguinte em duas filas, assim posso escolher o que sair primeiro... tinha os vidros abertos e o "teique a lúque íne da mírróre" dos "córne" a bombar, alto, é mauzito, admito, mas o jónatãn a fazer aqueles grunhidos à tuíste sempre chamam átenção...

tava lá, na boa, a marcar alto cenário, as mangas arregaçadas à landers (imagem de marca), o tipo do tigra volta pra bazar... ligo o carro BRóóóóó, mas o gajo nunca mais se despachava, "praquê que tou práqui co na embraiagem?!"... GLOF! "ah, tábem, tava engatado... já me humilhei... pfff! que sa lixe!"... ligo o carro e avanço prá bomba... meto os 20 euros do costume e vou pagar...

chego ao pé da garina, "boa tarde senhor vigilante da piscina" diz-me ela... "olá, boa tarde, tudo fixe?" respondo, enquanto lhe dou o cartão e a massa... "então quando é que lá voltam? (tu e a outra amiga ainda mais boa no mg?) nunca mais lá foram, muito trabalho?" entre sorrisos... "algum, não temos muito tempo, e o tempo (aponta lá pra fora) tem estado assim... mil e não-sei-quantos pontos! obrigado, boa tarde!"...

vou até ao cárrefúre do oeiras parque comprar qualquer coisa pra fazer o jantar côje foi meu dia... subo no tapete rolante e saio mesmo à frente do salão de jogos, "ei, há imenso que não jogo TC2!"... vou ver se ainda lá têm a máquina, tá melhor que nunca, écrân gigante, a culatra vai atrás, é pena é só termos direito a 3 vidas ao contrário das anteriores 4, mas sebém na mesma...

comecei a jogar, "morre! ahahaha! morre! gostas, gostas?! agora nem gostas! ahahahah!"... perdi duas vidas na primeira área do segundo bósse, a cena do comboio e já tava a ver a vida àndar pra trás! "mau, seu não ganho isto vou meter aqui outra moeda e fazer tudo dinício outra vez até ganhar"... mas com a última vida cheguei ao fim, na boa... saí de lá a suar por tudo quanto era sítio, mas valeu bem a pena!

terça-feira, 21 de setembro de 2004

porque é que a água é azul

um estudo intensivo efectuado por marco do ambiente... "se os azulejos da piscina são brancos, se a água é transparente, porque raio a piscina é azul?! é um problema que sempre me fascinou"... (já desde o dia 1 do mês dagosto)

tem algo a ver com a quantidade de água, uma vez que a piscina é de um azul mais escuro na parte mais funda... pensei que poderia ser uma espécie de corante adicionado à água prá tornar mais bonita e apetitosa... o tratamento de uma piscina inclui shampou (pra ficar límpida, cristalina e reluzente), antialgas (óbvio), e cloro (pra matar a bicharada toda)... mas corante? fui perguntar ao chico das piscinas, "ó chico, porque é que a água é azul?", "sei lá!"... ok, não leva corante...

o corte estava a ouvir e disse, "tem a ver com a luz a bater na água que provoca uma reacção química qualquer que dá essa côr à água, veio na superinteressante do mês passado"... oh, assim tamãe eu!

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

sábado à noite

fui sair de novo com o cunha e o mateus... o costume, bairro alto! os bares do costume, as bebidas do costume até tarmos que nem podíamos... pronto, ainda podíamos, da outra vez foi bem pior, os meus dois compinchas andaram a espalhar os respectivos jantares pela calçada portuguesa toda!

aparece lá uma amiga do cunha, com duas amigas, todas feias! aquela história de não haver garinas feias nós é que não estamos bêbados é um mito perpetuado por bichos-do-mato desesperados... por falar neles, estavam todos a fazer órbitas à volta das gajas como o mercúrio ao sol!

provavelmente é por isso que garinas daquelas vão ao bairro alto, a falta de membros do sexo feminino ali é tão grande, que em conjunção com o facto de praticamente todos os membros do sexo masculino ali serem falhados e desesperados, acaba por torná-las raínhas...

todos juntos: "mazó marco, deves ser granda cromo tu, a dizer mal dos gajos que vão ao bairro" e eu respondo que estão mesmo desesperados... que outra razão teriam pra bater couro a garinas feias? e vejam-se estas estatísticas, sempre que lá vou só encontro é pessoal do meu curso... visívelmente desesperados, os meus próprios compinchas estão nessa situação!

o que me leva até ao último ponto... se tudo é assim tão mau, porque é que eu ainda vou ao bairro? gajas feias e armadas em boas, gajos encalhados e desesperados, para beber? pra isso comprava uma garrafa de vódeca do lídele por 5 euros, e enfardava aquilo de penáleti que o efeito era o mesmo...

o folclore ainda é engraçado... "5 euros em como não vais lá!", "olha que eu por 5 euros vou lá", "então vai", "então vem comigo qué pra ouvires", desculpa lá ó hugo por roubar a tua linha de engate, mas foi pra dar os 5 euros a caridade, ao fundo "dá comida ao marco porque ele já bebeu imenso são 3 da matina tá cheio de fome", "desculpe, a menina toma a pílula?", "não!", "tás a ver cunha! não toma!", "ã, não ouvi!", "não toma, pois não?"...

o melhor acabou por ser ela a dizer ao mateus pra me dizer a mim, que perguntar a uma rapariga àbrir se ela tomava a pílula não era uma boa maneira de meter conversa...

nunca tinha ido a uma sucata

passei na sucata, parei o carro... fui ter cum velhote "é você que está aqui?"... "tá aqui o chefe, o meu filho, a minha filha está ali e a mulher", negócio de família, estes ciganos (não eram ciganos mas tavam lá perto) são lixados! cheguei-me ao pé do "chefe", era um tipo da minha idade...

"tenho ali as molas antigas do meu carro, aquilo vale alguma coisa?", o gajo abana a cabeça "não vale nada, isso compra-se ao quilo, cada um são sete paus, e só umas não pesam nada", "ah tábem, era só pra saber"... eu já estava à espera desta resposta, mas por descardo de consciência, não queria tar a mandar aquilo pró galheiro sem saber se vale alguma coisa ou não...

é que podia ter-me dado 5 euros... metia vêpáuer e sempre andava a ripar durante uns 3 kilómetros, prái...

sábado, 18 de setembro de 2004

picuísses

ontem o riqui contou-me que a picalhada lá da faculdade já sabe que eu comprei um rallye, o problema é que vão querer dar uma vista dolhos... não é que me preocupe com a opinião deles, mas não me apetece muito tar a exibir a menina todo orgulhoso e ver os picos, que pouco daquilo percebem, à procura de cenas pra dizer mal e sentir-se bem consigo próprios por não se fazerem à vida, gostarem de carros, e andarem de papámóbile... um desmancha-prazeres, por muito desprezo que se lhe destine, acaba sempre por chatear uma beca...

por outro lado eles estão mais velhos, mais sábios, mais maduros, secalhar vão apreciar a minha compra e ficar felizes por mim e... nááááá!

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

o orgulho não é tudo

andei com um dilema moral à conta de certas cenas lá do emprego... ultimamente, como já não aparece quase ninguém na piscina, os chefões decidiram canalizar os recursos, nomeadamente eu, para outros campos... tanto que nos últimos dias poucos foram aqueles em que passei a manhã na piscina... porque sempre encontraram outras coisas para eu fazer, retalhar papel, esvaziar garrafas, carregar mesas, um pouco de tudo, ou seja, andei a fazer o trabalho doutros...

isso não me agradou nem um bocadinho porque não quis ir práli, e certamente não quis ficar lá pra setembro, pra ser estivador! mau mau que a mim não me pagam pra isso! andam-ma explorar, eu a ver e deixo, não? estive indeciso se havia de os mandar pró... pra um sítio muito muito mau, ou não... mas a verdade é que concluí que só tenho a ganhar com esta situação... e também, chegar a velho sem nunca ter sido explorado na vida, era mauzinho...

como diz o quim (o gajo do bar ao pé da piscina) e a minha irmã, não vale a pena deixar a porta fechada... não tenciono voltar lá pró ano, mas se tiver o canudo e andar ánhar (é a vossa deixa, cromos!) admito que os 900 euros por mês me vão saber muito bem... ainda tenciono ficar lá até ao final do mês, e 14 dias com os gajos à perna à procura de cenas pra me dar nas orelhas, só porque me recusei a dar-lhes uma ajudinha, seriam muito chatos... ainda mobrigam a ficar lá até às 1930!

assim faço lá umas ajudazinhas, eles ficam todos felizes, falam comigo cheios de salamaleques, "podias fazer assim", "por favor assado"... não me chateiam se tou deitado ao sol, se passo o dia inteiro de volta do portátil, ou se saio de lá todos os dias às 1800...

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

é um emprego bestial

ontem o jónipaipe aparece lá por volta das cinco da tarde, tava eu a jogar à sueca com dois géninhos e o quim do bar... o gajo pára a chocolateira (termo discriminatório usado pra definir scútéres) lá em cima, e salta daquilo... vem até cá abaixo e eu continuei no jogo... ele curte passear pelo meio do pessoal a meter conversa com toda a gente, não valia a pena ir ver sele queria alguma coisa...

chamou-me... abandonei o jogo e fui ter com ele, quando cheguei a um metro dele apercebi-me que qualquer coisa estava errada, ia levar alto sermão... "não sei como é que é quando está cá o zéfánân ou o doutor, mas comigo eu gosto de ver-te de volta da piscina, se ela estiver vazia, azar!"... "tábem" respondi... olho pra trás, prós meus companheiros das cartas e faço uma careta...

na altura ainda pensei que moral tem aquele tipo pra me estar a dar sermões a mim... ele que sempre que passo de manhã na recepção está a brincar na internet, ou a ler jornais desportivos... ele que de manhã passou mais de uma hora na conversa com um coleguinha... que moral tem ele pra me tar a dizer que eu não tou a fazer bem o meu trabalho?

a melhor moral do mundo, a de um superior hierárquico... e moi, je suis um profissional, e as ordens superiores são pra serem cumpridas, talvez dobradas aqui e ali, conforme a situação, mas cumpridas apesar de serem estúpidas... até podem vir de um atrasado mental, de um tipo com a quarta classe de habilitações literárias, ou até de um coxo, barbudo e gordo que se dá ares de importante...

e eu até compreendo as motivações da cena... é verdade que ontem não fiz népias, passei o dia inteiro na conversa com o quim sem quase olhar prá piscina, se bem que as 3 pessoas que sabiam nadar e estavam na parte com pé, em princípio não teriam problemas... pralém que, ele ter-me dado o sermão foi muito provavelmente, a única coisa que fez o dia inteiro... é fatela um tipo ir pra casa sem fazer nenhum, é desmoralizante, sente-se um inútil, tanto que a última coisa quele me disse foi "até amanhã!"...

sábado, 11 de setembro de 2004

os ladrões da massaroca

hoje chegamos lá de manhã e vemos uma montanha de sacas de massarocas de milho amontoadas para a festa da descasca? não devia ser esse o nome mas era algo parecido... o gonçalo vira-se, "vamos levar uma?", "massarocas?" respondi, "iá, não tá aqui ninguém"...

ele começa a pegar numa das sacas mais cheias que lá havia... já távamos a correr na direcção do carro com aquilo sem eu me aperceber bem do que estávamos a fazer! chegamos ao carro "olhó alarme!" TUÍTUÍTUÍTUÍ!TRÓQUE!PUMBA! saca de massaroca lá pra dentro... fechamos o porta-bagagens, a olhar à volta a ver salguém nos topou...

às 1800, uma hora antes da hora de fechar, távamos já a ir embora da piscina... damos com o corleone! " tão a ir embora? e quem vier agora o que acontece?" diz ele a testar a fingir que tá a brincar... lá lhe damos a treta do "está frio, é tarde e já não vem ninguém e se vier não é parvo pra se meter na água" e ele come... convida-nos prá festa da descasca...

comida grátis? ainda tá pra nascer o dia em que faço cerimónia! lá vamos nós, duas entremeadas e duas febras pra casa um, mais um prato cheio de salada e batata frita pála-pála e uma tijela de caldo verde cheia de chouriço... enfardei tanto que até pareceu que passo fome cá em casa...

às 2130 estávamos em massamá, à porta do prédio do gonçalo a dividir o saque em duas partes iguais... vou passar o resto do ano a comer massaroca assada com manteiga, comós cámones!

granda festa danos!

o cunha convida-me para uma festa danos, supostamente a aniversariante é uma maluca com uma granda casa onde vai dar alta festa, ele não quer ir sozinho e eu não deixo um amigo ficar mal... lá vamos nós prá paragem esperar o autocarro...

chegamos ao local e dizemos "uou!" em coro... a casa era enorme, daquelas saídas dos filmes com grandas colunas em mármore à entrada e alto jardim cheio de relva, uma piscina cheia de gente... entramos lá dentro, com ar de quem manda e aparece a anfitrã, a aniversariante... curiosamente é extremamente parecida (diria igual, mesmo!) com a minha namorada, vá-se lá perceber porquê...

ela acaba por engraçar comigo, eu sou um bonzão, é natural, costuma acontecer várias vezes e sou a personagem principal, afinal foi o meu sonho! desaparecemos pró quarto dela, ela dá-me uns beijos e pouco depois já estávamos no bem-bom... depois de umas 4, não me lembro destes pormenores, mas 4 parece-me razoável, aparece o pai dela... fica todo lixado comigo, e corre-me da casa dele...

vou procurar o cunha... tou a passear ao lado da casa e aparece o cunha numa janela, "cunha, vamos pôr-nos ao fresco, correu mal!"... o cunha salta pela janela e segue-me, de certeza que já não conseguia beber mais, senão não seria tão fácil... às tantas olho pró cunha, tava todo nú! voltei atrás a correr pra ir buscar os calções de banho que tinham ficado presos à janela quando ele saltou...

quinta-feira, 9 de setembro de 2004

"o vampiro pocas e o agente imobiliário chapa"

ultimamente andei a ler umas histórias do bréme setôcâre (aquele que ficou conhecido por escrever o "drácula"), cenas normais de terror do autor que não conhecia... e no final mau (pareceu-me uma constante da obra dele) da história "a casa do juíz" lembrei-me de uma história que eu próprio escrevi no secundário, prás aulas de português... isto depois de parar de rir... já não me lembro é do título...

mas era a história de um agente imobiliário chamado chapa (personagem completamente fictícia, qualquer semelhança com a pessoa verdadeira é pura coincidência), um tipo cruel e ambicioso que não olhava a meios para atingir os fins e já tinha passado por cima de muita gente pra chegar onde tinha chegado...

um dia, este estranho personagem lembrou-se do castelo do vampiro, que supostamente conseguia revender por um bom preço... castelo velho e mal estimado depois de uma boa reparação valia certamente mais de dobro! bateu à porta e foi atendido pelo vampiro pocas (novamente não foi inspirado na personagem real), um vampiro cromo dos computadores, gordo e desajeitado... pouco ágil, pouco rápido, e com os dentes já algo rombos de abrir latas de 33cl de coca-cola, mas ainda assim um vampiro sedento de sangue...

depois de alguma conversa o vampiro mostra-se interessado em vender o castelo apenas para atrair a sua presa, oferece-se para mostrar a habitação medieval ao seu visitante... e deixa-o passear livremente para ter tempo de montar a armadilha, colocar-se em cima de uma árvore no claustro...

o agente imobiliário chega ao claustro, vê a massa enorme em cima da árvore e pensa "eh lá! carne de porco não é transparente!" foge a sete pés... o vampiro pocas salta da árvore, parte-se todo no chão, levanta-se, tropeça, atrapalhadamente e graças aos seus poderes sobrenaturais acaba por alcançar a sua presa, mordendo-a...

este final mau ficou extremamente conhecido na turma por ser altamente radical... ninguém percebia porque é que o humano morria, o que só demonstra a pequenez mental que sempre odiei naquela terrinha... os meus argumentos "o vampiro é mais ágil, rápido e forte, é óbvio que tinha de ganhar!" não convenceram pátós que só se interessam por finais mariquinhas em que toda a gente vive feliz pra sempre!

a história foi escrita durante uma aula de física, pra entregar na aula seguinte (já vem de longe a minha irresponsabilidade em relação a compromissos escolares)... ocupou duas páginas A4 e depois de entregue à setôra acabei por perdê-la, acho... provavelmente deitei-a fora, era parvo na altura e certamente não me apercebi do rude golpe que acabei por dar ao mundo literário...

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

regalias de emprego

hoje mandaram-me "arrumar o arquivo" com outro tipo... eu escrevi entre aspas porque na realidade o que nós fizémos foi apenas mudar as coisas de sítio, porque ficou desarrumado na mesma... mais um exemplo do que muito se trabalha por ali! menos mal, ainda consegui sair de lá com uma garrafinha de licor de marmelo...

ganhei! ahahahahahahah, ganhei!

hoje deixei o meu pai conduzir o meu carro... foi só daqui de casa até ao oeiras parque, que é já ali em cima, mas foi o suficiente... assim que saiu do carro disse "ó marco, não o meteram mais baixo porque não conseguiam, não foi?"... mas quando lhe perguntei o que tinha achado ele respondeu "está muito bom, nem parece ter 10 anos"...

agora vocês dizem "só isso? mazó marco, isso não quer dizer nada!"... e eu respondo que vocês não conhecem o meu pai, o carro tem de o ter impressionado mesmo, pra ele admitir ligeiramente que secalhar até se enganou... pronto, não se pode dizer assim logo, sem sombra de dúvidas, que ganhei... isso vou dizer quando ele me pagar o seguro...

a noite dóntem

como já sabem, o meu serão de ontem foi passado no hospital amadora-sintra a tentar saber notícias do meu mano que deu entrada acidentado de viação... primeiro fui parvo e deixei o carro no parque de fora... a cancela meteu-me medo e acabei a fazer um seprínte quase dum kilómetro só pra dar a volta ao hospital todo e chegar às urgências... as urgências não deviam ser já ali assessíveis?

quando fui lá dentro ver o meu irmão aquilo parecia o íár (arranhar o érre) só que sem o george clooney, e com um ritmo um bocadinho de nada mais lento... o médico andava pra lá "auxiliar! onde é que está a auxiliar! é você?", "não não não não, é a minha colega", "onde é quela tá?", "por aí"... lá consegui encontrar o meu irmão no labirinto... disse-me que tava nú de meias, e que não havia nada pior que isso... respondi que as meias podiam ser verdes, devia tê-las trazido comigo, assim ficava só , mas só me lembrei cá fora...

terça-feira, 7 de setembro de 2004

o meu irmão não!

pouco tempo o pedro comprou uma CBR600F, ele dizia "olha prá minha mota nova, não é muita fixe?" e toda a gente respondia "tem mazé cuidado com ela!" e ninguém sequer olhava prá mota... comigo passou-se o mesmo recentemente com o rallye, e até compreendo como o pedro se sente, as motas e os rallyes podem ser perigosos, mas dão imenso gozo...

acabo de chegar a casa (completamente vazia) e a minha mãe anda preocupada à minha procura... é verdade que cheguei tarde sem avisar mas o caso não é pra tanto... diz-me que o meu irmão está no hospital porque caiu de mota com o pedro... "vou já prái", "não é preciso", "não quero saber! vou na mesma!"...

segunda-feira, 6 de setembro de 2004

ahahah, o rallye é meu! ahahah, o rallye é meu!

após algumas semanas de negociações posso agora afirmar que o rallye é final e legalmente meu! ahahahah! fui hoje passá-lo pra meu nome e paguei o que restava ao gonçalo... por falar nisso, na realidade eu só paguei 2/5 dele, portanto, os outros 3/5 são do meu irmão, o que significa... bah! é o meu nome que aparece no registo de propriedade! já fiz um seguro pela internet (ah estes computadores servem pra tudo hoje em dia) e daqui a uns dias só tenho do pagar...

o riqui sugeriu que eu lhe tirasse umas fotografias pra meter aqui pra que vocês caminhantes (ou utilizadores de l123, vai dar ao mesmo!) pudessem ver o meu maquinão... é uma ideia fixe, a ver é se me lembro de gamar a máquina digital da minha mãe, um dia destes...

quinta-feira, 2 de setembro de 2004

mas que granda noite!

"yo fanáticodopresunto! brigadão!", "sem ti não chegava a casa"
"?", "sem mim?", "o hugo é que te ajudou bués", "podes agradecer-lhe em pessoa, cunha", "foi ele que te deu palmadinhas nas costas", "enquanto vomitavas e dizia", "vá tudo cá pra fora!"
"fui?", "já nem me lembrava disso"

"fanáticodopresunto como ficou o mateus?"
"o mateus?", "veio a babar o chão do comboio o caminho todo", "depois viémos aqui pra casa porque era mais perto", "chegou, deitou-se na cama e apagou, foi instantâneo", "o rumbafum tirou-lhe os ténis", "e a minha mãe meteu-lhe um cobertor em cima"
"os teus cotas não dizem nada?"
"dizem", "a minha mãe disse", "e passo a citar", "não querem comer nada? um copo de leite? já devem ter fome!"
"tenho de começar a ir para a tua casa"

"aquelas gajinhas é queram muita feias", "eu lembro-me de repetir pró rumbafum", "que gajas mais feias, a minha namorada é bué mais gira", "umas três ou quatro vezes", "e ele só respondia", "pois é, pois é", "voto no rumbafum pra receber o prémio da categoria atura bêbados"
"as que bazaram comigo?", "pitavam-se", "se eu tivesse um pouco mais lúcido", "tinha ido para casa delas", "mas não tava", "fui a dormir na camioneta", "só me lembro do rui a puxar-me", "é aqui a saida!"

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

marco vs pais ráunde quatro

lá fui eu, seguindo o conselho da minha irmã, contar aos meus pais que ia mesmo comprar o rallye, antes de o comprar... com alto nó no estômago e sem fome nenhuma, apesar de não ter comido nada desde a uma da tarde, entrei na cozinha... esperei pelo momento ideal e entrei a matar: "eu tenho uma coisa pra vos dizer... vou mesmo comprar o carro!"...

a partir daqui foi... o inferno! entraram pelo costume, "o carro não vale o preço", "vais ter de pagar tudo", "tens bem pensado tudo o que vais pagar?", "tu não trabalhas", "vai ser só gastar, ele tá todo pôdre" e por aí em diante... mas isto ainda não foi a melhor parte...

"e onde é que vais arranjar o dinheiro?" disse a minha mãe... "tá tratado!" respondi friamente, tenho de proteger o meu patrocinador... quando eles perceberam que eu não tinha o dinheiro foram aos arames... "mas quem é que empresta dinheiro numa situação destas?" isto disse a minha mãe em choque! "a pessoa que empresta conhece bem a situação" respondi... "não foi isso que eu te ensinei" responde ela...

até que eu mandei "eu também não queria ter de fazer isto" e recebi "mas quem é que te obriga?"... "vocês não compreendem! pra mim ter aquele carro é um sonho! e eu vou fazer tudo para o realizar"... "quem não tem dinheiro não tem sonhos!" disse a minha mãe, "eu também tenho muitos sonhos e sei que não os posso realizar", "o que é que vais fazer? comprar o carro e vendê-lo daqui a 3 anos?!"... "(mmm, !?)"...

não sei como é que pensei que... que os conseguia fazer mudar de ideias... pensei que quando vissem o sacrifício que estou disposto a fazer por aquele carro pensassem doutra maneira... mas parece que era pedir demasiado, pra eles eu andar de rallye não é prioridade, secalhar nem pra mim devia ser, mas temos pena! temos mesmo muita pena! acho que esta é uma ferida que vai demorar algum tempo a sarar...