ultimamente andei a ler umas histórias do bréme setôcâre (aquele que ficou conhecido por escrever o "drácula"), cenas normais de terror do autor que não conhecia... e no final mau (pareceu-me uma constante da obra dele) da história "a casa do juíz" lembrei-me de uma história que eu próprio escrevi no secundário, prás aulas de português... isto depois de parar de rir... já não me lembro é do título...
mas era a história de um agente imobiliário chamado chapa (personagem completamente fictícia, qualquer semelhança com a pessoa verdadeira é pura coincidência), um tipo cruel e ambicioso que não olhava a meios para atingir os fins e já tinha passado por cima de muita gente pra chegar onde tinha chegado...
um dia, este estranho personagem lembrou-se do castelo do vampiro, que supostamente conseguia revender por um bom preço... castelo velho e mal estimado depois de uma boa reparação valia certamente mais de dobro! bateu à porta e foi atendido pelo vampiro pocas (novamente não foi inspirado na personagem real), um vampiro cromo dos computadores, gordo e desajeitado... pouco ágil, pouco rápido, e com os dentes já algo rombos de abrir latas de 33cl de coca-cola, mas ainda assim um vampiro sedento de sangue...
depois de alguma conversa o vampiro mostra-se interessado em vender o castelo apenas para atrair a sua presa, oferece-se para mostrar a habitação medieval ao seu visitante... e deixa-o passear livremente para ter tempo de montar a armadilha, colocar-se em cima de uma árvore no claustro...
o agente imobiliário chega ao claustro, vê a massa enorme em cima da árvore e pensa "eh lá! carne de porco não é transparente!" foge a sete pés... o vampiro pocas salta da árvore, parte-se todo no chão, levanta-se, tropeça, atrapalhadamente e graças aos seus poderes sobrenaturais acaba por alcançar a sua presa, mordendo-a...
este final mau ficou extremamente conhecido na turma por ser altamente radical... ninguém percebia porque é que o humano morria, o que só demonstra a pequenez mental que sempre odiei naquela terrinha... os meus argumentos "o vampiro é mais ágil, rápido e forte, é óbvio que tinha de ganhar!" não convenceram pátós que só se interessam por finais mariquinhas em que toda a gente vive feliz pra sempre!
a história foi escrita durante uma aula de física, pra entregar na aula seguinte (já vem de longe a minha irresponsabilidade em relação a compromissos escolares)... ocupou duas páginas A4 e depois de entregue à setôra acabei por perdê-la, acho... provavelmente deitei-a fora, era parvo na altura e certamente não me apercebi do rude golpe que acabei por dar ao mundo literário...
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