segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

o marco e o emprego de sonho

no outro dia estávamos a discutir a aparente margem de lucro da empresa que organizou o troféu de karts de natal, quando me lembrei de uma ideia peregrina que tive há uns anos, de abrir uma empresa de organização de eventos...

ao ser acusado de falta de empreendorismo na perseguição dessa ideia, lembrei-me do porquê, no agora... porque isso não é fixe! o ser treinador pessoal ensinou-me dois conceitos fundamentais sobre a vida... o marco ser a própria empresa, numa perspectiva mais próxima da definição, assumindo que todos profissionalmente somos, mais ou menos, a própria empresa e uma marca, funciona mal! não me dou nada bem com isso de não saber como vai ser o meu fim do mês... e nestas cenas dos eventos, divertem-se muito mais os participantes que os organizadores!

e a única excepção que encontrei a esta regra, até hoje, foram algumas colónias de férias em que participei, nas quais os monitores divertiam-se marginalmente mais que os participantes... apenas porque os monitores não organizavam... essa responsabilidade cabia às coordenadoras... o que permitia aos monitores, na maioria das ocasiões, agir irresponsávelmente como participantes e daí tirar o máximo proveito e prazer da situação, com a exponencial de até serem pagos...

toda esta problemática fez-me então pensar no que consideraria eu, um emprego de sonho... e lembrei-me do fascínio que nutro pelas várias vertentes da comunicação social... e gostaria de ser um daqueles comentadores de futebol, mas dos mais importantes, que seguem os clubes aos recônditos mais escusos dessa europa para relatar os mais importantes acontecimentos e não perder pitada... relatar jogadas, dissertar táctica, passar o jogo em revista ou escrever crónicas, qualquer responsabilidade dessas seria perfeito... era isso e também me imagino a aparecer na têvê, a passear pelo alabama num camaro, com umas letras pintadas à trincha em cor-de-rosa a dizer "eu sou bi"...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

o marco e as cartas do pokémon

o carlos mimoso estava a ver o anjocruel a jogar contra o tretabyte, num daqueles míticos encontros dos fãs do animê e do mangá, e disse "vamos meter-nos naquilo?"... "!" respondi eu desprovido de dúvidas, completamente convencido que ele não estava a falar a sério... até porque na altura eu ainda estava um pouco a descobrir as minhas potencialidades anti-sociais escondidas para dar em agarrado e a cena das cartas de jogar e trocar não me dizia népias...

uns dias depois ele já tinha comprado um baralho e eu, como era um estudante universitário anti-social sem melhor para fazer e a viver à conta dos pais, também não demorei muito em comprar um... e depois outro, e depois uma montanha de boosters até que num dos últimos encontrei o charizard! que, naquela altura, era a carta mais cara da primeira edição e ainda até hoje é a jóia da coroa de toda a minha colecção (que é algo diminuta, tenho de admitir) de cartas de pokémon...

depois disso comecei a experimentar o jogo de cartas no gueimebói... e foi aí que aprendi e desenvolvi um conjunto de linhas orientadoras para criar baralhos, que se bem me lembro eram mais ou menos assim: 30 cartas de energia, tipicamente 15 de cada para meter dois tipos de energia no baralho, 20 cartas de pokémons e 10 cartas de treinador... isto na primeira edição que ainda não existiam cartas de estádio e assim... e foi nessa altura que criei o... baralho do geiser poderoso! mas eu dizia "páuer gáisâre déque", em inglês que era mais estiloso...

nunca o pude experimentar convenientemente porque só enfrentei o carlos mimoso, naqueles almoços de verão no centro comercial colombo, quando ambos estávamos a tirar a carta de condução nessa bela escola na praça de espanha... onde curiosamente muitos anos depois está lá o hugo inscrito... e acho que a estratégia nunca foi o forte dele, e para piorar ele tinha feito um baralho de relva e fogo... e o meu geiser, como o nome indica era fogo e água, portanto eu só tinha de usar as fraquezas dos pokémons dele... depois disso comprei um baralho do tíme rócâte e a cena morreu...

ontem tive a olhar para ele... tão lindo e com aspecto poderoso o baralho que ainda tenho por abrir e estrear... até hoje! espero pelo fim do dia para o sobrinho abrir o baralho que lhe ofereci (ele que agora demonstrou um interesse em cartas de pokémon) para lhe poder dar um tareã... quer dizer, ensiná-lo a jogar pokémon, que é uma falta gravíssima na educação dele e de qualquer outra criança da mesma idade, nos dias de hoje...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

a melhor, mais bonita, e útil loja do colombo

ontem de manhã, o amor e eu fomos às compras de natal... e decidimos ir ao centro comercial colombo, e tentámos ir assim cedinho para evitar confusões... mas assim que lá chegámos, por volta das onze, reparámos logo que não iríamos ter tanta sorte, até para entrar no parque de estacionamento pago tinha fila e acho que pela primeira vez na minha vida parei no menos três... mas podia estar pior e eu precisava mesmo de ir à loja maravilha, a melhor de todo o colombo, talvez do mundo, a tema!

a tema é a melhor loja do mundo... revistas, figuras de acção, cartas de coleccionar e trocar, jogos de tabuleiro e banda desenhada animação para todos os gostos... o que é que uma pessoa pode querer mais nesta vida? enquanto nos aproximávamos eu fiz a introdução ao amor, não penso que fosse a primeira vez que lá a levava mas certamente teria sido há imenso tempo... "ah, a tema! faz-me lembrar os bons velhos tempos em que era um puto anti-social do animê e do mangá", "como aquele?" pergunta ela a referir-se a um rapaz alto, com um pequeno rabo-de-cavalo e longa gabardine preta que olhava para a montra... "eu conheço aquele!" respondo...

"como é? tás fixe? há tanto tempo!" fui lá cumprimentá-lo... exactamente como aquele! era o goku, grande goku que reparem que eu nem sequer sei o verdadeiro nome dele... quando estava a ir embora ele perguntou "então ainda jogas pokémon?" ao ver-me de volta das cartas e dos baralhos... "por acaso não, mas ainda tenho lá as minhas cartas, é pró sobrinho" respondi...

o troféu de karts de natal

quando chegámos ainda nem a primeira eliminatória tinha entrado na pista... e nessa altura ainda estava tudo bem, confirmámos a estratégia de equipa e algumas trajectórias e foi durante esse momento que tudo mudou drasticamente... começou a chover! toda a estratégia caiu por terra e passámos a ter dois estreantes e um quase na equipa... subimos para o terraço para apreciar o desenrolar dos acontecimentos na pista... e isso permitiu-me identificar as trajectórias utilizadas pelos mais cromos...

fomos para a recepção e, com a roupa, a ajuda do peso do capacete e alguns arredondamentos, conseguimos evitar ter de levar lastro no kart devido ao baixo peso do riqui... isto apenas por brincadeira, porque nesse preciso momento um enorme temporal abatia-se sobre o circuito e nessas condições pouca ou nenhuma diferença aquele lastro iria fazer... redefinimos a estratégia para a qualificação... eu abria o baile nos primeiros 5 minutos e se fosse mau o riqui mostrava-me o sinal para concluir a qualificação e começar a corrida...

meti as minhas lindas alpáinesetáres kapa um nas mãos, meti o meu belo gêfórce elimineitare na cabeça e estava pronto para entrar na pista... sentei-me e comecei aqueles importantes momentos de concentração "um vencedor, dezanove derrotados"... carreguei no acelerador e ainda mal tinha entrado na pista estava a ultrapassar um e a maldizer os outros três por me irem fazer perder tempo... começou a chover torrencialmente... durante os 10 minutos consegui apanhar a pista livre e isso deu-me a oportunidade de fazer umas quantas voltas lançadas e até de experimentar um pouco com as trajectórias que tinha aprendido da corrida anterior... que na chuva são completamente diferentes das trajectórias em seco (aquelas que já fiz milhões de vezes)...

terminei a qualificação, iria fazer o primeiro turno da corrida... não fiquei muito surpreendido quando fui chamado para a grelha na terceira posição... esbocei um sorriso orgulhoso, na chuva os meus adversários estavam a parecer-me muito mais inofensivos, ou isso ou eram as minhas expectativas sobre o nível dos adversários que estavam algo inflacionadas... arranquei bem e consegui manter a posição, ganhei uma, perdi uma... as primeiras curvas foram a confusão do costume... muitas trocas de posição, toques frequentes, alguns mais agressivos que outros mas nenhum me pareceu demasiado abusado...

ia na posição quando esbocei uma ultrapassagem ao ... na realidade nem queria bem ultrapassá-lo, apenas pressionar... mas era uma das curvas mais traiçoeiras do circuito e assim que saí de trás dele e da trajectória ideal, em travagem, perdi logo o controlo do kart numa zona alagada da pista... fiquei virado para o lado errado e vi-os quase todos a passar por mim... na primeira oportunidade virei o kart e regressei à competição... ao ver o modo fraquinho com que os meus novos adversários encaravam as curvas fiquei possesso... tinha feito ainda outro erro infantil numa manobra difícil e potencialmente inútil numa altura crucial da corrida!

dizem os membros da minha equipa que eu caí para a 12ª posição e em algumas voltas recuperei para a ... altura em que apanhei um bocado de pista livre e efectuei um conjunto de voltas rápidas em 1:40.??? (a melhor em 1:40.229), cerca de um segundo mais rápido que todos os outros em pista... quando entreguei o kart ao riqui já ia na perseguição a outros dois... quando ele saiu para a pista estávamos já em 10º, a perder tempo devido a termos de fazer mais uma paragem do que praticamente toda a concorrência... e para estreia à chuva, o riqui não podia ter desejado piores condições... de noite, a chover, por vezes a potes e com vento, só para atrapalhar mais...

ele diz que nem a viseira do capacete conseguia manter fechada porque não via nada... aqueles capacetes do kartódromo têm as viseiras todas riscadas, mesmo durante o dia está sempre enublado... e eu nem imagino o que seria conduzir naquelas condições com a viseira aberta, porque aquilo estava sempre a saltar água e todo o tipo de porcarias... ele perdeu uma posição, levou uma volta de avanço e fez uma melhor volta em 1:45.5?? quando o tozé entrou na pista íamos em 11º e cedo começou a perder posições até estabilizar na 14ª e efectuar a sua melhor volta em 1:47.7?? estava realmente muito agreste para quem está destreinado e nunca tinha andado à chuva anteriormente...

apesar deste resultado pouco surpreendente a estreia dos SepídeSetáres dificilmente poderia ter sido pior... fiz um erro muito estúpido, mas aprendi bastante e adaptei-me rapidamente às trajectórias novas da chuva, e agradavelmente surpreendi-me ao demonstrar rapidez ao nível dos cromos do fatinho em condições tão adversas... a minha melhor volta foi batida perto do final da corrida e numa altura em que a chuva abrandou consideravelmente... as minhas luvas e o meu capacete novos é que ficaram num estado lastimável, mas demonstraram completamente a sua importância...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

o marco dos karts, do futebol, do ginásio e...

este ano, devido ao meu projecto em uquei, fiquei com as férias todas enfaralhadas... no último mês tirei dois dias meio perdidos, naquela do quando não criava entropia, para deixar apenas dez dias de férias para passar para o próximo ano... porque parece que há aí uma regra qualquer... é a lei, é isso! que diz que se podem deixar dez dias de férias de ano para ano...

num desses meus dias de férias, já não me lembro bem de qual, estive o tempo todo a jogar peleiseteichiâne, excepto ali um bocado da hora do almoço em que ainda fui fazer uma intensa aula de pump... e depois de quatro jogos diferentes, a maldade residente quatro foi indescritível, porque fiz a cena do corredor com os leisâres como no filme... no final fiquei com uma estranha sensação de... inutilidade, é essa palavra perfeita descrever o sentimento!

foi então que comecei a pensar "oh marco, oh marco, isto até assim uma vez por outra foi giro, mas mais dois dias disto e até trepas pelas paredes"... contando com os dez dias do próximo ano e adicionando os feriados que tenho andado a perder, dá uma mão cheia de dias de ócio solitário, nos quais o amor vai estar ocupado a trabalhar... e então concluí que preciso de um passatempo novo, algo que possa fazer apenas moi méme... aqui estou a excluir o ginásio como passatempo porque num dia inteiro não me ocupa assim tanto tempo...

é então que voilá, nasce novamente a minha cena do surf... "ora e como está a cena do surf?" perguntam vocês que agora que eu mencionei, lembraram-se todos... "não tá!" respondo eu... a cena estava antes de ir para londres que andava com ideias de comprar uma prancha... depois fiquei imenso tempo na ilha fria e agora acho que já devo ter inclusivé perdido algum do pouco jeito, o que me impediria de meter nessa brincadeira da seis-três... porque iria precisar de mais umas aulinhas e isso faria disparar exponencialmente os custos, especialmente considerando também o rombo no orçamento provocado pelo projecto "o marco dos karts profissional"...

é então que aparece esta notícia de voltar à ilha com todas as ajudas de custo a isso associadas... o que me deixa então a planear ainda mais além... mas não muito, com algum savoir faire dá para fazer para o ano, que é... snowboard! que a cena da neve é muito bonita e está muito na moda e eu estou completamente fora disso e é quase inadmissível para uma pessoa extremamente interessante como eu...

o novo marco de uquei

foi mencionado hoje que em princípio devo voltar à ilha no início do próximo ano... isto porque os ingleses têm lá um processo muito precário para o qual precisam de uma pessoa inteligente e desenrascada em proporções idênticas e com um toque de perfeccionista para arranjar... e como ficaram impressionadíssimos com a minha anterior passagem de três meses eles pensaram... "deixa cá ver, uma pessoa inteligente e desenrascada em proporções idênticas e com um toque de perfeccionista, assim só estou mesmo a ver o marco, não conheço mais ninguém"...

em princípio são mais dois mesinhos alimentar-me e a treinar muito mal... mas que abre todo um novo conjunto de perspectivas... lembro-me agora que ainda não fui a énefílde cantar "nunca caminhareis sozinhos"... e tenho umas contas a ajustar no paintball com a equipa das vespas... e por falar nisso também curtia meter-me aí na capoeira a dançar páránáuê, com o meu amigo malaio e aprender a tocar berimbau... deve é estar frio pra chuchu lá, mas com algum jeitinho ainda vejo as iluminações de natal... oh que bonito, o marco debaixo das iluminações de natal do picadilly... já estou a imaginar!