segunda-feira, 30 de novembro de 2009

chamada ao dever, guerra moderna

no domingo passado encomendei a minha prenda de natal, de mim para mim... um "chamada ao dever, guerra moderna" com um qualquer coisa como "canhão de mão de megamorte oficial da casa dos mortos"... achei que disparar na televisão num jogo acabado de lançar seria a melhor maneira de testar as reais potencialidades do tijolo branco que ali tenho ligado à televisão... e o tijolo branco até me convenceu...

mas acho que mais por culpa da qualidade do jogo que escolhi... o "chamada ao dever, guerra moderna" é o primeiro jogo da saga dos "chamada ao dever" que é passado no presente... os anteriores eram todos passados na segunda guerra mundial e isso explica porque é que eu nunca experimentei nenhum... porque "o resgate do soldado ráiâne" foi um filme muito giro, mas já chega!

eu compreendo que a malta quisesse participar no desembarque da normandia, a sério que compreendo, eu também quis... agora o que não compreendo foram as outras mil sequelas... mas isto escrito por mim, a quem a segunda guerra mundial não diz nada... mas se me falarem de terroristas com bombas nucleares, mísseis inteligentes, espionagem e contra-espionagem, aí tudo bem... e é exactamente isso que compõe o argumento deste "guerra moderna"...



todas as críticas que li afirmam que o modo de campanha é pequeno... e é... até eu terminei aquilo numas horinhas, mas posso acrescentar que é bestial! com tudo aquilo que devia ter... tem uma missão genial em chernobil na qual tens de atirar num traficante de armas, com uma enorme bérrate... tens de ter atenção ao vento que desvia o tiro e depois vem o helicóptero atrás de ti como... no "atirador" do márque válenbérgue... e o modo multi-jogador? ui! ****!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

se tu tivesses um tiro, ou uma oportunidade

este ano, e por culpa da minha má prestação como orientador num projecto efectuado fora de horas e não remunerado, tive a nota mínima na avaliação... é óbvio que estou bastante aborrecido mas também reconheço a minha muita culpa em não ter percebido que aquele projecto fora de horas e não remunerado até podia ser o meu bilhete para o estrelato! assim foi o meu bilhete para o fundo do mar, práli junto ao titaníque...

por outro lado ainda, e isto apesar da minha nota mínima, foi uma mudança de ares ter tido uma avaliação efectuada por alguém da consultora... alguém que me dê umas luzes sobre as expectativas que têm do meu desempenho e evolução e também algumas ideias do que fazer para as atingir... ao invés de avaliações feitas à pressa por pessoas que pouco ou nada me conhecem nem têm tempo para conhecer...

por um ainda último lado... tenho sentido ultimamente assim uma cena no estômago que me dá a ideia que o meu ciclo na consultora está a acabar... no início quis ir para lá naquela assim um pouco da espionagem "dizem que estes bacanos são dos melhores, deixa lá aprender porquê"... e nesse aspecto posso dizer que já me encontro plenamente satisfeito e depois... não me identifico com aquelas directrizes mundiais, formas de agir, de vestir, falar e escrever... queria montar o meu negócio, fazer a minha cena...

sábado, 21 de novembro de 2009

o cromo da turminha de inglês

nestas últimas aulas tenho-me apercebido que benficio, ou não, de uma reputação de menino certinho do inglês... e nem sei bem porque é que isso começou, mas deve estar relacionado com o facto de eu falar e escrever um inglês impecável... por exemplo esta semana esqueci-me novamente de levar o lápis e a caneta... pedi uma caneta emprestada à rapariga do lado e agradeci "obrigado! brilhante", "o quê?" pergunta ela, "é a resposta da primeira" acrescentei...

ela ficou a reclamar "opá, assim não tem piada nenhuma" enquanto eu me explicava "estava a agradecer a tua caneta"... depois aparece lá o prófe "então qual é a resposta?" e ela "brilhante" e o prófe "brilhante porquê?" e ela "porque ele disse!"... armei-me um bocado em parvo, mas estava com aquela adrenalina toda de ter descoberto a resposta rapidamente, queria contá-la ao mundo inteiro... e não o faço sempre, quando trabalhamos em pares fico quietinho à espera, senão resolvia tudo sozinho...

como por exemplo aconteceu na outra semana na qual estávamos a responder a perguntas que o prófe fazia sobre um conjunto de mitos urbanos que tínhamos estado a tentar absorver durante três minutos... vira-se outra rapariga "fala mais baixo, estás a dar-nos as respostas todas!", e o prófe "é complicado viver-se ao lado dele", e acrescenta o meu colega de equipa "ele sabe tudo!"... e o meu colega de equipa, para o qual eu estava a ditar as respostas era... um dos meus superiores hierárquicos! ahahahahahah...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

o herói da guitarra três, lendas do rock

ontem estive a jogar "herói da guitarra três, lendas do rock" e estava num daqueles dias bons... os dias bons são aqueles em que eu acerto nas notas sem saber muito bem como o estou a fazer... quase como se os meus dedos se mexessem sozinhos, tivessem vida própria... significa que estou na zona, que me estou a tornar numa lenda do rock em toda a glória do nível médio de dificuldade... que não é muita...

ora então ontem consegui passar a "chuvendo sangue" dos slayer... e há imenso tempo que eu andava para passar essa ou o "um" dos metalica, que infelizmente na parte final acabo sempre por ser expulso do palco... mas ontem estava num daqueles dias bons e acabei a música ali no laranja, quase a entrar no vermelho, mas já tinha feito mais do que suficiente... comecei a celebrar e eis que... "olha bombom! o diabão, apareceu um diabão! olha para ele! o que é que ele está a fazer?!"...

"está?! a desafiar-me? aaaahhh o diabão é héroi da guitarra! olha tem uma guitarra, com uma caveira!", "cala-te! não consigo trabalhar!" interrompe o amor... continuei a falar baixinho "ah, tens a mania diabão, mas vais ver"... e foi então que enfrentei "lou", o último adversário no meu caminho para me tornar numa lenda do rock no nível médio de dificuldade... e tenho a dizer-vos que ainda não é hoje... porque o maldito diabão rocka pra chuchu! o slash ao pé dele é uma brincadeira...



e este "herói da guitarra três, lendas do rock" já eleva novamente o nome "herói da guitarra" ao nível do qual nunca devia ter saído... bons gráficos, heróis da guitarra bonitos, cada um no seu estilo com múltiplos movimentos especiais, músicas fixolas de tocar e cheias de solos, onde o bacano da guitarra é o rei da banda... tudo o que "à volta do mundo" não é... aliás, acho até que vou considerar o "à volta do mundo" como uma espécie de sepíneófe... uma experiência falhada! ****s!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

o joão do fítenâsse, ex-joão da consultora

este fim-de-semana foi de convenção internacional de fítenâsse de aveiro... e como é costume, o amor e eu lá fomos marcar a nossa imprescindível presença... como também é costume, só reservámos o hotel à última da hora, e por isso fomos parar num têum ali nos jardins da ria... e foi aqui que no pequeno-almoço de domingo...

encontrei o joão, o pai da filha da daniela que tirou o ífi comigo... descrevo-o assim porque só encontrei o joão, e como não quis fazer comó amor, não lhe perguntei pela daniela... isto porque o amor uns aninhos antes, após saber da notícia que eles iam ter uma filha, comentou com o joão "pois andaram a brincar e agora"...

ele perguntou-me onde é que eu estava a dar aulas, eu respondi que já não dava aulas, ele perguntou onde é que eu tinha dado, eu respondi que isso era uma pergunta muito complexa de responder... e enfim... acabei por lhe perguntar onde é que ele estava a dar aulas e foi então que fiquei a saber de uma história muuuuuito interessante...

é que no ano passado... tenho quase a certeza que foi no ano passado, também pode ter sido no anterior, mas já me parece demasiado tempo... o joão tinha-me contado que andava a terminar o curso com um dos filhos do sócio-que-manda-na-empresa-ao-nível-do-país lá da consultora... ou seja, o primeiro-ministro da minha empresa... o curso em questão é o de engenharia informática ali no técnico do tagus parque...

"oh, esses meninos levados ao colo pelos professores" comenta já o hugo... ora então aqui há um ano atrás o joão conta-me os seus planos de integrar os quadros da consultora, com os quais eu, obviamente, concordo, aplaudo, lanço os foguetes e vou apanhar as canas... ora aqui estamos nós passados um ano e diz-me o joão "estive a fúle táime, depois a párte táime e agora estou a fúle táime, outra vez", isto a dar aulas...

e eu "marco, há aí algo que não bate bem nessa história"... e é então que ele comenta que esteve na consultora, e já não está... "eras meu colega!" comentei, levando-o a lembrar-se do que se tinha passado no ano anterior... "era agressivo?" perguntei... ele concordou "mas! tu trabalhaste no oulemes! já devias estar habituado! a diferença de ritmo do oulemes para a consultora não é assim tão grande!"... "mas é diferente" concluiu ele cabisbaixo...

e com isto dou-vos a conhecer a história da primeira pessoa que eu conheço que fez um percurso parecido com o meu... só que ao contrário! e aproveito para dizer que, apesar de achar que à primeira vista o joão não parecia ser propriamente material da consultora, tenho pena que não tenha corrido pelo melhor... para mim, ninguém se devia ter de contentar com umas aulinhas de vez em quando e a recibos verdes... e espero que ele seja feliz...

porque para malta infeliz no fítenâsse, já conheço muitos... mas daí também conheço demasiados infelizes na consultora...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

a mensagem em cadeia

aqui há uns dias uns marmanjos enganaram-se a definir uma lista de distribuição de correio electrónico, e uma cena que devia dizer respeito apenas a auditores financeiros de malmo acabou a dizer respeito ao mundo inteiro... foi assim um engano monumental estilo "tarte americana", mas o conteúdo era largamente inferior à nádia a trocar de roupa após o treino de ballet...

a anette foi a azarada... enviou uma mensagem sem conteúdo e com um título incompreensível, um monte de gatafunhada em sueco... o andrew da finlândia foi o primeiro a responder e pediu à anette para escrever em inglês... sem se dar conta que ele não é um auditor financeiro de malmo... o oksana de moscovo já reparou que devia ter havido um engano e aproveitou para deixar uma assinatura nada conforme as regras, em letra manual, e o primeiro semáile...

daqui para a frente o artur escreveu em russo, o nikolai perguntou o que se estava a passar, o luis felipe, de luanda, perguntou "desculpa?" e o jesus, do porto, deve ter usado um tradutor porque escreveu a gatafunhada da anette anteriormente em sueco, em inglês... eu fiquei na mesma e não devo ter sido o único... foi então que o julien, da costa do marfim, decidiu dar-se para inteligente e fez um apanhado de tudo... pedindo para ser removido da lista de distribuição sueca...

até aqui a mensagem era participada por parvos com fraca atenção, armados em espertos e malta sem melhor para fazer... mas ainda ia mantendo alguma coerência e profissionalidade... durou quatorze respostas, até que o mauro de lisboa... porque é que isso não me surpreende? escrever "saudações de portugal"... e é então que a mensagem se torna oficialmente em "rede social"...

algumas respostas depois, o andrew da finlândia... lembram-se? repara que houve um problema informático e pede a todos para deixarem de responder... é um iluminado! devia ser promovido... mesmo assim os génios continuam até que o eli, de oslo, partilha com o mundo a conclusão a que eu já tinha chegado ao fim da terceira resposta... aquilo foi mazé uma maneira de nos fazer sentir que estamos numa empresa muito internacional...

a partir daqui a mensagem passou de "rede social" para "vale tudo"... e tornou-se num conflito entre os "párem de enviar lixo" contra os "beijinhos daqui de vila pouca de aguiar"... no meio disso destaco os comentários "parece o eurovisão!" do michael de nicosia, "anete desculpa lá não vou poder ir à reunião" da tatyana de moscovo e por último "benfica o melhor" do marco antónio santos de lisboa! não sou eu, mas de vez em quando recebo umas mensagens dele e ele minhas...

pouco depois recebemos uma mensagem do governo, algo como "anda por aí uma mensagem em cadeia, párem lá com a parvoíce, por favor"... após essa mensagem ainda recebi outras quarenta... e concluí que isto dava um estudo de caso bestial... eu pelo menos tirei algumas conclusões... conclusão 1: há muito estúpido no mundo! ao fim de mais de cento e vinte mensagens ainda havia pessoal a responder "oh porque é que eu estou neste grupo?!"... alô?! otário?! és tu e todá gente, houve um erro, ainda não reparaste?

conclusão 2: há malta que é danada prá brincadeira e não tem vergonha... eu por exemplo nem acho mal, percebo as graçolas, apesar de se tratar duma mensagem supostamente profissional e para o mundo inteiro... mas acredito que haja quem ache mal, muito mal... conclusão 3: há muito armado em inteligente no mundo! daqueles que pensam que pensam mais do que os outros...

e o mais engraçado é que os 1 e os 3 pareceram-me estar mais ou menos numa percentagem de cinquenta para cada lado... equilíbrio natural no seu melhor... um armado em inteligente para um estúpido... tendo em conta é que um armado em inteligente não é propriamente um inteligente, não se pode dizer que esteja equilibrado... mas ao menos é bem melhor que dois estúpidos!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

transformers: revenge of the fallen (2009)

ora e não é que desde o primeiro filme para cá, os autobots, os robots bons da história, fizeram uma aliançazinha com os humanos, aqueles militares secundários que por lá andam a chamar ataques aéreos... criaram uma equipa especial e muito secreta, para ser mais fixe, que anda à procura dos decepticons, os robots maus da história, que andam pelo planeta a tramar alguma... entretanto o miúdo está em idade de ir para a faculdade, mas não pode levar o seu camaro autobot...

porquê? porque os caloiros não podem ter carros... não faz muito sentido, eu sei, mas o filme não foi feito para fazer sentido... aliás, este filme é das sequelas mais bem feitas que já vi na vida... não perde nada para o primeiro, não ganha nada para o primeiro... é exactamente a mesma cena! câmara tremeliques, argumento por vezes adormecedor intercalado com robots desconhecidos ao soco... e continua longo, cheio de graçolas idiotas pelo caminho e demasiado centrado no miúdo, e na miúda...

e eu até gosto do chia e da mégan, a sério, mas para mim os robots deviam ser as personagens principais... eram no original e deviam ser aqui... mas mais uma vez não se ficam por aqui as más opções... como por exemplo, o melhor actor de todo o plantel, o hugo, faz a voz do robot mau... que diz apenas umas três ou quatro frases! e a polémica do devastador? no primeiro filme eles pensaram em fazer do devastador aquele tanque que eu até acusei de ser o devastador do primeiro filme... porque ele no filme diz "devastador apresenta-se"... mas não era...

na realidade eles devem ter pensado em fazer do tanque o devastador, mas depois tiveram uma iluminação e tomaram a decisão correcta... estragar o devastador, uma das persongagens mais giras, tornando-o num mísero tanque que morre a lutar com os humanos era demasiado estúpido... esqueceram-se foi de mudar a legenda que já estava no filme, muito profisional... o devastador aparece agora, e tal como devia ser, os robots da construção civil, a betoneira, a retro-escavadora, todos juntos! "genial" pensei... e o que é que ele faz? morre com um único tiro, a lutar com os humanos... enfim...

já não sei mais o que dizer excepto... isto só se come porque eu sou ... **s...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

o herói da guitarra, à volta do mundo

como prenda de anos mandei vir o "herói da guitarra, à volta do mundo"... tava com alta expectativa, porque dava para montar a banda toda... meter o amor a cantar enquanto eu tocava... mas cedo a expectativa deu lugar a profunda e enorme surpresa, pela negativa... e começou logo por não conseguir ligar o microfone da "estrela do canto", não é compatível...

mas foi toda essa nova ideia do isto já não é apenas o herói da guitarra é a banda de garagem, que eu acho que assassinou a diversão... porque para mim, a bateria é uma cena que não me diz nada, agora se me perguntares sobre a guitarra.... é que o baixo... o baixo é uma cena que a mim não me diz nada, mas se me perguntares sobre a guitarra... a guitarra? ah, a guitarra já é uma cena que me diz "ah e tal sim senhor"...

os heróis da guitarra estão feios, mal feitos, mal animados, porque já não se trata apenas de heróis da guitarra... os cenários estão feios, mal feitos, mal animados, com uma mistura aparentemente aleatória de objectos em duas com outros a três dimensões... a volta ao mundo, pelos vistos precisa de mais cenários e menos tempo para os codificar... e por último é a banda sonora que é fraquinha...

tem muito mais sons comerciais... aprecio bastante os milho e os parque linquim, mas as músicas deles muito pouco de guitarra têm para eu brilhar... estou ali o tempo todo a tocar umas notinhas só a acompanhar a melodia... tá mal! quero músicas com solos! com as luzes todas a apontar para mim! ao menos teve ali um ponto alto quando toquei com o bíli corgâne... ***s...

sábado, 17 de outubro de 2009

a maitê é a máióre da aldeia dela

primeiro vi as parangonas na imprensa cor-de-rosa, depois recebi os múltiplos imeiles de escárnio e maldizer e por último vi no iútube o vídeo da maitê a gozar com portugal e com os portugueses... e depois disso tudo fiquei sem perceber patavina desta história toda!

a maitê é um bocado parva, na sua... reportagem, ! mas também assumo que eu não seja o público alvo do programa "saia justa"... para piorar também está feia, feia como uma noite de trovões, como diria o meu pai se aqui estivesse... a cena dos jerónimos inclusivé, parece saída de um filme de terror, daqueles maus, de adolescentes...

mas tirando tudo o descrito no parágrafo anterior, não encontrei nenhuma razão para, os imeiles de escárnio e maldizer, o ataque à página pessoal da... actriz, , e escritora também... nem a adulteração da página da uíquipédia para dizer que ela é estrela de filmes pornográficos... e pior do que isso tudo, porquê agora?

é que segundo os relatos que por aí ouvi, já se passaram dois anos desde que aquela... reportagem, que já foi o que lhe chamei ali atrás... foi para o ar... o que me leva a concluir que alguém tinha dinheiro a ganhar com toda esta brincadeira... e pelo resultado prático parece ter sido um estrondoso sucesso... isto em bom português é uma cabala!

mas maitê, tu por mim, tás safa miúda... eu vou continuar a achar-te uma actriz de... uma actriz, é bom... e escritora também, apesar de nem saber que escrevias... isto porque sei contextualizar que tu, do outro lado do atlântico, e com a vida preenchida que deves levar, sabes lá do que falas quando cá vens e tudo te parece estranho... mas também te digo, por aqui, o extra-terrestre... a capivara, ahah... és mesmo tu!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

o último érri pótére: parte três

outro aspecto que tornou a minha leitura do último livro do érri pótére uma tortura, foi a tradução... não me lembro nos primeiros livros mas neste último era completamente ignorável... a quantidade absurda de "de ques" espalhados pelo texto... "o érri pensava de que", "o érri perguntou de que", "o érri desconfiou de que", enfim...

ouvi dizer que até existem algumas situações em que o uso do "de que" é correcto... mas eu acho-o uma expressão tão burgessa que a evitaria, e não é difícil... pelo contrário quem traduziu aquilo espetou assim uns dois ou três por página, estilo minas, à espera que eu as pisasse... mas também reparei que quem traduziu, não percebia lá muito de língua portuguesa...

por um lado percebo, porque aquilo desde que saiu a versão inglesa deve ter sido uma escravatura constante para colocar a versão portuguesa o mais rápido possível nas bancas... mas, a que custo? é que se era para irem buscar malta ali à empresa de trabalho temporário mais valia terem ficado quietos... digo eu... ao menos não se pode dizer que a tradução estraga a história, está ao mesmo nível... mau!

houve pra lá uma altura em que até encontrei um "aonde"... fartei-me de rir, mas não é que o "aonde" existe?! acredito que seja até o primeiro de muitos, porque assim daqui prá frente podemos defender a inclusão de todas as outras expressões parecidas... logo ao lado podíamos meter o assentar, o contrário alevantar e pra terminar em grande, o deslargar!

o último érri pótére: parte dois

o meu problema com o érri pótere pode descrever-se numa palavra "história"! a história nunca me convenceu... porque essa cena do magrela de óculos que descobre que é super estrela, já eu vi demasiadas vezes em bandas desenhadas e séries de animação japonesas... e em todas elas de forma muito mais coerente e interessante do que uma ciactriz em forma de raio e um feiticeiro com um caldeirão e uma varinha mágica...

e continuo a achar que existe mais história, por exemplo, nos cinquenta episódeos de vinte e cinco minutos da primeira série do gundam seed, que em todos os sete livros e mais de mil e muitas páginas de toda a saga do érri pótére... e depois há outra cena que não me entra nem por nada... robots gigantes a lutar com mísseis e sabres de luz, fixe! feiticeiros de robes a lutar a abanar pauzinhos enquanto gritam "abracadabra", nada fixe!

a noite só traz bicharada

tava a vir para casa e apanhei o autocarro ali na estação... ora à noite o autocarro é estranho e pára ali perto do centro de belas e depois começa uma nova rota... eu como já tinha apanhado este autocarro antes já sabia que a segunda rota passa aqui ao da minha alegre casinha tão modesta quanto eu... então o autocarro terminou o seu primeiro percurso e todá gente saiu, menos eu...

aparece lá o condutor e assobia para chamar a minha atenção... eu estava distraído, a ver um episódeo no aipóde... levanto a cabeça e ele diz eloquentemente "então?"... eu levanto-me e respondo "agora vai começar o cento e doze, não vai?" e ele "sim", "então pronto" concluo... e ele aponta prá paragem... e eu, algo atordoado admito, saí do autocarro e percorri os dez metros que me separavam da paragem...

"deve ter uma boa explicação" pensei, "satisfazer-se sexualmente, ou assim" e eu cá não quero empatar a vida a ninguém... mas não... o tipo saiu do autocarro, voltou a entrar, arrancou... e voltei eu também a entrar, a revirar os olhos e a pensar "otário!"... mas estava a ser mauzinho porque eu no fundo, dou o desconto... era tarde e se o homem não devesse à inteligência não era condutor do autocarro, né?

saí perto de casa e apanhei um bacano à minha frente todo aos altos e baixos... "tem um problema numa perna" pensei... é então que ele ouve o meu caminhar, a um metro, e olha para trás... nesta altura descreve um enorme ésse na minha direcção quase a cair pra cima de mim... isto enquanto olhava pra mim a fazer má cara... "mau" pensei, devolvi o olhar e ponderei demonstrar-lhe o que era um ésse a sério...

mas achei melhor ignorar e seguir o meu caminho... não faz sentido abafar um trolha dum bêbado, por muito mau feitio que ele tenha, ainda pra mais a trezentos metros da minha casa... passei pela paragem do autocarro estava lá um brasileiro, à espera, a curtir um forró no telemóvel... e foi que o bêbado encontrou outra vítima, e uma que não se mexia... ainda os ouvi a trocarem umas palavras e depois o bêbado lá seguiu o seu caminho... e ainda só segunda...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

o miúdo desengonçado do quíque

quando eu treinava quíque na arena havia lá um miúdo que costumava treinar no mesmo horário... o miúdo, pelo que percebi, era um daqueles problemáticos do secundário que tinha iminente a decisão se queria estudar ou ir prás obras...

como a maioria das pessoas naquele armazém, não jogava com o baralho todo... lembro-me da conversa dele com o advogado "ah porque os bacanos lá no ninjitsu treinam no escuro"... é, os ninjas são muita malucos! e o advogado "treinam quê?! alongam no escuro, não treinam no escuro pá! aquilo não é o regresso de jédai!" e depois olhou para mim e para o hugo e revirou os olhos...

era um bocado descoordenado, dava a ideia que os braços e pernas tinham crescido rápido demais e o resto do corpo não se tinha aguentado à bomboca... mas apesar disso e do seu excesso de peso, ele tinha uma boa flexibilidade e sabia disso... então tava sempre a tentar dar pontapés altos mas eram algo ineficazes e ele, como era desengonçado, por vezes desiquilibrava-se e assim...

ora um dia estávamos a fazer um treino daqueles em que um ficava de fora à espera do comando do paulinho para entrar... e era eu quando o paulinho se aproximou de mim "oh marco!"... e é então que ele me diz que o miúdo baixa a guarda quando dá o pontapé alto, era tão escandaloso que já todos tínhamos reparado, e ele arriscava o pontapé alto inúmeras vezes... "da próxima vez, dá-lhe tu um pontapé alto!" diz-me o paulinho... eu desconfiei...

tenho muito pouca flexibilidade, o meu pontapé alto era miserável e eu não tinha muita confiança nele... o paulinho percebeu "não te preocupes, vai chegar lá" disse ele... "tábem!" pensei, "ele lá deve saber"... levantei a guarda e assim que o paulinho gritou "troca!" lancei-me ao miúdo... o miúdo defende-se e... sai o pontapé alto de esquerda, eu esquivo, sai o de direita... eu vejo a aberta e PAF! acertei-lhe com o meu pontapé alto, de esquerda, mesmo no queixo... "boa!" ouço o paulinho lá em baixo...

no final desse treino fiquei convencido... se eu algum dia fosse jogar a sério já sabia quem é que eu iria querer no meu canto...

marco o mau orientador

logo no início da semana fiquei a saber que o projecto dos miúdos caminha a passos largos para o apocalipse... faltam uns oito ou nove dias para o final do prazo de entrega, que já foi alargado, e parece que ainda falta fazer muito, ou quase tudo... as razões para este manifesto fiasco são muitas e penso que repartidas por inúmeras pessoas, a começar pelo gerente lá da consultora e a terminar nos próprios miúdos...

dois miúdos no primeiro emprego e com os primeiros salários nas mãos, a trabalhar a tempo inteiro enquanto tentam terminar as últimas cadeiras das respectivas licenciaturas, incluindo o projecto de final de curso... ora se eles, por força maior da sua juventude e recente riqueza têm de perder muito tempo livre em comportamentos levianos, o que é que sobra para terminar o curso? muito pouco!

e qual é o problema? acho que mesmo o maior problema é que eu considero isto uma derrota como orientador... agora de muito pouco me serve saber que fui melhor que os dois orientadores do meu projecto de final de curso, juntos... porque hei-de ficar sempre com a sensação que ainda podia ter feito mais... apesar de também achar que trilhei perto daquela linha muito ténue, a partir da qual poder-se-ia afirmar que já estaria a gerir o projecto...

há também que considerar as implicações profissionais da cena... porque este projecto foi mais ou menos encomendado pelo cliente e é mais ou menos visto como uma excelente oportunidade de negócio pela consultora... os últimos acontecimentos levam-me a pensar que nada de muito bom se tiraria de um rotundo sucesso, mas temo que um rotundo falhanço, como o que se avizinha, possa dar uma boa desculpa lá aos manda-chuvas pra rasgar a inflacção a todos os envolvidos...

e agora fui ali ler o relatório: "A pesquisa é feita sobre um mapa, sendo que o utilizador fará a pesquisa através de um mapa, e assim os limites da pesquisa são dados pelo limite da visualização do mapa, sendo assim possível a localização dos prestadores através da localização, podendo ser encontrados não só os prestadores localizados numa só rua, mas em todos os locais visíveis pelo mapa." e... pois... apocalipse, lá está...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

o último érri pótére: parte um

acabei finalmente de ler o último livro do érri pótére, tentei ao máximo ler aquilo o mais desprovido de preconceitos que consegui, mas mesmo assim não curti... aquilo é muito mau! diz aqui atrás que é aclamado pela crítica e fãs como o melhor da saga... o melhor?! assim como, não há melhor que isto? puxa...

a minha relação com o érri pótére nunca foi muito boa... li os primeiros quatro livros ainda antes dos filmes e já aí não tinha gostado... personagens bi-dimensionais e mal aproveitadas, demasiados clichés, um herói detestável e uma colagem de feitiçaria que não acho piada nenhuma... peguei no quinto livro, o primeiro com mais de oitocentas páginas, após o primeiro filme e admito que morri de tédio ao fim de poucos capítulos...

nas férias peguei neste último livro, que dizem que vai dar dois filmes para ver o grande final, que me tinham prometido ser bombástico... mas de bombástico não tem nada... é até bastante banal... miúdo mata mau, salva mundo, vive feliz para sempre... mas qual seria a minha surpresa tendo em conta que toda a saga nunca, na minha modesta opinião, subiu acima do banal? nenhuma...

comecemos então pelo princípio... primeiro livro, mau! arriscaria mesmo a chamá-lo de "medíocre"... um magrela de óculos que descobre que afinal é super estrela num mundo escondido? feiticeiros que voam em vassouras e mandam feitiços a agitar varinhas de pau na mão? com uma fotocópia como melhor amigo e um cartaz como rival, a história nunca me chega a convencer... ao menos a espertalhona era fácil de personalizar, e odiar também...

segundo livro continuou no mesmo registo... não sei se o pior é o livro ou o filme, no qual o basilisco, que é um iguanídeo, aparace como uma cobra gigante... as iguanas têm pernas! depois o érri saca da espada do guerífindóre, que tem assim um nome de imponente cavaleiro cristão que rebenta adversários estilo sauróne no início do senhor dos anéis, e abana-a feito parvo estilo espanador... e na realidade é o que aquilo parece... e os elfos domésticos?

o terceiro livro já ah e tal sim senhora... para mim é o melhorzinho de todos, e porquê? porque é o primeiro em que uma pessoa pensa "afinal a roulíngue não estava a inventar isto à pressão"... e parece que há assim alto grande plano por trás de toda a história... mais profundo e interessante do que o magrela de óculos que faz feitiços e vai à escolinha dos feiticeiros, que nos inpingiram durante dois livros... também introduz o cédrique que já é um rival à altura do magrela...

o quarto livro já desce um degrau retorna ao registo medíocre do início... deixa lá matar o cédrique porque senão eles ainda gostam mais dele que do érri... e como já vou no quarto é melhor fazer finalmente aparecer o mauzão que senão a editora corta-me o financiamento e depois tenho de me dedicar à faina... do atum! e ainda bem que o mauzão aparece que as aulinhas e o torneio dos feiticeiros já se preparavam para me enviar uma maldição de morte por aborrecimento...

como já tinha dito o quinto arrumou-me logo de início e daí saltei para o sétimo... pelo meio perdi o desenrolar da relação entre o magrela dos óculos e o velhadas da barba branca que assumo algo promíscua e consequentemente ilegal... nesta altura a roulíngue já tinha descoberto que fixe mesmo fixe, era matar uma personagem por livro... à falta de melhor imaginação para finais bombásticos para os livros... e o érri quando é que lhe fazem a folha a ele? esperei em vão... morrem personagens terciárias...

o sétimo livro demora uma eternindade a arrancar... muita página da tendinha a magicar planos idiotas, mas aguentei-me heróicamente porque o final prometeria... do meio prá frente nota-se alguma ansiedade para chegar ao fim e desvendar aqueles mistérios... isto é mesmo pra crianças... e por último como disse a irmã do amor... eles acabam por vencer o mau graças a um conjunto extremamente afortunado de acontecimentos... não é nada épico isso... e o órecruce medalhão estilo o anel que tenta corromper? que imitação desesperada...

domingo, 27 de setembro de 2009

do iú sepíque ínguelíshe?

na próxima semana vou recomeçar as aulas de inglês, este ano no último nível "avançado"... ainda me lembro do final do ano passado, no nível "intermédio alto"... "ah e tal tiveste oitenta e muitos marco" diz a professora, "e isso é bom?" pergunto eu... ela revira os olhos e faz uma careta, como quem diz "estás a gozar comigo", eu respondi com um sorriso e alguma surpresa que dizia "ah, é muito bom!"...

e faço aqui um intervalo nesta história para explicar que o meu objectivo quando entrei naquele... teste... era ter mais de oitenta por cento... menos do que isso consideraria uma derrota pessoal, para tamanho especialista como je suis... a cena é que eu ter atingido os mais de oitenta seria inútil, se o resto do mundo tivesse tido mais de noventa... daí a minha pergunta... mas percebi que não...

"tiveste trinta e cinco na composição" acrescenta a professora... e eu acrescento, aqui entre nós, que a composição valia quarenta e que lá pelo meio falei de angola, do japão e da segunda guerra mundial... o tópico da composição era o microcrédito pró desenvolvimento dos pequeninos que é uma cena que até nem me diz muito... mas parece que no final até acabei por fazer algum sentido...

sábado, 19 de setembro de 2009

o euromilhões

ontem tive a minha primeira simpática experiência de euromilhões... foi mais ou menos assim... ouve-se a iva pamela, que passou a domingues e eu também passaria se tivesse tido uns pais tão cruéis ao ponto de me chamarem "iva pamela", a dizer: "o primeiro número é o trinta"... "ora, trinta, trinta temos, estamos bem"...

"o segundo número é o dezasseis", "dezasseis, dezasseis, temos... e o dezasseis e o trinta? temos, ah! também temos, estamos bem"... "a terceira bola é o quarenta e um", "quarenta e um? quarenta e um? nãaaaaao! quarenta e um nãaaaao! piiiiii, piiiiipipipiiiii, piiiriipiriiipipipi, pi, pi, pi, pi"... e assim terminou a minha primeira interessante experiência de euromilhões...

e digo primeira experiência porque já apostei no euromilhões inúmeras vezes, mas nunca tinha estado a conferir os números em directo... é engraçado mas não é lá muito emocionante... presumo que não seja, porque eu na realidade não quero ganhar o euromilhões... porque acho que anda prái malta que precisa muito mais do que eu... eu junto-me à malta do emprego e aposto...

mas sinto que faço-o só para participar na festa com o pessoal e dar um dinheirito à santa casa que após a sua comissão, que presumo enormíssima, ainda faz depois alguma cena pelos pequeninos e assim... e eu sou daqueles que acha que nós, como humanidade, não devíamos permitir que haja filhos e entiados... filhos mais velhos e mais novos ainda vá que não vá, agora entiados é que não...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

zangaram-se as comadres

a meio da tarde o sujeito à estava a querer trabalhar, mas o sujeito bê não o estava a deixar trabalhar, e quando assim é o sujeito à, que ferve em lume brando, começa a ficar vermelho que nem o equipamento do benfica... nisto eis que junta-se à festa o sujeito cê, que é o responsável pelo sujeito bê e praticamente o culpado por o sujeito bê não deixar o sujeito à trabalhar...

ora o sujeito cê é um tipo que... vamos lá a ver... um dia disse que a psicóloga tinha dito que ele era... renhenhéu... já não me lembro bem do que era renhenhéu porque eu também sou um tipo que quer trabalhar... e na altura lembro-me que o sujeito cê contou essa história, numa das suas longas conversas com a responsável da base de dados que mora na beloura, que me perturbavam bastante a concentração...

portanto não prestei muita atenção mas fiquei com uma noção que ser renhenhéu era parecido com ser autista... obviamente não tão pronunciado porque os autistas são assim, né? e o sujeito cê é um tipo que, vá-lá, ainda diz os números e as letras e isso... mas isto para ficarem sabedores que quando duas pessoas nestas condições entram em conflito torna-se muito difícil de gerir...

e é então que entra em cena o sujeito dê para apaziguar, o presidente da câmarada do burgo... manda uma água para a fervura e senta-os ao seu lado, como se faz com os meninos na primária, para que eles acertem as suas diferenças... e conseguiu, mas não sem antes eles trocarem alguns dedos de conversa que, na minha opinião, deveriam ter ficado imortalizados... mas achei que filmar a cena com o telemóvel era demais...

momento um: começa o sujeito à "eu peço desculpa, e tu devias pedir desculpa também", "eu não peço desculpa", "não pedes desculpa sei eu porquê! porque tu és mais do que eu" o sujeito à exaltado, refere-se à condição hierárquica superior do sujeito cê "mas para mim, as pessoas são todas iguais e trato-as todas da mesma forma e peço desculpa a qualquer um!"...

momento dois: "tu andas um bocado acelerado" começa o sujeito cê o sermão, "tens de travar um pouco", "eu, travar? eu por mim podes crer que travo" responde o sujeito à exaltado "passo a trabalhar menos e podes crer que tenho menos chatices"... aproveitando para fazer a insinuação que o sujeito cê não faz nada... mas eu acho que ele não percebeu...

e aqui neste segundo momento de ânimos exaltados aproveito para louvar a atitude moderada do sujeito à... isto porque acredito que eu, numa situação idêntica com o sujeito cê a crescer de peito para mim, não seria tão comedido nas palavras... porque essa malta que fala fala, mas eu não os vejo a fazer nada, dá-me vómitos horríveis... e fico chateado, concerteza que fico chateado...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

marco, o herói da guitarra

um dia estávamos na fenáque e encontrei um "herói da guitarra metalica" para a minha consola... como nunca tinha encontrado um "herói da guitarra", que não fosse para a consola da última geração, fiquei todo feliz... peguei naquilo e fui procurar o amor... quando cheguei ao pé dela gritei "compra!", enquanto começava uma birra... "compra tu! ganhas mais que eu" respondeu ela... "mau" pensei "este argumento estraga-me sempre os planos" mas não me dei por derrotado "-!"...

o amor não cedia e o segurança já estava a olhar de lado como quem pensa "aquilo é a sério?", achei melhor desistir... comprar eu é que estava completamente fora de questão, custava tanto como a consola e metade do que paguei por ela há uns aninhos... vão mazé roubar prá estrada! e assim fiquei incógnito e miserável até ao dia de ontem em que encontrei o "herói da guitarra", com guitarra, por um preço minimamente aceitável...

ia a entrar com aquilo pelo jumbo "pipipipipipipipi", "desculpe" diz a segurança... voltei atrás e mostrei-lhe as compras todas... "deixe-me meter aqui uma etiqueta na sua viola" diz ela... "o quê? qual viola qual quê!" pensei eu "é uma guitarra!", "com uma viola dava-te o el cabong na cabeça se aqui tivesse"... para além disso a minha... guitarra, tinha uma fita à volta a dizer "fnáquefnáquefnáquefnáque" era preciso alguém muito estúpido para, à saída, achar que eu a teria roubado ali... mas olhando prá amostra daquela segurança...

ao chegar a casa montei logo o brinquedo e toquei umas musiquinhas... escolhi obviamente o punk com uma guitarra rabo-de-bacalhau, curto bués as guitarras rabo-de-bacalhau! e adorei o jogo, é muito divertido e vale bem todo o dinheiro que paguei por ele... aliás, é tão giro que me faz ver que o trambolho branco dos comandos que se agitam foi uma compra muito miserável... uma boa consola da sóni cheia de apetrechos abafa aquela porcaria que tem uma capacidade de processamento comparável à do sepéquetrum! está à venda se interessar a alguém...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

a prestação de serviços no seu melhor

aqui há uns meses fui apresentado ao novo gerente do meu projecto... o anterior gerente ficou uma pessoa tão importante, inclusivé foi promovido a sócio, que ficou sem tempo para tratar dos projectos menores, como o meu... e então decidiu-se a recuperar um antigo miúdo com o qual já tinha trabalhado e deu-lhe uma posição de responsabilidade e liderança...

o novo gerente não viu muitas mais primaveras que eu, mas já tem uma barriga enorme e uma filha... a primeira impressão é que não tem lá muita experiência, e pode ter convencido o agora sócio a contratá-lo, mas a mim ainda tem de mostrar provas da sua capacidade para vestir a camisola... e hoje passou-se uma situação que não contribuiu para me convencer...

recebi uma mensagem de correio electrónico na qual ele me pedia, e a outro colaborador, para descobrirmos o que se passava com as facturas, em anexo, que ainda não tinham sido pagas... e houve aqui dois problemas que eu considero algo graves... primeiro eu fiquei a saber quanto é que a empresa cliente paga por cada mês da minha fortíssima prestação... e é muito...

e segundo, as facturas que ele me pedia para descobrir o paradeiro tinham data... de ontem! primeiro dia do mês... respondi-lhe suavemente que as facturas ainda não tinham chegado e que assim que chegassem que o avisava... pouco depois ele envia-me nova mensagem, e ao outro colaborador, a dizer para ignorarmos porque as facturas tinham sido emitidas ontem... oh, a sério?!

o miúdo é que ficou surpreendido pelo rácio entre a quantidade enorme de dinheiro que a consultora cobra por ele o pouco que lhe acaba por cair na conta... mas qual cristiano ronaldo ele apontou o número num póstíte e colou-o ao monitor para se motivar assim naqueles momentos mais agrestes... e oh depois a menina das facturas olhou práquilo e disse que os valores estavam errados... que eram muito baixos...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

tão marco?! já devias saber melhor...

aqui há umas semanas tive uma discussão muito estúpida com uns ex-colegas da faculdade... fez-me por vezes lembrar o tipo de discussões estúpidas e subjectivas que tinha quando andava era um miúdo estúpido e andava no secundário, como aquelas em que debatíamos que estilo de música tocava cada banda...

mas isto tudo começou quando eu afirmei que a aceleração do meu novo bólide me tinha surpreendido pela negativa... a primeira resposta que recebi insinuou que eu já devia estar à espera que a aceleração do meu bólide fosse , partindo da minha experiência passada de condução bem como dos números oficiais dos tempos de aceleração que são fornecidos pela marca...

e foi logo aqui que a cena correu mal... porque eu fiquei um pouco ofendido pelo tom "isso não me acontecia a mim porque eu tenho cara de miúdo mas já sou muito rodado" do discurso... e respondi à letra afirmando que era ridículo presumir a experiência de aceleração de uma viatura lendo meia-dúzia de númerozinhos numa folha de papel...

a partir daqui discussão azedou bastante e penso mesmo que ponto mais baixo foi quando eu lhes contei a comparação que o hugo tinha feito aqui há uns anos atrás, que é mais ou menos assim: "não preciso de fazer amor com a menina porque já vi neste filme pornográfico o que ela é capaz de fazer"... terminou obviamente com uma sempre agradável troca de insultos...

e eu aqui admito a minha culpa, o ruim sou mesmo eu... porque eu já devia saber que é inútil discutir a receita das gambas à braz, com quem não gosta de marisco! e isto foi um argumento que tive de me contorcer todo, naquelas alturas mais quentes da discussão, para não o utilizar... porque é um pouco como as armas biológicas, matava o meu adversário, mas a minha consciência não ia gostar...

porque a mim, ninguém me convence que se aqueles dois realmente gostassem de carros, assim mesmo quando uma pessoa gosta muito muito muito... muito tempo que ambos tinham um carro! quando na realidade um deles anda de éledoze... e o outro comprou recentemente um carro, aos vinte e nove anos e por necessidade, que é praticamente idêntico ao carro dos pais! vá ao menos é uma versão mais desportiva...

e também ninguém me convence que, se eles tivessem comprado um carro mais cedo e por capricho, como eu e todas as pessoas que conheço que gostam de carros... e até é uma boa amostra, dos meus tempos dos picanços e do clube pejou... talvez aí nunca tivéssemos chegado a discutir...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

a história do imáquesse

o marco... nome fictício do nosso herói... morava em alenquer, numa pequena casa com paredes grossas e ratos a passear pelo telhado... mas os seus irmãos moravam em paço d'arcos, longe pra chuchu de alenquer, especialmente se considerarmos que o marco ia de transportes públicos... isto tudo para evitar que os irmãos morressem à fome, lá ia ele pela floresta fora tipo capuchinho-vermelho... a primeira paragem da viagem era em vila franca de xira, um lugarejo nada recomendável...

o marco chamava-lhe "a cidade debaixo da ponte", à amálgama de casas e prédios que tinham ali sido construídos sem ordem aparente... com uma população mínima e com maus acessos, a cidade era habitada por uma mistura de culturas entre os conspurcados pelo suburbanismo da proximidade da capital e os mais tradicionais saloios da província com tiques de campinos... alguém achou que era o local perfeito para uma obra faraónica, muito à semelhança do mais recente ferípórte... algo que colocasse a "cidade debaixo da ponte" no mapa!

um centro comercial de quatro pisos com um super-mercado, montes de lojas, duas salas de cinema e o mais importante de tudo... um cinema imáquesse! o primeiro e único cinema imáquesse que vi... quero dizer... que o marco viu em toda a sua vida! mmm... a bem da verdade o marco também nunca o viu... mas conheceu pessoas que o viram... era uma espécie de mito... quatrocentos metros quadrados de écran... um som ensurdecedor... já ninguém sabia se tinha existido mesmo ou tinham sonhado...

porque naquela altura de fraca tecnologia, fazer um filme em formato de preencher quatrocentos metros quadrados de imagem devia custar uma fortuna... mostrá-lo devia custar outra fortuna e assim a "cidade debaixo da ponte" nunca entrou no mapa e o investimento nunca teve retorno... o imáquesse sobreviveu ainda uns anos à conta do presidente da junta que acreditava que aquilo era o futuro do cinema... o senhor morreu antes de descobrir que estava certo...

e de vez em quando, os mais velhos contavam histórias sobre o filme que lá tinham visto há muito tempo, um documentário pálido em comparação com a mera presença de um écran tão imponente... muitos anos depois, um amigo do marco comprou um carro e quis formar uma equipa de corredores de rua... a primeira sugestão de nome para essa associação de deliquentes era pouco original e o marco chegou a sugerir "imáquesse reicíngue"... era o nome perfeito...

por um lado era uma piada privada que evocava o local de onde eram oriundos os malfeitores... por outro os quatrocentos metros são a distância das normais corridas de rua, a conversão do quarto de milha americano... pouco depois de todos estes acontecimentos o imáquesse foi dinamitado... no seu lugar construíram um salão de jogos com algumas pistas de boliche... mas o local permaneceu sempre assombrado e para resistir a espíritos só mesmo... étnico... piso debaixo bazares chineses, piso de cima telemóveis e acessórios indianos...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

cenas que me fazem alguma comichão, mas não muita, no futebol, parte três: pessoas que dizem mal do cristiano ronaldo

não gosto mesmo nada de nada dessa malta que acha que nós temos sempre que estar na cauda da europa, e do resto do mundo também, e que para isso aproveitam todas as oportunidades para dizer mal... nas fases finais das grandes competições de futebol então isso mete-me especial nojo... alguém diz "ninguém nos pára, estamos nos oitavos de final" e responde logo outra pessoa "ah mas a taxa de desemprego está a aumentar"... e o que é que uma coisa tem a ver com a outra?

parece que essas pessoas não se podem esquecer durante uns poucos dias, na sua miserável vida, dos problemas da nação e empandeirar na loucura estúpida de quem pensa que vai ser campeão do mundo... essas mesmas pessoas que não percebem patavina de futebol, não conhecem o cristiano ronaldo de lado nenhum para além do que vem inventado nas revistas cor-de-rosa, e depois afirmam com a segurança de uma previsão do professor chibanga "que o cristiano ronaldo vai-se perder em espanha" e acrescentam "porque aquilo há lá muita p*taria"...

e se perder? mesmo que se perca, o que eu não acredito muito, continuará a ser o melhor jogador de futebol português de todos os tempos... e eu também prevejo, com igual grau de precisão que as pessoas que critiquei anteriormente, que vamos ver muitos aninhos até que alguém bata todo o currículum que o miúdo já atingiu...

cenas que me fazem alguma comichão, mas não muita, no futebol, parte dois: cartões prós dois quando há confronto

minuto onze, o avançado do sepórtíngue embrulha-se com o defesa da fiorentina... puxam as camisolas, trocam empurrões e no final daquilo tudo o defesa italiano manda um sopapo no avançado, agora, português... é o caos no relvado, um monte de jogadores ao barulho, aos empurrões e aos gritos a fazer cara feia como é costume... o árbitro ali pelo meio sem saber o que fazer... optou por fazer o que os árbitros nesta situação fazem sempre, estupidamente...

que é a solução salomónica de não pensar e dar um cartão a cada... geralmente até nem corre muito mal, porque o jogador que sofre a agressão raramente se deixa ficar... mas às vezes, como ontem, aconteceu a excepção à regra... o avançado caiu no chão, e o colega de equipa que até nem tinha nada a ver com a cena a não ser ter-se insurgido contra o italiano que agrediu o seu amigo, é que acabou por arrasto, a ver um cartão amarelo... e eu prefiro acreditar que isto é apenas incompetência dos árbitros...

mas a realidade é que penso que eles são mazé uns mariquinhas que se não aguentam o calor deviam sair da cozinha... o romeno teve é medo de ser linchado à saída do estádio por expulsar um jogador, aos onze minutos de jogo, com um vermelho directo... teve medo dos tifósis italianos que lhe rebentavam as rótulas, e teve medo da uéfa que podia chegar à conclusão que ele é um incapaz... como eu cheguei facilmente... e mandá-lo arbitrar prós regionais lá da transilvânia... que era o que ele merecia!

cenas que me fazem alguma comichão, mas não muita, no futebol, parte um: naturalizados na selecção

a ler as notícias de mais um processo de naturalização, deparei-me com aqueles comentários que a selecção só devia ter portugueses de gema... e eu achei estranho porque pensei que esse assunto já tinha sido ultrapassado quando naturalizámos o último, e também o outro antes desse... e o que é um português de gema? é que aquilo na selecção, mesmo ignorando os dois brasileiros que por lá andam, já é uma legião estrangeira...

por mim aquilo era à grande... sou todo a favor de liberalizações e acho que a malta que cá anda há imenso tempo merece os mesmos direitos que os que nasceram por cá... até porque muito mais importante que a cor de um jogador, a língua que fala, ou o local onde nasceu, é o que pode contribuir prá equipa... e se ele honra a camisola, que se junte à malta que todos, somos poucos... se não, pouco me importa se é de gema, é sem gema ou batido em castelo... era corrido a pontapé!

sábado, 8 de agosto de 2009

5 para a meia-noite

ontem à noite estava muito mal-disposto, passei o dia a comer porcarias e o meu estômagonão é aquela máquina, achei melhor ficar a ver televisão até às tantas para ver se passava... foi assim que apanhei o "cinco para a meia-noite" pela primeira vez... à sexta-feira pelos vistos apresentado pelo luís filipe borges, mais conhecido como o gordo da revolta dos pastéis de nata... ontem como convidadas tiveram lá a são josé correia e a... margarida, fundadora do clube das virgens... é, existe mesmo...

ora, o programa foi interessantíssimo... à semelhança dos pastéis de nata, os sequétches continuam mauzinhos, mal-actuados e sem piada, mas faz sempre bem um ou outro intervalo... ao contrário da revolta, existem menos convidados, o que se torna mais fácil de gerir pró bucha, e achei o próprio gorducho mais evoluído... não lhe achava piada nenhuma anteriormente, mas ontem pensei que aquela personagem do gordo desesperado que manda piropos às convidadas, que ele está sempre a representar, está mais fina e requintada, mais credível e a sair mais naturalmente...

também é preciso salientar que ao lado da são josé correia, até um obeso parece um cavalheiro... mas o programa foi todo bastante bem gerido e dinâmico... só faltou ali mesmo a pergunta que eu, pelo menos, esperei a noite toda e nada... (marco imagina-se gordo e desesperado) "oh são josé... se eu quisesse mandar-te um piropo assim do género... tu estás aí a correr na passadeira e eu estou a correr... a andar, vá... na passadeira ao lado... onde é que eu tinha de ir, e a que horas?"... isto talvez também seja só mania minha...

porque o único ponto em que acho que o programa falha realmente é no horário... a partir de que horas é que eles podem dizer asneiras em directo na televisão? prái às dez já se pode, né? então era a essa hora que devia começar... ali logo a seguir ao vinte e quatro era perfeito... aliás, poderia muito bem tornar a érretêpêdois em líder de audiências... mas e daí também acho que ninguém quer isso... 4*/5*...

domingo, 19 de julho de 2009

uma avaliação parva: parte dois

houve algo que mudou desde o último processo de avaliação para este... neste eu tive de avaliar alguém... e amizades à parte tentei ser o mais imparcial possível e fornecer ao miúdo o máximo de informações sobre como atingir e superar as minhas expectativas... a avaliação que fiz dele não foi "o miúdo é o máióre" porque eu não acredito nisso, mas na minha opinião dava largamente para o "és porreiro pá"... e não lho deram...

mandaram lá o conselheiro dele, que não o conhece de lado nenhum e só o vê de ano a ano em ocasiões sociais, dar-lhe o discurso que pelo menos a mim, acordou-me memórias há muito esquecidas do secundário... disseram-lhe algo do género "podíamos dar-te o és porreiro pá, mas seria um porreiro tremido, e imagina que depois desces? fica mal, fica feio... o que tu queres é agora receber um até te safas, e depois subir para um és porreiro pá, certo?"...

certo? longe disso! agora o miúdo fica aborrecido, e com toda a razão... eu fico aborrecido porque acho que o miúdo merecia muito mais... fico ainda mais aborrecido porque acho que a culpa foi minha, apesar de eu não mandar nada, porque não consegui transmitir lá ao concelho, que o miúdo merecia o "és porreiro pá"... e fico mesmo bastante mais aborrecido se, por culpa daquela má decisão, o miúdo decidir bater com a porta para ir fazer os milhões de projectos mais interessantes que por aí andam...

e aqui entre nós que ninguém nos ouve... se eu fosse o miúdo já andava a traçar planos...

uma avaliação parva: parte um

a semana passada tive a minha reunião de avaliação do primeiro semestre deste ano... agora quem tem sido responsável pelas minhas avaliações e acompanhamento é o gerente maior, porque a minha conselheira teve uma filha aqui há uns tempos... e o problema de discutir qualquer assunto com o gerente maior, já o tinha referido aqui antes, é que acabo sempre por ser convencido que trabalhar mais e receber menos é o melhor para mim...

eu não entrei na reunião nada satisfeito... isto desde há ano e meio que tem sido sempre mais do mesmo... o marco está sozinho e abandonado no cliente, sem ninguém saber lá muito do que é que ele anda a fazer na vida... assim torna-se complicado de avaliá-lo... então o gerente maior vai falar com o cliente "então como é que o marco se porta?", "oh, o marco é o máióre!", é mesmo assim que a cena se passa... e depois o gerente pensa "o máióre? isso não dá jeito"...

e então o sócio, o gerente maior e todos os outros notáveis juntam-se e chegam à conclusão que o marco não é o máióre... por um lado porque isso implicaria pagar mais ao marco, por outro lado o marco não tem contribuido activamente para a expansão do negócio dentro do cliente... o marco é o agente infiltrado que anda ali há dois anos e ainda não conseguiu infiltrar lá mais ninguém... o que eles não contabilizam é que se o marco não fosse o máióre, já há muito que tinha sido exposto e assassinado...

e assim como sempre eu não recebo um "és o máióre" recebo o "és porreiro pá"... que nos últimos tempos se tem traduzido em aumentos diminutos... "estás satisfeito?" pergunta então o gerente maior... "mais ou menos" respondo eu... e conto que ando há dois anos na mesma comá lesma e que a minha paciência cada vez é menor... traçámos lá um plano á, um e um e daqui por uns meses vamos ver no que isto dá... no meio disto tudo com avaliações feitas à pressa como é que eu sei em que direcção é que tenho de evoluir?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

mobile suit gundam seed (2003)

o kira yamato é um normal estudante de engenharia (dentro do que um humano geneticamente modificado pode ser considerado normal) que vive numa colónia espacial neutra... neutra em relação à batalha entre a aliança terrestre e a zaft, composta exclusivamente por outros humanos geneticamente modificados denominados de "coordenadores"... ora certo belo dia os zaft descobrem que na colónia neutra estavam a ser desenvolvidas armas terríveis para a aliança terrestre, capazes de mudar o rumo da guerra... os robots gigantes chamados de gundam!

a história não tem muito que saber... é o normal do miúdo, mais ou menos adolescente, aparentemente normal, que um dia se vê forçado a sentar aos comandos de um robot gigante (o sonho de qualquer miúdo, mais ou menos adolescente, japonês... meu também)... tem algumas politiquices militares, muitas voltas ao xenofobismo ético da alteração genética, personagens pouco determinadas cheias de dúvidas e conflitos interiores e acima de tudo... tem batalhas bestiais entre robots gigantes de todos os formatos e estilos... 4*/5*...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

o bólide mais lindo do mundo: conclusão, um novo queijo

a compra deste bólide marca o esfumar de um sonho cá do je, que penso que tinha idade para ir à escolinha... isto porque desde o dia em que vendi a mancha negra (o meu pêjou centoeseis rali) que tenho problemas por conduzir... carros banais... e por carros banais descrevo, carros que as pessoas normais conduzem nos seus dias normais... e passo a explicar...

desde que tirei a carta que me tornei num de carrinhos... tive a fase dos carros modificados, das corridas na vasco da gama e no tagus parque... a fase dos karts em que pensava que era o próximo chumáquére... e tudo isso passou-me, mas fiquei sempre com a ideia que um como eu, que paga roubos para ir ao porto para ver carrinhos às voltinhas num estádio de futebol, devia conduzir um bólide digno... algo que dissesse logo àbrir e à boca cheia "o marco é e o bólide dele é melhorteu"...

como esse sentimento paradoxal de ser fã e conduzir um carro normal em dias normais era assim como aquela sensação marginal que algo está errado com o mundo, fui adiando estes planos até este dia que vês hoje... porque tornei-me marco do fítenâsse, porque queria comprar uma mansão muita linda e com piscina... por um conjunto de situações que finalmente se afogaram todas...

quando contei à minha família, curiosamente do lado da ana e do meu lado todos juntos, que tinha pedido para trocar as jantes do carro pelas mais bonitas, ficou tudo a olhar para mim como se eu fosse um extra-terrestre... as pessoas normais têm carros normais, cinzento panela e cinzento frigorífico, com jantes normais... e ainda bem... a única cena que me desgosta é que os alemães decidiram revitalizar o branco... espero que dure pouco, porque no mau gosto dos outros o meu bólide torna-se mais exótico...

o bólide mais lindo do mundo: parte dois, a fíâte

eu tinha a noção que a generalidade das pessoas tinha uma ideia bastante negativa dos puntos e dos fíâtes... a cena parva é que me justificam isso com histórias do tempo da carochinha, acredito que muitas delas antes deu sequer ter nascido... e na maior parte dos casos acabam por concluir todas num ponto comum... por muitos problemas que tenham tido, por muitos agarrados que lhes tenham entrado nos carros... todos eles têm um enorme brilho nos olhos a falar comigo...

ainda hoje, ao almoço, um colega comentou como os puntos eram muito fáceis de roubar... eu adoro uma boa polémica mas não estava prái virado e deixei passar em branco... o miúdo interveio e respondeu que é assim que se vê quando uma pessoa está velha... quando começa a falar de histórias com imensos anos, ignorando toda a evolução de uma marca que, em tempo de crise, até anda a comprar...

eu aproveitei para terminar e acrescentei "mas eu digo-te miúdo", "se ele agora disser: o último carro decente que a fíâte fez foi o centoevintesete", "eu viro-me para ele e digo"... e aqui fiz uma pausa, meti a minha cara de ricardo araújo pereira no sequéteche do kunami e disse "paizinho!"... partiu-se tudo a rir e eu terminei a apresentação dos meus argumentos...

o bólide mais lindo do mundo: parte um, as jantes

como já tinha contado, uma das primeiras afirmações que tive quando entrei na vila dos motores italiana foi "mas eu quero as jantes bonitas"... e diz-me logo o vendedor "masó marco as jantes bonitas, como são de 17 polegadas, não têm pneu suplente, têm cena de encher"... eu que estava a entrar dentro do carro pra analisar o interior respondi "tábem, tábem, que isso não tem problema"...

nas entrelinhas lê-se "quero lá bem saber disso!"... e vocês pensam "tchina pá, que inconsciência!" e eu explico-me... na realidade sei bem que uma decisão destas não se toma de ânimo leve... mas eu sempre acreditei que "ter estilo é caro"... calças da salsa, ténis da naique, aipódes, por aí em diante... e qualquer que seja o preço a pagar pelas jantes bonitas, eu pago-o de bom grado, também tenho dinheiro pra isso...

as jantes são importantíssimas para o conjunto visual do bólide e a conduzir carros banais já eu passei demasiado tempo da minha vida...