segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

o desenrascanço é uma filosofia de vida

pouco depois de chegarmos à pousada da juventude, na sexta à tarde, decidimos ir tomar banho... eu gosto bués de queimar àgua quente, e já que pago, então é práproveitar ao máximo... saímos, o gordo e eu, do quarto, de toalha ao ombro e dirigimo-nos à casa-de-banho dos homens... no piso debaixo...

chegámos lá, "aía! é a festa da mangueira!" tava aquilo cheio com a comitiva que tinha chegado uma beca antes de nós... "vamos à casa-de-banho das garinas" disse, "bora?" pergunta o gordo... "claro! isto tá cheio!" respondo... voltámos pró andar de cima, entrámos na casa-de-banho que estava vazia, e começámos a tomar banho...

passado uma beca chega o superpico, "ei, afinal também vim tomar banho"... pouco depois chega o bruno "já agora tamãe quero tomar banho"... secalhar devíamos ter feito menos barulho, que aquilo era só conversa que provavelmente não se ouvia só ali... tivémos foi pouca sorte, não apareceu nenhuma garina, tornava esta história interessante...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

filmes góres e intelectualóides, aqui vou eu!

é com descontentamento e algum pesar que afirmo que a humanidade me deixou ficar mal... enquanto queu continuo a ser um tipo bacano, a safar o pessoal, ainda hoje entreguei ao segurança um cartão que encontrei perdido numa máquina multibanco... secalhar até foi pior a emenda co soneto, quele agarrou aquilo com uma fúria estranha, provavelmente foi fazer chamadas internacionais prá família emigrada na frança...

mas o que conta é a intenção... estava a dizer que a humanidade me falhou, o pessoal que eu dizia "ah e tal, é pessoal do sebém e da loucura" afinal são todos mazé uns meninos de coro cortaram-se todos a um fim-de-semana de paródia no porto... e pelas razões mais incríveis, não é que o cunhinha se cortou pela possibilidade de sair com uma rapariga... eu sabia quele andava desesperado, mas tanto...

e então, andava eu a passear pela fenáque a comprar ainda mais DêVêDês e telefona-me o gordo "conseguiste arranjar mais alguém?", "népias!", "não conseguiste?!" pergunta ele desapontado "e tu?" pergunto... "ah, eu só conheço é mariquinhas", "somos dois então"... mais conversa menos conversa desliga... telefona o hélio "acabei de falar co gordo" digo, "eu sei, ele telefonou-me" responde ele...

"mau!" pensei... afinal o qué isto? parecem aquelas cenas, quando um gajo tem uns catorze anos e telefona pra casa a dizer "pais, hoje vou dormir a casa do manelinho", e a mãe pergunta "a mãe dele deixa? não dês muito trabalho! vão pra lá como? quando é que voltas?" e depois de inúmeras outras perguntas quando um gajo se safa vem o pai "espera lá, conta lá outra vez... porqué que tens dir lá dormir, não podem ver-se amanhã? vais-te deitar cedo? juízo!"...

"então como é, cortou-se tudo?" começa ele, "iá... diz-me uma cena, vocês foram inteligentes ao ponto de me pedir a pousada com cartão jovem?" pergunto... "não, nós não fomos é inteligentes ao ponto de marcar pra gajos que se cortam, vais ter de arrotar doze contos!" responde ele... "ainda bem que falas nisso, queres saber comé quisso foi?" pergunto logo... "não! amanhã temos muito tempo pra falar nisso" diz ele... "tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu" foi a última coisa quele ouviu...

porque eu já não tava práturar mais o gajo a dar-se pra senhor hélio gasolina célica que ganha duzentos ao fim do mês e fica todo chateado pela possibilidade de pagar uma parte de doze contos, quando eu até já tinha dito que pagava! odeio quando aqueles tótós se metem com essas ideias de "eu penso que sou um tipo buéda importante e responsável e então vou demonstrá-lo dando-me ares e passando sermões às outras pessoas"...

depois disso ele ainda me tenta telefonar mais duas vezes, eu recusei a chamada... e fui namorar mais um bocadinho... tou aqui a chegar a casa tá ele a telefonar de novo, atendo "então, que aconteceu? a chamada caíu?", "AI FOI?!" pergunto eu a fazer um ênfase muita estúpido como se tivesse bué surpreendido, do outro lado ouvi um silêncio... "não foi?" pergunta ele...

"foi, foi!" respondo eu em tom jocoso, segue-se outro silêncio... "depois tentei telefonar-te mas nunca mais consegui" prossegue ele... "a sério?! aía ca grande cena!" respondo eu já a fazer esforço pra não rir, seguiu-se ainda outro silêncio... nesta altura pressenti quele chegou a considerar a hipótese deu tar a gozar com ele, então respondi às restantes perguntas com um tom mais sério... tamãe, já tinha enchido a barriga...

passei o dia inteiro a convidar todá gente que via se queria ir ao fantasporto, sei que a pergunta é desnecessária, mas é engraçado de fazer e observar reacções, aprende-se muito... por exemplo o baita pico respondeu "quarto duplo com casa-de-banho?", "não! quarto de quatro", "camarata?!" pergunta ele já a fazer cara de enjoado "isso pra mim é rebaldaria a mais"... foi interessante...

e quando eu já tinha perdido a minha (aquela que supostamente é a última a morrer) nos meus amigos, na raça humana em geral, e já estava a pensar que tinha de dar o dinheiro que fosse preciso só pra não ter douvir os mixurucas a estrilhar-me os ouvidos... eis que recebo uma mensagem do superpico a dizer "consegui dar a volta ao meu pai, se a oferta ainda tiver de pé, eu vou!", "ahahahaha!" fiquei todo contente...

chego a casa e consigo convencer o bruno a ir tamãe... o bruno é uma beca agarrado, mas eu já conheço os problemas dele de longe, e pra ele, não mimporto de pagar... e acho que lhe vai fazer muito bem, vai ser estilo... o magrinho no roude terípe... só que neste caso ele não tem nem carro, nem cartão de crédito... mas o princípio é o mesmo... espera lá! com o superpico são dois magrinhos! uica grande roude terípe que vai ser...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

outra vez o fantasporto

ando de momento atarantado que nem uma barata à procura de dois seres humanos, descabidos de sentido prático o suficiente, para encetarem numa viagem, já depois de amanhã, ao festival de cinema fantástico do porto... e tudo isto porque já não me lembrava como era tentar ter uma conversa normal com o gordo guineu...

eu disse "eu vou, e em princípio arranjo mais dois gajos pra ir", que ele compreendeu como "vão mais três pessoas" e fez as contas assim... ora como os meus amigos são conhecidos por se cortarem cada um pra seu lado como se fugissem de uma doença altamente infecciosa, sem tratamento e transmissível através da respiração... quem se lixou fui eu...

comecei logo a ver o caso mal parado "o moi sozinho com os capitalistas caretas?!" isso é que não! então comecei a tentar à viva força convencer o hugo a alinhar na cena... mas já lhe mandei umas quatro mensagens hoje, e ele népias! falei também com o cunhinha mas ele tá-se a dar pra mariquinhas sei lá eu porquê... nunca pensei...

aindá bocadinho me telefonaram os gémeos "então cortaram-se? quem é que vai pagar, alguém tem de pagar" dizemeles... outra coisa não seria desperar... óh cunha, hugo, não me deixem àturar os gajos sozinho... vá-lá!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

número de registo: k11626

acabei agórinha de preencher um formulário de candidatura a estágio profissional no banco de portugal, sugerido como é óbvio pela minha mãe... e agora vocês perguntam "mentiste marco?" e eu respondo "não!"... há uns tempos falei ca minha namorada sobre isso e ela fez-me ver que mentir não era a minha ideia mais brilhante de todos os tempos...

é claro que mentir era engraçado e por um lado até genial, mas a minha menina linda citou duas razões que já são mais complicadas... a primeira, iria estar a entrar por mentir e não por aquilo que valho, é claro que todá gente "mente" nas entrevistas demprego e por aí não me ia sentir nada mal, afinal quem não faz é qué tótó...

mas o segundo ponto é importantíssimo... a minha mãe trabalha lá... e por muito que seja remota a possibilidade de ser apanhado, acho que não vale a pena o esforço pra lixar a vida à minha mãe... é caquilo é um ambiente pequeno todá gente se conhece e depois era o fim da picada os comentários dos invejosos todos... sebém quéla tamãe tá quase a reformar-se...

mas pronto, no outro dia a minha mãe contou-me queles já tavam a recrutar pra sei lá eu quando e que me podia inscrever , mesmo que não tivesse as notas todas... cuma garina o fez e quando acabou o estágio não tinha o catorze mas queles gostaram dela e acabou por lá ficar... ah! exprimento que não perco nada com isso...

diverti-me bués a escrever que desde pequeno que vou a colónias e que sempre foi o meu sonho ir pra lá bulir... que a minha mãe trabalha lá e que aquilo tem muito bom ambiente, mencionei obviamente que já fizcolónias e que tive a bulir na quinta... pra ver seles vêm queu sou da família... concluí a dizer-lhes que o fórme de enviar a candidatura tinha um erro numa chamada éSseQuêéLe e a forma como o resolver... dá ar de pico...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

ó paulo este já podes comentar à vontade

ontem à hora do jantar o assunto voltou a cair sobre o novo pópó... após uns minutos de conversa comecei-me àperceber de algum cepticismo da parte dos meus pais... a minha mãe por um lado puxava, de forma subtil, a brasa à sua sardinha, o seu projecto "quero um pópó novo", o meu pai demonstrava o seu habitual bom feitio e simpatia após um longo dia de trabalho...

foi mais ou menos na altura em que o meu pai disse "mas porqué que tu precisas de um rádio!" que eu me comecei àperceber que os meus pais nunca na vida me iriam pagar um pópó novo pela minha carinha laroca... e, ou teimava incessantemente e gramava com grupos como gramei com a "saga ráli" e tinha de largar muita massa, ou o sonho tornava-se num pesadelo em que tinha de gramar com a escolha deles...

foi então que comecei a ponderar essas hipóteses... gramar infindáveis anos àndar num pópó com o qual não midentifico, e isso é mau pra chuchu, é como andar vestido à palhaço sem ser no carnaval... as roupas não são tuas, foi outra pessoa cas escolheu, pra ela! até te podes habituar àndar assim vestido na rua, mas na realidade nunca na vida te vais sentir realmente bem... e/ou gramar cos cotas à perna...

portanto, mal por mal, é mazé o sáquesso da minha mãe, que eu até nem desgosto e "dado" começou-me a soar cada vez mais apelativo... fui à sala dar-me pra menino bonito e acabei por fazer o queles queriam, dar-lhes a escolha... eu acho queles preferem pagar o pópó novo inteiro, a dar-mo a mim, e por mim, andar mais uns anos de papámóbile sem custos além da gasolina soa-me muito bem...

portanto, já ganhei umas rodas "novas", com três anos vá... dois acidentes... jantes quincadas... portas comó caraças... cinzento panela... leitor de cassetes da treta que nem apanha bem o rádio e só com duas míseras colunas de 1w cada... e os pneus assassinos... mas pronto, não se pode ter tudo!

domingo, 20 de fevereiro de 2005

ítesse láique... uóre méne, uau!

existem dois tipos de pessoas no mundo, os que bebem cocacola, e os que bebem áice tí... eu compreendo essa distinção e afirmo com todo o orgulho, eu defendo as cores do áice tí... maravilhoso o dia em ca lípetóne comprou os direitos àquele tótó que foi vender chá quente pra um festival cámone qualquer em pleno verão escaldante...

mas de tótó até nem tinha muito, e tinha um frigorífico e decidiu fazer a experiência... dê por onde der, foi bem fixe! e ainda bem ca cena pegou porque daí prá frente o áice tí foi ganhando popularidade e destronou a cocacola e afins da soberania passando agora a história a ser escrita com duas canetas...

antes de começar a "era áice tí", falo de tempos longínquos em quéra puto, sempre quíamos comer fora, era pra mim um martírio ter que escolher a bebida... beber àgua é à mariquinhas, só as meninas é que bebem àgua pra não engordar... beber cocacola é a desgraça, não digo que não é à homem, lá isso é, pior imagino, só beber dêdêtê...

mas eu tenho uma teoria que se quisesse ingerir dióxido de carbono enfiava a boca no tubo de escape dum carro... então sobra-me o áice ti, que é bom e sabe bem, é doce e considerado "fixe" sem ter de recorrer a "bolhinhas"... portanto, a minha sugestão é que comecem já a escolher em que campo é que querem jogar...

porque isto agora é tudo muito bonitinho e é só lutinhas corporativas de cínicos de caneta permanente, mas daqui a uns anos aposto como ainda se vão lançar uns mísseis à conta deste assunto... a pépessi alia-se à cocacola e forma a "aliança dos refrigerantes que fazem mal", que enfrenta os néquetáres e a lípetóne na "aliança dos refrigerantes que fingem que fazem bem, mas fazem mal"...

sábado, 19 de fevereiro de 2005

the grudge (2004)

a sara michéle guéllâre, também conhecida como bâfí a caçadora de vampiros, faz o papel de uma estudante universitária em tóquio que costuma fazer uns biscates pra uma cadeira qualquer num centro de... pah, num centro de ajudar velhinhos... e num certo belo dia, ela ganha a maravilhosa missão de substituir a ióco...

porque a ióco não veio trabalhar, vá-se lá saber porquê! jeissâne bére, que também reconheci o nome no genérico, sei com cada coisa, mais um pra juntar ao pipo, sebém queu sempre fui fân do rósuéle, a propósito, é o megaextraterreste... faz o papel do estudante namorado da sara, mas só lá tá a fazer número...

este filme tá brutal! é a cena do costume, suspense, silêncio, barulhos estranhos e cenários escuros que colidem num feláche gigantesco com o dólbi sarráunde todo a atingir de rajada... e curiosamente, funciona... a realização do japona tá soberba, o argumento cheio de feléchebéques é bestial, os cenários irrepreensíveis...

a sara faz bem o seu papel, nada de extraordinário que tamãe não podemos exigir assim tanto da rapariga, apesar dela no queruâle inténechiânes tar bem fixe... mas eu curto a garina, como já devo ter referido, é loira e dá pontapés, são dois fétiches, multiplica e isso dá uma cena buéda abusada...

eu até sou um tipo sensível, e é normal, quando o som e a imagem me invadem rapidamente, sentir alguns arrepios, mesmo em cenas mais fajutas... mas neste filme até tremi! tem lá cenas que são simplesmente espectaculares... na primeira metade arrepiava-me com as cenas... lá pró meio já a música a dar o tom de entrada de mais uma cena me deixava àrrepiar, como um cão pávelóviano a ouvir a sineta...

e agora vocês dizem "aía ó marco... mas que granda menino que me saíste... tremeste a ver um filme?"... e eu respondo "não é que tenha tido medo... é só que, a combinação do susto de uma cena de suspense cheia de som, com o facto da cena de suspense ser tão potente e bem feita... isso faz com que eu trema"... o filme é mesmo fixe! 19*/20*!

internéte super rápida e sem limites nenhuns

chego a casa e ligo logo o pêcê pra escrever aqui uma entrada sobre o filme brutal que acabei aindágorinha de ver e quando me ligo à internéte, em vez da mensagem do costume a dizer "512" apareceu uma a dizer "4mb"... "UAU!", "ahahahahahahah!" na realidade, apesar de estar surpreendido eu já tava à espera...

quando o quelíquesse saiu e a picalhada começou toda a fazer contas à vida de trocar porque era mais barato e mais rápido, marco o visionário disse (o riqui pode confirmar a veracidade... ele ouviu) "seles têm, o sapo tamãe vai ter... e eu só tenho que esperar que não quero chatear-me"... mas nunca pensei que fosse tão fácil... nem tive de ligar pra um apoio ó cliente nem nada!

abri logo áutelúque porque devia ter lá uma explicação prao sucedido... fiquei a saber que faço parte de um grupo restrito de visionários (a nata da nata) escolhidos a dedo para testar as potencialidades do novo serviço durante uma semana e no final comunicar os resultados... ah! é o meu belógue a fazer efeito, os tipos do sapo obviamente já repararam no diamante bruto queu sou...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

andar a butes parece-me uma alternativa viável

ontem tava a contar à minha irmã "tá decidido, vou comprar um duzentoseseis branco!", e ela respondeu "branco frigorífico? compra mazé azul", e eu respondi "é melhor não falares em frigoríficos que cá em casa o nosso frigorífico é cinzento comó teu carro", e a minha mãe ouviu a conversa...

e disse "então não ias comprar um cêtrês pra mim?", e eu respondi "não, o cêtrês é mais caro", e foi então co meu pai ouviu a ideia egoísta, diga-se de passagem, "compra um carro pra mim queu dou-te o meu sáquesso" da minha mãe... e gostou... o que me deixa um poucochinho de nada... arreliado, pois então!

então não é, queu ando durante anos e anos a gramar com os caprichos do secóda, que teima em afogar-se sempre queu páro num semáforo porque já não dá pra puxar o ar... ando no inverno com aquilo quando a chófágenão bomba népias, os faróis de marchátras ligam-se a meio das curvas e os estofos têm pior aspecto co tapete da entrada do prédio...

a ouvir o meu pai dizer "pró ano troco-o" todos os anos, e depois quando finalmente ele o troca mesmo, vem a minha mãe que ainda nem há três anos recebeu um popó novinho em folha e leva-o?! mazoquéisto?! séra pra isso tinha ficado com o meu rallye! e deixava-os co secóda atravessado sem saber o que lhe fazer...

agora vou ter dandar novamente com restos... todá gente tem direito a carrinho escolhido à medida, com a côr que querem, os estofos que querem... eu tenho dandar numa cena de cinco portas, cinzento panela, com as jantes todas quincadas pior cum berlinde canocha depois de levar co abafador, que quando passa dos 100 vai a tremer mais cum martelo pneumático... e ainda nem falo dos peneus assassinos!

mas pronto, os cotas é que têm o dinheiro, eles é que sabem o qué que querem fazer à vida deles... mas sé pra ficar com restos não me tá àpetecer mesmo népias ter dentrar com massa... nenhuma!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

um domingo bem diferente

tava eu por aqui pela internéte durante o dia de sábado e aparece-me por aqui o hugo... tamos uma beca na conversa e ele conta-me que vai ser baptizado no dia seguinte... "estilo grande festa com alto almoço e lagosta?" pergunto interessado "não" responde ele... "mas a tua família vai?", "iá", "tamãe quero!"...

e lá acabei por acordar às 0830 de domingo pra ir ver o grande momento de um grande amigo... saio no metro de alvalade e dirijo-me previsivelmente prá grande igreja, até que recebo um telefonema... do outro lado em vez do hugo ouço uma voz com estranho sotaque à terrinha, nem percebi quem era mas deu-me umas indicações...

depois de desligar revi a conversa na minha cabeça e aí é que percebi "aléquesse", "aía o aléquesse! tou lixado! vou ter de gramar cas teorias do gajo armado em senhor"... nota: o aléquesse é um antigo colega de secundário, é um tipo fixe, mas uma beca chato, se fosse estrunfe era o dos óculos... tinha tantos inimigos...

encontro-o, todo bem vestido de fatinho, logo a contrastar com o meu aspecto, que o meu irmão descreveu como "bandalho", não vou comentar deixando à imaginação do leitor... cumprimento-o e levo logo cas perguntas da praxe, "quéque fazes? já acabaste o curso?" mas era só pra dar a deixa...

porque cedo ele começou logo a falar dele, "eu fiz assim, fui práli, depois fiz isto" e como sou um bicho coscuvilheiro até nem achei aborrecido... às tantas ele diz "tu nunca cá vieste mas sente-te à vontade, ok?", "mau!" pensei... ele diz-me uma coisa destas antes de entrar numa missa, não pode ser boa coisa "ondé queu me vim meter?"...

subimos as escadas e dou com uma sala enorme cheia de gente em pé, olho pró palco e vejo um mafarrico a cantar acompanhado de alto coro, um écran gigante passava a letra da canção, estilo cáráóqué... o aléquesse levou-me lá pró sítio onde eles tavam, a família do hugo, duas avós, mãe, pai, irmã, a mãe dele acena-me e retribuo...

vira-se o aléquesse "já viste o hugo?", "não!", "está ali à frente, do lado esquerdo", "ah, iá!", "uou, o qué aquela franja?"... depois dei-me ao trabalho de prestar um pouco mais de atenção ao ambiente circundante... era mesmo estranho, no palco cantavam-se cenas do género "jesus é muita fixe e vou segui-lo até à conchichina, ele é o único decente e eu sou uma miséria"...

cá em baixo havia múltiplas reacções, havia os mais fanáticos com os braços no ar, deve ter qualquer coisa a ver com a maior receptividade das palmas das mãos às sinergias positivas, ainda hei-de fazer um trabalho de investigação sobre isso... havia tipos dolhos fechados, parados, melhora a absorção de ondas sonoras...

e havia o comum dos fanáticos de entoava a canção alegremente enquanto sabanava prós lados... eu por outro lado estava inerte, estupfacto, intrigado e pensativo, de mãos nos bolsos... às tantas o câmaraméne teve a triste ideia de me focar e apareci em destaque no écran gigante, "ena pá! olha eu... pareço um segurança... aía, mas tenho buéda estilo como segurança"...

o careca que tava a cantar entra "agora vamos conhecer-nos", "mau!" eu que já tinha concluído a fase de observação e estava agora na fase de pensar na morte da bezerra, acordei logo... "vamos ter com uma pessoa que não conhecemos e vamos dizer-lhe olá" ele mostra como se faz e cá em baixo começa-se tudo a remexer comás baratas quando se liga a luz... penso eu, que nunca presenciei...

eu continuo inerte à espera que alguma garina me tenha visto no écran gigante e aproveite a deixa pra vir falar comigo e dar-me umas beijocas... aparece lá um tipo, estende-me a mão "olá, eu sou o reinaldo!", "marco", "é um prazer estar aqui a celebrar esta oração contigo!", "mmm", qué cum tipo responde a uma coisa destas, mesmo? ainda bem que foi o único...

uns minutos e lá acabou finalmente a cantoria pra chegar "o pastor"... o pastor entra calmo, como o bom velhote qué conta umas histórias da vida dele pra passar moralismos e às tantas pergunta "então e quem é que tá aqui pela primeira vez?", "mau!" eu que já tinha voltado à morte da bezerra acordei de novo... e levanta-se a família toda do hugo...

"ah tanta gente" diz ele, "então os que tão aí à volta que lhes dêm as boas vindas", garinas?! ná! era bom demais... mas, apareceu lá um careca que tava ao meu lado a dar-me as boas vindas, também aquela igreja não tem gajas boas... até elas são inteligentes demais pra se deixar apanhar naquela máfia... o pastor continua o sermão...

e numa transmissão de moral ele diz "eu quando vou comprar um carro, vejo quantos cavalos tem, se tiver mais de 200 gosto muito, é uma grande sensação de poder carregar a fundo e ficar colado ao banco, mas não compro o carro só porque tem uma gaja boa deitada no cápou"... espera lá, ele disse, duzentos cavalos?

primeiro pergunto-me se a sensação de poder a quele se refere não será pecado... é que nestes ambientes é preciso ter cuidado, praticamente tudo é errado... acelerar a fundo já é mau, perigoso, irresponsável e desnecessário, ainda pra mais pra sentir pensamentos pecaminosos de poder... uma pessoa justa, que se sente bem consigo própria e serve ao pessoal lá de cima precisa de sentir "poder"? não está acima desses sentimentos?

mas isto nem é o pior... o pior é ele admitir aquilo em público... não o podemos acusar de mentir, e logo aí já subiu uns pontos na minha consideração, o público inteiro é que desceu violentamente... então o cota admite que lhe dão dinheiro pra ele poder comprar um carro com mais de duzentos cavalos, porque obviamente já exprimentou, e continuam a ir lá, semana após semana dar mais massa?

é que o carro mais barato com mais de duzentos cavalos que conheço é o mítico subárú impréza, cuja versão mais em conta, fica pra cima de 37400 euros... eu acho um preço um pouco elevado para pagar prálguém me tentar meter juízo na cabeça, por muito difícil quisso seja... mas sei lá eu o que leva aquelas pessoas àcordar tão cedo ao domingo...

o cota entra então por uma estucha de primeira, qualquer coisa sobre as portas do nosso corpo que são a cena pela qual nós fazemos as escolhas da nossa vida... só sei quele esteve a bombar um discurso muita chato durante quanta e cinco minutos, não contei, foi ele que disse no final... eu não adormeci porque as cadeiras eram desconfortáveis...

e finalmente chegámos à parte dos baptizados... entraram dois mafarricos pra dentro do tanque de doispordois queles tinham lá no palco, com cloro pelo joelho, e começaram a mergulhar o pessoal todo lá dentro... como disse o tio do hugo, aquilo era mais espectáculo do que cerimónia, mas melhor assim... o hugo tem o seu momento e aparece lá ao pé de nós todo trôpego...

"ei! tudo fixe? então sentes alguma diferença?" pergunto, "sinto, tenho os olhos cheios de cloro, não vejo nada!" responde ele... depois disso acabei por não ir a casa da minha namorada que tava lá sozinha, práceitar o convite do hugo pra ir almoçar a casa dele com o resto dos cépticos... ah! hugo, parabéns! e como disse o teu tio, "o importante é que tu tenhas gostado"...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

maquinão novo por enquanto é incógnita

na segunda entro eu todo contente pelo concessionário da opéle a dentro, aquele aqui ao pé da minha casa, e começo logo "quero saber comé o corsa 1.3 cêtêdêí comercial e tenho uma cena velha e pôdre pra entregar" e vira-se o tipo e diz "não tenho a certeza, mas não pode entregar uma cena velha e pôdre e comprar um comercial"...

"puff!" lá se foi o sonho do comercial co carago! atingi a parte do filme em que os heróis lixam o plano maquiavélico do mauzão muita rápido... mas náproblema que inventar projectos é comigo, por acaso agora tenho um entre mãos que se chama "servir à mesa de cutelo em punho no restaurante japona 3 jantares por semana"...

fui confirmar ca minha mãe ondé quela tinha comprado o sáquesso dela, e ela pergunta-me então "porquê, queres comprar um sáquesso?", "quem me dera!" respondi "mas já não se fazem, só cêdois"... "então compra um", "é feio!", "eu gosto, porqué que não compras um pra mim e eu dou-te o meu sáquesso?" disse ela...

fiquei a pensar na situação, de facto até nem era mal pensado, o carrito é fixe, pesa pouco, nem gasta muito, até já o espetei num quelio... mas tem portas a mais, uns pneus da treta que já me tentaram assassinar várias vezes, e é cinzento panela como todos os outros...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

certas cenas, não têm preço né?

agora que me livrei da menina fiz aqui uma matemática rapidinha pra chegar à brilhante conclusão que perdi 1000 euros... até nem foi muito tendo em conta que realizei um sonho que tinha desde criança, pronto, não era desde criança mas era desde muito pequenino pequerrucho mesmo canocha baixote...

e é agora que vocês dizem "marco, és mesmo boneco! andas prái armado em parvo, compra carro porque sim, anda com ele seis meses quando anda, dá-lhe esfregas de meia-noite e depois vende-o todo pôdre a prestações, mazoquéisto?! tástarmar em maluco?", e eu respondo "eu sou rico, é excêntrico, que se diz"...

um rapazola às direitas

por falar em ser bacano, tava a vir do treino de quique na sexta manhana... saio da camioneta no cais sodré e dei um pequeno encontrão num tipo... educado que sou virei-me logo pa trás "desculpe" e reparei co tipo era cego... ele vira-se "desculpe, vai prós comboios?", "iá!", "podia levar-me?", "iá, na boa!"...

"dê-me o seu braço" o tipo agarra-se ao meu braço e levo-o comigo... e até teve sorte queu até tenho experiência a transportar cegos que quando andava com aquele pessoal marado, amigos beléque métâle dámadora do hélio, todos queimados da bebida e da ganza senão fosse eu a preocupar-me co cego, não era ninguém...

mas adiante, vamos a meio do caminho "desculpe lá o incómodo" diz ele, "na boa! não se preocupe que não é incómodo nenhum"... chegamos à estação "já agora podia deixar-me na linha 2?", "vai apanhar o dóeiras?", "sim, saio na cruz-quebrada, trabalho ali nas piscinas do jamor"... "tem preferência por carruagem?" pergunto...

"deixe-me na primeira que eu depois oriento-me", encaminhei-o à primeira porta, tava ele a entrar aparece uma velhota do nada "aiai, quem me ajuda a subir pró comboio?!", "obrigado por tudo, desculpe o incómodo" diz o cego, "de nada, não foi incómodo nenhum" respondo enquanto dou a mão à velhota e a ajudo a subir...

"ai muito obrigado meu jovem" diz a velhota depois de subir pró comboio... olho à volta durante uma beca "mais alguém?! não? ninguém mais precisa de ajuda? ah, então já posso ir embora"... eu vou pró céu!

antes dacabar o outro já tinha pensado neste

tive hoje a falar co cota, o meu pai... quer dizer, não foi bem a falar porque essa descrição implica que nós os dois digamos qualquer coisa, mas foi mais do género ele a falar e eu a fazer "hmm, mmh, mhm" e que sim com a cabeça...

ele teve-ma dar luz verde para iniciar o meu próximo projecto... e agora é a parte interactiva, já sabem, em coromarco, qual projecto?", o projecto, "bora lá chular um 206 1.4 HDi novinho em folha ao meu pai!"... tenho dois meses pró encontrar...

tudo corre como previsto, ahahahahahahahahahahhahahahahahahahahah! (ler como gargalhada maníaca e maquiavélica de vilão quando vê o seu plano a concretizar-se mesmo no início do filme, antes dos heróis mandarem aquilo tudo por àgua abaixo)...

e pronto, lá foram as jantes

veio aí o primo do ratacups de àchisgêtê, do género, "deixa lá ver sas jantes tão fixes"... olhou práquilo, "ah e tal têm ferrugem?", "sei lá, olha pra elas! tão buéda sujas, agora se têm ferrugem"... "então e o preço?", "150!", "não podes baixar?", "pah, já me deram 150 por elas"...

"ah, é queu arranjei por 100 em almada, mas não queria ter dir lá, e tenho aqui a massa, se aceitares 100, levo-as já", "...", "iá, tábem!"... tou mesmo pra despachá-las, o meu pai ainda abre a arrecadação e tem um treco... "diverte-te com isso" queu sou um bacano, ultimamente é só concretizar sonhos...

sábado, 5 de fevereiro de 2005

team america: world police (2004)

um dos membros da "team america" é assassinado a defender paris durante uma tentativa de atentado por parte de... uns terroristas de robes e toalhas na cabeça... o sucedido leva a "team america" a procurar um novo membro, e encontram em gary johnston, o famoso actor da bróduei, a melhor aquisição...

kim jong il ditador da coreia do norte planeia um atentado à escala mundial, unindo várias organizações terroristas, que começa por ser, senão me engano, 9/11*100... ou algo do género... gary johnston tem então a difícil tarefa de infiltrar-se à paisana nos terroristas para evitar este plano maléfico...

"team america: world police" é uma sátira à situação política norte-americana, e até mesmo mundial, dos tempos correntes... e está bestial, cenas como, os danos colaterais, o falhanço do pârele árbor, os americanos a quererem policiar o mundo, os terroristas serem todos barbudos de toalhas na cabeça, dão pra uns excelentes 98 minutos...

as marionetas são capazes de afastar alguns, mas os fâns de sáute parque já tão habituados, secalhar com uma digestão um pouco mais complicada e um humor um bocado mais rebuscado, mesmo assim não deixa de ser brilhante... a minha namorada adormeceu, pfff, qué quela percebe disto! 18*/20*!

e amanhã devem ir as jantes

acabei agora mesmo de vender a menina, ainda com o problema de aquecer sei lá eu porquê... comecei a ver que era tramado arranjar alguém que me desse o dinheiro que eu paguei por ela, especialmente com o problema quela tem, que diagnosticaram os cromos lá da página dos pêjouzinhos como sendo a junta da cabeça queimada...

então heis que... do nada aparece um maluco de vinte e quatro anos a querer comprar-me a máquina às fatias... e eu tudo bem, eu até sou um tipo bacano disse-lhe "ó masólha lá que a menina tá cum problema que pode ser feio pra chuchu!", e ele responde "quero lá saber! se me venderes às postas aceito-a mesmo assim!"...

comecei a pensar, até nem preciso do dinheiro de rajada, e eu até sou um bacano pra lhe cumprir o sonho... ele veio cá ver a máquina, deu uma voltinha, "aía as mudanças estão uma maravilha", "é meu, já é meu!"... pagou-me 750 e vai-me pagar o resto em pequenas fatias de 250 por mês... até aos 2500, que paguei por ela...

"e tu deixaste o gajo ir? quem te garante quele te paga o resto?" levantam-se já os picos da cadeira... mmm... vou ser sincero... eu sou um bicho uma beca esperançado... pronto, ingénuo... pronto otário, vá! o que me garante quele me vai dar a massa toda, é que sele me quisesse enganar, nem precisava ter pago os 750...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

a zíménes contra a... sei lá!

saí de casa todo contente com a camisola à keisuke, "assim sim, tou pronto!", fui ter co feréde e metemo-nos a caminho que se fazia tarde... chegámos lá a horas e comecei logo a observar os adversários, a tentar perceber o nível, "mau... não há namoradas, não há cotas... e nem tou a ver nenhum gordo", "mas na boa... esta noite, o circuito é o meu adversário!"...

tivémos lá uma beca à espera de todá gente, e gerou-se um burburinho... ninguém sabia como se processava a qualificação "?! esta gente nunca andou de kart? vou limpar o chão com eles" pensei... "... não nos precipitemos, tem de haver cromos... há sempre cromos", e o gajinho com o capacete e as almofadinhas de casa parecia corresponder ao critério...

alguém pergunta, "vamos correr em que karts?", "45 minutos nos karts de 270cc, nove cavalos e meio" responde o cota... "o quê? vamos andar nos karts azuis?" pensei, "45 minutos? que poder!" e eu a pensar que tinha sido apenas roubado no preço... comecei a ficar preocupado "tou mesmo a ver... vai ser só piões"...

o cota faz sinal e carrego a fundo no acelerador "vamos lá abrir o baile!"... a noite tava fria pra chuchu mas a adrenalina mantinha-me quente... entrei a puxar ao máximo a ver o qué caquele kart conseguia fazer... a fugir por todos os lados! que maravilha! já tava a curtir bués... faço umas voltas e...

"olha quem ele é!" passo pelo almofadinhas como sele tivesse parado... "pfff se nem este me dá luta, esta corrida é minha, hoje sou imbatível!"... numa mólhada encontrei o feréde, passei por ele e acenei... às tantas abre o sinal verde, "agora é qué a doer, feláiíngue lépe!"... faço uma volta a esforçar-me imenso...

quando chego ao final da volta penso "já tá... primeiro!"... e de facto até era capaz de ter razão... quando os dez minutos de qualificação chegam ao fim e entramos prá escapatória, nem cheguei a parar o kart... assim que me viu o comissário chamou-me logo prá grelha... "ahahahaahahahah!" a celebração do costume e ala que se faz tarde... poule pusíchíâne!

páro na grelha a pensar na estratégia prá corrida... pára o segundo lugar, olho pra ele "espera lá, não me lembro de passar por ele na qualificação... mau"... "na boa... seu tou aqui é porque sou mais rápido"... vou entrar a matar, puxar bués a dar o máximo pra deixar os gajos pa trás... depois quando me cansar só tenho de controlar a vantagem...

o semáforo cai verde e dou-lhe a fundo... o cromo ao meu lado dá um salto mariquinhas mas eu continuo a acelerar mais, ele olha pra mim e encolhe os ombros... eu apodero-me da liderança da corrida e comecei a imprimir andamento... tava a andar minimamente bem, mas não me conseguia safar daqueles três que tavam sempre atrás de mim...

até cás tantas faço um erro e passa um... pouco depois passa logo outro... "raios! tá tudo lixado! calma, são 30 minutos, aindágora começou, fica aqui atrás, espera uma beca, deixa-os lutar um bocado, cansarem-se, com sorte ainda se lixam um ao outro" é a triste verdade, eu falo sozinho... mas isso é sinal de inteligência!

à frente deles estava a puxar e não me conseguia afastar, mas atrás, se não largasse o acelerador batia-lhes... atrás de mim o almofadinhas mantinha a sua distância... "é agora, já tás habituado ao kart, já não derrapas tanto, vamos embora, somos os mais rápidos", passei o segundo e comecei a atacar o primeiro...

ele defendia-se mas consegui passar, era de novo o líder "esta corrida é minha, agora já não mapanham mais"... nem uma volta cheguei a fazer na primeira posição e já tava em segundo outra vez... mais umas curvas e caí pra terceiro de novo... "afinal isto não é tão simples como parecia" e os cromos andavam muita bem, melhor que eu...

o segundo pressionava o primeiro e às tantas engalfinharam-se, eu meti por fora, o almofadinhas meteu por dentro e ganhou duas posições, o primeiro caiu duas, e o segundo ganhou uma... eu tava em quarto... "raios! calma, ainda há muito tempo, somos mais rápidos", no final da volta subi pra terceiro, e com alguma facilidade...

o então quarto começou a ficar pa trás... lá à frente o almofadinhas e o amigo continuavam a lutar pela liderança, mas eu tava àproximar-me... já tava colado à traseira deles quando apanhamos retardatários, um deles atravessa-se à minha frente, iam uns cinco karts naquela curva não havia espaço pra mais nada...

eu já ia com o kart em derrapagem prá curva quando o vejo à minha frente, travo a fundo, bloqueia as rodas, atravesso ainda mais o kart e... PAH! granda mocada! não saltei do kart por muito pouco, bati cas costas no banco e com o joelho na coluna da direcção... fiquei todo descadeirado e passaram-me três...

meti o kart na direcção certa e arranquei, "caput!"... passei por dois dos que me passaram sem grande esforço, e fiz umas poucas voltas sozinho... aparece a indicação "última volta"... e foi apenas mais uma formalidade porque por ali já tava tudo decidido... parei o kart na bóquesse e a algum custo levantei-me...

"argh!" doiam-me bués as mãos, nem sentia os dedos que tavam inchados, as mãos pareciam duas patas de porco, vermelhas... tive 3 minutos pra conseguir tirar o capacete... assim que acabou a corrida pareceu que os males do mundo me caíram todos em cima, os dedos doíam pra chuchu, o joelho, as costas e o ombro esquerdo do acidente, tava com frio por só tar de camisola, com fome por não ter jantado...

e agora vocês pensam "aía que azar, por pouco que ganhavas ó marco!"... e eu respondo "talvez... tava em terceiro quando bati, mas ainda tinha algo pra esbracejar, sim"... de qualquer dos modos, eu até lhe dou uns toques, mas sou bué inconstante, intempestuoso e outros adjectivos começados por "in"... e sinceramente, aqueles três cromos conduziam melhor que eu...

tamãe foi melhor assim, depois ficava inchado demais e nem sequer tenho espaço aqui em casa, práquele troféu ranhoso queles dão aos primeiros!

estas oportunidades não se perdem

távamos àlmoçar na terça-feira, e eu comecei a falar de karts, à conta da corrida que os picos da faculdade querem organizar... como seles conhecessem doze pessoas... e alguém mandou "quem vai aos karts hoje é o feréde"... tal como um pastôr alemão que ouve um assobio de um adpeto de futebol que presencia a quarta derrota consecutiva do seu clube, as minhas orelhas arrebitaram...

"ai vai? aía tenho de lhe perguntar se posso ir... aía pá... se fôsse em palmela é quéra... tamãe quero ir" tava eu já no mundo dos sonhos e interrompe o baita pico "iá, acho que é palmela, sim!"... "o quê?! então tenho mesmo de ir!" passei o resto do almoço com o meu ar alucinado...

tava lá a bulir passa o feréde ao pé de mim, entro a matar "ei feréde, ouvi dizer que ias ao kip hoje, posso ir?"... ele fica uma beca perplexo, devia tar a pensar "kip?! o qué isso?", mas depois lá associa "iá vou... não sei, vou perguntar ao meu amigo, mas em princípio, eles até ficam felizes"...

o feréde fez uns telefonemas e combinou tudo... eu ia mesmo ao kip! mudei logo o níque do éMeéSseéNe para "saiam da frente co marco vai ao kip hoje"... e comecei a mentalizar-me "tu vais ganhar, eu vou ganhar!"... depois é que me lembrei, "espera lá! não tenho a minha camisola à keisuke! aaaaaaaaaaaaaaaaaah! tá tudo lixado!"...

comecei a traçar uns planos "sem a minha camisola à keisuke não sou nada", passa lá o feréde "vais assim?" pergunta-me ele... de facto não me estava àpetecer ir de calças de ganga, nem de camisolinha branca mesmo a pedir nódoas de fumo e gasolina... conferenciei com o feréde e dava pra passarmos aqui por casa... fixe!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

e isto é o ponto alto do dia

hoje gamei o ferrari pequenino co tiago pico costuma ter à frente do computador dele... reparem, em cima de um lenço de papel, deve ser pra não se sujar... tá com uma beca de azar, que eu peguei nele com os meus dedos todos suados... e ando a brincar em cima da mesa a fazer inârchia derífetes...

presumo que ele o tem lá para dar motivação, deve ser algo do género "seu trabalhar muito na vida, um dia vou poder andar num bicho destes"... comigo isso não me faz nada, eu só o gamei pra ver sele notava e vinha atrás de mim todo chateado "malandro, roubaste a minha musa!"... vou meter-lhe uma dedada enorme co polegar no vidro da frente...

é um extra daqueles

tava aqui na conversa com o begonha e diz-mele orgulhoso: "essa antena colei-a eu, com cola-tudo, senão nem durava uma semana em massamá"... eu respondi: "fizeste tu bem, deve ser por isso que apanha tão mal o rádio"... ao qual ele respondeu: "lá estás tu com o teu mau feitio outra vez"... ao qual eu respondi: "não a sério, acho que fizeste bem, tanto que até vou alterar os anúncios que fiz à menina para mencionar antena especial anti-roubo"...