sexta-feira, 30 de outubro de 2009

transformers: revenge of the fallen (2009)

ora e não é que desde o primeiro filme para cá, os autobots, os robots bons da história, fizeram uma aliançazinha com os humanos, aqueles militares secundários que por lá andam a chamar ataques aéreos... criaram uma equipa especial e muito secreta, para ser mais fixe, que anda à procura dos decepticons, os robots maus da história, que andam pelo planeta a tramar alguma... entretanto o miúdo está em idade de ir para a faculdade, mas não pode levar o seu camaro autobot...

porquê? porque os caloiros não podem ter carros... não faz muito sentido, eu sei, mas o filme não foi feito para fazer sentido... aliás, este filme é das sequelas mais bem feitas que já vi na vida... não perde nada para o primeiro, não ganha nada para o primeiro... é exactamente a mesma cena! câmara tremeliques, argumento por vezes adormecedor intercalado com robots desconhecidos ao soco... e continua longo, cheio de graçolas idiotas pelo caminho e demasiado centrado no miúdo, e na miúda...

e eu até gosto do chia e da mégan, a sério, mas para mim os robots deviam ser as personagens principais... eram no original e deviam ser aqui... mas mais uma vez não se ficam por aqui as más opções... como por exemplo, o melhor actor de todo o plantel, o hugo, faz a voz do robot mau... que diz apenas umas três ou quatro frases! e a polémica do devastador? no primeiro filme eles pensaram em fazer do devastador aquele tanque que eu até acusei de ser o devastador do primeiro filme... porque ele no filme diz "devastador apresenta-se"... mas não era...

na realidade eles devem ter pensado em fazer do tanque o devastador, mas depois tiveram uma iluminação e tomaram a decisão correcta... estragar o devastador, uma das persongagens mais giras, tornando-o num mísero tanque que morre a lutar com os humanos era demasiado estúpido... esqueceram-se foi de mudar a legenda que já estava no filme, muito profisional... o devastador aparece agora, e tal como devia ser, os robots da construção civil, a betoneira, a retro-escavadora, todos juntos! "genial" pensei... e o que é que ele faz? morre com um único tiro, a lutar com os humanos... enfim...

já não sei mais o que dizer excepto... isto só se come porque eu sou ... **s...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

o herói da guitarra, à volta do mundo

como prenda de anos mandei vir o "herói da guitarra, à volta do mundo"... tava com alta expectativa, porque dava para montar a banda toda... meter o amor a cantar enquanto eu tocava... mas cedo a expectativa deu lugar a profunda e enorme surpresa, pela negativa... e começou logo por não conseguir ligar o microfone da "estrela do canto", não é compatível...

mas foi toda essa nova ideia do isto já não é apenas o herói da guitarra é a banda de garagem, que eu acho que assassinou a diversão... porque para mim, a bateria é uma cena que não me diz nada, agora se me perguntares sobre a guitarra.... é que o baixo... o baixo é uma cena que a mim não me diz nada, mas se me perguntares sobre a guitarra... a guitarra? ah, a guitarra já é uma cena que me diz "ah e tal sim senhor"...

os heróis da guitarra estão feios, mal feitos, mal animados, porque já não se trata apenas de heróis da guitarra... os cenários estão feios, mal feitos, mal animados, com uma mistura aparentemente aleatória de objectos em duas com outros a três dimensões... a volta ao mundo, pelos vistos precisa de mais cenários e menos tempo para os codificar... e por último é a banda sonora que é fraquinha...

tem muito mais sons comerciais... aprecio bastante os milho e os parque linquim, mas as músicas deles muito pouco de guitarra têm para eu brilhar... estou ali o tempo todo a tocar umas notinhas só a acompanhar a melodia... tá mal! quero músicas com solos! com as luzes todas a apontar para mim! ao menos teve ali um ponto alto quando toquei com o bíli corgâne... ***s...

sábado, 17 de outubro de 2009

a maitê é a máióre da aldeia dela

primeiro vi as parangonas na imprensa cor-de-rosa, depois recebi os múltiplos imeiles de escárnio e maldizer e por último vi no iútube o vídeo da maitê a gozar com portugal e com os portugueses... e depois disso tudo fiquei sem perceber patavina desta história toda!

a maitê é um bocado parva, na sua... reportagem, ! mas também assumo que eu não seja o público alvo do programa "saia justa"... para piorar também está feia, feia como uma noite de trovões, como diria o meu pai se aqui estivesse... a cena dos jerónimos inclusivé, parece saída de um filme de terror, daqueles maus, de adolescentes...

mas tirando tudo o descrito no parágrafo anterior, não encontrei nenhuma razão para, os imeiles de escárnio e maldizer, o ataque à página pessoal da... actriz, , e escritora também... nem a adulteração da página da uíquipédia para dizer que ela é estrela de filmes pornográficos... e pior do que isso tudo, porquê agora?

é que segundo os relatos que por aí ouvi, já se passaram dois anos desde que aquela... reportagem, que já foi o que lhe chamei ali atrás... foi para o ar... o que me leva a concluir que alguém tinha dinheiro a ganhar com toda esta brincadeira... e pelo resultado prático parece ter sido um estrondoso sucesso... isto em bom português é uma cabala!

mas maitê, tu por mim, tás safa miúda... eu vou continuar a achar-te uma actriz de... uma actriz, é bom... e escritora também, apesar de nem saber que escrevias... isto porque sei contextualizar que tu, do outro lado do atlântico, e com a vida preenchida que deves levar, sabes lá do que falas quando cá vens e tudo te parece estranho... mas também te digo, por aqui, o extra-terrestre... a capivara, ahah... és mesmo tu!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

o último érri pótére: parte três

outro aspecto que tornou a minha leitura do último livro do érri pótére uma tortura, foi a tradução... não me lembro nos primeiros livros mas neste último era completamente ignorável... a quantidade absurda de "de ques" espalhados pelo texto... "o érri pensava de que", "o érri perguntou de que", "o érri desconfiou de que", enfim...

ouvi dizer que até existem algumas situações em que o uso do "de que" é correcto... mas eu acho-o uma expressão tão burgessa que a evitaria, e não é difícil... pelo contrário quem traduziu aquilo espetou assim uns dois ou três por página, estilo minas, à espera que eu as pisasse... mas também reparei que quem traduziu, não percebia lá muito de língua portuguesa...

por um lado percebo, porque aquilo desde que saiu a versão inglesa deve ter sido uma escravatura constante para colocar a versão portuguesa o mais rápido possível nas bancas... mas, a que custo? é que se era para irem buscar malta ali à empresa de trabalho temporário mais valia terem ficado quietos... digo eu... ao menos não se pode dizer que a tradução estraga a história, está ao mesmo nível... mau!

houve pra lá uma altura em que até encontrei um "aonde"... fartei-me de rir, mas não é que o "aonde" existe?! acredito que seja até o primeiro de muitos, porque assim daqui prá frente podemos defender a inclusão de todas as outras expressões parecidas... logo ao lado podíamos meter o assentar, o contrário alevantar e pra terminar em grande, o deslargar!

o último érri pótére: parte dois

o meu problema com o érri pótere pode descrever-se numa palavra "história"! a história nunca me convenceu... porque essa cena do magrela de óculos que descobre que é super estrela, já eu vi demasiadas vezes em bandas desenhadas e séries de animação japonesas... e em todas elas de forma muito mais coerente e interessante do que uma ciactriz em forma de raio e um feiticeiro com um caldeirão e uma varinha mágica...

e continuo a achar que existe mais história, por exemplo, nos cinquenta episódeos de vinte e cinco minutos da primeira série do gundam seed, que em todos os sete livros e mais de mil e muitas páginas de toda a saga do érri pótére... e depois há outra cena que não me entra nem por nada... robots gigantes a lutar com mísseis e sabres de luz, fixe! feiticeiros de robes a lutar a abanar pauzinhos enquanto gritam "abracadabra", nada fixe!

a noite só traz bicharada

tava a vir para casa e apanhei o autocarro ali na estação... ora à noite o autocarro é estranho e pára ali perto do centro de belas e depois começa uma nova rota... eu como já tinha apanhado este autocarro antes já sabia que a segunda rota passa aqui ao da minha alegre casinha tão modesta quanto eu... então o autocarro terminou o seu primeiro percurso e todá gente saiu, menos eu...

aparece lá o condutor e assobia para chamar a minha atenção... eu estava distraído, a ver um episódeo no aipóde... levanto a cabeça e ele diz eloquentemente "então?"... eu levanto-me e respondo "agora vai começar o cento e doze, não vai?" e ele "sim", "então pronto" concluo... e ele aponta prá paragem... e eu, algo atordoado admito, saí do autocarro e percorri os dez metros que me separavam da paragem...

"deve ter uma boa explicação" pensei, "satisfazer-se sexualmente, ou assim" e eu cá não quero empatar a vida a ninguém... mas não... o tipo saiu do autocarro, voltou a entrar, arrancou... e voltei eu também a entrar, a revirar os olhos e a pensar "otário!"... mas estava a ser mauzinho porque eu no fundo, dou o desconto... era tarde e se o homem não devesse à inteligência não era condutor do autocarro, né?

saí perto de casa e apanhei um bacano à minha frente todo aos altos e baixos... "tem um problema numa perna" pensei... é então que ele ouve o meu caminhar, a um metro, e olha para trás... nesta altura descreve um enorme ésse na minha direcção quase a cair pra cima de mim... isto enquanto olhava pra mim a fazer má cara... "mau" pensei, devolvi o olhar e ponderei demonstrar-lhe o que era um ésse a sério...

mas achei melhor ignorar e seguir o meu caminho... não faz sentido abafar um trolha dum bêbado, por muito mau feitio que ele tenha, ainda pra mais a trezentos metros da minha casa... passei pela paragem do autocarro estava lá um brasileiro, à espera, a curtir um forró no telemóvel... e foi que o bêbado encontrou outra vítima, e uma que não se mexia... ainda os ouvi a trocarem umas palavras e depois o bêbado lá seguiu o seu caminho... e ainda só segunda...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

o miúdo desengonçado do quíque

quando eu treinava quíque na arena havia lá um miúdo que costumava treinar no mesmo horário... o miúdo, pelo que percebi, era um daqueles problemáticos do secundário que tinha iminente a decisão se queria estudar ou ir prás obras...

como a maioria das pessoas naquele armazém, não jogava com o baralho todo... lembro-me da conversa dele com o advogado "ah porque os bacanos lá no ninjitsu treinam no escuro"... é, os ninjas são muita malucos! e o advogado "treinam quê?! alongam no escuro, não treinam no escuro pá! aquilo não é o regresso de jédai!" e depois olhou para mim e para o hugo e revirou os olhos...

era um bocado descoordenado, dava a ideia que os braços e pernas tinham crescido rápido demais e o resto do corpo não se tinha aguentado à bomboca... mas apesar disso e do seu excesso de peso, ele tinha uma boa flexibilidade e sabia disso... então tava sempre a tentar dar pontapés altos mas eram algo ineficazes e ele, como era desengonçado, por vezes desiquilibrava-se e assim...

ora um dia estávamos a fazer um treino daqueles em que um ficava de fora à espera do comando do paulinho para entrar... e era eu quando o paulinho se aproximou de mim "oh marco!"... e é então que ele me diz que o miúdo baixa a guarda quando dá o pontapé alto, era tão escandaloso que já todos tínhamos reparado, e ele arriscava o pontapé alto inúmeras vezes... "da próxima vez, dá-lhe tu um pontapé alto!" diz-me o paulinho... eu desconfiei...

tenho muito pouca flexibilidade, o meu pontapé alto era miserável e eu não tinha muita confiança nele... o paulinho percebeu "não te preocupes, vai chegar lá" disse ele... "tábem!" pensei, "ele lá deve saber"... levantei a guarda e assim que o paulinho gritou "troca!" lancei-me ao miúdo... o miúdo defende-se e... sai o pontapé alto de esquerda, eu esquivo, sai o de direita... eu vejo a aberta e PAF! acertei-lhe com o meu pontapé alto, de esquerda, mesmo no queixo... "boa!" ouço o paulinho lá em baixo...

no final desse treino fiquei convencido... se eu algum dia fosse jogar a sério já sabia quem é que eu iria querer no meu canto...

marco o mau orientador

logo no início da semana fiquei a saber que o projecto dos miúdos caminha a passos largos para o apocalipse... faltam uns oito ou nove dias para o final do prazo de entrega, que já foi alargado, e parece que ainda falta fazer muito, ou quase tudo... as razões para este manifesto fiasco são muitas e penso que repartidas por inúmeras pessoas, a começar pelo gerente lá da consultora e a terminar nos próprios miúdos...

dois miúdos no primeiro emprego e com os primeiros salários nas mãos, a trabalhar a tempo inteiro enquanto tentam terminar as últimas cadeiras das respectivas licenciaturas, incluindo o projecto de final de curso... ora se eles, por força maior da sua juventude e recente riqueza têm de perder muito tempo livre em comportamentos levianos, o que é que sobra para terminar o curso? muito pouco!

e qual é o problema? acho que mesmo o maior problema é que eu considero isto uma derrota como orientador... agora de muito pouco me serve saber que fui melhor que os dois orientadores do meu projecto de final de curso, juntos... porque hei-de ficar sempre com a sensação que ainda podia ter feito mais... apesar de também achar que trilhei perto daquela linha muito ténue, a partir da qual poder-se-ia afirmar que já estaria a gerir o projecto...

há também que considerar as implicações profissionais da cena... porque este projecto foi mais ou menos encomendado pelo cliente e é mais ou menos visto como uma excelente oportunidade de negócio pela consultora... os últimos acontecimentos levam-me a pensar que nada de muito bom se tiraria de um rotundo sucesso, mas temo que um rotundo falhanço, como o que se avizinha, possa dar uma boa desculpa lá aos manda-chuvas pra rasgar a inflacção a todos os envolvidos...

e agora fui ali ler o relatório: "A pesquisa é feita sobre um mapa, sendo que o utilizador fará a pesquisa através de um mapa, e assim os limites da pesquisa são dados pelo limite da visualização do mapa, sendo assim possível a localização dos prestadores através da localização, podendo ser encontrados não só os prestadores localizados numa só rua, mas em todos os locais visíveis pelo mapa." e... pois... apocalipse, lá está...