quarta-feira, 25 de junho de 2008

o euro dois mil e oito...

era o começo de mais um épico embate de futebol no recreio da escolinha... a minha equipa, a dos grandões da, na altura ainda, quarta classe, preparava-se para enfrentar um monte de putos da segunda... logo no início do jogo, o nosso guarda-redes de classe mundial, uma maria-rapaz, coloca a bola em jogo com um monumental pontapé que fez a bola sair disparada como um foguete em direcção à lua... acertou numa árvore, voltou para trás com o mesmo fulgor e entrou na baliza...

"golo!" gritaram os putos eufóricos, cada um a correr para seu lado como os manifestantes a desmobilizar à frente da polícia de choque... "não!" refreámos nós os ânimos como um árbitro que manda seguir jogo após um claro derrube na área... reuniram-se os capitães de equipa... "nos campos de futebol não há árvores" argumentámos... "é verdade" responderam os putos... e lá continuaríamos zero a zero... isto, se eu não me tivesse chegado à frente a pensar "nós somos buéda bons"...

nos minutos seguintes jogámos como a selecção portuguesa, durante praticamente todo o jogo, contra a sua congénere alemã... o nosso problema, era que apesar de miúdos, eles eram mais cás mães e todos em frente da baliza... lembro-me claramente de pensar "maldita hora em que lhes dei um golo de avanço"... como já devem ter percebido estou aqui a traçar um paralelismo com o que, na minha opinião, aconteceu com a equipa das quinas... de formas e razões diferentes das nossas mas tal como nós, eles deram golos ao adversário e acabaram a correr atrás do prejuízo...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

apresentação muito mixuruca

pouco depois da minha bela esposa adormecer consegui chegar ao comando e comecei a passar pelos canais todos... foi então que dei com o final da transmissão em directo do concerto dos máquina cabeça no róque íne rio... ainda deu para ouvir uma ou outra música que até conheço, mas o melhor estava mesmo para vir... assim que acabou o concerto eles passaram lá a emissão para dois apresentadores com um convidado... e foi horrível!

a rapariga estava vestida de branco com uma bandelete na cabeça, parecia que estava a apresentar um programa de crianças "vamos ver a abelha maia!"... com uma irritante voz fininha e uma clara falta de conhecimento de causa... mas era por isso que ao lado dela estava um cromo vestido de preto, com cabelo comprido e o nariz furado... que supostamente estaria mais por dentro da cena naquela noite de música mais pesada... mas não estava...

pode ser que lá de ivete sangalo e léni crévites percebam eles, porque ali claramente estavam como truta fora d'água... e era por isso que tinham chamado o freitas, o guru do metal em portugal, que está mais redondo que uma tenda iglo de duas pessoas... que por entre um à vontade alcoolizado, alguns efemeninados jeitos ao cabelo e meia dúzia de perguntas pré fabricadas da praxe, foi dando um ar da sua graça à transmissão...

pior foi no dia seguinte, quando passaram a transmissão lá prá tenda vípe e apareceu uma criança! e não, não era filha de um notável qualquer, ou vai daí e provávelmente até era... mas era também, a reporter lá da cena... que do alto dos seus doze... quinze, vá... anos, perseguia as mais variadas figuras públicas para as entrevistar... como se isso fosse muito interessante...

tendo em conta que esperávamos pelo concerto dos línquine párque, e pelo que referi na entrada anterior, até faz algum sentido que o público interessado no concerto também esteja interessado na transmissão cor-de-rosa da opinião que o filho de um notável qualquer tem sobre o róque íne rio até então...

no meio de tanta desgraça só uma cena me deixa verdadeiramente desgostoso... com tanto tacho não me arranjam nenhum pra mim, também? àquela hora a minha filosofia "os líquíne párque são feios, têm de fazer música mariquinhas para ter hipóteses de comer pitas com aspecto de bárbie" ia fazer um sucesso enorme... e o badocha do freitas, à minha frente também não levava a bicicleta a argumentar que os metálica não são uns vendidos...

os linquíne parque no róque íne rio

após presenciar dois concertos dos linquíne parque, tinha assim a noção que eles eram muito fraquinhos em palco... movimentos coreografados, falas coreografadas, aquilo parecia que um azelha tinha escrito um argumento e que ninguém o tinha decorado completamente... agora, após ver o terceiro concerto em directo na televisão, fico com a mesma sensação, só que diferente...

é que eles agora já não estão tão coreografados como antigamente... ou isso ou o azelha melhorou, e cada um decorou o seu papel... de qualquer das maneiras não me pareceram fantoches como dantes, o que é algo positivo... o problema e o que os faz, no conjunto, continuar a ser muito fraquinhos em palco, é que eles abichanaram completamente... eu sou daqueles bacanos que acha que as bandas se vendem, e eles venderam-se...

não me entendam mal... venderem-se nem sempre é uma cena negativa... os córne à medida que se foram vendendo foram ficando melhores, se bem que lá pró final deram a volta, e passaram a ser maus de novo... o problema é que no caso dos linquíne parque eles depois de lançarem o segundo álbum devem ter chegado à conclusão que havia poucas pitas nos concertos deles e que as hipóteses deles perderem a virgindade não estavam a aumentar...

o resultado foi o que se viu... um álbum completamente mariquinhas, totalmente composto de baladas e um concerto com um alinhamento a afinar pelo mesmo diapasão... só ao fim de quase duas horas é que a cena animou com "um lugar prá minha cabeça" e "um passo mais perto" a terminar... lá pelo meio, imensas músicas fraquíssimas, com pianos e mensagens do dia de são valentim... e o mítico "corte de papel" fica de fora?! patético! 6*/20*...