segunda-feira, 27 de dezembro de 2004

vai-se chamar: cómique sócâre

decidi-me por criar um jogo de computador pela internéte estilo éteteríque mas muito mais fixe, que não seja aleatório e onde os jogadores possuam características decentes que realmente importem... ah, e a grande cena mesmo vão ser as jogadas que serão mostradas através de tiras de banda desenhada...

e é mais ou menos agora que vocês perguntam: "masó marco, és tu que vais programar isso?", e eu respondo, "eu?! népias, vou chamar o jónicax, porque eu vou ficar encarregado de desenhar as tiras de BêDê"... e vocês perguntam então: "mazó marco, desde quando é que tu sabes desenhar alguma cena de jeito?"...

e eu respondo "desde agora... no natal recebi uma prenda, de uma pessoa que não posso divulgar mas que me conhece bastante bem, que é um livro: como desenhar manga!"... e pra dizer a verdade até foi isso que me sugeriu esta ideia... é que os jogadores vão ter uns golpes especiais muita fixes! a roubar o tsubasa mesmo!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

o aniversário do irmão da minha namorada

já passava das onze e meia, frio de rachar lá fora, e eu a ver o ouchiânes ilévâne na mega dezasseis por nóve, o filme até parecia mauzito, mas eu nunca o vi... vira-se a minha namorada "então, vamos?"... lá tenho de sair pra ir ao jardim do tabaco que eu nem sei onde fica, dar os parabéns ao irmão dela...

"sabes onde é?" pergunto, "é ao pé de santápolónia" responde ela, "fixe... santápolónia onde?" insisto... ela telefona ao irmão "olha, ele diz qué ao pé do lúquesse"... ondé quisso é santápolónia?! apesar do sono que me transforma num bicho rabugento e inaturável (uau! palavra nova?) ainda evitei este comentário...

entrámos na bomba e a minha namorada a fechar a porta, em vez de "quelique", fez "queráque"... "ai ai, isto fez um barulho estranho e agora não consigo abrir a porta!" diz ela... eu saio da máquina, dou uma vista dolhos, reclamo, chamo-a de "tractor", "catârepilâre"... mas lá consigo meter aquilo a funcionar...

passei os seguintes quinze minutos todo mal-humorado a chamá-la de "estraga-carros" sempre quela tentava dialogar comigo... ela queria dizer-me que não fez de propósito e que o meu carro é velho, ao qual eu respondi prontamente "isso não é dele ser velho, é má utilização! e se não gostas páro já aqui e sais!"...

por acaso aquela cena em plástico tem um ar bastante rudimentar, e frágil, mas construção pêjou é mesmo assim... podia ter sido pior, aquilo com uma bequinha de cola de contacto vai ao sítio, sem medos! mas ela não se livra da alcunha que "estraga-carros" é quase tão bom como "presuntinho"...

mesmo antes de chegar a santáoplónia eu vejo um néon a dizer "jardim do tabaco", "olha, era ali!" digo, "então pára" responde ela... parei a bomba ali logo a seguir à arena e lá fomos nós ter àquele... sítio, a que chamam jardim do tabaco que eu desconhecia completamente processem-me... ondé caquilo é ao pé do lúquesse!

chego lá pra gramar cum preto que não cantava népias, mas que tocava uns acordes e sabia umas músicas, e portanto, mal por mal, conseguia sozinho cumprir o termo de "música ao vivo"... e dá a desculpa pra nos roubarem um euro e meio por café... o ambiente até nem era mau de todo, pronto, não havia fumo e isso já é muito bom...

mas o som tava mau demais, a fazer alta distorção e buéda manhoso... colunas de segunda muita mal ligadas, sem amplificador e o som muita alto pra tentar disfarçar todas as limitações daquele sistema... até a minha máquina bomba um som melhor caquilo... mas pronto, é a primeira vez quele festeja o aniversário com os amigos, geralmente tá sempre na terrinha, e eu não podia faltar à chamada...

teorias do marco

teoria um:
távamos em pleno jantar danos da cláudia, uma amiga dos meus tempos das colónias de férias, e eu com alto borbulhão na bochecha direita à conta de todo o tóbeleróne que tinha andado a comer nos dias anteriores lá na mídialógue... vem lá o brazuca que tava a servir perguntar o que queremos pra sobremesa e respondo "mousse de chocolate!"...

o meu irmão vira-se, "então? já tens alta borbulha na cara à conta do chocolate e ainda comes mais?"... "!" respondo "eu tenho namorada, não preciso de me preocupar se tou feio ou não"... e ainda bem, porque se não tivesse, um vulcão daquele tamanho lixava-me o esquema... também, mal por mal tinha lá poucas garinas pra um aniversário duma miúda...

teoria dois:
ontem fui fazer compras com a minha namorada, iá, no dia 23... fui mesmo fazer compras no dia 23... e ela escolheu altos rebuçados de chocolate "dóve" pra me oferecer e eu mandei "sé pra mim, prefiro aquelas barrinhas de chócápique"... "?! isso não faz sentido nenhum!" responde ela...

"o que não faz sentido são esses bombons, todá gente oferece bombons assim, que cena tão pouco original!", "ai é? queres o chocápique é?" diz ela... e consegui, lá fomos buscar as barras "também queres? goldâne grémes?" pergunto, "não!" responde ela "eu quero guíliâne!"... vá bora lá, mas a caixinha pequena quisso depois vai tudo pró rabo!

teoria três:
távamos lá no jardim do tabaco a gramar cas cantorias populares do preto, com maior ou menor bom gosto, e tava pra lá um grupo de emigras a fazer granda festa... emigras presumi eu, do monte de pessoal com um aspecto imensamente mitroso mas que não se importa de pagar 1.25 pra estacionar e 1.50 por café... e comentei com a minha namorada...

"ah, és um preconceituso" responde ela... "preconceituoso? eu?" remato "preconceituoso era se tivesse dito: porcaria destes emigras tão só aqui a chatear, deviam mazéra voltar pra lá donde vieram! mas não foi isso que fiz, tava apenas a tentar catalogar o extracto social em que se inserem"... qualquer dia não se consegue dizer nada sem se ser considerado incorrecto... pfffff, qualquer dia...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

é o domínio, ou então o jóniárá tinha abusado no casal garcia

no final da entrada "nem 10 minutos sem fazer porcaria" mencionei que o rumbafum e eu fomos os únicos a rir quando atrofiámos em plena apresentação do nosso belíssimo e integralmente traduzido trabalho para complementuis de engênháia do sóftué...

curiosamente também fomos os únicos a ter dezoito nápresentação... 1... 8... e ninguém teve acima! aía... ratar a picalhada toda de mestrado sabe mesmo bem... especialmente quando nem sequer nos esforçámos pra isso...

assim já não posso escrever mais disto

vira-se o jónicax, "ó baita pico, também usas o fáiâre fóquesse né? tenho aqui uns pelâgue ínes muita fixes"... vamos lá todos dar uma vista dolhos pra ver que o jónicax tinha uma coisinha que mostrava a previsão do tempo... pró futuro, sei lá eu bem pra quando...

e vira-se o baita pico "muito giro!", "isso dá imenso jeito" continua o feréde... e pouco depois lá estavam a enveredar por uma discussão sobre quem é que conhecia e usava o, e reparem no pormenor, "uédâre dóte cóme" à mais tempo... e citando o baita pico "não conheces o uédâre dóte cóme, ó feréde?"...

durante este tempo todo tive a controlar-me pra não dizer "eu não! eu quando quero saber o tempo chego à janela e olho pró céu... ãn? é fixe, né? já exprimentaram?!"... mas isso seria completamente desnecessário, anti-social, e fora de contexto... até porque compreendo queles vejam o tempo em saites... acho estúpido, mas compreendo...

desta vez é a sério

a entrada anterior suscitou algumas reacções lá no bules... umas boas, outras menos boas, mas isso é como tudo na vida... tenho pena de não me lembrar quem foi que na passada sexta-feira me disse que ninguém por lá lia o meu belógue...

mas penso que foi o jónicax que desde que entrei prá mídialógue que ele tem andado numa de sabotador, a primeira ainda vá... a segunda ainda conseguiu amanhar uma explica... mas já começam a ser "coincidências" a mais...

o ponto positivo disto é que tenho uma base mais alargada de fâns, o pessoal com direito a escritório, que com sorte influencia o palpatíne que trabalha lá com malta da publicidade e assim sempre tenho mais hipóteses de ser "encontrado" por um tipo com visão...

chama-me pra fazer uns anúncios do género "falam falam mas eu não os vejo a fazer nada" ganho alguma fama, começo a fazer seténde âpe, convidam-me prápresentar o curto-circuito... e daí prá frente torno-me num ícone nacional adorado pelas pitas...

por outro lado mais fâns, maior a responsabilidade de não os decepcionar, não quisso me preocupe muito porque escrevo isto maioritariamente para consumo pessoal... é um pouco narcisista, admito, mas... ... ?! não! fico-me mesmo pelo narcisista...

o maior problema de todos é a limitação... comecei este belógue com a ideia de dizer o que me passa pela cabeça quando me passa pela cabeça... por muito anti-sociais que os meus comentários fossem, ganhariam uma conotação atenuada, ou não, pelo contexto temporal em que se inserissem...

lamechas, duros, injustos, mauzinhos... seriam uma expressão para os meus sentimentos e um retrato das múltiplas coisas que imagino durante o dia... o problema é que o contexto é subjectivo pra chuchu, e no meu estilo de escrita sempre abusei da hipérbole...

isto tudo pra chegar ao ponto em que digo que já tou é lixado porque já não posso dizer mal do pessoal lá do emprego à vontade... agora ondé que vou gozar à fartazana e mandar altas gargalhadas, quando presencio episódeos como o da entrada anterior?

e até já tinha arranjado uns nomes carinhosos muito fixes pra designar os chefes, que ficam em águas de bacalhau porque neste momento não me interessa voltar pró desemprego... preciso de experiência em dóte néte!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

um almoço com sabor a pico

feréde pico e baita pico juntam-se para me convidar pró almoço, aceito uma vez que sem o rumbafum não tinha companhia, a nós junta-se luca pico... e com jeitinho lá os levo todos no meu bólide "se não simportarem dir a chocalhar"... e pelos vistos, importaram-se... era só preconceitos mal dissimulados acerca do meu pópó do túningue...

chegámos lá e o baita pico depois de repetir por várias vezes que não queria ir ao cascaishópíngue porque era muita confusão, "ai pessoas, ai" decide ir ao chúarma... eu fiz-lhe companhia na onda do "nunca provei, vamos lá a ver", "é estilo amburguére, mas melhor" fazia publicidade o monhé baita pico... opinião do chefe marco: nunca mais!

depois do almoço fomos às compras à fenáque que a picalhada tinha umas prendas pra comprar... perdemos o feréde pico... procurámos, procurámos, o luca pico telefona-lhe "então onde andas?", "no ábitá? tás aí a fazer o quê?"... fomos lá ter e seguimos prá máquina... daqui prá frente foi sempre a descer, mas deu pra rir...

o feréde começou a insistir que nós é que nos tínhamos perdido, eu disse-lhe logo que nós éramos 3 e ele era 1, mas ele continuou a insistir... e continuou a insistir... e o luca por seu lado começou também a insistir... e insistiram cada um pra seu lado durante uns 15 minutos... era só roupa suja à saltar!

até co luca pico desistiu e disse "pronto feréde, tens razão, sou eu que estou errado, leva lá a bicicleta"... e nem assim o feréde pico se calou... porque um bom pico, tem sempre razão... durante mais 25 minutos continuou ainda o feréde pico de volta do assunto... pra um tipo de 30 anos é impressionante!

sábado, 18 de dezembro de 2004

as coisas cas pessoas perdem

quando íamos pra entrar no coucounâtesse, estavam a pedir 10 euros à entrada... enquanto lá os chefões negociavam com a mulher da porta eu aproveitei pra meter a mão ao frí pésse que alguém já tinha entregue antes... fui ter com o tipo alto que me tinha esfregado um frí pésse na cara há uns minutos atrás e mostrei-lhe, orgulhoso...

"ena! fica aqui junto de mim que nós secalhar só pagamos 5 euros" diz-me ele... chegámos os dois ao pé da mulher, entregámos os frí pésses e entrámos mesmo por 5 euros! quando íamos a sair, eu vejo uma cena "qué aquilo? achas que dá pra levar?", aproximei-me, olhei em volta, "ah, é um garrusso, leva-se, não fica aqui a fazer nada"... até combinou bem com o copo balantáines...

é natal é natal, trálálálálálá

ontem foi o jantar de natal lá da mídialógue, o emprego! eu até podia falar das meninas todas bem vestidas prá náite, da imensidão de picanha acompanhada de vinho tinto, da falta de etiqueta do pedro, da mara a dar em cima do rumbafum, do convívio, do coucounâtesse, do baita pico a dançar e da imensidão de pitas e betos... mas sinceramente é demais pra descrever... só mesmo tando lá!

mesmo assim não dá pró 20

ontem tive aquele que em princípio será o meu último teste na faculdade de ciências e tecnologia, e para final, foi bem fixe! o professor, devido à extensa matéria da inútil disciplina deixou os alunos munirem-se de computadores portáteis para consultarem durante o teste... o anfiteatro parecia então a montra da fenáque...

um pico prevenido qualquer levou pra lá um rútér e utilizando um programa desenvolvido na disciplina de redes, os alunos ligaram-se todos num chéte para discutir a resolução do teste... parecia, impressionante, tecnológico, inútil! uma vez co prófe quer lá saber e é mais fácil perguntar logo directamente...

foi o que aconteceu entre mim e o tozépico que passámos o teste todo a discutir soluções e a trocar folhas de rascunho, acho que nunca tinha feito tanta trafulhice num teste na minha vida... outro pormenor lindíssimo dos testes é que tinham 30 perguntas de escolha múltipla...

que o professor tão bem fez questão de trocar em testes diferentes, para confundir os alunos... ora o meu teste tinha o número da pergunta, e à frente tinha um número quase apagado mas que ainda dava pra ver... confirmando as minhas suspeitas junto do tozépico reparámos que o número apagado era o número da pergunta no outro teste...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

ficava mesmo bem aqui no quarto

ontem saí de casa na boa, pra ir prá faculdade... e tava a passar ali do outro lado da rotunda quando topo um preto a trocar os póssetéres publicitários da paragem da camioneta... reparei logo no anúncio da intimissimi com a loirinha toda mãe-natal... as minhas múltiplas personalidades entraram logo em acesa discussão...

marco o rebarbado: bora lá, bora lá!
marco o tímido: népias, depois tínhamos de falar com o preto
marco o preguiçoso: iá, e isso sem falar no trabalho todo só, datravessar a estrada
marco o democrata: vamos a votação então
marco o artista: eu também quero ir lá!
marco o preguiçoso: népias, atravessar a estrada, não!
marco o rebarbado: ouve, já perdemos o póssetére do gatinho e aquele tá a jeito!

atravessei a estrada e cheguei ao pé do tipo "desculpe, vai deitar fora esses póssetéres?", "não!" responde ele... "ah" digo, "queria o da moça, né?" pergunta ele, "claro!" respondo com uma gargalhada... "pois, por acaso não tenho aqui mais nenhum pra trocar, senão dava-lhe", "ah, ok"... que pena, era uma prenda bestial pró meu irmão...

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

nem 10 minutos sem fazer porcaria

hoje foi o dia da apresentação do nosso artigo de cés... uma apresentação com onze acetatos, uns quantos tópicos, uma imagem bonita e uma mão cheia de improviso, era o nosso plano... entrámos bem, pode-se dizer... bem articulados, a dizer umas coisas bonitas e interessantes...

depois seguimos pró meu campo, e modéstias à parte até me safei... falei do que sabia, inventei onde não sabia, mas mesmo antes do final apanhei com um tópico estúpido que o rumbafum lá tinha metido e encravei... engonhei, engonhei, todá gente viu que eu tava a enrolar, e mal por mal, lá fui passando à frente...

entramos no domínio do rumbafum, e ele até fala bem, rápido mas incisivo... logo no segundo acetato salta um tópico, depois volta atrás e diz "os requisitos sei-lá-do-quê... pois! já não me lembro do que tinha pra dizer sobre isto... ahahahaha"... eu que já sei o quanto a casa gasta comecei a rir também...

mas também vos digo já que fomos os únicos... a rir...

jantar na casa da namorada

a minha namorada tem de avisar-me com alguma antecedência quando está a pensar em convidar-me para ir jantar a casa dela... isto para que eu possa meter em actividade o plano de contenção... vamos com calma, não tou com isto a querer dizer que os jantares na casa da minha namorada são maus!

até pelo contrário, a mãe da minha namorada cozinha bués e faz altas terrinas cheias de salada queu adoro e quase ninguém come cebola! o plano de contenção que estou a falar é bastante simples, plano de contenção é só um nome espanante, porque na realidade é apenas um cojunto simples de regras...

coisas assim... simples, como... não lanchar... almoçar pouco... fazer algum exercício no próprio dia... encher o prato de salada... não acabar de comer antes que alguém tenha acabado, melhor mesmo é esperar que alguém saia da mesa... e no caso de emergência, é fugir co prato quando a mãe dela se aproxima pra me servir mais...

no passado domingo negligenciei algumas destas regras, nunca pensei co peixe enchesse tanto...

domingo, 12 de dezembro de 2004

um fim-de-semana, típico

ontem, antes de sair de casa perguntei ao meu brou "hoje vais jantar cá?", "em princípio sim, porquê?", "era pra saber" é que sem os pais em casa é preciso uns planeamentos pra saber quando é que se pode convidar a namorada...

com ele lá por casa já tava tudo em águas de bacalhau! mas o marco é uma criatura cheia de recursos... tar a pedir-lhe pra dar de fuga é fatela, ele tá doentinho, tá frio na rua e é o único dia quele tem pra ficar a ver filmes enrolado na manta do sofá...

então adiei com a minha namorada pra domingo quele trabalha... assim eu posso cozinhar uns almoços bacanos, oute cuízíne mesmo! costuma é meter sempre arroz e ovos estrelados... e sempre temos a tarde toda só pra... cheguei a casa à noite e o meu irmão não tava...

"ah, mas deve voltar daqui a bocadinho" pensei eu... fui-me deitar à meia-noite e ele ainda nem tinha chegado... "podia ter-me avisado" que sa lixe! não se perdeu tudo, tive a ver o matríquesse!

sábado, 11 de dezembro de 2004

sou ucraniano, ó quê?

aqui há uns tempos, estava a minha namorada ainda no primeiro ano dela como professora primária, e lá na escolinha dela os míudos... quer dizer, sei lá eu séram os míudos... alguém, ia fazer um trabalho sobre a bélgica... mas como são todos uns grandas génios ninguém sabia népias de franciú...

foi então a minha namorada toda boa vontade ofereceu "oh o meu namorado bomba fraciú pelos cotovelos, ele traduz isso na boa!"... a primeira parte da frase até está minimamente correcta, a segunda também, agorás duas últimas palavras... é que não! mas pronto, que podia eu dizer, ela já tinha oferecido, bora lá a isso...

"não me pagam?" nunca pior! ela entrega-me as cenas pra traduzir, montanhas e montanhas de folhas e diz "olha, afinal nem é em franciú, é em inglês mesmo, mais fácil né?"... fácil não era bem o pensamento que tinha na cabeça na altura, era mais "malfadadas velhas que já deviam estar na reforma nem sabem inglês"...

fui falar co bruno "ei bruno, arranja aí um sófeteuére de reconhecimento de caractéres", um cd depois e já tava a meter o sequénâre a bombar aquilo tudo... o sófeteuére não era grande malha, atrofiava-se com cenas minúsculas e perdia montanhas de informação... "temos pena!" pensava eu...

o segundo passo foi passar aquilo tudo pelo tradutor do gúguele, que como todos sabemos também não é nenhum exemplo de eficácia... existem imensas palavras quele não conhece e depois deixa-as pra lá perdidas no meio do texto... mas "temos pena!" é mais do que suficiente pró queu precisava na altura...

pouco depois já a minha namorada estava a receber o exemplar final... ela olha práquilo "?! qué isto?! tá tudo cheio de pontos de interrogação (acho que foi do reconhecimento de caractéres), e tem algumas palavras ainda em inglês!"... "temos pena!" respondo "queres tabalho profissional, pagas! e olha cas traduções são bem caras!"...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

eu vou chegar a velho sem nunca ter trabalhado num féssete fúde

vou chegar a velho sem nunca ter sido devidamente explorado por uma multi-nacional norte-americana franchisada, sem nunca ter trabalhado lado-a-lado com os nossos irmãos de áfrica ou com os nossos amigos da europa de leste... vou chegar a velho sem nunca ter usado um uniforme de cores berrantes, selôgânes idiotas na tishârte e uma plaquinha a dizer o meu nome... em termos leigos vou chegar a velho sem nunca ter sido parte integrante, mais, força motivadora, da globalização! e isso, entristece-me...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

tamos a ficar melhores...

ontem o rumbafum avisa-me que saíram os resultados dos trabalhos práticos de cés, ele ficou claramente abaixo da média enquanto que eu nem sequer da média fiz parte! reparei numa estranha sombra por cima de mim, era o fantasma da miséria de ÉéSse do semestre passado já a sobrevoar-me... "mau"...

depois de amanhar umas bolinhas, setinhas, risquinhos e rectângulinhos no teste da bela e útil disciplina dirigi-me, acompanhado do rumbafum, ao gabinete do pêguê, pra saber onde andavam as minhas notas... chegámos lá pra levar uma das maiores descascas que já levei até hoje naquela faculdade... pêguê voz de trovão à queima-roupa, tenham medo!

era só erros uns atrás dos outros: o trabalho que era mau porque não tinha herança porque nós não sabíamos que o prófe queria herança no trabalho porque nem sequer íamos às aulas... mas pronto, como disse o rumbafum e bem "fomos buéda longe... este semestre aguentámos quase até ao fim sem apanhar nenhuma descasca!"...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

não serve é pra grande coisa

quando andei a meter reige aguénssete da mâchíne lá nos pcs do emprego reparei que o mídia peleiére tem pra lá uns mecanismos de classificar as músicas através de umas estrelinhas de 0 a 5... ficam já avisados quessa ideia tive eu quando era um puto ainda mais estúpido e parvo e andava no décimo primeiro ano!

nessa altura nem o uíndouze existia, já eu andava a classficar músicas dos béde riligiâne e dos eichebelóquesse de 0 a 5 estrelinhas! o objectivo era fazer uma granda página uébe com uma base-de-dados de músicas classificadas pelo je... queu na altura era mais parvo mas já tinha ideias bué futuristas, vanguardistas... muito à frente, mesmo!

na altura em que eu pensava que as pessoas queriam lá saber alguma coisa da minha douta opinião... mmm... se virmos bem as coisas não mudei assim tanto... ah! que sa lixe, isto tudo é só pra dizer que eu já sou ôlde secúle a meter estrelinhas nas músicas!

o pitas belógue

o cunha como bom amigo que é, falou-me de um belógue inteiramente sobre pitas, deu-me o endereço e fui logo lá dar uma espreita... com artigos escritos por variados cronistas portugueses, conhecidos ou não, e devidamente complementados com fotografias do agrado da produção, torna-se num belógue deveras interessante...

talvez um pouco tendencioso e demasiado discriminatório, provavelmente foi criado e escrito por putos dóculos cheios de borbulhas e picos dos computadores que nem uma pita conseguem comer e então "vingam-se" desta forma... mas não é por isso que deixa de ser fiável, pelo contrário, tem conteúdos bastante interessantes...

até já aprendi algo de novo... tenho de começar a frequentar o garage à sexta à noite e o abs... ei! o abs não era aquela cena com consumos mínimos de 100?!

domingo, 5 de dezembro de 2004

crime sob investigação

o rumbafum vira-se "essa série é buéda fixe, hás-de ver"... ainda pensei em pedir ao bruno pra gravar, mas antes de me lembrar de o fazer, vi uns episódeos, que até se decidiram a passar aquilo em horário minimamente decente... e o que é que eu acho? acho mau demais!

a personagem principal é um gordo de cabelo grisalho e óculos a tentar fazer o papel do jórge clúní no serviço de urgência, só que mais pico... enquanto que o jórge ainda comia algumas enfermeiras, este fica-se pela auto-satisfação sexual enquanto faz autópsias...

além da personagem já ser um estereótipo e bi-dimensional, o tipo é mau actor, e o argumento linear e previsível não ajuda... mesmo nada! o resto é uma mão-cheia de tapa buracos e enche chouriços, todos bi-dimensionais, mas muitos pra eles poderem espicaçar a história com uns relacionamentos quando o capital começar a faltar... com sorte até metem algumas cenas de sexo...

dão algum ênfase ao modo como eles retiram e analisam as provas da cena do crime, e todas as personagens têm uns feláches que fazem a samanta do prófáiler roer-se de inveja... e é aí que a porca torce o rabo, porque neste campo, que supostamente é o ponto de orgulho que até dá o nome à série, eles não acrescentam nada de novo...

o argumento, se é que se lhe pode chamar assim, é apenas um encadeamento dos clichés todos que compõem a série... como aquele do pico dos óculos à frente do computador com a fotografia de segurança, toda preta e sem resolução, que carrega em duas teclas e tira o número de um cartão multi-banco a meio kilómetro de distância...

sinceramente é muito mau, até percebi porque é que tava a dar à meia-noite de um dia de semana, não era pra uma pessoa ficar acordada pra ver, era pra uma pessoa não ter probabilidades de apanhar aquilo acidentalmente! mas quando o vosso irmão está viciado em NFSU2, a ocupar o pêcê, a namorada tem trabalho e a alternativa são os morangos...

se bem que os morangos sempre têm uma catrefada de pitas boas em camisinha dalças sem sutian... raios! sou mesmo estúpido! 8*/20*...

o azar é que eu sempre fui mais cobra-kai

ontem távamos lá na casa de alenquer e o meu pai decidiu-se a passar cera no chão de madeira do piso superior... "lê aí as instruções" diz-me ele, "passar com pano ou esfregona de algodão" respondo... "não temos esfregonas de algodão pois não?" pergunto em último recurso...

pano na mão e lá vou eu meter o chão todo a brilhar... esfrega esfrega, a maldizer a vida e a sorte, a pensar cobras e lagartos daquele sistema miserável, e às tantas tive assim como que um feláche! "uáquesse óne, usáquesse ófe"...

lembrei-me do pobre daniel-sáne, como imigrante ucraniano na europa ocidental, a puxar o lustro à colecção interminável de calhambeques do velho miágui... e pensei "so daniel-sáne consegue aprender alguma coisa coisa isto, eu também consigo!"...

tiro a camisola, arregaço as mangas da tichârte, "agora nós os dois chão de madeira!"... movimentos circulares pra um lado e pró outro, mais ou menos comó limpa pára-brisas do carro, e a um ritmo exagerado... acabei aquilo num instante, cansei-me pra chuchu, mas fiquei sem frio nenhum...

apercebi-me, que retirando o guelámúre da batida lição japona da maçâ, aquela ideia da cera até nem é mais treta que os resultados científicos do magáivâre como eu pensava... é verdade que ninguém aprende defesas a passar cera, mas fica com uns pulsos bem fortes!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

o záque é que era o maior

hoje antes dir pró "trabalho" decidi catar o cd dos reige aguénessete da mâchíne pra ouvir no maquinão... fui o caminho todo a gritar coisas como "fâque iú ái uonte du uáte iú téle mí", ou "óle óve uíteche áre américâne drímes"...

lembrei-me dos belos... ok, nada belos... tempos do secundário em que o "quilíngue íne da neime" passava na coluna da escola em quase todos os intervalos e dava sempre em mochada... foi mais ou menos assim que conheci "o ninja"...

chamavam-lhe assim porque o gajo era meio amalucado... ok o gajo era completamente avariado... um dia estava a estacionar, à porta de casa, e viu o cão da vizinha "não é tarde nem é cedo!", CAPAU! "oh! coitadinho do bicho meteu-sá frente do carro"...

prálem disso dizem que o tipo tinha umas quantas espadas em casa, eu ainda cheguei a perguntar se eram espadas a sério ou daquelas de pendurar nas paredes, mas ninguém sabia responder... uns anos depois encontrei-o a fazer de caixa no lídele...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

um plano maquiavélico

tava na casa da minha namorada e decidi pregar-lhe uma partida... molhei uma das mãos na água quente e a outra na água fria... tracei mentalmente o plano... chegar ao pé da minha namorada, tocar-lhe com a mão quente pra ela não desconfiar e depois como quem não quer a coisa... PÁU! dar-lhe ca mão fria bem aberta nas costas quela até vai saltar! eheheheheheh...

cheguei ao pé dela com o ar mais inofensivo que consegui fazer, toquei-lhe com a mão quente e ela "ei! não me toques com essa mão fria! afasta-te!"... "?! fria?! esta até era a mão quente" pensei... "ai é? tá fria, tá? então nem queiras ver esta!" e PIMBA! dei-lhe com a outra mão pra ela ver comé quelas mordem! desmancha-prazeres, estragou-me a brincadeira...

gato escaldado... dágua gelada...

antes dir ter ca minha namorada quela não tinha ninguém em casa decidi ir tomar uma banhoca... cheguei à casa-de-banho, que digo... o salão-de-banho! e liguei a água... esperei... esperei... e aquela porcaria não aquecia... comecei a pensar "e agora?" e com algum manifesto esforço lá me consegui lembrar dos tempos longínquos em quisso até costumava acontecer com alguma frequência...

desde a compra do superbuédamega esquentador inteligente que nunca precisei de passear a minha masculinidade, hoje um pouco tímida devido ao frio, pelo corredor até à cozinha... reparo que o esquentador não tava a bombar... "passou-se ou quê?", por muito que me custe admitir a minha primeira solução foi a do informático... desligar e voltar a ligar...

um mês inteiro de cave e código já começam a deixar as suas soturnas marcas... mas mesmo à segunda a água continuava mais fria co áicebérgue que afundou o titanic... voltei à cozinha e com alguma atenção reparei que compartimento das pilhas do esquentador estava aberto, e... vazio! CAPUT! napá de pilhas, napá de inteligência, napá de nada! afinal a ciência só é omnipotente quando tá ligada à corrente...

entrei na banheira FSSSSSSHHH! "AH!", FSSSSSSHHH! FSSSSSSHHH! FSSSSSSHHH! "respira... respira...", FSSSSSSHHH! FSSSSSSHHH! "GRRR!"... FSSSSSSHHH! "%$*#€$@!"... e após algum tempo, os dedos dos pés todos dormentes e congelados, quase a entrar em hipotermia e cheio de gel-de-banho no corpo todo, lá consegui sair da banheira... embrulhei-me na toalha à frente do aquecedor e dali a uns minutos consegui mexer o dedão grande do pé direito...

antes de tomar banho ainda pensei "vou mazé tomar banho na casa da ana, tenho a certeza quela tem água quente"... depois do banho pensei "espera lá! porque é que não liguei o esquentador à mão?! oh! tamãe... que cena mais primitiva, ligar um esquentador à mão!"...