nem tudo são rosas

o frederico é um colega meu lá do oulemes, é um puto magrela e branquela de óculos que parece ser de informática... meio avariado da pinha, aqui há uns tempos arranjou um cliente novo que sinceramente parece um sem-abrigo... um barbudo todo esgrenhado...

anda sempre com a roupa toda cheia de nódoas e por vezes cheira mesmo mal... eu tive a dar-lhe uma ajuda um dia e foram prái uns cinco minutos muuuuito compridos... imagino o martírio que será dar um treino de uma hora a tamanha personalidade...

a cena fixe é que o frederico já está em cima do assunto, e anda a tentar modificar aquele comportamento... é que o treino personalizado às vezes também tem algum de educação, higiene, estilo, psicologia... é um serviço multifacetado, por vezes impagável...

traçar objectivos

desde pequeno que ouço o meu pai repetir aquela que ficará para sempre na história, como a sua maior lição de vida "há que traçar objectivos e trabalhar para os atingir"... eu ignorava-a, sempre fui naquela de deixa ver no que é que isto vai dar...

começo a pensar que secalhar foi por isso que andei a penar estupidamente durante sete anos num malfadado curso... no ífi aprendi a importância da visão pessoal: "onde é que te imaginas daqui a cinco anos?", pergunta básica de entrevista d'emprego...

o céu é o limite e pensar nisso é uma boa maneira de colocar as ideias em perspectiva... o ano passado, nesta altura disse "no próximo ano quero ganhar mais massa ao fim do mês do que agora"... e depois pensei e corrigi "vá, quero não ganhar menos"...

pouco depois, logo a seguir à semana da torre um das amoreiras, mudei para "quero sair de informática"...

deixa nevar deixa nevar

o atento leitor lê o tema e diz "ah! por acaso o ano passado nevou"... mas não foi o ano passado, foi o inverno passado mas já foi este ano, mesmo no início... mariquices destas à parte, a entrada de hoje é sobre o natal... ontem fiz as últimas compras...

eu sou dos parvos que gostam de deixar as compras prá última da hora... adoro os centros comerciais e lojas cheias de gente com vozes nos microfones a dizer "fiquem a saber que hoje e amanhã só fechamos a horas mesmo impróprias!"... de vasculhar tudo desesperadamente...

à procura de uma prenda realmente especial, mesmo sabendo que áquela hora já tá tudo muita escolhido... acho piada àquela malta do espírito natalício perdeu-se, "ai o consumismo valha-nos deus"... eu sinceramente acho que o espírito cada vez tá mais vivo, evoluiu foi um bocado...

portanto para todá gente que lê, e que não lê: feliz natal! gastem dinheiro à grande que ele até traz alguma efémera felicidade e também porque fomenta a economia... e comam muitos doces! divirtam-se, porque senão não andam cá a fazer népias...

microfones são um perigo

um dia, já há bué, estávamos à espera pra fazer aula de pâmpe no central e o afonsinho decidiu ir passear... mas levou o microfone ligado... então era ele a falar com as meninas e nós, na sala, a ouvirmos tudo nas colunas... conversas interessantíssimas...

ontem aconteceu-me exactamente o mesmo... o dani na aula anterior tinha deixado o micro ligado, eu fui prá porta receber as pessoas... encontrei a susana... ah! a susana... távamos numa conversa interessantíssima também, e a malta dentro da sala a ouvir...

foi muito giro! mas eu depois reparei... faz é lembrar aquela anedota do avião... "senhores passageiros fala-vos o vosso capitão", "bla bla bla", "tenham uma boa viagem", "agora o que me apetecia era um fellatio daquela nova hospedeira e um café"...

riteine de gueine

na quarta-feira fui ao oulemes das amoreiras para participar numa daquelas formações pé no saco... não é que não sejam minimamente interessantes, mas eu já ouvi muito disso no ífi e com menos teoremas motivacionais entranhados... a parte fixe foi o desafio...

tínhamos de inventar uma coreografia, rapazes contra raparigas... sem ofensas, mas dada a natureza da tarefa pensei realmente que estávamos completamente tramados... a nossa sorte foi que as raparigas entraram numa série de conflitos e insultos e não fizeram népias...

nós vencemos o desafio e ganhámos umas pulseiras daquelas de borracha que agora estão muito na moda... pouco depois olhei prá catarina e reparei que ela já tinha uma pulseira... já a tou a imaginar "deixa ver... oh! que pulseira tãããão gira", e o desesperado ingénuo "queres?"...

o natal do oulemes

andava por lá pelo ófice quando descobrimos uma caixa cheia de lâminas de barbear... de uma promoção que houve aqui há uns tempos... depois disso seguiu-se uma daquelas cenas mesmo lindas... todá gente começou a roubar como um etíope frente a um caixote da onu...

eu próprio enchi três caixas, também com bastantes champôs à mistura e orgulho-me bastante... acho que nunca mais vou precisar de comprar lâminas de barbear na vida, e secalhar os meus primos também não... porque a minha mãe ainda anda a pensar em prendas...

ontem foi bué fixe

às nove e meia telefona o ricardo a pedir-me para dar a aula de pâmpe da são que apanhou uma meningite... fui lá fazer a galhofa e foi muito fixe, a malta adorou e deram-me um monte de elogios... saí de peito feito até encontrar o dani que me pede pra dar a aula de combáte...

fui pra casa e passei a tarde toda a treinar coreografias e faixas novas, pra não meter os pés pelas mãos numa aula cheia de cromos... a aula foi muito fixe, fui depois jantar com o hugo que não via há bués... e no final disso ainda encontrei o bruno no comboio, que já não via há bués...

mafra, vila dos instrutores: parte dois

mais um fim-de-semana de quóretâreli... desta vez de sobreaviso, cheguei lá mesmo em cima da hora, fui falar com o segurança para entrar no parque municipal... ele olhou pra mim e perguntou "mânze? podes entrar"... e lá fui eu, a encontrar amigos pelo caminho até ao pavilhão...

secalhar sou eu que já tou a entrar no espírito, mas os novos lançamentos, tanto pâmpe como combáte, tão brutais... tive lá a fazer as aulas a aproveitar ao máximo... tanto que o dani lá da cinco disse-me "vibraste com o combáte!", "iá" respondi, "eu sei, eu vi!" continua ele...

e depois virou-se pró resto da tíme cinco doutubro e disse "o marco ainda está com aquela tusa do início"... e espero nunca perdê-la, porque adorei o quóretâreli... houve faixas em que me arrepiei todo e só pensava em como adoro o que faço... finalmente sinto-me em casa...

a fadinha do iogurte

para mim iogurte era aroma ou pedaços... só aqui há cerca de um ano ou assim é que descobri que estava extremamente desactualizado... existe de momento no mercado um sem-número de opções iogurtescas, cada uma mais marada e descabida que a outra...

iogurtes de tarte de limão, de bolo de bolacha, sem entrar por láites e magros, enfim... comprar iogurtes tornou-se numa tarefa complicadíssima digna de ser instruída através de uma licenciatura de três anos segundo bolonha... foi então que fiz a feliz descoberta, a minha namorada é licenciada...

foi então que lhe dei a alcunha de "fadinha do iogurte" porque ela, pelo menos no pingo doce, conhece-os todos... quais os melhores, os piores, as imitações mais baratas mas igualmente saborosas... para um fã de iogurtes como eu, dá imenso jeito ter uma fada por perto...

o circo de natal

todos os anos o emprego da minha mãe oferece a todos os seus funcionários, um circo de natal... é o normal de muitas empresas, a fava costuma calhar sempre lá à malta que habita o coliseu dos recreios em lisboa... e lembro-me que quando era puto, a cena até tinha piada...

até aos doze anos davam-me uma prenda... raramente era algo de especial, mas na maior parte das vezes já dava pra entreter durante uma semana... e era uma bela maneira de me recordar que mais prendas vinham a caminho e antes disso: férias!

ao contrário, ano após ano, cada vez mais dou razão ao meu irmão "o circo está decadente"... percebo a opinião de quem diz que é normal, porque cresci e porque o circo é feito para as crianças, mas não a partilho... a arena de facto parece minúscula...

os tigres também tão mais pequeninos, mas será que nunca tinha reparado nos seus incessantes bocejos? eu ainda me lembro de ver tigres a saltar pelo arco em chamas, trapezistas a fazer piruetas... se não fosse dado exigia o meu dinheiro de volta...

a convenção: parte cinco

ficámos hospedados no hotel arcada, três estrelas, em pleno centro de aveiro ali mesmo à frente da ria... fiz a reserva pela internéte e tudo correu às mil maravilhas, até tivémos desconto de fítenâsse... pra estacionar é malfadado mas tínhamos uma vista pra uns canos...

voltámos da convenção e meti-me no chuveiro, liguei a água e saiu castanha... "ah!" pensei "até parece que sou mariquinhas!"... e tomei uma banhoca na mesma... tava a pendurar a toalha, depois de me secar, quando vi as nódoas... não dei importância e fui vestir-me...

a minha namorada meteu-se no chuveiro e logo a seguir foi aos arames... ela que já tava mal-humorada, esperou uma hora pela minha sessão fotográfica, ficou pior que um iogurte fora do prazo de validade... a explicação foi fanhosa, "ah e tal o tanque da água quente, no fundo, tá sujo"...

o meu novo telemóvel: conclusão

lá fui eu todo pimpão comprar o meu brinquedo novo... levei o meu velhinho zímânes que era supostamente indestrutível... ficou com o élecêdê feito em papa e a bateria nem um ano levou pra ficar mais viciada que um sem abrigo...

eles não o aceitaram, então entreguei-o pra "reciclagem", juntamente com o meu nóquia trinta e três dez para retoma... uma ode à fiabilidade e também à má utilização, durou quatro intensos anos de quedas e gerais maus tratos e ainda tava óptimo...

quanto ao meu novo telemóvel é todo modas... é pequenino, tem mola... as molas e as conchas tão muito na moda... vem com uns auscultadores brancos, que também tão muito na moda, à conta dos aipódes e tal... se resistir os próximos quatro anos fico feliz...

já tá! (5/5)

ontem fiz a derradeira prova de engenho e astúcia e passei com noventa e dois por cento (92%) apesar de não ter acertado uma única repetição... podem considerar-me desde já como o mais recente pêtê do oulemes peleice da avenida cinco de outubro...

neste momento encontro-me muito emocionado e só consigo lembrar-me da menininha loira do coiote feioso "e tu o que fazes quando os teus sonhos se tornam realidade?"... ah! agora vou vangloriar-me uma beca e depois arranjo outros...

a minha ligação

aqui há muito muito tempo consegui, após meses e meses de insistência e com alguma dose de astúcia, enganar o meu pai para o levar a pagar-me um acesso à internéte de banda larga...

na altura decidi-me pela àdêésseéle... os preços eram todos iguais, e o cabo implicava mais trabalho e um conjunto de otários a fazer furos dentro da minha casa... preferi pagar à pêtê...

pouco depois começou uma guerra enorme... a minha ligação de quinhentos e doze passou a quatro megas em período de teste... depois regrediu para dois megas... e hoje reparei que já vou nos oito...

tenho um limite internacional brutal que não utilizo... imagino a quantidade inúmera de picos de informática que neste momento me insulta por não gastar tudo a jogar, ou a arranjar anime...

o meu novo telemóvel: parte um

aqui à uns tempos comprei um quetéque na candonga... queria uma cena estilosa para mostrar quando tivesse a marcar eventos na minha agenda... vendi-o... não dá pra ligar uns auscultadores directamente, tem de se utilizar um adaptador que é uma cena tão pouco prática como inestética...

no outro dia a menina lá à entrada do oulemes disse "já conhece o novo nóquia cinco mil e trezentos?"... e foi então que fiquei lá uma beca na conversa com ela, e reúne tudo o que quero: agenda electrónica de sincronização com o pêcê, leitor de émepêtrês e telemóvel...

tudo num pacote pequenino e estiloso... vou comprar-mo de prenda de natal assim que me tornar pêtê... o que deve acontecer já amanhã... depois disso vou aceitar donativos para quem quiser participar, tal como fiz sem sucesso, com a peleiseteichiâne o ano passado...

parecia um lançamento

era uma vez três... o pedro, o daniel e eu... juntámo-nos todos na quinta-feira passada para dar a aula de pâmpe do pedro, na hora dalmoço... posso dizer que nunca me tinha divertido tanto a dar uma aula de pâmpe... houve lá faixas em que nem conseguia falar de tanto rir... fiquei foi com a sensação que nós nos divertimos mais que o pessoal, mas não se pode ter tudo...