quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

os dias do desenvolvimento

quando chegámos lá estava mesmo a começar a primeira sessão, a de apresentação de mais um belo evento microsófete, "os dias do desenvolvimento"... foi então que o vi logo... o careca da márquedata! já devo ter aqui falado dele, era aquele que babava e suspirava a cada gesto da carina... mandei logo uma mensagem ao rumbafum, a pessoa que conheço que melhor conhece tamanha personagem...

o rumbafum respondeu que também por lá devia encontrar os meus dois antigos jefes... o joãozinho paulinho e o buninho bolinha... ora como os tempos da cave já lá vão eu pensei que até seria interessante voltar a encontrá-los... naquela onda do convívio, "então estás feliz? mulher e filhos, tudo bem?"... mas aqui admito que talvez o ingénuo seja eu, que de todas as vezes que falei com anteriores empregadores a conversa esteve sempre longe do inofensivo...

eventualmente lá os encontrei e... anos após a última vez que me viu e a primeira frase que o buninho bolinha me dirige é: "oh marco vieste práqui a correr ou vais sair daqui a correr?"... começou a rir-se da sua magnífica, e nada batida, graçola... e depois lembrou-se de outra melhor "não! vieste de sequeite?!" continuou a rir... o careca da márquedata que vinha atrelado acrescenta "o gajo tá na mesma"... "pois é, há gajos que não mudam" termina o bolinha, e nisto afastam-se...

eu fiquei prái um minuto em estado de choque e constatei... granda ginástica mental que ele deve ter feito para me associar aos sequeites... já vi pessoas mais novas a chamar-me de súrefista... esteve bem o quarentão... até porque de facto há cenas que não mudam... o discurso convencido dele é uma dessas cenas... a falta de chá do careca da márquedata é outra... e o meu estilo sepórtesseuére é ainda outra... mas ainda bem que também há cenas que mudam...

e agora devia deixar cair o termo "bolinha", porque já não é, nem de perto nem de longe, aplicável... mesmo eu que trabalhei na área, nunca julguei possível que alguém, que tinha marginais diferenças pró boneco da míchelân, pudesse algum dia... ficar normal... na altura essa radical mudança de aspecto e o eu já não trabalhar na cave, pareceram-me os maiores avanços do planeta nos últimos anos...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

rambo (2008)

o joão rambo está a viver lá prós lados da tailândia onde faz uns biscates, quando aparecem uns americanos todos bons samaritanos humanitários a querer pagar o transporte pró outro lado da fronteira... ora do outro lado da fronteira há guerra civil e o rambo com a sua opinião militarista de ir para a guerra para evitar a guerra, não concorda com o plano... para além disso o rambo está reformado e planeava viver alheado de todos os problemas que o tornaram numa máquina assassina...

basicamente o argumento é uma maneira simplista de meter o rambo no vietnam... e a realização a cargo do próprio silvestre estalóne pouco mais faz que seguir a acção frenética e apanhar panorâmicas das lindíssimas paisagens pantanosas... mas eu cá até gosto do silvestre, mesmo que ele pareça um extra-terrestre, com as veias todas a saltar... aquele olhar de misto de desprezo com odio é genial e merecia um óscar... o filme tem alguns momentos para rir, mas se não tivesse também não cumpria as expectativas...

o silvestre anda armado em realizador e desenrasca-se melhor que o méle e o quelinte juntos... 15*/20*...

as aulas de inglês

a meio da semana recebi lá um meile a pedir inscrições para um curso de inglês que a consultora vai oferecer aos seus colaboradores do meio da pirâmide para cima... respondi ao manda-chuva a afirmar que sou imensamente fluente em inglês falado e escrito pelo que não me interessa perder tempo com aquilo a não ser que eles passem papelinhos a dizer "o marco percebe bués"... o manda-chuva respondeu que isso fazia sentido e concordava, foi investigar...

no dia seguinte respondeu-me que existe a possibilidade de eles darem papelinhos a dizer "o marco percebe bués"... o que quer dizer que muito provavelmente terei de carregar verde código verde para ter direito a um papelinho desses... e que aquilo afinal não é uma brincadeirinha... é inglês de negócio... o que quer que isso seja... também acrescentou no final que achava que eu ainda poderia aprender alguma coisa e que... me ia inscrever...

na opinião da minha mamã o papelinho a dizer "o marco percebe bués" é muito importante, tanto que já se tinha oferecido para mo pagar... eu não lhe dou muito valor e duvido seriamente que seja por falta de papelinho que fique à porta de alguma magnífica oportunidade profissional que por aí surja... mas é o manda-chuva a financiar e sempre dá para acrescentar ao meu soberbo currículum...

birth (2004)

a ana é uma viúva muito aborrecedona que ainda está perdida de amores pelo seu defunto esposo, apesar de não o querer admitir... só que a vida anda para a frente e ela acabou por aceder ao pedido de um bonacheirão de caracóis lambidos... que após uns aninhos lá a convence a contrair novamente o matrimónio... nesta altura aparece um puto de dez anos que está convencido e consegue convencer que é o defunto marido reincarnado...

para começar a nicole quídemâne, de cabelo curto e ruivo, não está gira... o puto é tão inexpressivo comó do sexto sentido e neste filme, mesmo tratando-se de um drama lento e aborrecido, não é um ponto positivo... depois há a história que eu classifico de... horrenda... nunca tinha visto um argumento tão mau... tanto que quando o filme acabou pensei "uma pessoa tem de estar muito doente para escrever uma história tão pôdre"... afinal, foram precisas três pessoas doentes pró escrever...

o filme saiu na farinha amparo ao pai da cara metade e entende-se porquê... porque isto mesmo dado pode ser considerado ofensa... pra mim, não vale o dêvêdê onde está gravado nem o espaço físico que ocupa... com uma incompreensível nomeação para um globo de ouro é um bom exemplo para explicar que aqueles bacanos realmente não percebem népias disto... é que pelo que estive a ver, nem os críticos gostaram... 1*/20*...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

o torneio da consultora: primeira jornada A

no ano passado a área da consultora onde me insiro cresceu tanto, que este ano já deu para inscrevermos duas equipas no torneio de futebol anual... este facto, o de ter crescido, faz com que o manda-chuva afirme continuamente que este é o sítio certo para se estar... eu ainda duvido... o outro facto, o de termos duas equipas, quer obviamente significar que existe a equipa boa, e existe a equipa ... adivinhem lá para qual delas é que eu fui parar...

hoje foi o dia da primeira jornada... apareci lá no sítio do costume e ainda antes de chegar ao pavilhão encontrei um ex-colega de equipa... "mau" pensei... "tu não jogas na minha equipa" diz ele à boca cheia, "pois não, eu jogo na equipa B" respondi orgulhoso... como já devem ter percebido eu enganei-me, as duas equipas têm nomes muito idênticos, e acabei a ir ver o jogo da equipa A ao vivo... foi bastante engraçado mas continuamos a chover no molhado tal como no ano passado...

temos jogadores e tal, mas não temos estratégia... e ao contrário das outras equipas que têm treinadores, nós nem equipamentos temos... portanto assim torna-se complicado... aproveitei para conviver um pouco com a malta que é sempre giro... e dei os parabéns pela promoção àquele bacano que dizem os rumores que saltou um degrau da pirâmide por ser amigo do manda-chuva... eu como sou todo dáreuinista acho que isso é uma competência tão importante como... sei lá, ser proactivo ou assim...

ah, perdemos por 6 a 4...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

toma lá mais 1 ou 2%

a crise até me estava a passar relativamente ao lado, tirando o aumento exponencial do preço do pão e aquela brincadeira com a gasolina no ano passado... não, na realidade a crise até estava a ser bastante supimpa uma vez que a descida das taxas de juro fez a prestação da minha casa baixar pra chuchu já no início deste ano... tudo mudou na passada sexta quando recebi finalmente a notícia de quanto é que tinha sido o aumento do meu ordenado este ano...

e devo dizer que, dadas as devidas distâncias para profissionais fora da àrea, o meu aumento foi miserável... ou será que não foi? é que eu estava todo feliz e contente na minha onda de "malditos estão a aproveitar a crise para não me mostrarem o dinheiro" quando fui perguntar a uma colega se a empresa dela estava a recrutar, ao qual ela respondeu "não, está a despedir"... é a primeira empresa na área da informática que encontro a despedir...

para além disso estraga o meu plano bê que era pedir asilo político ao chefe dela... agora ou arranjo outro plano bê ou então conformo-me com o meu miserável aumento, já que ao menos lá no burgo aquilo foi salomónico, fomos todos roubados...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

a zóne volta a atacar

seguindo o douto conselho dos meus familiares, redigi uma carta com a dose certa de desprezo, ofensa, arrogância e cortesia à zóne... nessa carta passei a explicar-lhes toda aquela desagradável história sobre a minha parede esburacada e a minha televisão a dar chuva... que concluía da mesma forma que a entrada anterior sobre este tema afirmando "esse contrato de fidelização é ilegal", "já não tou a pagar", "digam-me lá onde é que entrego a caixinha e o cabo estragado"... enviei aquilo com aviso de recepção e não tive de esperar muito por uma resposta...

ora telefona-me uma rapariga a falar um português com sotaque de leste, que me pergunta se eu quero cancelar o serviço... respondo que sim e ela oferece-se logo para me meter aquilo a funcionar novamente de forma gratuita... e foi aqui que cometi um erro porque até aceitei a proposta... ela reencaminhou aquilo para a área técnica e lá esperei mais umas semanas... durante esse tempo conferenciei com a minha bela esposa e chegámos à conclusão que não precisamos de um serviço de televisão quando só vemos praticamente quatro canais, mesmo com chuva...

ontem ligou-me outra senhora... queria ver qual era o problema da minha caixinha remotamente... respondi-lhe que além da caixinha não estar montada, que duvidava seriamente que o problema fosse sequer da caixinha e que, queria afinal era cancelar o serviço... é então que a senhora activa o plano bê, no qual me oferece dezasseis canais por apenas dez euros por mês... os quais eu recusei... fazendo com que ela remetesse a nossa conversa para a próxima semana... provavelmente para ter tempo de falar com o seu superior e definirem uma nova estratégia de ataque...

mas estão com muito azar porque aquele serviço de televisão, excepção feita à luta-livre da segunda à noite, nunca me convenceu... tenho de ter uma caixinha feia que fica sempre com luz ligada a queimar energia, depois tenho de ter dois comandos, o da televisão pra mexer no som, o da caixinha para mudar de canal... aquilo com aquele sófetuére de segunda demora eternidades a mudar de canal, mete imenso nojo... depois o cabo de ligar a caixinha à televisão é um cabo secárte... ainda se utilizam cabos secárte hoje em dia? que cena mais desactualizada... no geral? fraquíssimo...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

centro de contacto a clientes

"explico o sucedido para melhor compreenderem as minhas respostas e dar-vos mais algumas ferramentas para melhorarem o serviço... fiz uma pergunta simples e de resposta directa: "é possível comprar um 207 1.4 hdi de 3 portas visto que o mesmo desapareceu recentemente do configurador?"... penso que não devem ter compreendido que era praticamente uma resposta de sim ou não... num mail muito bem formatado e muitíssimo pouco personalizado remeteram-me para o site www.peugeot.pt, que eu já tinha consultado e que não me enriquece na resposta da pergunta que fiz... aliás, se enriquecesse, não tinha recorrido ao centro de contacto a clientes... e de momento ainda tenho a dúvida..."

eu sou mesmo um totó por questionários... adoro dar a minha douta e interessante opinião...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

tenho sono

acho que foi mais ou menos por alturas do meu casamento mesmo, aquele que meteu igreja e montanhas de convidados, que reparei que andava com um aspecto deplorável... muito por culpa de umas olheiras enormes derivadas da questão de dormir pouco... ora na altura não dei muita importância porque comecei a olhar em volta e praticamente todá gente também as tem... umas olheiras enormes e dependendo dos casos, um aspecto deplorável...

decidido a não ter umas olheiras enormes, que quanto ao aspecto deplorável é mais difícil, comecei há coisa de um mês ou assim, a seguir o conselho de uma revista... é uma revista daquelas da saúde, tem umas colheradas da empresa onde estou a trabalhar agora e por isso recebemos os excedentes por lá, no mês seguinte ao que se refere o número em questão... um dos números recentes tinha um artigo sobre como dormir melhor que entrava inclusivé por uma ordenação fénguechui do quarto... e por aí, das poucas regras que lá tinha, o meu quarto está fixolas...

restava-me apenas seguir o conselho que mencionei anteriormente... ora e dizia o conselho, vejam se seguem porque é uma cena muito à frente que era óbvio que nunca na vida me iria lembrar e ainda bem que existem revistas pagas para uma pessoa arranjar informação tão importante... vá-se deitando gradualmente mais cedo enquanto as olheiras forem persistindo... tádá! genial, não é? pois bem, como também mencionei anteriormente, decidi-me a seguir esse conselho e... o resultado é... nada!

um pouco porque também não estou a seguir o conselho a sério... isto porque sinceramente recuso-me uma beca a deitar-me antes das onze... às onze ainda vá que não vá... menos do que isso e além de ser cena de mariquinhas, na maior parte dos casos, às dez acabo eu de jantar... não me vou certamente deitar dali a uma hora, porque isso também dizia lá que não fazia assim tão bem... podia jantar mais cedo, e depois treinava quando? podia deixar de treinar, que é o que as pessoas normais fazem... ah, mas depois rebentava de colesterol...

o que me alegra é saber que tal como eu, todá gente tem este gravíssimo problema... é que com oito horas por dia de trabalho, não sobra mais nada para ninguém... e os resultados práticos estão aí para quem os quiser, e tiver tempo, para analisar: anti-depressivos, terrorismo, problemas cardiovasculares, fraca natalidade, cancro, voyeurismo, obesidade, cárejéquingue, má-educação e uma enorme crise financeira...