a meio da tarde o sujeito à estava a querer trabalhar, mas o sujeito bê não o estava a deixar trabalhar, e quando assim é o sujeito à, que ferve em lume brando, começa a ficar vermelho que nem o equipamento do benfica... nisto eis que junta-se à festa o sujeito cê, que é o responsável pelo sujeito bê e praticamente o culpado por o sujeito bê não deixar o sujeito à trabalhar...
ora o sujeito cê é um tipo que... vamos lá a ver... um dia disse que a psicóloga tinha dito que ele era... renhenhéu... já não me lembro bem do que era renhenhéu porque eu também sou um tipo que quer trabalhar... e na altura lembro-me que o sujeito cê contou essa história, numa das suas longas conversas com a responsável da base de dados que mora na beloura, que me perturbavam bastante a concentração...
portanto não prestei muita atenção mas fiquei com uma noção que ser renhenhéu era parecido com ser autista... obviamente não tão pronunciado porque os autistas são assim, né? e o sujeito cê é um tipo que, vá-lá, ainda diz os números e as letras e isso... mas isto para ficarem sabedores que quando duas pessoas nestas condições entram em conflito torna-se muito difícil de gerir...
e é então que entra em cena o sujeito dê para apaziguar, o presidente da câmarada do burgo... manda uma água para a fervura e senta-os ao seu lado, como se faz com os meninos na primária, para que eles acertem as suas diferenças... e conseguiu, mas não sem antes eles trocarem alguns dedos de conversa que, na minha opinião, deveriam ter ficado imortalizados... mas achei que filmar a cena com o telemóvel era demais...
momento um: começa o sujeito à "eu peço desculpa, e tu devias pedir desculpa também", "eu não peço desculpa", "não pedes desculpa sei eu porquê! porque tu és mais do que eu" o sujeito à exaltado, refere-se à condição hierárquica superior do sujeito cê "mas para mim, as pessoas são todas iguais e trato-as todas da mesma forma e peço desculpa a qualquer um!"...
momento dois: "tu andas um bocado acelerado" começa o sujeito cê o sermão, "tens de travar um pouco", "eu, travar? eu por mim podes crer que travo" responde o sujeito à exaltado "passo a trabalhar menos e podes crer que tenho menos chatices"... aproveitando para fazer a insinuação que o sujeito cê não faz nada... mas eu acho que ele não percebeu...
e aqui neste segundo momento de ânimos exaltados aproveito para louvar a atitude moderada do sujeito à... isto porque acredito que eu, numa situação idêntica com o sujeito cê a crescer de peito para mim, não seria tão comedido nas palavras... porque essa malta que fala fala, mas eu não os vejo a fazer nada, dá-me vómitos horríveis... e fico chateado, concerteza que fico chateado...
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