sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

o marco e as cartas do pokémon

o carlos mimoso estava a ver o anjocruel a jogar contra o tretabyte, num daqueles míticos encontros dos fãs do animê e do mangá, e disse "vamos meter-nos naquilo?"... "!" respondi eu desprovido de dúvidas, completamente convencido que ele não estava a falar a sério... até porque na altura eu ainda estava um pouco a descobrir as minhas potencialidades anti-sociais escondidas para dar em agarrado e a cena das cartas de jogar e trocar não me dizia népias...

uns dias depois ele já tinha comprado um baralho e eu, como era um estudante universitário anti-social sem melhor para fazer e a viver à conta dos pais, também não demorei muito em comprar um... e depois outro, e depois uma montanha de boosters até que num dos últimos encontrei o charizard! que, naquela altura, era a carta mais cara da primeira edição e ainda até hoje é a jóia da coroa de toda a minha colecção (que é algo diminuta, tenho de admitir) de cartas de pokémon...

depois disso comecei a experimentar o jogo de cartas no gueimebói... e foi aí que aprendi e desenvolvi um conjunto de linhas orientadoras para criar baralhos, que se bem me lembro eram mais ou menos assim: 30 cartas de energia, tipicamente 15 de cada para meter dois tipos de energia no baralho, 20 cartas de pokémons e 10 cartas de treinador... isto na primeira edição que ainda não existiam cartas de estádio e assim... e foi nessa altura que criei o... baralho do geiser poderoso! mas eu dizia "páuer gáisâre déque", em inglês que era mais estiloso...

nunca o pude experimentar convenientemente porque só enfrentei o carlos mimoso, naqueles almoços de verão no centro comercial colombo, quando ambos estávamos a tirar a carta de condução nessa bela escola na praça de espanha... onde curiosamente muitos anos depois está lá o hugo inscrito... e acho que a estratégia nunca foi o forte dele, e para piorar ele tinha feito um baralho de relva e fogo... e o meu geiser, como o nome indica era fogo e água, portanto eu só tinha de usar as fraquezas dos pokémons dele... depois disso comprei um baralho do tíme rócâte e a cena morreu...

ontem tive a olhar para ele... tão lindo e com aspecto poderoso o baralho que ainda tenho por abrir e estrear... até hoje! espero pelo fim do dia para o sobrinho abrir o baralho que lhe ofereci (ele que agora demonstrou um interesse em cartas de pokémon) para lhe poder dar um tareã... quer dizer, ensiná-lo a jogar pokémon, que é uma falta gravíssima na educação dele e de qualquer outra criança da mesma idade, nos dias de hoje...

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