domingo, 26 de setembro de 2004

tempestade numa piscina dágua

ontem, já por volta das quatro da tarde, aparece lá pela piscina um grupo de mitras... mas mitras daqueles mesmo mauzinhos... o quim do bar descreveu-os como "a pandilha do boné", acrescentando que aquilo era tudo malta do casal de são bráz, bairro mauzinho dámadora, pra quem não sabe... um monte de putos a rondar os 16 anos, com bonés de lado com a pala pra cima e os elásticos de fora, cheios de brincos e fios douro...

começam pra lá a fazer as porcarias do costume, a falar asneiradas, a mandar mortais e bombas, a palhaçada normal... até que no meio de uma brincadeira, dois deles puxam os calções pra baixo deixando os rabos a descoberto e fazem mortais prá piscina... assim quisto acontece o quim foi aos arames... "aí ó marco vái lá! agora já foram longe demais, vai lá, vai lá!", o sentimento parecia ser partilhado pela namorada do quim e o corte...

levantei-me e dirigi-me aos dois engraçadinhos... assim que me viram ir na direcção deles deram de fuga pró outro lado da piscina... então eu, que não tava pra me chatear, fui pró meu lugar mantendo-me por perto à espera doutra oportunidade pra lhes dar... chega-se o guêtê ao pé de mim "então? não lhes vais dizer nada?", "não", "porquê?", "porque acho que não vale a pena, seles fizerem de novo...", "oh! é claro que não vão fazer!", "então melhor! tá o assunto resolvido!"...

ele não ficou convencido "tá mal, isso! devias dizer-lhes... aproveita prós lixar! chama o mendes! ele gosta deste tipo de cenas... ele tira-lhes os nomes e nunca mais voltam a entrar aqui!" isto já me tava mazéra a parecer xenofobismo de géninho... "duvido seriamente que impedissem alguém dentrar aqui, e foi apenas uma brincadeira, parva, mas não é preciso exagerar" respondo... "tá mal! chama o mendes!", "queres mesmo?" os chefões dizem-nos pra não nos chatearmos, mas a partir do momento em que existe uma queixa...

"portas está à escuta?", "transmita!" responde o mendes! "podia dar um saltinho cá abaixo? precisava de falar consigo"... daí a um bocado lá aparece o mendes, com o seu ar autoritátio habitual... chega-se ao pé de nós, dizemos-lhe o que se passou e ele chama os dois filhos de "funcionários" pra lhes dar um sermão... passado uma beca volta e conta-nos que já o tinham chamado antes, "o dantas"... ou "o quim do bar" pra ser mais directo...

considerei o que estariaeu a fazer, uma vez que o quim do bar se dá ao luxo de chamar a segurança quando lhe dá na cabeça, mas também não vale a pena confrontá-lo com a situação, uma vez quele nunca sengana... pelo menos ele acredita nisso... aparece lá ao pé de mim a lavar os chinelos na piscina, aproveito pra lhe mandar a boca "vê lá se não tenho de chamar o mendes à tua conta!"... "fui eu que chamei o mendes!" responde ele orgulhoso, "mal educados! não tenho de estar àturá-los!"...

passaram os limites do aceitável, foi uma brincadeira parva demais, até pra mentecaptos do casal de são bráz, mas foi apenas isso, uma brincadeira... num fim-de-semana com pais e filhos, poderia ser considerada um insulto, agora num dia de semana em que o pessoal é tudo jovens que sinceramente já muito devem estar habituados a otários destes... acho que não havia motivo para alarmismos, mas ei! "aproveitemos já pra lixar os gajos com ar de mitra", não vá eles sentirem-se descriminados se não o fizermos...

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