sexta-feira, 17 de setembro de 2004

o orgulho não é tudo

andei com um dilema moral à conta de certas cenas lá do emprego... ultimamente, como já não aparece quase ninguém na piscina, os chefões decidiram canalizar os recursos, nomeadamente eu, para outros campos... tanto que nos últimos dias poucos foram aqueles em que passei a manhã na piscina... porque sempre encontraram outras coisas para eu fazer, retalhar papel, esvaziar garrafas, carregar mesas, um pouco de tudo, ou seja, andei a fazer o trabalho doutros...

isso não me agradou nem um bocadinho porque não quis ir práli, e certamente não quis ficar lá pra setembro, pra ser estivador! mau mau que a mim não me pagam pra isso! andam-ma explorar, eu a ver e deixo, não? estive indeciso se havia de os mandar pró... pra um sítio muito muito mau, ou não... mas a verdade é que concluí que só tenho a ganhar com esta situação... e também, chegar a velho sem nunca ter sido explorado na vida, era mauzinho...

como diz o quim (o gajo do bar ao pé da piscina) e a minha irmã, não vale a pena deixar a porta fechada... não tenciono voltar lá pró ano, mas se tiver o canudo e andar ánhar (é a vossa deixa, cromos!) admito que os 900 euros por mês me vão saber muito bem... ainda tenciono ficar lá até ao final do mês, e 14 dias com os gajos à perna à procura de cenas pra me dar nas orelhas, só porque me recusei a dar-lhes uma ajudinha, seriam muito chatos... ainda mobrigam a ficar lá até às 1930!

assim faço lá umas ajudazinhas, eles ficam todos felizes, falam comigo cheios de salamaleques, "podias fazer assim", "por favor assado"... não me chateiam se tou deitado ao sol, se passo o dia inteiro de volta do portátil, ou se saio de lá todos os dias às 1800...

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