tava aqui em casa na conversa co cunha e co riqui no mirque, como de costume, e o cunha pergunta quando é que nos vamos embebedar... eu respondo que o pedro me tinha convidado pra sair, mas que não tinha dito nada... mando uma mensagem ao pedro e pouco depois tamos a sair de casa pra ir ao bairro, os três...
lá foi o pedro cas tretas dele, "há aqui um bar muita fixe" e andava às voltas sem destino aparente, até chegar a outro, "há aqui um bar muita fixe" e continuava às voltas... até que às tantas foi acusado oficialmente de atentar contra o bem-estar do grupo, numa palavra "sabotador"!
tava o pedro e eu sentados num bar, e a gaja cota, desesperada e bêbeda, que já tínhamos topado antes a rir-se pra mim... eu respondo no sorriso mais parvo e gozão que consegui e a gaja vem sentar-se à nossa mesa... pega numa cerveja, que tinha sido abandonada por um tipo que por lá tinha passado antes, e bebe... o pedro e eu partimo-nos logo a rir, mas o pedro decide apanhar a deixa...
começa lá a falar ca espanhola e tal... "donde és?", e cenas parecidas práqui e prácolá até que o cunha volta de fumar um cigarro... a gaja olha pra ele e dá-lhe o lugar... o cunha bem tentou, "não, não! fica aí! não há problema nenhum!", nós também tentámos "iá, fica aí que o cunha não se importa de ficar de pé, ele até já tá habituado, ele é... candeeiro, é isso! candeeiro!"... mas já era tarde demais, já tava o caldo do pedro entornado...
"não fiques assim pedro", "aposto como ela só queria alguém pra lhe pagar uns copos" disse o cunha a tentar safar-se... chegámos lá fora tava ela em pleno exame dental efectuado por um médico especializado, recém-formado com média de 19, que utilizava um curioso utensílio, a língua... foi mais ou menos nesta altura que o cunha foi acusado oficialmente de atentar contra o bem-estar do pedro!
ele decidiu compensar com um pouco de pólen... mas pra isso precisávamos de mortalhas, "pede aí a esses que têm ar fríque" disse o cunha... lá fui eu aos gritos do outro lado da estrada, chego ao pé dele tava lá uma loira toda bêbeda... "olha, dá-me o teu bérimbáu!" diz ela pró fríque... "isto não é um bérimbáu, é um didjeridou", (nota: um bérimbáu e um didjeridou são muito diferentes!) "olha, dá-me o teu didjeridou!" tenta ela de novo... "não!", "ele não te dá porque é dele" digo eu... "então dá-me tu o teu" responde ela... "eu não tenho, mas se tivesse até te dava" respondo eu...
a garina até já tava bem encaminhada mas veio uma amiga, provavelmente encalhada, pegou nela e bazou... já tínhamos mortalhas então bazámos pra ir enrolar a cena... o cunha, experiente no assunto, não sabia enrolar aquilo... tentou duas vezes, mas da primeira encheu a mortalha de baba, e da segunda... também! parece quele agora já aprendeu, tenho a certeza que da próxima vez que perder uma noite de sono vai ser ainda mais fixe!
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