acordei ao meio dia, porque um otário qualquer decidiu tocar à campaínha, duas vezes, durante alguns segundos... voltei prá cama, mas cedo me apercebi que estava calor demais pra dormir de pijama farfalhudo e êdredôn magrinho... levantei-me com uma bruta dôr-de-cabeça... meti a roupa dontem toda na incineradora, e fui tomar uma banhoca...
telefona o rumbafum "onde é que andas?", "tou em casa", "devias tar aqui!", "aía, rumbafum, só me deitei às 0630", "foi fixe, a festa?", "foi", "então não vais à visita de estudo?"... depois de alguma conversa acabei por concluir que não ia à tal visita de estudo, comecei a planear a minha tarde: ver o américâne pái três, jogar cêéme...
mas depois comecei a pensar "a bomba não anda desde o fim-de-semana, sempre dava uma voltinha, e saía de casa que tá um dia bonito"... falei co píter e lá vamos nós prálfragide à visita de estudo no instituto de informática... má ideia! o lodga tinha dito, "vamos todos à engenheiro, camisinha e calcinha bem"... mas eu gosto de me desmarcar pela negativa, calças de fato-de-treino e tíshârte...
chegámos lá 10 minutos depois da hora... deram-nos um planeamento que acabava às 1600, que dava 15 e 20 minutos prós oradores expôrem pra lá, o que quer que faziam naquele sítio... obviamente não chegou e só nos safámos depois das 1800... e "safámos" é o termo corecto, porque aquilo foi... das piores experiências que alguma vez tive na vida... inteira!
os picos do curso todos vestidos à engenheiro, a fazer perguntas de porque é queles não tinham mais uníquesses naquela porcaria... a fazer piadinhas idiotas de informático sobre as prateleiras cheias de computadores e sobre o qué que disparava do tecto quando havia um incêndio... admito que por momentos considerei que poderia estar na presença do meu futuro, mas foi só por míseros momentos...
na realidade, se 7 anos de curso e convivência com aqueles picos fanáticos da religião do uníquese, não conseguiram tornar-me num caixa dóculos, magrinho e enfezado, branco comá cal da parede, e com auto-colantes na sacola à tira-colo, da convenção da bayer que o meu pai me deu, a dizer "da páuer óve jáva", então tamãe não vai ser um emprego... mesmo que me obrigue àndar vestido à pinguím...
a parte gira foi quando saímos, que vinha o píter todo preocupado "aí... porque é que eu fui pra informática... agora que vi o modo como eles trabalham... eu não quero fazer aquilo"... nunca o tinha visto tão cabisbaixo... "que sa lixe! não te preocupes com isso!" respondia eu, "o que tu precisas é de ouvir aqui umas músicas punk fixes... ainda bem co meu carro tá cheio disso... queres o quê? belinque uâne eití tú? niú fáunde guelóri?"...
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