quarta-feira, 13 de outubro de 2004

ó píter, o que é que vai ser de ti?

acordei ao meio dia, porque um otário qualquer decidiu tocar à campaínha, duas vezes, durante alguns segundos... voltei prá cama, mas cedo me apercebi que estava calor demais pra dormir de pijama farfalhudo e êdredôn magrinho... levantei-me com uma bruta dôr-de-cabeça... meti a roupa dontem toda na incineradora, e fui tomar uma banhoca...

telefona o rumbafum "onde é que andas?", "tou em casa", "devias tar aqui!", "aía, rumbafum, só me deitei às 0630", "foi fixe, a festa?", "foi", "então não vais à visita de estudo?"... depois de alguma conversa acabei por concluir que não ia à tal visita de estudo, comecei a planear a minha tarde: ver o américâne pái três, jogar cêéme...

mas depois comecei a pensar "a bomba não anda desde o fim-de-semana, sempre dava uma voltinha, e saía de casa que tá um dia bonito"... falei co píter e lá vamos nós prálfragide à visita de estudo no instituto de informática... má ideia! o lodga tinha dito, "vamos todos à engenheiro, camisinha e calcinha bem"... mas eu gosto de me desmarcar pela negativa, calças de fato-de-treino e tíshârte...

chegámos lá 10 minutos depois da hora... deram-nos um planeamento que acabava às 1600, que dava 15 e 20 minutos prós oradores expôrem pra lá, o que quer que faziam naquele sítio... obviamente não chegou e só nos safámos depois das 1800... e "safámos" é o termo corecto, porque aquilo foi... das piores experiências que alguma vez tive na vida... inteira!

os picos do curso todos vestidos à engenheiro, a fazer perguntas de porque é queles não tinham mais uníquesses naquela porcaria... a fazer piadinhas idiotas de informático sobre as prateleiras cheias de computadores e sobre o qué que disparava do tecto quando havia um incêndio... admito que por momentos considerei que poderia estar na presença do meu futuro, mas foi por míseros momentos...

na realidade, se 7 anos de curso e convivência com aqueles picos fanáticos da religião do uníquese, não conseguiram tornar-me num caixa dóculos, magrinho e enfezado, branco comá cal da parede, e com auto-colantes na sacola à tira-colo, da convenção da bayer que o meu pai me deu, a dizer "da páuer óve jáva", então tamãe não vai ser um emprego... mesmo que me obrigue àndar vestido à pinguím...

a parte gira foi quando saímos, que vinha o píter todo preocupado "aí... porque é que eu fui pra informática... agora que vi o modo como eles trabalham... eu não quero fazer aquilo"... nunca o tinha visto tão cabisbaixo... "que sa lixe! não te preocupes com isso!" respondia eu, "o que tu precisas é de ouvir aqui umas músicas punk fixes... ainda bem co meu carrocheio disso... queres o quê? belinque uâne eití tú? niú fáunde guelóri?"...

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