quinta-feira, 28 de outubro de 2004

prálem de não-pico ainda sou pouco-original

depois do monumental pé na poça descrito na entrada anterior, comecei a ponderar novamente a minha capacidade de sobreviver no mundo de picos que infelizmente entrei aquando da minha candidatura ao mais miserável dos cursos da éFeCêTê... para tal decidi empreender por ainda mais um projecto científico, não fosse eu um cientista por natureza... o objectivo desse projecto era classificar a minha apetência para a picuísse...

desde que saí da visita de estudo de ontem que tentei agir como qualquer outro pico... primeiro tentei ir a 70km/h pra casa pra gastar menos gasolina, mas quando cheguei à descida, não só não meti em ponto morto, como carreguei mais a fundo antes que adormecesse... quando cheguei a casa comecei a tratar as pessoas da forma mais formal que consegui, uma vez que ninguém tem mais regras que os picos, tentei imaginar-me no ambiente mais rígido de formalidade e consequentemente picuísse, que consegui... tentei não descurar nenhum pormenor e sentir-me incomodado com qualquer coisa por mais insignificante que fosse que estivesse fora do lugar ou não fizesse sentido...

a experiência terminou agorinha mesmo e já tenho preparada a minha conclusão... numa situação de total necessidade não consigo comportar-me tão pico como um pico, espero então que quando acabar o curso, os picos não esgotem todos os empregos bons, porque senão tenho de ir vender camisolas prá seprínguefílede (nota: entreguei hoje o currículum e espero um telefonema em breve)... o mais engraçado da experiência foi ver as caretas que o pessoal fazia quando os tratava por "sr. primeiro e último nome" e dizia coisas como "boa tarde, como está"... ninguém sequer perguntou o que raio se passava para os estar a tratar de forma tão formal, presumo que já toda a gente se habituou às minhas maluquices...

3 comentários:

Anónimo disse...

parafraseando:
"presumo que já toda a gente se habituou às minhas maluquices..."


exactamente...

piku

Jacaré Voador disse...

É mais fácil chamar louco ao espírito imaginativo não manietado pelas regras castradoras da sociedade, do que questionar-se sobre a sua própria condição de marioneta formatada.

Beat the Matrix!(Qualquer dia também tenho de fazer uma experiência destas. Mas não me interessa chegar a nenhuma conclusão brilhante - quero fazê-la apenas pelo gozo. Vai valer bem a pena!)

Anónimo disse...

Eu sei que tenho um espirito criativo que se perde entre a realidade e o imaginário... embora CONSCIENTEMENTE mantenho o controlo e mantenho as minhas acções rente à realidade... mas... Sadly, sou chamado de louco, ou maluco, ou qualquer cena do género, mas o mais recente comentário foi "larga a ganza" e "ganzónias", ou à uns tempos atrás "larga as ervas"... claro que foi de um amigo, mas... ... mas, eu nem fumo nem gramo o fumo dessas cenas!

Agora, serei eu louco/maluco ... imaginativo... ou transcendo as linhas de código da matriz?

signed: madmanchron (MadMan Chronicle)