segunda-feira, 22 de novembro de 2004

a banha da cobra

ontem fui jantar a casa da namorada e ela começou "vou ter uma máquina fotográfica digital nova", "vais comprar?" pergunto, "não, vou receber" responde ela... "de quem?" continuo, "de um cartão de crédito, é oferta"... "é oferta é, se te dão isso é porque vais pagar bem mais!" respondo desconfiado, "quanto é que pagas de anuidade?" continuo...

"o primeiro ano é grátis" responde ela orgulhosa, "iá, mas de certeza que tens um contrato de permanência, prái uns 3 anos, e de certeza que vais pagar a máquina" respondo... "mas no final do primeiro ano posso cancelar" diz ela, "sei lá se podes" respondo, "tu estás a pagar à TêéMeéNe e nem sequer assinaste nada, com esses vai ser diferente?"... "mas olha que eu assinei" diz ela pensativa...

"assinaste no quê? onde? na cena do cartão de crédito?", pergunto, "sim" responde ela... foi mais ou menos nesta altura que eu comecei a ponderar se queria continuar a namorar com aquela rapariga, afinal, rapaz inteligente como me conhecem, não pode namorar com uma parvinha qualquer que se deixa intrujar por uns charlatões no meio de um centro comercial...

chega lá o irmão dela, "tão a falar do quê?", "é mau demais! não vais querer saber" respondo... "mas é o quê?" insiste ele, "neste momento eu estou a considerar se quero continuar a namorar com a tua irmã" respondo a rir... enquanto isso a minha namorada ainda continuava em choque do género "ah pois foi, assinei uma cena sem saber o que é, tou lixada, quanto será que vou ter de pagar?"...

convencêmo-la então a ir falar co pai da economia quele devia saber o que fazer, ela desaparece e eu fui andando prá sala... de repente só ouço uns gritos do outro lado "sé só isso que tens pra me dizer mais valia estares calado! vai práli e práquele outro sítio!"... "mau" pensei, "já entrou em modo histérico-desiquilibrado", de vez em quando dá-lhe pra isto e é um vê-se-tavias...

lá fui eu tentar acalmá-la, "larga-me! não me toques! sai, sai daqui! deixa-me!"... ainda pensei em esperar quela recuperasse pra lhe dar uma descasca, mas era evidente quela não tava no seu perfeito juízo, e ei, todos temos reacções... menos boas de vez em quando... lá fiz o meu papel de esperar por perto quela quisesse uns miminhos para a acalmar e fazê-la ver que um cartão de crédito, nem sequer pode ser considerado um problema...

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