domingo, 23 de janeiro de 2005

le pacte des loups (o pacto dos lobos, 2001)

em 1765 um bicharoco andava a matar pessoas nas montanhas do sudoeste franciú... o bicho chegou a matar mais de 100 pessoas e ficou tão conhecido que o rei mandou pra lá uns tipos de confiança pra ver o que se passava e acabar co bicharoco... até hoje ninguém sabe bem que tipo de bicho era, lobo, hiena, tarântula?

e aqui acaba a parte verídica do filme e começa a ficção... grégoire de fronsac (samuel le bihan) mais o seu companheiro mani (mark dacascos, nunca existiu) o índio do canadá, chegam à província de gevaudan, enviados pelo rei para investigar a estranha criatura... desde cedo comem com a superstição e racismo da população local e estabelece-se logo o contraponto contra a iluminação dos argumentos dos heróis...

e logo aqui que vocês dizem "aía! uma cópia do selípí ólou mas sem tíme bârtâne" e têm todá razão... mas não só... "o pacto dos lobos" é uma mistura de acção, artes marciais, horror, suspense, retrato social, ficção e pessoas a falar franciú, que acaba por se soltar um pouco desta semelhança argumental...

os fatos das personagens estão bestiais e o filme mostra em todos os planos uma imagem pensada ao pormenor onde nada é deixado ao acaso e as cores combinam melhor que a roupa de uma beta de cascais... a realizaçãobem fixe, com múltiplos ângulos a magicar um bom suspense, e umas cenas de artes-marciais excelentes com uns quantos búlâte taimes e uns pormenores à lá mátrix muito fixes... algum góre também...

mas estes filmes são fixes ou fatelas na criatura, e depois de uma hora e meia caté tava a curtir fiquei apreensivo pra ver se mia partir a rir outra vez como na "vila"... inteligentemente, os planos da criatura são rápidos, vê-se qué um bicho grande e cheio de picos, parece um javali gigante feito por computador, mas pouco mais... por acaso o cg deixa a desejar, mas também é só pró desenrasca...

o argumento é uma beca pró comprido (140m) mas não chega a ser muito chato, é bastante fácil de digerir sem nunca chegar a ser complexo, rebuscado ou verdadeiramente surpreendente, mas também nunca atinge a banalidade previsível da média das cenas cámones...

o filme fica-se por ali no meio, e tendo em conta que é uma misturada de primeira, estar acima da média dos filmes de acção E horror ao mesmo tempo já é qualquer cena... a minha namorada gosta de filmes de horror, metem-lhe medo "ai não vou conseguir dormir à noite", eu gosto de filmes de acção, especialmente de artes-marciais... são raros os filmes que nos agradam aos dois... 15*/20*...

1 comentário:

Jacaré Voador disse...

Esqueceste-te de referir a magnífica (e sempre grossa) Monica Bellucci no papel mais interessante de todo o filme - Sylvia, a prostituta/bruxa/espiã do Papa - e o Vincent Cassel no papel do cínico Jean-François de Morangias.

Muito bom filme, excelente fotografia, magníficos décors.

Uma curiosidade: quando os rapazes fazem a emboscada ao Monstro e este fere o braço do marquês Thomas d'Apcher, vê-se claramente ser o braço direito. Contudo, nas cenas seguintes, é o braço esquerdo que o jovem rapaz traz ao peito. Que ferimento lixado, que salta de braço para braço!