quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

acaba sempre da mesma maneira

cheguei a casa e perguntei à minha mãe "falaste com o mecânico?", e ela respondeu "não, esqueci-me de te perguntar o que querias queles vissem no carro, mas eu dou-te o número e falas com ele directamente", "tábem" respondi...

o meu pai ouviu a conversa e ficou logo com as orelhas no ar "o quê? o quê? o que se passa com o carro?"... fiquei logo na defensiva, mas tentei dar o desconto... "passam-se um monte de coisas, pra começar eu bati com ele", ele respondeu com a interjeição reprovadora característica...

daí prá frente fui o mais evasivo possível porque é óbvio que este é daqueles assuntos impossíveis de discutir com ele... ele a perguntar "então mas tavas distraído? bateste como?", tive pra responder que tinha feito de propósito, achei que a neblina simétrica era banal...

ele reclamou que eu não tinha dito nada, e começou a entrar por aquele caminho do papá abandonado e os filhos só o procuram para pagar as contas... eu cortei logo ali e disse "assim que cheguei a casa contei à mami"... ele pareceu indiferente, e continuou o discurso...

eu interrompi de novo "contei à mami, querias que fizesse o quê? um anúncio público? uma festa?"... a minha mãe lá terá as suas razões pra não lhe ter contado nada, mas sinceramente eu ainda não percebi a pertinência da notícia... nota mental: se fizer doi-doi na neblina, brado aos céus...

eu acho é quele tá mazé chateado porque não me pode dar o sermão... a neblina é minha, o dinheiro prárranjar também e o poste também... quer dizer, o poste não é meu... mas é culpa minha quele agora parece a torre de pizza, coitadinho do poste... mas a culpa também é dele, que não se desviou...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ena, ganda sorte que eu tenho.
O meu pai foi mais ou menos:
- Queres que te arranje alguem para ver isso?
é claro que ainda hoje tou a espera, mas ao menos não levei sermão.

Mateo.