quarta-feira, 16 de março de 2005

a terça-feira até às oito e meia

agora ca porcaria do belóguére está a funcionar decentemente posso finalmente contar-vos a minha primeira aula de tópesepíne na terça-feira de manhã às 0715... na quarta-feira perguntei ao tálemeida lá do bules sele queria ir e ele alinhou, naquela do "tens a certeza?", e eu "claro! na boa!" sem saber no que me tava a meter... fazia todo o sentido, 0715 dava pra ir lá antes dentrar no bules...

quando me fui deitar e meti o telele a tocar pras seis da manhã é que comecei a ficar com ideias contraditorias "secalhar isto nao foi tão bem pensado assim"... "é meia-noite vou dormir seis horas" pensei... mas já tinha dito quía agora já não podia voltar atrás... quando o telele toca até matrofiei todo, levanto-me pra ver que estava escuro pra chuchu e montes de nevoeiro, frio...

a minha mãe levanta-se no controlo "ondé que vais?", "tão cedo porquê?", lá me safei e fui zombiando até reunir o material todo que precisava... saí de casa e tinha o pneu do costume em baixo... fui até à bomba ali em cima vindo do oeiras parque em direcção a oeiras e tavam lá dois pretos ao pé da cena dencher pneus... parei à campeão, faço o que venho fazer a ouvir alta história...

"e o gajo sacou duma arma e apontou e disparou e eu fugi", "não te mataram porquê?", "sei lá porquê!" foi mais ou menos o que consegui discernir e nem dei importância, já tava a bazar e vira-se o gajo pró outro "crava aí um cigarro ao gajo!", "mau" pensei, "ei ei! arranja aí um cigarro", "não tenho!" respondo com o meu belo feitio... "não tens?!" pergunta o gajo desconfiado, "não! não fumo!" respondo directamente...

"ah pronto!" continua ele "olha sabes o que podias fazer por mim, então?", "já tá" pensei, "podias fazer-me um favor"... "não posso, não tenho tempo, tenho dir trabalhar!" e bazei... o gajo vem atrás de mim "ah tás aí já, esperanão te vou fazer mal!", parei e disse "então diz lá" e depois pensei, "dizer o quê? praqué que lhe estou a dar hipótese de maplicar o discurso?"... ele começou lá co discurso e eu abri a porta do carro e entrei...

ele segura na porta, "arranja cinquenta cêntimos", ele muita bem vestido ao pé de mim, "não tenho", "não tens?!", "vinte!", "não tenho!", "não tens?!", "já te disse que não tenho!", "ah pronto, tás aí todo setréssádo" e largou a porta pra eu bazar... passei este tempo todo a pensar "mau, tás a ver que vou ter daviar o gajo logo pela manhã?", e não era difícil co gajo já tava todo queimado... nem cheirava a alcool, mas tava a enrolar bué a língua, sei lá o qué candou a fumar...

fui lá prá aula co tálemeida... entrámos na sala e sentámo-nos nas jingas lá do fundo pró tipo não nos ver bem... ele entra, mete um som, olha pra nós e pergunta logo por gestos "primeira aula?", "sim" respondo, "mas nunca fizeram antes?", "não!", "então já aí vou"... vem ter connosco ensina-nos as posições daquela cena e lá vamos nós a pedalar montanha acima... uns exercíciozinhos e tal e começamos a bombar a sério...

às tantas começam os sepríntes e foi aí co tálemeida caiu pró lado... já não puxava népias "tenho uma câimbra não posso esforçar-me muito"... eu tamãe já tava a suar por tudo quanto era sítio só mapetecia era tar quieto mas sempre que pensava em abrandar olhava à volta e mentalizava-me logo "não vou deixar estes cromos da bola, bebedores de batidos e estas betas ratar-me", "a mim, marco do quíquebóquessâre?! ainda tá pra nascer o dia!"...

e não deixei... na altura parti-me todo e cheguei a tar uma beca avoado, mas depois daquilo tudo até nem achei um treino muito puxado, nárena era bem pior...

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