sexta chego a casa e encontro o meu irmão deitado no sofá como uma lorpa, a ver o meu DêVêDê do gato fedorento que foi ele que mo deu... dei comigo com uma imensa sensação de felicidade, tou a falar a sério... porque o meu irmão tava de volta, depois de uma operação pra ver se deixa de ser cibórgue, e também porque o pedro finalmente devolveu o meu "gato fedorento"...
mas ao fim de mais uns sequétches comecei a pensar "mau, seu ultimamente já ando a falar demasiado gato fedorento"... é que ultimamente praticamente todo o meu comentário jocoso que sempre fui conhecido por os fazer, começa com "ah e tal", e isso apesar de ser engraçado é o recurso à piada fácil que sempre desgostei... mas mesmo o que me preocupa não é isso, o que é verdadeiramente preocupante é...
que uma frase feita que já utilizo há alguns anos "deve ser deve", geralmente seguida de "nem gostas, agora", uma imagem de marca... que utilizo quando evito uma tentativa de alguém que me tenta lixar de forma evidente e denunciada... é utilizada num conhecidíssimo sequétche do "gato fedorento", afinal quem é que não se está já a recordar de "deve ser deve, o que tu queres sei eu"... é o fim da picada!
mas adiante com a história... vim aqui pró quarto, liguei a internéte como de costume e daí a uma beca voltei prá sala... tava o meu irmão a ver um daqueles programas de adormecer que passam no segundo canal em horário nobre... "?! porqué que não tás a ver o gato fedorento?" pergunto... "o papi teve aí e disse queu ia estragar o DêVêDê quele pagou a carregar nos botões tal como estragámos o vídeo" responde ele...
"eu respondi-lhe, não foste tu que pagaste o DêVêDê, foi a mami!" continuou ele... comecei a tirar apontamentos, "mais uma daquelas saídas lindas do meu pai, hoje tá de mau humor, tenho de me pôr a pau"... à hora do jantar aparece aí o bruno, passado uma beca vimos práqui encher o computador recém artilhado de inúmeros episódeos das mais variadas séries televisivas... a meio da transferência aparece o meu pai com ar de combate urbano...
"já tão a ver se estragam isso, depois eu quero trabalhar" que esforço queu fiz "e não posso, tástragado e sou sempre eu que pago, isso não é pra ver televisão, e esse portátil" nota... enquanto ele estava a dar o sermão eu estava aqui a jogar adevénce uóreze, tava mesmo a pedi-las... "paguei 2000 euros por ele, e não é pra jogar esses joguinhos" terminou ele... eu ainda tive pra dizer "não foste tu que pagaste, foi a mami", mas é melhor evitar confusão...
outra coisa quele me proibiu foi de meter jogos e ver televisão, no computador "novo", porque estragam... passei a manhã dontem a configurar o épêéssechisé pra correr o GêTêdois rápido e com uns gráficos bestiais, tá tão lindo, enquanto não conduzir os seiscentos carros não durmo... depois fui ver episódeos do tuénti fóre... acho quele sabe questes discursos são infrutíferos, e ao fim de tantos anos admiro a sua persistência...
mas agora chega de brincadeira... vou ali fazer de fadinha do lar que a loiça e as fraldas mal-cheirosas, já tão a amontoar-se na cozinha... e se não fôr eu, não é ninguém, que o meu irmão nem se tivesse bom, lá ía...
1 comentário:
Se eu estivesse bom, podes crer que não ia, já que o mais provável era estar no emprego.
Julgas que escolhi um emprego à noite por acaso? Desde que arranjei este emprego, os meus pais fazem festa cada vez que janto em casa.
Além disso, não os aturo a querer imiscuir-se na minha vida e, exceptuando arrumar a mesa do pequeno-almoço, quase não faço tarefas domésticas. Quem é parvo, quem é?
Enviar um comentário