tava na casa da namorada quando toca o telelé, vou a ver e era o cunhinha "então tudo fixe?", "olha, queres o meu bilhete prámanhã a 20 euros?"... não gosto de deixar os amigos agarrados e 20 pra ir ver os sistema de um baixo é uma pechincha, prálem disso acredito no destino, às vezes... lá fui dar a má notícia à namorada...
dia seguinte fui com o meu irmão ao parque tejo para mais uma edição do super bock super rock... chegámos lá tava aquilo a começar, fomos logo pró palco portuga pra ver os "bizarra lokomotiva" ou pelo menos foi assim que o cunha lhes chamou... foi engraçado, um vocalista com bichos carpinteiros a cantar "eu sou um escaravelho"...
veio a segunda banda, com um baterista que nem tinha idade pra ter borbulhas na cara e que dizia na sua voz fininha pré-puberdade "vamos fazer disto uma festa pessoal"... uma metalada buéda brutal onde só se distinguiam alguns sons da bateria e gritos "aiaiaiaiaia, uuiuiuiuiuiui" do vocalista que se movimentava repetidamente prá esquerda e prá direita...
acabam a música e diz o vocalista "esta música era sobre a violência doméstica"... "ah é óbvio que era" diz o meu irmão "eu até notei logo à conta dos aiaiaiaia, uiuiuiui"... tenta o vocalista "esta música fala de vampiros vegetarianos", pronto! não posso confirmar mas foi o que percebi...
a cena é que a música era igual a todas a outras... uma brutalidade de graves... deu pró moche... bazam, chegam os tara perdida, com um cota do tempo dos séquesse pistâles como vocalista, entram a bombar um pânquezinho em português, e a malta até gritava daquilo em coro... senti-me buéda ignorante lá no meio do moche...
fui fazer queráude sârfingue, ia morrendo, quando olhei por cima do ombro e só vi chão comecei logo a despedir-me do mundo... só que o segurança pegou em mim como quem pega num bebé e quando dei por ela já tava no chão, de pé... agradeci ao tipo, que respondeu a apontar prá saída... lá fui eu a correr prá mochada de novo!
depois disso abriu o palco principal, com uma banda muita má... um monte de vampiros mal vestidos à noite das bruxas a tocar umas cenas que só davam era sono... seguiram-se os primitive rísâne no palco tuga, uns ingleses com um som a dar pró pânque de vez em quando, porque de resto dava pró mau, no palco principal...
os beléssetâde mécanísme a fechar o palco tuga, e os incubus no palco principal... acho que me enganei nesta cronologia nalgum sítio, temos pena! incubus foi fixe, devo dizer que sou fân, gosto bastante do meique ióresélfe, mas o concerto não foi nada de especial... uma horinha, levam co uíshe iú uâre íâre e o páredâne mí prácabar e "tchau pessoal, até à próxima!"... deu pró moche...
veio então o prato principal, os sistema entram em palco a partir com a mais conhecida do último álbum sei lá eu comé que aquilo se chama... fiquei logo lixado, o talibân veio com uns canudos parecia um cão dágua, ondé que aquilo é estilo? ele devia andar sempre co cabelo curto à talibân que é isso que se espera dele! e mais, devia aparecer em palco co corão na mão...
mas os sistema não desapontaram, evitaram as passagens pelo novo álbum que ninguém conhecia, e tocaram o tóquessícití quase todo! o som tava a miséria do costume, depois dos córne e dos linquíne párque o ano passado já não se espera grande coisa... granda mochada, todá gente a cantar aquilo em coro, muita fixe!
prácabar vieram os pródigí... entraram mal, a tocar cenas do novo álbum e apesar da boa vontade da multidão não se tavam a safar... só lá prá quarta música quando se ouviram os acordes iniciais da beríde é que a multidão começou aos gritos e aos saltos, uma diferença descomunal... lá prá frente, um faiâresetártér e um seméque mai bíteche âpe foram as únicas que reconheci...
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