sexta-feira, 29 de outubro de 2004

a vida é girinha e tem olhos verdes

queria só avisar o pessoal que eu não tenho pais em casa este fim-de-semana, nem a minha namorada! ahahahahahah! até vai dar pra dormir lá, ou aqui... melhor só se os meus pais tivessem deixado prái uns 20 euros pra comprar pão, como geralmente fazem... ainda vou dar aí uma vista dolhos pela casa...

a família rumbafum

tínhamos, o rumbafum e eu, esta tarde pra fazer o primeiro trabalho prático de cés... távamos nos pcs da fáque a tentar meter aquilo a correr, e curiosamente não funcionou porque o prófe é uma beca tótó e não instalou aquilo bem... o rumbafum ficou todo lixado e disse "vamos fazer isto pra minha casa!", ele lá insistiu um bocadinho, mas não muito que eu sou fácil de convencer, e lá fomos nós...

távamos na baleia branca do rumbafum (nome carinhoso que designa o veículo que o rumbafum utiliza para se deslocar, também é conhecido como móbi díque, ou grande bisonte branco) e eu comecei a brincar com a cadeira... cheguei-a o máximo pra trás, pra ver se conseguia esticar as pernas todas prá frente, consigo... depois comecei a rebater o banco a ver se ficava deitado e depois o rumbafum começou a reclamar e eu meti o banco outra vez como estava...

távamos em plena praça da portagem e o rumbafum faz lá um arranque e eu fico "aía! qué que se passa? o carro tá a aumentar de tamanho ou quê?", comecei a pensar que toda aquela conversa sobre tecnologia alemã não era treta... mas depois reparei que afinal era o banco que estava a mexer pa trás... então mexi-me prá frente e pra trás e o banco não fez "tróque!" a prender, em vez disso mexeu-se... mexi na alavanca e confirmei que não estava puxada logo o banco devia prender...

o rumbafum arranca outra vez e o banco mexe pra trás outra vez com a inércia... um sorriso começa a delinear-se na minha cara, tinha-me partido a rir, mas achei que seria mais divertido ouvi-lo a contar uma história qualquer sobre a namorada que ia com ele no carro e o banco dela começou a mexer sabe-se lá porquê! ei! secalhar devia esperar uns dias pra escrever isto... bah! ele também só deve ler lá pra segunda... espero é não ter estragado aquilo...

chegámos a casa dele, tava lá a avó, uma velhota com um ar buéda simpático... a mãe dele aparece lá ao pé de nós e pergunta num imenso sotaque de bijeu se queremos lanchar, "não, obrigado! eu almocei há duas horas", mas ela não parece ligar e traz um lanche bestial na mesma... lá mais prá tarde aparece a irmã dele, eu queria conhecê-la, afinal já ouvi falar imenso dela, mas ela entra lá por casa e ignora-me... eu acho quela teve medo de mim, e de facto até compreendo, eu quando não faço a barba fico um bocadinho assustador...

quando acabámos de fazer o trabalho a mãe do rumbafum convida-me pró jantar, resisto um bocadinho, que fica sempre bem, mas nunca recuso um bife, ovo estrelado, arroz e batata-frita! voltámos prá sala e meti-me a jogar gueime bói adevénce co rumbafum... chamámos logo a atenção da irmã dele, afinal, estávamos a meter o nariz no grande vício dela... veio logo e começou a reclamar co rumbafum, a dizer quele não jogava nada... convidámo-la pra um jogo, levámos granda tareia, mas pelo menos eu não fiquei em último...

depois do jantar aparece por lá a namorada do rumbafum, quem me dera a mim ca minha namorada morasse já ali ao lado e aparecesse assim na minha casa do nada... se bem penso, acho quela fez isso uma vez, já não é mau! tivémos a ver uma beca de televisão e depois chegou a altura deu dar de fuga... o rumbafum deixou-me aqui à porta de casa à cerca de 30 minutos... foi bué fixe! há imenso tempo que não tinha um jantar em família que não fosse a minha, é engraçado, mas senti-me bué em casa, obrigado rumbafum!

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

prálem de não-pico ainda sou pouco-original

depois do monumental pé na poça descrito na entrada anterior, comecei a ponderar novamente a minha capacidade de sobreviver no mundo de picos que infelizmente entrei aquando da minha candidatura ao mais miserável dos cursos da éFeCêTê... para tal decidi empreender por ainda mais um projecto científico, não fosse eu um cientista por natureza... o objectivo desse projecto era classificar a minha apetência para a picuísse...

desde que saí da visita de estudo de ontem que tentei agir como qualquer outro pico... primeiro tentei ir a 70km/h pra casa pra gastar menos gasolina, mas quando cheguei à descida, não só não meti em ponto morto, como carreguei mais a fundo antes que adormecesse... quando cheguei a casa comecei a tratar as pessoas da forma mais formal que consegui, uma vez que ninguém tem mais regras que os picos, tentei imaginar-me no ambiente mais rígido de formalidade e consequentemente picuísse, que consegui... tentei não descurar nenhum pormenor e sentir-me incomodado com qualquer coisa por mais insignificante que fosse que estivesse fora do lugar ou não fizesse sentido...

a experiência terminou agorinha mesmo e já tenho preparada a minha conclusão... numa situação de total necessidade não consigo comportar-me tão pico como um pico, espero então que quando acabar o curso, os picos não esgotem todos os empregos bons, porque senão tenho de ir vender camisolas prá seprínguefílede (nota: entreguei hoje o currículum e espero um telefonema em breve)... o mais engraçado da experiência foi ver as caretas que o pessoal fazia quando os tratava por "sr. primeiro e último nome" e dizia coisas como "boa tarde, como está"... ninguém sequer perguntou o que raio se passava para os estar a tratar de forma tão formal, presumo que já toda a gente se habituou às minhas maluquices...

leva lá a bicicleta

ontem a meio da visita de estudo à PêTêeSseÍ, o tipo estava a falar em recuperação de falhas, redundância e afins, com a picalhada toda a mandar perguntas do género "e então se o servidor falha? e se falhar também esse outro servidor? e os cabos, se falharem os cabos todos? e o ar-condicionado, que acontece se também falha? (pensando que não, esta até é importante) e a máquina do café, que fazem se também avariar? e se falhar tudo ao mesmo tempo?" na tentativa de fazer o tipo admitir, "pois, nesse caso perdemos informação"... mas como o tipo também era pico provavelmente até achou piada...

e tava ele a falar do caso do super buéda mega servidor dar o berro, começavam a bombar co super buéda mega servidor igual àquele do porto, que está sempre em constante actualização de dois minutos com o servidor daquele edifício... "essas actualizações passam pela internet?" pergunta o tozépico ao meu lado... "óbvio!" respondo, "duvido bués queles tenham um cabo de fibra óptica dedicado daqui até ao porto por baixo da A1 a ligar os servidores! ahahahah"... (nota: eu sabia da existência cabos por baixo da A1)...

às tantas um picozão lá da zona pergunta "mas e essas comunicações entre os servidores? têm de ser protegidas"... "o ideal era ter fibra óptica dedicada daqui até ao porto" responde o tipo, "e oh! nós somos a PêTê! nós TEMOS fibra óptica dedicada daqui até ao porto a ligar os servidores! foi a Brisa que instalou por baixo da A1"... ah, tábem... já não digo mais nada!

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Visita de estudo à Portugal Telecom, Tagus Park

Hoje por volta das 14:30 tivémos, no âmbito da cadeira de Gestão de Sistemas Informáticos, uma visita de estudo às instalações da PTSI, empresa pioneira em Portugal na área dos Sistemas de Informação. As instalações em questão são o topo de gama em protecção física e digital da informação, construídas em parceria com a empresa de renome IBM, com muitos anos de experiência em Sistemas de Informação.

A apresentação foi deveras interessante. Com um alto cargo encarregue dos recursos humanos e também o responsável pelo outsourcing e segurança digital da empresa. Ambos os interlocutores estiveram bastante bem, com umas piadas de entrada para aquecer o ambiente (nota: a temperatura do auditório subterrâneo é controlada por ar-condicionado), mas com muita informação teórica transmitida de forma simples e fácil sem chegar a ser maçuda.

A certa altura da apresentação, quando procedia a uma explicação da necessidade de segurança em Sistemas de Informação, foi-nos mostrado um acetato com uma imagem referente ao filme Lord Of The Rings, The Two Towers. O sr. Bruno Romba na altura em que esta imagem foi apresentada perguntou-me "isto era piada de nârdes?", à qual fiz o favor de responder "iá! não reconheces aquilo?". O sr. Bruno Romba responde-me negativamente procedendo depois à sua gargalhada característica de triunfo, algo semelhante a "ahahahah", proferido em tom semi-agudo.

Depois deste estranho episódeo decidi certificar-me daquilo que tinha acabado de ouvir e perguntei ao sr. Bruno Romba "Lord Of The Rings? não viste os filmes?", ao que o sr. Bruno Romba fez o favor de responder "eu não!". Percebi a mensagem que o sr. Bruno Romba estava a tentar transmitir, se a minha pessoa reconhecia a imagem, e se era piada de "nârdes" como o colocou o sr. Bruno Romba, então eu seria um "nârde". É nestas alturas que sinto um pouco de pena do sr. Bruno Romba.

Desde a sua adaptação ao cinema que a trilogia realizada pelo reconhecido Peter Jackson se moveu do conhecimento unicamente designado aos "nârdes" como o sr. Bruno Romba o colocou, para se transformar quase como, arrisco mesmo, cultura geral. Em que a pessoa que não conhece é a que mais se aproxima do estereótipo com o qual o sr. Bruno Romba me queria descrever. Ás vezes sinto mesmo pena que o sr. Bruno Romba não possua a abertura de espírito que lhe permita não perder obras como a supracitada trilogia do sr. Peter Jackson ou a mais famosa trilogia dos irmãos Wachowski.

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

tuénti fóre

nos últimos dias tenho andado a ver episódeos de rajada da série acção televisiva do quífar sadarlénde, tuénti fóre (24)... a minha irmã e especialmente o marido dela, o joão, são altos viciados nisto, tanto que vão pra casa mais cedo pra não perderem pitada... uma vez tive uma conversa com o joão acerca deste assunto, disse-lhe que a série não valia a pena grande esforço... que eu até gostava da série, até à altura em que apareceu o cliché tão do costume...

o cliché tão do costume é "vou deixar aqui o zézinho e o manelinho a proteger-vos, eles são dos nossos melhores agentes", "quem é que está a proteger a minha mulher e filha?", "o zézinho e o manelinho senhor", "ah, ok! já me sinto mais seguro"... depois aparece o único terrorista e PAUPAU! lá se vai o zézinho e o manelinho co carago sem sequer dispararem um único tiro... e depois o terrorista nunca consegue matar a mãe e a filha porque acontecem sempre imprevistos ridículos...

até aqui ainda se tava bem, pior foi quando acabou a primeira série, um final com uma grande revelação que parece ter sido metida à pedrada "olha... agora vamos fazer esta personagem ser a má, tábem?"... e começa a segunda série, mais 24 episódeos cada um com uma hora e logo no primeiro episódeo que vejo... TÁDÁ! aparece lá um mauzão que eu fico "ouo! este não tinha morrido na primeira série?"... mas afinal o tipo tava pra lá a fazer outro papel, doutro mauzão...

isto é mau demais! ele é o irmão mais novo do realizador, ou quê? provavelmente na próxima série aparece como namorado da filha... no final, não vale a pena pensar muito, porque não faz sentido nenhum nem sequer é minimamente credível, mas diverte, diverte bués! e tendo em conta o que passa na televisão hoje em dia... há que darmo-nos por muito felizes por ainda podermos ver séries destas... 13*/20*...

domingo, 24 de outubro de 2004

melhor que nunca

acabei de ir buscar a minha menina à oficina... os meus pais deram-me boleia até lá e em princípio, não ouvi a conversa, mas safaram-me de pagar, pelo menos prajá... chamámos o colega da minha mãe, o cassola que estava a trabalhar na garagem, que me veio trazer a chave do carro... o meu outro comando está blerch, e seu abro aquilo ca outra chave faz piupiupiu...

aparece lá o cassola e começa a conversar com os meus pais sobre o 307 novo do meu pai... blá blá blá práqui e práli o meu pai fala-lhe da espinha ainda atravessada na garganta (eu chamo-lhe trauma, mesmo, mas a minha irmã provavelmente sabe explicar melhor), o motor 1.6HDi de 110 cavalos... passam pela desvalorização automóvel quando o meu pai graceja que quer já trocar o carro, e chegam finalmente à bomba...

"é assim! carros velhos" manda o meu pai, "pois... mas mesmo novos" diz o cassola... "mas os velhos..." continua o meu pai, "não é incomum isto acontecer, mesmo novos" tenta o cassola... "sim, mas os velhos..." lá vai o meu pai... a mim aquilo só me dava pra rir, mas tenho de ser bonzinho porque ainda tou a fazer com queles aceitem a máquina... isto pelo menos até arranjar um emprego e depois quero lá saber se lhes fica atravessado, ou não!

"mas é muita curtido o carro" diz o cassola, um sorriso ilumina-se na minha cara, "pois, mas se fosse do ano passado" continua a minha mãe... eu estive pra dizer que carros assim já não se fazem, e que se fosse do ano passado obviamente não me tinha custado o que custou... mas como não sou parvo (quero dizer, assim tão parvo) e como sei que mais valia tar mazéra quieto... fiquei, quieto...

os meus pais deram de fuga e eu fiquei lá um bocado na conversa com o cassola a pedir mais algumas dicas e a fazer umas perguntas... depois peguei na bomba e... a embraiagembué diferente! antes era dura pra carago e parecia de competição... agora parece-me igual a qualquer carrinho mariquinhas e filtrado com menos de um ano... mas fui logo ripar com ela numas curvas, que já tava com saudades!

quando chego a casa comento com a minha mãe "afinal aquilo já tava estragado, lembras-te quando te disse que a embraiagem era dura? agora é molinha... parece a do teu carro"... "aquilo já tava tudo estragado!" remata o meu pai lá do corredor, "mas tu conduziste, parecia funcionar bem" respondi-lhe... "mas era muito dura" diz ele, "era, mas eu pensava quisso era normal" continuo... depois levei com o sermão barra trauma (mas isso a minha irmã deve explicar melhor) da cena da 4L novamente... "é bem feita! só assim é que aprendes, quando falamos somos os maus da fita, tens de aprender assim!"...

e agora vocês dizem, que é o que estão a pensar (os picos, iá!) "ó marco, foste mesmo enganado"... ao qual eu respondo... fui, na verdade fui mesmo enganado... o gonçalo, que me vendeu a bomba, nem sequer sabia ver a pressão dos pneus, é de achar quele sabia que a embraiagem estava a dar o berro? e mesmo que soubesse conseguia ele enganar-me durante mais de um mês? fui mesmo enganado, afinal eu nasci ontem, e o gonçalo é um vencedor de óscar da academia!

sábado, 23 de outubro de 2004

ainda não tou desesperado

fui dar uma voltinha por uns centros comerciais à procura de um emprego em párte táime... só dei atenção àqueles em grandes lojas, onde um empregado se possa perder, onde a responsabilidade seja menor, e onde se faça pouco... um sítio onde nem pareça um emprego! fui candidatar-me à sepórte zoune! ainda vou passar, amanhã provavelmente, na daqui do oeiras parque a ver se tamãe estão a precisar da fotocópia do meu bilhete de identidade...

só assim é que finalmente terei o sequeite que há tanto tempo tou pra comprar... um dia trago as rodas pra casa... no dia seguinte os tréques... e no outro dia a prancha (nesse dia tenho de levar uma gabardina)... se alguém quiser alguma coisa, peçam! ainda fiquei foi na dúvida se haveria de mencionar aquela experiência fictícia de 3 anos na sapataria olhósapato, aqui em paço d'arcos... talvez amanhã!

projecto científico

no outro dia saí de casa pra ir prá fáque, de tishârte, como de costume, e reparei que estava a ficar um dia uma beca feio... então decidi vestir a camisola pipi que o rumbafum me tinha emprestado no dia anterior, porque tinha chuvido... começou então a minha experiência pra determinar se o sucesso do rumbafum cas miúdas vinha da roupa...

a experiência estava à partida condicionada (condenada, talvez), primeiro porque eu não sou o rumbafum, depois porque a camisola é pipi e eu não sei agir vestido à pipi e por último porque eu vesti aquilo por cima da minha tishârte e ficou uma combinação um bocadinho bizarra... no entanto tentei amanhar uma atitude (o mais importante pra dar nas vistas das miúdas) que achei coincidente com o estilo da camisola pipi...

a conclusão a que cheguei é: não é a roupa que faz o artista... é o pacote completo de roupa, estilo, atitude, forma de agir e personalidade que faz um tipo ter sucesso cas miúdas, ou não! ou seja, mais valia mazéra ter deitado a camisola pipi no lixo e ter arregaçado as mangas da tishârte... esqueci-me foi de devolver a camisola pipi ao rumbafum no dia seguinte...

quinta-feira, 21 de outubro de 2004

mais uma pequena obra prima

durante a aula de àéssedois hoje de manhã, e depois de fazer o diagrama de actividades do cancelamento de uma exibição, decidi-me a fazer um desenho pra passar o tempo... acabou por sair mais um belo exemplo do meu profundo talento na matéria, aqui manchado pelo material de segunda que é o meu lápis oferecido numa feira qualquer da fil, e a folha do bloco quadriculado a4 que gamei lá da quinta...

a obra em questão retrata um qualquer episódeo da noite comum no círculo stríte reicíngue, com um câpe a levar ratada de um intégra... o cariz humorista está presente, como o normal em toda a minha obra, bem como a simplicidade de um improviso descuidado... o traço leve e o desenho bi-dimensional dão uma clara ideia de caricatura que transporta o espectador para uma gama de espectros completamente revolucionários (acho que exagerei agora no final)...

pico feréndeli

ontem "organizei" o meu jantar danos, o organizei está entre parêntises porque na realidade eu não organizei népias... como sempre foi tudo na onda do "vamos pra lá e depois logo se vê"... chegámos lá para descobrir que não há rodízio de pizza no oeiras parque, não podia ter lá ido alguém saber isso antes? isso deu azo a uns minutos de discussão que concluiu na anarquia...

o píter levou o rumbafum, o lodga e eu ao "arroz com todos" onde o lodga fez a proeza de conseguir engatar a neguínha que tava a servir, impressionante, no mínimo... consequentemente todos nós tivémos pratos recheados, menos ele que foi servido pela outra! o edu e o bruno foram ao shoarma comer tiras de carne dentro de uma pasta de farinha... o cunha foi comer um chópe sui... e os picos foram à promoção pague uma leve duas familiares da pizza hâte e acabaram por pagar o mesmo que nós...

depois do jantar fomos todos comprar bilhetes pró cinema, pra ir ver o "da bórne superémací", e depois disso fomos comprar cervejas (eufemismo usado pra descrever o conteúdo das garrafas que comprámos ontem)... decidimo-nos por umas "cristal" com abertura fácil e porque eram mais baratas... fomos pró parque dos poetas beber aquilo, quente! ainda metemos dois síquesse péques dentro da fonte, a ver se ficavam mais fresquinhos, mas em vão...

tivémos uma sessão de cáráóque com alguns momentos interessantes, como o solo vocal em agudos elevados do rumbafum, o coro "às quatro da madrugada", eu a cantar o "circo de feras" com béquingue voucâles do rumbafum, ou o cúduro do lodga... depois acabou a cerveja (a algum custo, devo acrescentar) e voltámos pró oeiras parque pra ir ver o méte deimôn a armar-se em mauzão... ele com aquela carinha de bébé, só pode ser gozo! devia mazéra manter-se por pârle àrbôres, que é quele tá bem!

existem aqueles que afirmam que após termos feito a guerra de pipocas (hoje de manhã ainda tinha uma pipoca colada à tishârte) eu adormeci e não vi quase nada do filme... na realidade o que se passou foi que eu estava a aperfeiçoar uma técnica avançadíssima de absorver o filme subsconcientemente... no início do filme vi (em flashes) o mau a aparecer e a deixar a impressão digital do bom pró incriminar e eles a falarem de um agente infiltrado...

vi o mau a matar a namorada das maminhas pequeninas do bom, e este a ficar todo chateado "aaaaah! eles mataram a minha namorada das maminhas pequeninas que não ficava grande coisa em camisinha dalças mas que compensava com grande apoio emocional e engolia!"... depois vejo um tipo descobrir que a impressão digital tinha sido deixada pra incriminar o bom e o gordo a matá-lo, ou seja, o gordo era o agente infiltrado... depois vejo o bom a apanhar o gordo... e pouco depois o bom a apanhar o mau... o filme acaba... perdi alguma coisa?

acabou por ser muito fixe! a todos os que lá estiveram, sei que para alguns ainda foi um sacrifício grandinho... ao cunha que veio da outra margem, ao super pico e ao tozé pico que vieram lá da terrinha, a todos os outros que também lá apareceram... e especialmente tendo em conta que foi numa noite a meio da semana... obrigado!

agora é que vai ser só arranques

"tenho notícias do teu carro" diz a minha mami, "ele disse que o que se estragou foi o rolamento da embraiagem "... "e isso é?" respondo, "precisa de um quite novo" diz ela... aqui fiz uma careta e soltei um "ah!", ela continua "são cerca de 150 euros com tudo incluído... já o mandei montar"...

"ah, e ele salientou que não teve nada a ver com o óleo, pra não te preocupares", apesar de todos os meus esforços, não consegui lixar a bomba... "e também disse que é normal isto acontecer, seja carro velho ou novo", incrível! contra todas as previsões dos mais pessimistas até me safei...

é pena é ficar pobre (ainda mais sé qué possível)... mas sámanhã telefonarem da vórten a história até acaba por ter um final feliz que eu até mereço... o quê?! alguém disse que não merecia? mas mereço... não mereço?

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

parabéns para mim

hoje fiz anos! quer dizer, ontem, que já passa da meia-noite... neste momento já tenho 24 anos e estou um ano mais próximo de bater a bota, como diria o meu irmão que já me fez ficar mal visto ao pé dos cotas a dizer-lhes que fui eu que estraguei a máquina quando isso ainda nem sequer foi confirmado oficialmente...

a melhor prenda que ganhei foi um "the fast and the furious" (dvd) que me foi dado pela minha namorada querida (marco faz uma cara de imensamente surpreendido, digna de um óscar da academia porque na realidade foi ele que lhe pediu, mas foi fixe porque estava em promoção!) "obrigado amore! conheces-me mesmo bem!"... pra ser perfeito só falta os meus pais darem-me o arranjo da bomba, e a vórten um emprego...

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

sou mesmo otário

meti óleo a mais na bomba... foi uma cena do género "ei! isto já tá co óleo a meio... isso é mau!", "vou meter-lhe uma beca... deixa ver..." (entoação à tochas) "tá na mesma!", "mais óleo com ele", "deixa ver...", "ooops! agora tá cheio dele! a vareta tá toda manchada! isso não é nada bom!"... ignorei... ligo a máquina e tava a fazer um barulho diferente (neste contexto "diferente" é eufemismo para "mau")...

desde então que o óleo da linda passou a aquecer mais do que anteriormente, consequentemente, também o motor, mas nada preocupante... perguntei a montanhas de pessoal que conhecia e só me diziam "como é que sabes que tem óleo a mais?"... quis tirar-lhe o óleo, mas a linda tá colada ao chão é uma beca complicado... depois reparei que o cárter tava todo sujo, cheio dóleo, "ena, o óleo a mais tá a sair, isso é fixe"...

falei co rumbafum que me disse "os carros perdem buéda óleo! na boa! daqui a bocado isso volta ao normal!"... eu já tinha considerado essa hipótese, mas sei lá quanto óleo é quele perde e quanto é que tinha a mais, podia durar uma eternidade, não queria andar uma eternidade com a bomba assim...

ia buscar a minha namorada e como quem não quer a coisa... CAPUT! deixei de conseguir meter mudanças... com algum jeitinho lá consegui estacionar a menina num sítio onde não incomodava e reparei que o óleo dava pra fritar salsichas e fazer ovos estrelados... desliguei a linda e esperei que baixasse na esperança de ficar fixe...

uma meia-hora depois já estava mais fresquinha, mas ainda não dava pra meter mudanças lá muito bem... fui falar com o pêpê (carró guru) e ele disse-me qué capaz a pressão a mais por ter óleo a mais ter feito o óleo do motor entrar prá caixa e estragar aquilo tudo... "ainda nem dois meses o tenho e já o consegui estragar, sou mesmo otário, oficina com ele!"... tava a ir prá oficina (hoje)... CAPUT!

fiquei com o pedal da embraiagem em baixo, foi o fim da picada... alta chuvada, temporal imenso e eu parado no meio de uma rotunda com um trânsito descomunal... assistência em viagem, triângulo na janela de trás, saio da máquina a olhar pra ela "estraguei-te linda... sou mesmo parvo"... pára um tipo num 106 branco "ei! queres ajuda a empurrar o carro pra fora daqui?", "ena, brigado! mas o carro tá engatado, não dá!"... nunca tinha experienciado solidariedade de marcas, foi o momento alto da espera toda...

às tantas lá aparece o reboque, vem um tipo, pega na bomba e lá vamos nós prá "base" como lhe chama ao barracão cheio de "avarias e acidentes" onde trabalha... diz-me que fazem uns biscates ali e pergunta se quero deixar lá a máquina, que é capaz de ficar mais em conta... respondo que sim, mas que preciso de saber o que está estragado e o preço... tá o tipo a descer o meu maquinão do reboque aparece o gorducho ao meu lado "é o teu carro?", "iá!" respondo, "a embraiagem deu o berro"...

o tipo mete pra lá o maquinão no meio dos outros, o gordo ainda ajuda a empurrar, depois o gordo e o amigo fininho olham pra dentro de um saxo (câpe énterpráise)... "é o teu carro?" pergunto ao gordo, "népias, é dele! o meu tá lá fora", "o cívique?", "iá!"... isto foi uma cena que o quim lá do bar da piscina também me tinha dito... os putos stríte reicéres e do tuníngue são malucos, parvos e irresponsáveis, mas quando há problemas, são os primeiros a tentar ajudar...

agora tou à espera que os gajos lá do barracão, telefonem, ou que a minha mãe chegue a casa (chega sempre atrasada quando precisamos dela), porque assim peço-lhe pra falar co amigo dela mecânico que arranja as máquinas todas cá em casa... já que é pra pagar balúrdios num quíte de embraigem novo e em mão-dóbra, que seja a um amigo da família... "ei mami? diz aí a morada da oficina dele pra eu mandar o maquinão pra lá... e eles que não andem a ripar com ela que meti-lhe 20 euros à pouco tempo e sei quantos kilómetros é quela tem!"...

os meus pais ainda não me bombaram a cena do "nós avisámos-te que comprar um carro velho só dá problemas" apesar deu já lhes ter contado que a menina tava com problemas... mas também, quando o fizerem eu olho pra eles com o meu olhar de cãozinho abandonado (que irei daqui a bocadinho treinar ao espelho) e digo "fui eu! fui eu que estraguei o carro! gosto tanto dele e estraguei-o! buáhahah" e desfaço-me em lágrimas, pode ser que resulte...

os quítes de embraiagem novos são buéda caros, com montagem, em certos carros pode ascender a quinhentos euros... ou seja, massa que eu não tenho, acho que está na altura de me ir candidatar à vórtan pra ir vender aparelhagens e máquinas depiladoras com o lodga... mas se é assim, vou pedir-lhes pra me meterem uma embraiagem de disco duplo qué pra ratar os câpes todos de rotunda à rotunda no tagus parque...

sábado, 16 de outubro de 2004

mais um final de noite daqueles...

ontem à noite, tava a vir da casa da minha namorada, a passar pelo tagus parque e a pensar "há bué que já não vejo uns picos bacanos"... de repente, "uou!" começo a desviar-me dos inúmeros estilhaços espalhados pelo asfalto e... integra espetado na faixa da esquerda, montes de carros parados, montanhas de mirónes... páro também, pra ir ver o qué que se passa... se fosse uma carripana normal, nem me dava ao trabalho, mas integra mais tagus parque é igual a stríte reicíngue, e isso interessa-me...

o espeta teve lugar entre a rotunda do ist e a de porto-salvo, tava a subir quando olho prá esquerda... a uns 30 metros da estrada, no sítio onde fazem a festa da terrinha de porto-salvo, um impreza dos novos todo partido... "alto espeta que deve ter sido práquele ir parar ali!"...

aproximei-me dum grupinho, ainda tava a olhar pró impreza quando noto um tom de voz à beira do choro ao meu lado... um puto (mais novo que eu, brinco douro, cabelo curto cheio de gel) falava ao telele com alguém, pelo modo como os olhos dele estavam aguados, era de certeza o condutor do integra...

queria perguntar como é que tinha sido o espeta, mas era porco fazê-lo logo ao um dos intervenientes, apesar dele ser capaz de dar a informação mais detalhada... mas consegui arranjar ainda melhor, um puto que ia atrás deles que viu a cena toda... emocionado, contava o que tinha visto na esperança de ser o centro das atenções...

segundo ele, vinham a "prái a dois pintores quarenta", mais coisa menos coisa, tiramos um bocado de exagero de adrenalina, e ficamos com mais de 200km/h numa recta com apenas um kilómetro... continuando a descrição, o integra vinha colado ao impreza...

por alguma razão o condutor do impreza travou, ele afirmou que não travou, mas não estava muito seguro... assim que vê a travagem, o puto do integra desvia-se prá faixa da esquerda... assim que sai do cóne de aspiração do impreza, o integra foge... dá de traseira e atravessa-se ocupando a faixa toda...

o puto consegue agarrar o integra, mas este já estava todo torto e foi apontado ao impreza apanhando-o de lado... daqui prá frente foi uma sequência de capotanços uns atrás dos outros... o impreza saiu da estrada, rebentou a vedação e foi parar, virado pra cima (sabe-se lá como) no meio do cercado das vacas... o integra bateu no monte, saltou, capotou, bateu no separador, bateu no rail do outro lado, e parou, virado pra cima (sabe-se lá como), na faixa da esquerda... isto tudo segundo o relato do puto emocionado...

passado uma beca aparece o pai do puto do integra, sai do carro disparado... "sabes pra onde é que o teu carro vai? sabes? prá sucata! tás contente? era isso que querias? vai prá sucata! também é melhor assim que carro dessesnão entra mais na minha casa!" o miúdo tentava acalmá-lo, mas era impossível... chegou a polícia, ambulâncias, reboques, uma granda confusão...

apanho outra conversa, um amigo do puto do integra, quase a chorar também, a aturar a namorada "tás a ver? as tuas ideias no qué que dão?", "minhas ideias?", "sim! tuas ideias! só dão é nisto!"... olhei pró integra, é espantoso como mesmo todo mocado, o carro continuava lindo... aparece lá outro puto "tás a ver aquele carro?" apontando pró impreza "à bocado tava ali parado, buéda pausado mesmo, e agora...", "e agora ainda tá mais" dizia o amigo numa brincadeira idiota...

o stríte reicíngue é muito divertido, alta adrenalina, grande festa, competição, e blá blá blá... mas quando a única coisa que se vê são estilhaços no chão, e reflexos amarelos de pirilampos de reboque e piscas de carros parados na berma, a brincadeira perde a piada muito rápido... pelo menos para aqueles de nós que ainda temos consciência, que prá multidão não envolvida, a adrenalina mantê-se... pelo menos ninguém se magoou...

quinta-feira, 14 de outubro de 2004

o meu sétimo sentido não falha

tava a acabar de escrever o texto anterior e ela telefona... caramba! se a lotaria também fosse assim tão previsível... pergunta-me se tou chateado com ela e convida-me pra jantar... é fixe, eu levo a bomba e ela paga o jantar, o cinema e com sorte, a gasolina! é fixe viver à conta da namorada... eu já me ofereci pra ser assim até ao fim, mas ela recusou... parece que vou jantar no cápaéfecê outra vez... aquele menu mais carinho dos 5 euros, mas que se come frango pra chuchu!

arrufos de namorados

ontem à tarde, tava por aqui a escrever umas balelas quando telefona a minha namorada... atendo e depois do cumprimento inicial apareceu logo a pergunta que já estava à espera "então a que festa é que foste ontem à noite?"... "foi uma festa, foi giro" respondo, "mas uma festa de quê?" volta ela a perguntar... "era uma festa... das faculdades de enfermagem" eu até já sabia quéra prá desgraça... "ah... tabém..." daqui prá frente foi sempre a descer...

comecei a reparar que o tom dela tinha mudado, tava mais bruta e impaciente... era óbvio que a declaração não lhe tinha caído bem, mas pensei que fosse dizer o que era, dei a deixa... "tás chateada" disse, "não", "tás, eu conheço-te", "não tou nada!"... decidi então fazer um teste, perguntar "então como foi o teu dia?" geralmente dá origem a um chorrilho de acontecimentos contados na primeira pessoa que não interessam népias... ontem originou "foi giro"...

"então quando é que nos vemos?" pergunto, "amanhã?", "amanhã tenho trabalho!", "e depois?", "vou sair com a enjoadinha!", "e posso ir?" exprimentei, "não dizes quela é enjoadinha?!"... então fixe! tamãe não te digo népias durante dois dias e no sábado logo se vê... e sinceramente, duvido quela aguente até sábado sem me dizer nada, secalhar daqui a pouco tá-me a telefonar a pensar queu já não gosto dela...

contei a cena ao lodga e ao rumbafum... o rumbafum disse quéra natural ela tar com ciúmes... o lodga disse que eu devia ter-lhe mentido... mas sinceramente, o dia em que começar a precisar de mentir à minha namorada então é porque tá na altura da pôr àndar... e arranjar uma que ao fim de 3 anos de namoro não fique chateada com uma coisinha destas...

afinal ela queria o quê? que eu a convidasse? aposto como ela se iria sentir muito bem, única rapariga, no meio dos meus amigos todos... que eu não fosse? isso já era pedir muito, o que é queu dizia ao píter? "olha desculpa lá, mas ficas àrder, eu não posso ir à festa porque a minha namorada não deixa?"... havia de ser bonito...

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

ó píter, o que é que vai ser de ti?

acordei ao meio dia, porque um otário qualquer decidiu tocar à campaínha, duas vezes, durante alguns segundos... voltei prá cama, mas cedo me apercebi que estava calor demais pra dormir de pijama farfalhudo e êdredôn magrinho... levantei-me com uma bruta dôr-de-cabeça... meti a roupa dontem toda na incineradora, e fui tomar uma banhoca...

telefona o rumbafum "onde é que andas?", "tou em casa", "devias tar aqui!", "aía, rumbafum, só me deitei às 0630", "foi fixe, a festa?", "foi", "então não vais à visita de estudo?"... depois de alguma conversa acabei por concluir que não ia à tal visita de estudo, comecei a planear a minha tarde: ver o américâne pái três, jogar cêéme...

mas depois comecei a pensar "a bomba não anda desde o fim-de-semana, sempre dava uma voltinha, e saía de casa que tá um dia bonito"... falei co píter e lá vamos nós prálfragide à visita de estudo no instituto de informática... má ideia! o lodga tinha dito, "vamos todos à engenheiro, camisinha e calcinha bem"... mas eu gosto de me desmarcar pela negativa, calças de fato-de-treino e tíshârte...

chegámos lá 10 minutos depois da hora... deram-nos um planeamento que acabava às 1600, que dava 15 e 20 minutos prós oradores expôrem pra lá, o que quer que faziam naquele sítio... obviamente não chegou e só nos safámos depois das 1800... e "safámos" é o termo corecto, porque aquilo foi... das piores experiências que alguma vez tive na vida... inteira!

os picos do curso todos vestidos à engenheiro, a fazer perguntas de porque é queles não tinham mais uníquesses naquela porcaria... a fazer piadinhas idiotas de informático sobre as prateleiras cheias de computadores e sobre o qué que disparava do tecto quando havia um incêndio... admito que por momentos considerei que poderia estar na presença do meu futuro, mas foi por míseros momentos...

na realidade, se 7 anos de curso e convivência com aqueles picos fanáticos da religião do uníquese, não conseguiram tornar-me num caixa dóculos, magrinho e enfezado, branco comá cal da parede, e com auto-colantes na sacola à tira-colo, da convenção da bayer que o meu pai me deu, a dizer "da páuer óve jáva", então tamãe não vai ser um emprego... mesmo que me obrigue àndar vestido à pinguím...

a parte gira foi quando saímos, que vinha o píter todo preocupado "aí... porque é que eu fui pra informática... agora que vi o modo como eles trabalham... eu não quero fazer aquilo"... nunca o tinha visto tão cabisbaixo... "que sa lixe! não te preocupes com isso!" respondia eu, "o que tu precisas é de ouvir aqui umas músicas punk fixes... ainda bem co meu carrocheio disso... queres o quê? belinque uâne eití tú? niú fáunde guelóri?"...

a festa denfermagem

tou cheio de sono porque ontem decidi acompanhar o píter, e convidar o cunha (o grupo do costume), a ir a uma festa das faculdades denfermagem prá qual um amigo do píter arranjava convites... tínhamos dois possíveis cenários que logo me sugeriram, ou aquilo tava cheio de gajas, ou tava cheio de gajos à procura das gajas que supostamente deveria ter...

tivémos sorte, foi o primeiro... o problema, é quéra a pitólândia! caloirada em grande força, não quisso me chateie, mas certamente não é o ideal prós meus amigos encalhados que já não vão lá com beijinhos na cara e festinhas no cabelo... acho eu! e não me entrem com clichés que as enfermeiras são umas malucas porque não foi nada disso que vi!

por mim, eu não encontrei ali grande coisa... as pitas eram todas uma corja de marquesas armadas em boas porque tinham acabado de entrar prá faculdade... as mais velhas eram idiotas da tradição académica que pareciam generais a dar ordens às pitas, todas armadas em mázonas...

eu gosto de miúdas mázonas, mas daquelas não curto... na grande maioria são gordas falhadas que à conta do desespero de não pitarem nada, apesar de se fazerem a todos os poucos rapazes do curso, compensam essas falhas afectivas, com a liderança que o facto de serem um ano mais velhas que as outras lhes dá...

se não tivesse namorada podia dizer que se estava ali ainda muito melhor, com raparigas pra praticamente todos os gostos... mas rapaz sério e comprometido como eu, pra mim pouco sobrava que regalar os olhos com apertadas calças de ganga da salsa e os mais variados tops, com e sem soutien... conforme o desespero... grande noite!

terça-feira, 12 de outubro de 2004

sociologia industrial

depois de uns minutos à procura da sala, entro na aula de sociologia industrial, à campeão, pela primeira vez... assim que entro reparo que a sala é minúscula "mau"... depois dei uma vista dolhos rápida pelos alunos na sala e deu pra ver que não conhecia ninguém, nem sequer de vista "mau"... tou a caminho de um lugar prábancar e reparo que tá tudo a olhar pra mim...

olho prá professora, com o seu ar ainda a cheirar a faculdade, e pergunto "não é aqui?"... "mmm, não sei" responde ela "veio pra que aula?"... "sociologia industrial" respondo... "é aqui" diz ela "mas nunca o vi antes"... "pois, é a primeira vez que venho"... agora que já tinha passado a minha imagem de aluno de segunda inscrição, desleixado, que caiu de pára-quédas naquela disciplina só por dá cá aquela palha, decidi sentar-me...

depois disso passei o tempo todo a tentar perceber se a prófe tinha soutien, ou não... é perfeitamente normal, eu tava sentado na primeira fila e ela estava mesmo ali, com aquele decote mesmo a pedir pra eu espreitar lá pra dentro, o que não consegui... mas acabei por concluir que ela tinha soutien, e que, se não tivesse também não podia usar aquela camisinha que não tinha nada pra mostrar...

de qualquer dos modos aqueles soutiens todos acolchoados deviam ser banidos da indústria... ei! já aprendi qualquer coisa...

sexta-feira, 8 de outubro de 2004

morde lá a língua, ó marco!

tava, como de costume, a dizer mal de alguém, em relação a questões estéticas, quando o tozépico diz "marco, pareces uma mulher com esses comentários"... se fosse eu, teria usado o termo "comadre" que dava um ar mais fixe, até porque na altura o que eu pensei, depois de me aperceber do sucedido, foi "comadre? eu? ele chamou-me de comadre?"...

durante a aula de tsig pensei um bocado no assunto... "será que sou mesmo uma comadre?"... no outro dia quando cheguei à aula de hc o rumbafum vira-se pra mim e diz "olha aí, a fufa a dar aulas"... olhei pra ela e prontamente concordei com a definição... vou tão longe como dizer quela tinha um ar mais viril que eu, que o rumbafum então nem se fala! a indumentária com que a professora se apresentava era digna de um homem de meia-idade em plena crise pós-divórcio, e consequentemente alheado da sociedade...

foi quando olhei prá gravata do professor de tsig e reparei que não era pontiaguda, acabava, apenas e humildemente, numa recta... pensei "pra que raio serve uma gravata se não tem ponta", e também de que material seria ela feita, já que aquilo parecia (a uma distância de mais ou menos dois metros) borracha de tapete de automóvel... é que assim nem precisa de ser uma gravata, ele amarra uma meia de futebolista ao pescoço e o resultado é praticamente o mesmo, com a vantagem da meia incitar pensamentos clubistas nos alunos...

depois olhei pró aluno de quinto ano, que aparentava 27 anos, com a sua barba de anão do lórde óve de ringues e o cabelo comprido em rabo-de-cavalo, vestido com uns óle setáres azuis (velha guarda) umas calças de ganga apertadas e uma tíshârte de manga comprida da óníle... e comentei co superpico "deve ser a mãe que lhe escolhe as roupas"... e foi mais ou menos nessa altura que me apercebi que o tozépico tinha razão, eu sou uma comadre! ou, como me chamavam os alenquerenses, quando andava no décimo ano, em bom português, sou um códrilheiro!

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

não levas daqui népias

no outro dia queria fui tomar uma banhoca pra ir ter ca namorada e estava já a passar por água no final, quando... "mau! está-me cá a parecer que a água não tá a sair"... PLOTCH! PLOTCH! PLOTCH! a água já me estava a subir acima do calcanhar... ignorei o assunto e saí do banho... já tava pra bazar quando reparei que aquela àgua toda, não ia sair dali por evaporação...

"mau... tás-tármar em mázona, agora?" pego na ventosa, "então vamos lá dançar!"... BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! "já tou a ficar cansado" BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! "blerch! a água está nojenta, e continua ao mesmo nível" BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! "vou desistir" BROCH! BROCH! BROCH! "mas não posso deixar isto assim com este aspecto" BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! "é o fim! tás a ser chata, mas eu sou mais!" BROCH! BROCH! BROCH! BROCH! VUUUUUSH! "ahá! gostas?! gostas?! agora nem gostas!?"...

depois daquilo tudo tive de tomar outro banho, mas correu tudo pelo melhor... meti a banheira no sítio, qué préla aprender... nestas coisas uma pessoa não se pode deixar esmorecer, a maior vantagem do humano não é ser inteligente, nem ter recursos, nem ser forte... é que o humano, é o mais chato! ganha-as todas por cansaço... e seu a deixasse ganhar, daí a uns dias era a torneira, depois o forno, a televisão e sabe-se lá mais o quê!

quarta-feira, 6 de outubro de 2004

marco o bulímico

ao jantar disse prá minha mãe "oh mami, nunca houve nenhuma história de bulímia na nossa família... é melhor começarmos agora, sou eu, tábem?"... "vocês também nunca levaram nenhuma sova de chinelo, não é preciso fazermos tudo nesta família" responde ela... "mas primeiro a bulímia, távamos a falar da bulímia" contrario...

a conversa continuou mas em nenhuma altura, ela, ou o meu pai, oposeram qualquer ideia ao problema... uma vez que não disseram que não, é o mesmo que dizerem que sim, pelo menos aos olhos da lei, né? pronto! pelo menos aos meus olhos e posso sempre alegar ignorância... e numa tradução rápida de "ignorance is bliss" (eu vi o matrix hoje), "quanto mais ignorantes mais felizes"...

portanto, nos próximos dias, se me virem a correr prá casa-de-banho a vomitar o almoço todo, não fiquem alarmados, das duas uma, ou o almoço na faculdade foi amburguére (ou almôndegas que também são igualmente mázinhas), ou então já entrei no meu novo personagem... mas podem ir lá dar-me miminhos, se forem gajas, e giras...

terça-feira, 5 de outubro de 2004

marco o químico, agradecimentos a edu o químico

desde os primeiros dias do meu emprego lá na quinta que comecei a pensar nas potencialidades daquele teste de cloro que tinha de fazer lá na piscina... decidi, no último dia, levar um daqueles frasquinhos pra meter o seu conteúdo em contacto com o líquido transparente mas não inodoro, nem desprovido de sabor, que nos disponibilizam, lá na faculdade, como substituto de água... fiz o teste no outro dia e... tádá!

o líquido em questão não tem cloro! sinceramente ainda não cheguei a uma conclusão acerca desse facto ser bom, ou mau... é verdade que o cloro não deve ser ingerido por ser tóxico, mas também é verdade que o cloro mata a bicharada, e se aquele líquido não sabe mal à conta do cloro... então imagino o quécaquilo tem lá pra dentro! começo a ponderar se o líquido não virá dum furo... vou dar uma vista dolhos lá pela fáque a ver se encontro algum poço...

sábado, 2 de outubro de 2004

a festa do caloiro

ontem foi a festa do caloiro lá da éfecêtê, a melhor festa da faculdade durante o ano inteiro, que na realidade nem é grande coisa assim... "vamos de rallye!", "não vamos népias que o rallye gasta bués!", "nós pagamos a gasolina!", "então vá, bora lá todos de rallye!" (sou mesmo um interesseiro!)...

chegámos à fac á meia-noite, com os vidros todos abertos e o som a bombar alto o suficiente pra estremecer o carro todo... "numanumamaiei! numanumamaiei! numanumanumamaiei!" eu a fazer um papel estilo monhê do anúncio do 206 (mas mais preto e sem óculos escuros), o lodga ao lado aos gritos, e o rumbafum e o mateus no banco de trás ficavam sem tímpanos... mas que ficou tudo a olhar, ficou!

o momento alto da noite foi quando entrámos na tenda de chiláute, tava a tocar o "seméles láique tíne sepírite" dos "nirvana"... começámos aos saltos e tal, a fazer alta festa... tava a chegar ao refrão e eu digo "tá quase!", assim que entra o refrão começámos um mini-moche, só se via era pessoal a fugir! o lodga só gritava "isto é chiláute! isto é chiláute!" e eu "que sa lixe!"... o tipo nunca mais passou nenhuma música pesada... nunca mais passou népias queu conhecesse, só música de fríque saltinbanco fumador de brocas do avante...

távamos lá a ir pedir mais bebidas e vira-se o rui "olha aquela loira ali chama-se bandeira e já foi de informática", "ai é? ó bandeira! bandeira!" mas a gajinha a fingir que não ouvia népias... duas gajinhas girinhas, de olhos azuis, "bora atrás delas!" digo, o cunha e o rui já tavam na altura de seguir tudo o que era má ideia... eu meto-me à frente delas "olá!"... "olá" responde a morena muita gira com umas maminhas muita fixes, "eu conheço-te" diz ela, "és do banco de portugal! chamas-te marco e já foste meu monitor!"... "?! e... quem és tu?" respondo... "sou a rita!"...

falei uma beca com ela, mas ela depois descartou-se e desapareceu! enquanto que eu fiquei naquela do... "tou tão velho!", mas depois decidi-me a ir lá falar mais uma beca com ela, já que não a via há bués, e afinal um monitor é um fétiche, é como, uma beibisítére... encontrei-a na conversa com um tipo, "mazo qué isto? quem é aquele gajo? e porque é que tá ali todo sorrisos? pior! ela também tá toda sorrisos! e ainda por cima o gajo é uma imitação minha... só que mais novo e com menos músculos!"...

lá pró final da noite ainda tive a minha oportunidade, tivémos na conversa sobre cenas lá da quinta, isto enquanto evitava de 30 em 30 segundos, que o cunha me roubasse o meu safari-cola que ele tinha pago! ainda lhe consegui dar o meu número de télélé, foi nesse momento de manifesta fraqueza que o cunha aproveitou pra me catar finalmente a bebida... o bêbado! o rumbafum e o lodga movidos a dôr de cotovelo ainda me perguntaram, "pra qué que queres o número dela?", "sei lá! mas quero!"...

a ritinha é muita fixe! ela é de educação física portanto aquelas maminhas (como o nome indica) não são grandes abusadas, mas são redondinhas riginhas, mesmo como eu gosto... e depois ela faz-me lembrar a rita seguro, e eu curto bués a rita seguro... velho fétiche dos tempos do portugal radical, não perguntem! de qualquer dos modos, quando ela me deu o toque, pró télélé que tava no carro, este ficou sem bateria e desligou-se sem gravar o número dela...

acabou... que pena

"então, acabou?" pergunta-me a minha namorada assim que me vê, depois de uma beijoca rechonchuda na quinta-feira... "hoje foi o último dia né? foi fixe?" pergunta-me o bruno a meio duma conversa télélé... "então marco, qual foi o balanço?" pergunta-me a mãe da minha namorada a meio do jantar... "mil setecentos e setenta euros" respondo, "ah! não, credo! tava a perguntar... se gostaste?"...

gostei imenso! o meu verão a "trabalhar" na quinta foi uma maravilha, teve tudo o que um bom verão precisa... miúdas, tostas mistas, momentos engraçados, momentos chatos, momentos aborrecidos, sandes de atum, músicas pimbas, uma festa da terrinha, sandes de frango, momentos emocionantes, momentos parvos, jogos à copa, à sueca, à bisca, pessoal fixe, pessoal menos fixe, pessoal marado, conversas de túningue, conversas de futebol, conversas de circunstância, conversas íntimas, bombas, àgua... e... deve faltar alguma coisa...

teve momentos simplesmente bestiais, como o incidente "saco de massarocas", o incidente "não é assim que se usa a fotocopiadora"... alguns dos quais não referi aqui porque nem sequer tive tempo, como o incidente "lâmpada pró candeeiro", o incidente "até lhe ia esfregar as costas", o incidente "a miúdinha agora está enorme", o incidente "tens cá um jeitinho pra grelhar fêbras", o incidente "bloco a4 quadriculado", o incidente "civíque 1.8 170cv", os incidentes "a namorada, eu e o chuveiro"... mmm?! este último parece-me ter um nome explícito demais...

foi cansativo, podia ter-me deixado mais tempo pra namorar, mas foi bestial, pró ano há mais! ... ... snife snife...